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Tem novidade no Contramão!!! Estamos hoje lançando nosso mais novo projeto: “CONTRAMÃO HUB”.

A ideia é estabelecer parcerias de conteúdo entre o Jornal Contramão e toda uma rede de canais, blogs, sites e portais criados e alimentados por alunos e ex-alunos do Centro Universitário Una.

E já temos um primeiro parceiro ❤️ : o canal do Youtube “NoClass”. O canal foi idealizado pelos alunos do curso de Jornalismo Multimídia da UNA, Pedro Rodrigues e Guilherme Scarpelli. Segundo os idealizadores do NoClass, o objetivo do canal “é falar e aprender sobre os quadrinhos, mangás, jogos, filmes e livros. Tudo isso aliando informação, opinião e bom humor.”.

Página inicial do Canal


Se quiser fazer parte também do CONTRAMÃO HUB e ser nosso parceiro, entre em contato com a gente. Mensagem Inbox ou email para [email protected]
Fim da conversa no bate-papo

Foto Reprodução internet

Por Amanda Eduarda

Contra a reforma da previdência e a saída de Michel Temer (PSDB) do presidente da república, os sindicatos de Belo Horizonte aderiram à paralisação nacional que está marcada para amanhã, 15, em outros 23 estados do país. Saiba o que vai funcionar nesta quarta-feira.

O Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro), já se mostrou contra as reformas do atual presidente, como a PEC 55. Agora não é diferente, contra a reforma da previdência, garantiram que amanhã, quarta-feira, o metrô não irá funcionar. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) acionou a justiça para que o funcionamento mínimo de trens da capital mineira e região metropolitana ocorra, mas, até o momento não há uma posição. Em média 210 mil pessoas usam os trens de BH.

No dia 09 de março de 2017, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindute/MG), protocolou uma notificação a Secretaria de Estado da Educação (SEE) sobre a greve a partir do dia 15 nas redes estaduais. Outros sindicatos da Educação como Sindicato dos Trabalhadores Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede/BH), também irão aderir à paralisação.

A coleta de lixo, saúde e a guarda municipal também terá paralisação. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), todos os servidores da capital estão convocados a aderir à greve. Já o Sindicato dos Rodoviários de BH e Região (STTR/MG) é contra a reforma da previdência e apoia o ato, porém, não informou se também irá ter paralisação no seu segmento.

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Por: Ana Paula Tinoco

O Dia Nacional dos Animais foi criado para conscientizar as pessoas sobre a importância e cuidados com os animais. Domésticos ou selvagens maltrata-los é crime segundo prevê a legislação brasileira art. 32 da Lei nº 9.605, de 1998, com pena de detenção de três meses a um ano e multa.

O Jornal Contramão foi atrás de histórias e o resultado é o mais variado possível. São “causos” que vão da alegria à excentricidade, preparados?

Lin, o gato mal humorado

Lin, diminutivo para Carlin, é o gato do casal Cristiane e Edson. Diferenciado, Lin é o bichano que acredita ser gente:

“Ele entra no cômodo que quiser, as maçanetas são retas e pula com as duas patas e abre as portas da casa e entra como se nada tivesse acontecido. Amante de chocolate, um dia, ele comeu cinco brigadeiros mágicos que deixamos em cima da mesa. O resultado não sabemos, pois foi durante a noite. Agitado, ele miado para tudo. Quando vai atacar (como se fosse um grito de guerra), quando quer comida, ele é muito agitado. Uma vez demos cinco gostas de Rivotril para ele, e nada. Em janeiro, ele adoeceu, teve infecção urinaria. Foi complicado pois houveram complicações, mas hoje ele está super bem, mais tranquilo até. ”, relata Cristiane.

E aqui vai uma mostra do que lin é capaz: “Vídeo dele no banheiro”

Lid, a cadela jurada do The Voice

Lidislene Estefaneli Potter Granger Weasley do Ocho, Lid para os mais íntimos. O apelido lembra um jargão jornalístico enquanto o nome completo é um exagero de referências da cultura pop. Lidislene Estefaneli é uma junção de Lid, uma personagem da novela mexicana O Diário de Daniela, e o restante é menção à Irislene Estefanelli, a Siri, ex-BBB 7. Potter, Granger e Weasley são sobrenomes de personagens da saga Harry Potter, e “do Ocho” uma homenagem ao Chaves. Enfim, devaneios à parte, Lid tem uma personalidade forte e às vezes parecida com a minha. Ela odeia bagunça, não suporta andar de carro e, quando passeia na rua, desponta seu corpo para a esquerda e anda quase deslizando: uma atração que late alto e fica nervosa com qualquer barulhinho! Mistura da raça Fox e Pinscher, a vira-lata é peculiar. Pequeno lobo, como costumo dizer. Ela me acompanha, quando está comigo, nas minhas tardes musicais, momento que me desligo do mundo para buscar novas referências para o meu trabalho na comunicação e produção musical à frente do Indicaí. Os ouvidos de Lid parecem mais atentos que o meu. E ela reage! Quando não gosta do som, levanta e sai. Quase uma crítica musical. Ela me ajuda em todo esse processo que envolve paixão pela quarta arte e amor pelo meu bichinho favorito. – Gabriel Peixoto

Katy, a cadela Coragem

Katy, ela vai de cão chupando manga a Coragem, o cão covarde. Todo barulho que ela ouve ela corre e lati de medo. A Katy é um morto muito louco por que ela vai sempre na direção contrária do som. Ela tem medo de tudo e se esconde sempre embaixo de alguma coisa. Ela tem ótimas histórias o dia que amarrei ela no poste para ir na padaria ela escapou e fugiu para um churrasquinho em frente… me devolveram ela sem contar nada, só pediram gentileza de explicar que ela não era cliente bem vido pela falta de carteira – Barbara ster

Tobba, o gato vingativo

Tobba, o gato vingativo, também chamado de Tobias ou galã, é provavelmente o ser mais vingativo dessa terra. Eu estava segurando ele enquanto conversava com minha tia, então ela vendo aquela fofura resolveu dar um tapinha de leve na barriguinha dele. Nós ficamos conversando por alguns minutos, e o menino gato ficou “de boas” no meu colo, foi a conta de eu colocar o jovem no chão que ele deu um karatê nela, deu três unhadas nas pernas dela. Fico pensando se ele ficou lidando com aquela indignação durante todo o tempo. – Rúbia Cely

Basquiat, o rato contorcionista

Eu tive um rato twister, aliás eu tive 3: Andy Wahol, Basquiat e Bukowski. O Basq era o mais dengoso e cagão, ele roubava a comida dos irmãozinhos e por isso ele ficou enorme. O Basq era tão dengoso que até ronronava, ele adorava leite de soja aliás TDS eles adoraram e dava porrada na disputa pelo açúcar. Ratos são muito dóceis quando domesticados, eles te lambem de amor, ronronam quiquiquih e são MT charmosos. Meu namorado ficou bastante invejado, por que os ratos lambem o próprio saco ele entrou na yoga depois disso, mas eu já disse para ele se contentar e esperar pelas próximas encarnações quem sabe ele não nasce um roedor ginasta. – Carol Cunha

Valentina, a cadelinha valente

Tenho a história da Valentina, o nome que colocamos nela por ser valente. Estávamos pedalando na estrada de Tomaz Gonzaga quando de repente vimos uma bolinha de pelo toda suja de barro, pedindo socorro. Pensamos que era simplesmente uma cadelinha perdida, mas não era, tivemos a certeza que foi abandonada pois estava pingando bichos, sim, os bichos estavam comendo a carinha dela. Alguém a abandonou para morrer. E nós não passamos ali por acaso, foi para salvá-la. Conseguimos um carro para trazer ela até Corinto e de lá levamos para um pet onde foi tosada, no outro dia foi uma corrida contra o tempo para salvá-la, o veterinário fez o que pôde, anestesia geral, retirada dos bichos, bários buracos ficaram nela. E eu continuei com o tratamento medicamento, cuidando e dando amor. Hoje ela ainda se encontra no pet hospedada, até sua completa recuperação para seguir na luta para encontrar uma família de verdades, para amá-la e cuidar dela e em troca ter o mais fiel amigo e companheiro pelo resto da vida. Essa é a história da nossa Valentina! Quem sabe saindo no jornal ela consiga uma ótima família. – Samyra Macedo.

Obs.: Valentina ainda precisa de um lar!

Bruna, heroína dos animais

Uma vez estava passeando de carro com meu tio, indo para o bairro Castelo. De dentro do carro olhei para um córrego e tinha um cachorrinho lá. Na mesma hora falei para ele e demos o retorno. Encostamos na reta de onde ele estava. Meu tio tinha uma corda com um gancho na ponta, dentro do porta malas. Então, um moço que passava pelo local e meu tio desceram na beira do córrego e conseguiram puxar o cachorrinho. Ele estava muito machucado e daí levamos ele para um pet shop que cuidou dele e ficou para a adoção pois não tinha como eu ficar com ele. Minha tia pediu para o pessoal avisar caso ele melhorasse e conseguisse um lar! Só que quando eles ligaram depois de um certo tempo, a minha tia teve que me dá uma notícia muito triste que ela não queria ter que me dizer: O cachorrinho teve que ser sacrificado por que estava com leishmaniose, e se ele ficasse vivo podia piorar. Não tinha jeito de salvar. Fiquei bem triste por que me apeguei a aquele bichinho que salvei! Lembro dele como se fosse hoje e sempre lembrarei! Mas sei que mesmo pequena eu fiz uma boa ação e que a vida dele foi salva de uma certa forma! – Bruna Ribas.

Caio, moço bonito

Em 2003, minha família tinha dois cães. Um foi adotado ao nascer, o outro adotamos já adulto. Este segundo não tinha tanta afinidade com criança, então vivia rosnando para mim. Até que em um infeliz dia, eu fui atacado por ele (e pela violência do ataque, o outro também acabou instigado a me morder também). Isso gerou um trauma um tanto quanto forte, e que me fez rever todo o meu modo de encarar a vida, uma vez que quase a perdi. Ao ato mais doloroso da minha vida, devo a melhor marca que possuo. Em função do trauma, me tornei uma pessoa ansiosa e isso despertou o meu dengo, o vitiligo. Ele nasceu dessa confusão toda, e eu, às vezes, até costumo imaginar que deixaria mais umas três mordidas só para ganhar mais um pouco do meu viti. – Caio Braga.

Dexter, o cão amante dos animais

Um dia estava chovendo lá em Corinto e fui procurar Dexter, para ver se ele estava na casinha e me deparei com a cena mais improvável: ele estava levando os filhotes de uma gata para dentro da casinha dele dentro da boca, sabe? Carregando. E a mãe dos filhotes indo do lado dando total liberdade e aprovação para ele. É o tipo de amor que tem ser humano que não tem. – Marcos Vinicius Tinoco.

Zecca, o cão olímpico

Zeca é o maior gordo que você respeita. A história: foi para a fazenda e aprendeu a nadar só para ir atrás da minha vó no rio. – Maria Júlia Lay.

Bellinha, a cadelinha bela, recada e do lar

Esta é a Bellinha. Ela é minha companheira. A História que tenho para contar é que, ela é um grude. É inteligente demais e um doce de Pet. – Joelma Reis Teixeira.

Jamon, o porco celebridade

“Eu tenho várias histórias com bicho, mas a mais marcante foi quando eu entrevistei um porco. Eu descobri pelo site que eu trabalho, o ND. Toda vez que vemos um bicho fofo, nós queremos fazer algo sobre eles. Uma vez eu vi Jamon, o porco, pelo Instagram, e quis fazer uma matéria com ele e tal. Entrei em contato com os donos e expliquei a pauta, o legal foi que quem me respondeu foi Jamon, logo pensei: ‘Já que eles me responderam como ele, eu tenho que entrevistar o porco’, fiz as perguntas e cerca de alguns dias depois eles me responderam, pedindo desculpa pela demora Ramon respondeu e me mandou beijos de focinho. Muita fofura para o meu gosto! Temos contato até hoje. ” – Cecília Barbi.

Zeca, o cão modelo

Nós tivemos um cachorro por 15 anos, que faleceu de velhice. Ele era como um ente querido da família, chegou quando eu tinha apenas 1 ano de idade e se foi quando eu completei 14. A partida dele foi algo que nos deixou muito tristes, ficamos com a ideia de que nenhum bichinho substituiria nosso querido Azulão. Quase 6 anos depois, eu e meu avô fomos ao supermercado como de costume, e quando estávamos saindo, vimos um cachorro filhote muito magro, mancando, com os ossos aparentes, abanando o rabo para nós. As pessoas ao redor não o repararam, ou fingiam que não o viam. Instantaneamente, meu avô, que havia dito diversas vezes que não queria mais um cachorro em casa, pegou-o e levou para nossa casa. O nome veio na hora: Zeca! Ele estava muito fraco, e começamos a alimentá-lo. Uma semana depois ele já demonstrava estar mais forte, porém, um dia ele acordou tremendo muito, e tememos que o pior aconteceria. Levamos ele ao veterinário, que passou diversos remédios. Ele relutava em tomá-los, mas nós insistimos. Quando nos demos conta, estávamos completamente apegados a ele. Hoje ele está grande, forte e muito bagunceiro. Ele nos acorda pela manhã, entra nos quartos e sai acordando a todos com lambidas – brinca, pula e é muito animado. Meu avô está mais alegre e sociável. Encontrar o Zeca foi a melhor coisa que nos aconteceu recentemente! – Nathália Guimarães.

Mateus, o adorador de cãezinhos

Magrinha, com algumas feridas pelo corpo e ainda com poucos dias de vida, Lala foi salva pela minha mãe na antiga Sociedade Protetora dos Animais, um dia após ser deixada na instituição. Tinha meus 9 anos de idade, quando voltei da escola e vi aquela “coisinha” pequena e abanando o rabo, correndo em minha direção. Foi a melhor sensação já vivenciada, era o meu primeiro animal de estimação.
Com o tempo, Lala foi crescendo e se tornou uma companheira fiel. Sem dúvidas, era a melhor vira-lata do mundo. Em 2007, mudei para um apartamento e Lala continua morando na casa da minha avó. Porém, em 2014, um tumor em uma das mamas tirou a vida da nossa mascotinha. Foi um momento triste, porém os bons momentos perduram até hoje. – Mateus Liberato

  • Todas as fotos foram cedidas pelos entrevistados.

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Foto Reprodução Internet

Por: Kedria Garcia

Pote

Vamos lá, tudo começou com a Anne. Ela não parava quieta e sempre estava falando e falando. Falava com os olhos, com o corpo, falava comendo e principalmente dormindo.

“Se eu fosse azul seria gosto não de céu. ”

Seu medo era de se tornar prédio, viver parada, dura, triste, sempre observada por cotidianos corriqueiros e nunca tocada pela curiosidade. O triste era quando ela voava para casa, deixa um vazio tão grande no meu peito que mal sabia o que fazer. Eu a amava, queria ela por perto. Foi então que a coloquei em um pote! Sim! Em um pote, um potinho! E fiz de cordão para a ter sempre por perto. Pensava que ela não iria caber, talvez suas falas a afogariam ou, pior, quebrasse o vidro que demorei tanto tempo para fazer. Todas as noites abria o potinho para que suas falas saíssem, passava o dia esperando para dormir ao som de sua voz. Desesperei quando notei que sua fala saia cada vez mais fraca até que virou choro e silêncio.

Carol gostava de perguntas que não se têm resposta.

“É possível correr mais que o pensamento? ”

Espaçosa, ocupava todo o meu tempo com pensamentos mirabolantes.

“Café acorda a gente, qual bebida nos levanta para a vida? ”

Ela era um vendaval antes da tempestade, era vento que ia para todos os lugares, tocava as pessoas sem que elas pudessem sentir. Eu a adorei desde o primeiro olhar. Assim comecei a pensar em um potinho que não a matasse, era transparente e confortável. Todos os dias colocava ela para sentir o sol.

“Porque o cheiro não tem calor? ”

 Com o passar dos dias suas perguntas foram ficando sem entonação e depois silêncio. Um dia chegando do trabalho a encontrei com uma interrogação amarrada na garganta.

Convencido em não curar minha solidão procurei o ombro amigo dos bares. Bebia em cada esquina toda a dor de ver os outros em uma bolha e meus potes apagados. Em um final de semana chuvoso, boteco as moscas, escutei uma risada gostosa daquelas que te faz levantar da cama em uma manhã cedo de domingo. O som da felicidade me ganhou. Sentei ao lado do dono desse prazer único e para minha surpresa ele me envolveu em uma madrugada leve e fugaz. Carlos entrou em minha vida chutando a porta da frente, abrindo as janelas e convidando o Sol para fazer uma festa. Estava disposto a tentar mais uma vez, comecei a construir um pote devagar. As gargalhas eram servidas no café da manhã, frescas e com sabor do despertar. Depois de quase um ano a pequena morada já estava pronta, cheia de furos para que pudesse respirar e maior, desta vez, daria certo. No dia seguinte, encontrei o corpo esmagado por uma porção de tristeza acumulada.

E foram tantas Annes, tantas Carois e um Carlos que acabei por colecionar postes mortos. Não entendia como, pois, sempre adaptava os potinhos para morarem. Como planta regava minha doçura e meu carinho todos os dias e ainda sim adoeceram e morreram. Talvez o meu erro tenha sido conhecer a vida que prende e fica e não a que se vai mas deixa um pouco do que se é para trás.

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NOTA:    

                A Netflix não para de inovar e de realizar produtos que encantam fãs e admiradores, a bola da vez foi a comédia Santa Clarita Diet que traz nada mais, nada menos, que Drew Barrymore como protagonista. A série criada por Victor Fresco teve uma divulgação um tanto quanto anormal, começando pouco mais de um mês até que tivesse sua primeira temporada lançada na íntegra. O fato de ter Barrymore na trama foi um diferencial enorme para trazer expectadores ao programa, uma vez que a atriz além de conhecida e admirada, é muito talentosa e única em sua profissão. Além de Barrymore a série conta com Timothy Olyphant, Liv Hewson e Skyler Gisondo.

                A série se passa em uma cidade próxima a Los Angeles, chamada Santa Clarita, onde Sheila (Drew) e Joel (Timothy) vivem uma pacata vida como corretores de imóveis comuns que possuem uma boa relação com seus vizinhos e que criam bem sua filha adolescente, Abby (Liv). Tudo está perfeitamente normal até que Sheila passa mal durante uma de suas vendas e acaba vomitando muito. A piada da série começa aí, quando a protagonista abre a boca e uma gosma cheia e verde escapole de sua boca como se fosse uma cascata, sujando todo o local. A personagem vomita em toda parte do banheiro, não deixando um pedacinho sequer para trás, vomitando inclusive uma bolotinha vermelha estranha e curiosa, que no princípio pensam ser seu coração. Após a vomitança Sheila se encontra sem batimentos cardíacos, sangue ou dor, ou seja, a personagem está morta, entretanto a mesma nunca havia se sentido tão viva, com uma energia, ânimo e juventude a flor da pele, pronta para desafiar o mundo e se permitir usar e abusar da vida.

                A esquisitice não termina aí, além destes fatores anormais a protagonista desenvolve uma vontade enorme de comer carne crua, que é justificada após um acidente onde a mesma com um impulso acaba matando e devorando seu colega de trabalho, a partir daí apenas carne crua não começa a ser necessária, apenas carne humana fresca sacia sua vontade. Com isso a série atinge seu ápice e começa a se desembolar, uma vez que Sheila e Joel começam a planejar como a mesma conseguiria se alimentar, uma vez que a fome poderia despertar impulsos incontroláveis capaz de provocar um assassinato em público. Isso se torna tão atrativo pois o fato de se ver uma típica família de classe média realizar assassinatos para esquartejar a vítima e coloca-la em um freezer para mais tarde bater seus membros em um liquidificador, enquanto cria uma filha de 16 anos e passa despercebido pelos vizinhos não é se lá algo muito comum de se ver por aí, principalmente por filmes e séries neste estilo não abraçarem a comédia e o trash, mas sim o suspense e o terror atrelados com uma distopia apocalíptica.

                Drew Barrymore comanda e manda na série com uma forma maravilhosa, com ritmo, tranquilidade, simplicidade e sintonia, assim como Timothy encarna o perfeito marido que coloca seu amor pela esposa acima de tudo e de todos os problemas, por mais que as mortes e ver sua esposa se deteriorando seja motivo de sobra para surtar. Liv não fica para trás ao viver uma Abby que esconde seu terror de ver sua mãe morta se torando uma espécie de monstro tentando se encontrar profundamente na vida, matando aula, vivendo perigosamente e se tornando uma espécie de adolescente rebelde junto ao seu vizinho e único que sabe sobre o caso de Sheila, Eric (Skyler).

                O fato de utilizarem a palavra zumbi com cautela é outro diferencial da série, uma vez que Sheila tem total consciência sobre seus atos e até mesmo tenta, juntamente com sua família, a encontrar justificativas pelas mortes para não ter tanto remorso e culpa e não possui sua imagem deformada, muito pelo contrário, Sheila fica ainda mais encantadora e com sua libido a todo vapor. A mesma acaba se tornando uma espécie de zumbi vampiresco em sua formatação.

                As mortes e a nova dieta de Sheila não são a trama principal da série, o real tema é o fato dos Hammond tentarem acima de tudo serem uma família normal, com momentos normais, amigos, profissão e vida social, entretanto, sua nova rotina sempre acaba interferindo nessa normalidade, fazendo os mesmos entrarem em uma situação desesperadora e preocupante.

                Porém, nem tudo são flores na série. Os acontecimentos acabam em certos momentos ficando forçados, com piadas muito prontas e feitas, exageradas e surrealmente bizarras. Tais fatos acabam deixando informações soltas, confusas, corridas e pouco elaboradas, assim como sua primeira temporada que não possui um final específico.

Isso não é necessariamente ruim, é até mesmo inteligente e uma técnica muito útil para prender o espectador para a próxima temporada, por mais que seja arriscada, ainda assim vai funcionar e muito, uma vez que mesmo com seus furos, a série está bem indicada e sem informações atuais a respeito de uma continuação, com toda certeza pode-se afirmar que acontecerá uma segunda temporada ainda mais bizarra e hilária com Barrymore e sua trupe.

 

Por: Isadora Morandi

Fotografia: Lucas D'Ambrosio

Banda mineira, Pink Floyd Reunion apresenta espetáculo conceitual para o público de Belo Horizonte.

Reportagem: Lucas D’Ambrosio

As noites de Belo Horizonte são conhecidas, entre outras atrações, pela sua cena musical. Diferentes bandas se apresentam periodicamente pelos pub’s e casas especializadas, trazendo trabalhos autorais ou obras já consagradas. Um dos grupos que se destacam nesse cenário é o Pink Floyd Reunion.

Nos dias 10, 11 e 12 de março (sexta, sábado e domingo), a banda apresenta o espetáculo “The Wall, o filme”. O palco será o Cine Theatro Brasil Vallourec, na Praça Sete, região central de Belo Horizonte.

A Reunião

Criada em 2003 por um grupo de amigos, ela se consolidou na noite belo-horizontina pela fiel reprodução do trabalho criado pelo Pink Floyd. Outro ponto de destaque, são as apresentações conceituais, que misturam a música com reproduções e experiências audiovisuais, presentes em parte do repertório de shows da banda mineira.

Para os ensaios, um estúdio de garagem é o local para a reunião dos sete integrantes da banda: Marcelo Canaan, Fernando Grossi, Raphael Rocha, Fernando Nigro, Raquel Carneiro, Marcelo Dias e Thiago Barbosa. Entre uma pausa e outra para ajustes de instrumentos, um café e água servida em filtro de barro, alguns instrumentos aguardavam as mãos dos músicos para iniciarem os trabalhos.

Em um quarto de garagem, na cidade de Belo Horizonte, acordes, notas, cantos e ajustes abrigam o Pink Floyd Reunion. Fernando Nigro é quem conduz a bateria da banda.  Fotografia: Lucas D’Ambrosio
Entre um ajuste e outro, leva tempo até organizar todos os instrumentos. No meio de cabos, teclados e contrabaixo, os integrantes Thiago Barbosa, Raphael Rocha e Marcelo Dias se preparam para mais uma maratona de ensaios. Fotografia: Lucas D’Ambrosio
O processo de imersão da banda para a realização do espetáculo já dura três meses. Ensaios, encontros, reuniões e acertos finais se fazem necessários para que a identidade na fidelidade de execução possa ser mantida. Na foto, os fundadores da banda, Fernando Grossi e Marcelo Canaan. Fotografia: Lucas D’Ambrosio

Dentre incontáveis cabos distribuídos pelo chão, 14 instrumentos de corda, uma bateria e três teclados, os ajustes são realizados pelos integrantes da banda, que preparavam os equipamentos para o início do ensaio. Os pés nas pedaleiras sincronizavam os últimos ajustes para o seu início. O repertório? A trilha sonora do filme “The Wall”, inspirado no disco de mesmo nome (lançado em 1979), da banda britânica. Para o espetáculo, a banda terá a companhia de um coral e orquestra, comandados pelo maestro Rodrigo Garcia.

Veja a entrevista completa com Marcelo Canaan. O Produtor executivo, guitarrista e vocalista do Pink Floyd Reunion conta mais sobre o espetáculo “The Wall”: