60 anos. 60 histórias

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Por Bianca Morais 

Rafael Ciccarini tem 42 anos, é atleticano, pai do Antônio de 6 anos, professor encantado pela arte de educar. Adora artes, é fã dos Beatles, já foi músico, mas pelo respeito a música resolveu abrir mão da aventura! Ciccarini é tudo isso, e também, reitor do Centro Universitário Una. Sua gestão é marcada pela paixão à educação!

A trajetória até a reitoria

Ciccarini iniciou sua história na Una em 2009, como professor de uma de suas grandes paixões, o Cinema. Ele já era educador, dava aulas em outros cursos, mas não universitários, e também atuava na área. Por vezes, tinha enviado seu currículo à Una, no entanto, não haviam vagas, até que naquele ano sua oportunidade chegou. 

O atual reitor ingressou na instituição no meio de um semestre, quando menos esperava estava ali, como “professor substituto”, cobrindo a licença no lugar de outro.

“Foi assim que entrei, no meio da disciplina, a qual não era especialista. Brinco que todo professor tem que aprender para dar aula, ninguém sabe tudo. E eu fui aprender para dar aquela aula específica, mas foi ótimo”, comenta Ciccarini.

Depois da substituição, Ciccarini acabou ganhando mais duas disciplinas, depois três, e nessa altura já estava encantado pelo curso, os colegas, alunos, e claro, pela Una.

Por volta de 2014, Ciccarini foi chamado para coordenar o curso de Cinema e Audiovisual. Ele que já vinha desenvolvendo outro trabalho no Cine Humberto Mauro, via a cena do cinema crescer em Belo Horizonte, e junto a esse momento teve o privilégio de assumir a coordenação.

“Nosso objetivo era tornar o curso da Una em uma referência nacional, e é o que foi feito, com um time de professores extremamente eficientes e uma cena cinematográfica aqui de BH que nos abraçou”, conta ele.

Após aceitar a coordenação do cinema, Ciccarini foi convidado pelo ex-diretor do campus Liberdade, Lélio Fabiano, companheiro de trabalho e amigo, a ser diretor adjunto ao seu lado, posteriormente, em 2016, com a saída de Lélio, o sucedeu na direção do antigo Instituto de Comunicação e Artes, atual campus Liberdade.

“Fiquei com o Lélio trabalhando um tempo e foi muito bom, comecei a ter uma noção mais ampla da área de educação e artes como um todo, aquele Instituto tinha muito a ver com o Lélio e o que ele trazia de cultura consigo, aprendi muito”, compartilha Ciccarini.

Nas palavras de Ciccarini, se a Una já é paixão, o campus Liberdade é o seu pulsar, uma energia diferente, ali ele podia explorar sua liderança sem deixar seu jeito “não muito formal” de lado.

“Uma vez o setor de manutenção foi me perguntar porque o campus Liberdade gastava mais água, energia e papel higiênico do que os outros. Primeiramente fiquei sem saber a resposta, mas depois de pensar, refleti que é porque o aluno do Liberdade ele não vai embora, ele estuda de manhã e fica até a noite, usando mais água, energia e papel higiênico. Ali as pessoas se sentem em casa. Conclui então que o indicador de sucesso de pertencimento é o papel higiênico”, brinca o reitor.

Os anos passavam e enquanto a carga horária de aula dele como professor diminuía, a de gestor só aumentava. O campus sob seu comando ampliava, e cursos que eram alocados em outros campus como Arquitetura, Design Gráfico, Design de Interiores e Gastronomia, foram incorporados ao Liberdade com a ideia da Economia Criativa.

“Nesse lugar que é o campus Liberdade, a Praça da Liberdade, região centro-sul, ele tem um potencial muito grande para a ideia da Economia Criativa, e o plano foi muito bem sucedido”, explica ele.

Com o campus Liberdade dirigido por Ciccarini a todo vapor, outro convite surgiu, o de também assumir a direção do campus Barro Preto, algo que na época era novidade, pois antes nenhum diretor assumia mais de uma unidade. 

“Foi um super desafio, eu vinha da área da comunicação, das artes, e lá era o lugar das engenharias, tecnologias, entre outros.  Para mim foi um grande aprendizado, dirigir uma unidade com todo portfólio de cursos diferentes dos que eu tinha trabalhado até então, ali eu me formei, em modo de falar, em 50 cursos, aprendendo um pouco com os professores de todas as áreas”, relembra Ciccarini.

Em meio a tanta bagagem de crescimento e liderança, Ciccarini foi convidado para ser vice-reitor do Uni BH, faculdade que também integra o grupo Ânima, deixando a Una por alguns anos. Por lá ele cresceu mais, assumiu a reitoria, retornando às suas raízes no dia 1º de agosto de 2019, subindo o último degrau da escada de sucesso dentro do Centro Universitário Una, exercendo o papel de reitor. 

Nascido no berço de grandes líderes

Para o atual Reitor do Centro Universitário Una, um dos pontos mais importantes em sua trajetória na instituição e em seu aprendizado, foi ter tido grandes líderes como mentores, entre eles cita Lélio Fabiano, Carolina Marra, Átila Simões, Ricardo Cançado e Marcelo Bueno, pessoas importantes para a Una e grupo Ânima em geral, e que juntos formaram um Ciccarini preparado para esse papel. 

“O que coroa a minha trajetória, o que me enche não de vaidade, mas de orgulho, no sentido bom, no sentido de quem ama o que faz, de quem se dedicou muito, é ter contado com esses grandes líderes e pessoas, não é uma trajetória só minha, é uma trajetória coletiva”, diz o reitor.

O eterno professor

Dentro de uma faculdade, o Reitor é o dirigente máximo da instituição, hoje, Rafael Ciccarini assume esse posto com muita excelência, mas não exclui a possibilidade de um dia voltar às salas de aula.

Durante seus anos como docente, a disciplina que mais amava lecionar era  História do Cinema. Apegado aquela matéria, ele a considerava sua e acabou tendo que abrir mão para alçar novos voos.

“Eu sou apaixonado pela História do Cinema, mais de 120 anos de história, é aquilo que eu mais me identifico contando, conversando sobre, mostrando trechos de filmes, analisando, filmes, diretores e estilos. Sinto muita falta de dar essa aula, ela é responsável por tudo que sou, tudo que eu descobri de valor foi dando essa aula, todos gostavam”, relembra o eterno professor.

Da sua trajetória como educador, Ciccarini sente saudades até da sala dos professores, de entrar nela e se sentir um deles, agora, com o cargo que assume, muitas das vezes que  chega no lugar, ele perde um pouco da espontaneidade.

“Esse ambiente é muito legal, sinto falta, mas sem dor, porque sei que um dia vou voltar, tenho certeza que é só um até logo. Sinto falta de rir com os alunos, de dar aulas como se não fosse um trabalho, porque quando de fato se gosta de dar aula, ela não soa como um”, completa ele.

O crescimento da Una e do Ciccarini

Ciccarini está na Una há cerca de 12 anos, e desde então tem visto ela crescer e se expandir a cada dia mais, porém nunca perdendo sua essência.

“Embora o contexto do Brasil atualmente seja diferente daquele em que entrei, o cenário mundial seja outro, a área de comunicação não é a mesma, por exemplo, no meu começo as turmas de publicidade tinha uns mil alunos, eu vejo que a Una permanece, porque é isso que a Una faz, está no DNA, esse coração que resiste independente do que acontece, vai sempre ser um espaço que renova continuamente sua esperança”, esclarece ele. 

Quem é o Reitor Ciccarini

Rafael Ciccarini é um cara entusiasmado pelo trabalho, se entrega de corpo e alma a tudo que faz, confia nas pessoas e também conquista a confiança de muitos, sempre se esforçando para oferecer o seu melhor.

O reitor Ciccarini erra e entende que isso é algo humano e natural, que os seus funcionários devem se permitir errar sem ser considerado o fim do mundo, pois isso dará confiança a eles. Segundo ele, se você tira deles a possibilidade do erro, tira deles a confiança e apenas uma pessoa confiante, inova, tenta e ousa.

“Em educação, no trabalho e na vida, a gente tem que saber que o errar, às vezes, é até mais importante que acertar, porque quando só acertamos, ficamos achando que somos perfeitos e infalíveis, e acabamos não sabendo lidar com insucesso, um não, uma barreira”, reflete o reitor.

O pai do Antônio

Ciccarini é um grande líder, respeitado por onde passa, no entanto, dentro de casa Ciccarini é ninguém mais que o pai do Antônio, e isto, é sem dúvidas, o gás que o motiva, o momento em que ele tira seu blazer e coloca a capa de super herói para o filho. 

“É um clichê, todo mundo fala isso, mas eu preciso dizer, quando você é pai você é confrontado com uma oportunidade de nascer de novo. A criança tem a algo mágico de olhar o mundo com uma pureza, no sentido de inocência, é um querer descobrir o novo, criança está sempre com desejo de descobrir o novo, de mais, o que que é isso, por que isso, a fase do por que, e às vezes a vida vai te batendo um pouco, e te cansando um pouco, mas o seu filho te renova, também essa curiosidade sobre o mundo, ao responder as perguntas para ele você tem que pensar sobre as tudo de novo, tem que dar ele esperanças de as coisas vão ser bacanas, você tem que renovar a sua aposta de sentido de existência. Cicarini é um pai muito feliz por ter tido essa oportunidade de ser pai”, conta ele.

De Ciccarini para Ciccarini:

“Calma, esse desejo , esse fogo de fazer, essa inquietude, essa chama, isso não pode ser fator de sofrimento, tem que ser fator de alegria. Exerça sua potência, faça o que você tenha que fazer, seja essa força que você é, mas isso tem que ser motivo de felicidade não de sofrimento, no sentido de, tem coisa que você não vai conseguir fazer, você não vai dar conta de tudo, tem coisa que você vai falhar, tem decisão que você vai tomar que vai desagradar pessoas, e isso faz parte da vida, então não tome para si todas as dores do mundo, ninguém precisa fazer isso”, conclui o reitor.

De Cicarini para a Una 60 anos:

“Existe muito essa ideia do reitor Cicarini, o centro, mas na verdade somos um time que abraça, é o time que se monta , e quanto esse time acredita que é possível. Quando você tem um grupo de pessoas talentosas e inteligentes, todas elas confiantes de que aquilo que a gente quer realizar,é possível, a gente pode chegar lá. 

Sempre a coisa mais importante são as pessoas, é formar bons times, trazer gente apaixonada, inteligente, talentosa, do bem. Não adianta só produzir e entregar, você tem que viver, é aquilo que eu falo, você tem que ter resultado, mas tem que ter leveza, felicidade, riso, ninguém consegue sustentar algo que é pesado por muito tempo, você tem um resultado de curto prazo, mas aquilo não dura, porque as pessoas não aguentam, elas acabam saindo e desistindo, então você tem que conciliar.

Gestão é um pouco disso, conciliar leveza, e resultado, só leveza não resolve, não vai ter do que viver, essa leveza não enche a barriga de ninguém, mas só resultado torna a vida muito pesada, o trabalho muito intolerante.

Muito obrigado, a primeira coisa que tenho a dizer é: vocês são meus colegas, essa comunidade é o que faz a Una, vocês são a Una, vamos seguir tentando realizar nossos sonhos e desejos aqui dentro da instituição, fazendo com que ela seja a soma e o desejo do que todos nós tenhamos de melhor, com erro e acerto, mas com desejo de transformar, de fazer diferença, de ver as coisas melhores, e juntos vamos fazer mais e fazer com que os próximos 60 anos da Una sejam ainda muito mais grandiosos do que foram os primeiros”. 

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Por Bianca Morais 

A profissão de Carroceiro é uma das mais antigas do mundo, antes mesmo dos motoristas de ônibus, caminhões e carros, das caminhonetes e caçambas, eram os cavalos com suas carroças o meio de transporte de vários trabalhadores e responsáveis pela limpeza da cidade, catando entulhos, entre outros.

Muito além da condução, os cavalos são companheiros de trabalho, e diferente do que muitos pensam, a maioria dos carroceiros se preocupa com a saúde dos seus animais, afinal são através deles que conseguem prover o seu sustento. 

É pensando nos carroceiros e nos equinos para além de veículos de tração animal, mas companheiros de vida dos carroceiros, que o Centro Universitário Una, junto a prefeitura de Uberlândia criou o Uberlândia Amiga dos Carroceiros.

Uberlândia é uma cidade onde existem muitos carroceiros, e ao invés de ignorá-los ou proibir as carroças como em outras cidades no Brasil, algo que pode prejudicar a vida de quem depende delas, a cidade resolveu abraçar esses profissionais e proporcionar aos animais qualidade de vida.

O projeto

O projeto Uberlândia Amiga dos Carroceiros começou em dezembro de 2019, através de uma sugestão dada pelo professor Flávio Moraes, do curso de Medicina Veterinária, o atual coordenador do projeto, que ao apresentar sua proposta à coordenação dos cursos de agrária da Una Uberlândia, ela foi aceita e levada à prefeitura.

Através de um acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, a parceria foi fechada. A prefeitura fornece oslocais nos bairros onde os carroceiros depositam seus lixos e entulhos, conhecido como ecopontos, na cidade existe um total de 13 desses, e mensalmente os alunos, orientados por professores e voluntários rodam esses locais fazendo o atendimento dos animais e orientando os tutores com cartilhas de como cuidar dos equinos.

Como todo projeto de extensão, o Uberlândia Amiga dos Carroceiros, apresenta aos estudantes a realidade que irão enfrentar, elevando o conhecimento adquirido dentro da faculdade para a sociedade. Nesse caso, os alunos de medicina veterinária auxiliam os carroceiros, que na maior parte, são pessoas carentes, tudo isso com o principal objetivo de trazer uma melhoria de vida não apenas aos animais, mas também de seus tutores.

“A gente melhora a qualidade de vida dos animais e de uma certa forma dos seus tutores, afinal aquele cavalo é a fonte de renda dele, cuidamos das doenças que ele possa estar adquirindo ou já tenha ao longo dos anos nesse trabalho árduo que é transportar entulhos pela cidade”, diz o coordenador do projeto.

Os atendimentos

O projeto já está na sua oitava edição e já foram 145 atendimentos clínicos, os principais problemas apresentados por eles são em termos nutricionais, desidratados, mal nutridos, problemas dentários, no casco, todavia uma das principais doenças que acometem os animais, a cólica equina, nunca foi diagnosticada. 

A Una oferece atendimento clínico básico, odontologia veterinária, extração dentária, vermifugação, além das tendas para serem montadas nos ecopontos, os remédios e o aparelhado para o atendimento básico. Depois da triagem os animais mais debilitados passam por um procedimento chamado de fluidoterapia, alguns componentes são colocados no soro e mais algumas medicações.

“É importante ser ressaltado que nosso atendimento é básico, de rotina, se aparece um quadro mais complicado de doença no cavalo, ali ficamos sem ter como proceder. Já teve caso do animal chegar com um corte na perna que machucou em um vaso sanitário jogado no lixo, formou-se uma ferida imensa e feia, os alunos orientados pelos professores, fizeram todo esse tratamento de ferida, iam na casa desse animal uma vez ao mês, para olhar como é que estava, e essa ferida que era profunda cicatrizou em três, quatro meses”, conta Flávio Moraes.

A veterinária responsável pela parte dentária dos cavalos é uma voluntária, Tays Monteiro conheceu o projeto pelas redes sociais e resolveu contribuir de forma espontânea ajudando nos atendimentos.  “Nós levamos os equipamentos para fazer essa parte dentária e ela faz esse atendimento, ela veio para contribuir bastante, você vê que é um projeto que abrange a sociedade e que algumas pessoas dessa comunidade acham interessante colaborar com ele”, completa Flávio.

Os atendimentos são oferecidos de forma gratuitos e de grande valia para os tutores dos animais, uma vez que uma consulta numa clínica veterinária não sai por menos que R$150 e um atendimento dentário entre R$300 e R$400. 

O projeto também tem parceria com um laboratório de exames, dessa forma, o sangue coletado é enviado ao local sem custo algum e os resultados ajudam a traçar o tratamento adequado aos cavalos.

 

A questão dos carroceiros

Atualmente, Uberlândia é uma cidade com muitos carroceiros, todas essas pessoas que trabalham com essa atividade ajudam a manter a cidade limpa, por isso, o projeto veio para aproximar esses trabalhadores da prefeitura e proporcionar a eles serviços que muitas vezes eles não têm condições de oferecer a seus animais. Apesar disso, e do alto retorno positivo da sociedade e da gratidão dos carroceiros, o projeto ainda recebe algumas críticas negativas.

É uma realidade que utilizar cavalos para esse fim não é uma alternativa bem vista, se fosse possível substituir essa atividade através de uma política pública eficiente, seria perfeito, mas essa não é a realidade do país que passa por muitas desigualdades sociais. Proibir o uso das carroças vai além de envolver somente o cavalo, isso envolve a sociedade, os carroceiros dependem desse animal para sua sobrevivência, se isso acabar qual fim eles teriam? Como teriam dinheiro para sustentar suas famílias?

“Vão roubar por não ter de onde tirar seu sustento? Será que isso não aumentaria a criminalidade, então isso é uma questão, além da saúde animal, é uma questão social, que ainda não encontramos pessoas, políticos, que pudessem resolver isso por completo, sem afetar a parte social dessa minoria que sem ajuda desse animal passaria muito mais necessidades. O papel do veterinário nesse ponto é de pensar no animal, pensar na saúde dele, nesse momento que ele está sendo usado para isso, nossa função é cuidar da vida dele”, conclui o coordenador.

O curso de veterinária

O curso de Medicina Veterinária na Una Uberlândia teve início em 2018, e inclusive, o projeto nasceu justamente como uma oportunidade dos alunos da instituição terem esse contato direto com a área. Essa extensão sendo levada a comunidade entra dentro dos pilares da Una de transformar o país pela educação.

Desde que ingressa no curso, o aluno já tem a oportunidade de participar do projeto, a partir do momento que o discente entra em contato curso e o animal, ele já vai se adaptando ao meio.

“Tem pessoas que nunca viram um cavalo, uma vaca, e só de estar perto, observando o colega fazer, de escutar uma palavra diferente, técnica, o aluno está aprendendo. Do meu ponto de vista, desde o primeiro período o aluno tem capacidade de estar fazendo esse projeto junto com a gente”, explica Flávio.

O aluno do primeiro período acompanha um aluno do oitavo que já está atendendo, ele anota uma ficha clínica, pega uma medicação, ele se desenvolve e a medida que vai evoluindo no curso as tarefas também vão mudando.

“Eu acredito que os alunos realmente gostam do projeto, eles aconselham, até dão ideias do que fazer, do que melhorar, organizar, tem envolvimento, não ficam só em cima do coordenador do projeto, tem o comprometimento para ajudar no desenvolvimento, acho isso uma forma de amadurecimento deles, para que possam crescer como profissionais a partir de um projeto de extensão, para na vida profissional, se forem exercer esse caminho fazer da melhor maneira possível”, completa o professor.

O olhar humanitário 

“Esse projeto é muito gratificante, tenho a sensação de estar fazendo a minha parte, ainda tenho vontade de fazer mais para ajudar a sociedade, mas já é um começo, me sinto um profissional realizado, amo o que faço, espero continuar fazendo esse processo e que ele dure muito tempo, se Deus abençoar, que a gente possa estar melhorando sempre, a medida que formos crescendo. 

Ver a satisfação das pessoas felizes no evento porque seu animal foi atendido, o dono do cavalo muitas vezes se sente rejeitado na sociedade por vários motivos e um deles por mexerem com animais de tração, quando você faz um projeto desse é uma forma de inserir ele na sociedade, faz com que se sintam úteis, e isso eu acho o ponto mais importante desse projeto, é além de ajudar os animais como médico veterinário, podemos ajudar também como cidadão, você está ajudando pessoas, que têm carências diversas, econômicas e emocionais.

Uberlândia Amiga dos Carroceiros é super positivo, porque primeiramente o papel de nós como ser humano, como cidadão, é de ajudar pessoas e nesse caso estamos ajudando também animais, é muito gratificante, você ver uma pessoa te agradecer, “o doutor muito obrigado”, não tem palavras para expressar a emoção”.

 

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Por Keven Souza

Abordando o tema “Quais são as possíveis alternativas de compostos promotores de crescimento e metabólitos no desenvolvimento cafeeiro?”, aconteceu no mês de junho deste ano a 3ª edição do Desafio Work&Play Satis. A competição de caráter nacional é promovida pela empresa mineira, Satis, especializada em produtos de nutrição orgânica, direcionada aos universitários dos cursos de Agronomia e Engenharia Agronômica com objetivo de estimulá-los a desenvolverem projetos de gestão nutricional de plantas e criarem suas próprias competências, além de habilidades, a partir da proposta.

Ao final do concurso houveram dez classificados. Entre eles estava a aluna do nono período do curso de Agronomia da Una Pouso Alegre, Amanda Martins Lima, 24 anos, que superou outros 264 trabalhos inscritos nesta edição e se consagrou em primeiro lugar como a campeã do desafio deste ano, se tornando a primeira mulher a conquistar este feito. 

Em conversa com o Jornal Contramão, Amanda explicou como foi participar do desafio e as dificuldades durante este processo. Também abordou detalhes acerca do seu projeto que lhe garantiu ser classificada como vencedora. Confira a entrevista!

Amanda, desde o início da graduação você imaginava participar de competições relacionadas à agropecuária ou essa projeção veio somente por agora?

A minha carreira e o início da realização de um grande sonho começaram no segundo semestre de 2017, quando a Una Pouso Alegre trouxe o curso de Agronomia para minha cidade. Faço parte da primeira turma de alunos deste curso e desde quando entrei, a faculdade tem motivado os alunos a participarem de concursos e desafios, e comigo não seria diferente. Então com todo o incentivo e apoio que recebia, e ainda recebo, da instituição, conseguia, sim, me imaginar participando de competições relacionadas à agropecuária. 

Essa é a primeira vez que você ganha uma competição? Como se sentiu em relação a isto? 

Sim! É a primeira vez que ganho uma competição a nível nacional. No ano de 2019, foi realizado pela Una Pouso Alegre, o Expolnova, um evento que cheguei também a conquistar o pódio, em segundo lugar, como melhor projeto inovador desenvolvido no campus. No entanto, costumo dizer que ganhar a premiação de 1º Lugar  do Desafio Work&Play Satis me fez adquirir mais maturidade e confiança em mim mesma, hoje, carrego comigo uma bagagem de conhecimentos imprescindíveis e a certeza é de que posso ir muito além do que posso imaginar. Uma sensação incrível! 

O que levou você a participar do Desafio Work&Play Satis e qual seria o diferencial do seu projeto que te tornou vencedora?

Um dos maiores motivos foi o desejo de conquistar a vaga de estágio na empresa, já que foi ofertado para os dois primeiros ganhadores do desafio e sem dúvidas foi uma motivação para que eu pudesse me dedicar ainda mais e estudar no projeto. Hoje sou estagiária no campo de pesquisa da Satis e essa oportunidade está agregando no meu crescimento profissional. 

Em relação ao projeto, vejo a minha proposta de solução como algo inovador para a cultura do cafeeiro, onde venho propor o uso da inoculação da Bacillus aryabhattai neste cultivo. O uso dessa bactéria já é utilizado em algumas culturas, como o feijão-caupi, mandioca, soja, milho, algodão e cana-de-açúcar. Com base na literatura Bacillus aryabhattai, ela é ativada através de diversas ações metabólicas e consegue promover o crescimento acelerado da planta. Tendo em vista que os microrganismos endofíticos, como a Bacillus aryabhattai, vem se  tornando uma estratégia inovadora para atender às demandas globais por alimentos sustentáveis, o uso da inoculação da bactéria, agrega em vários benefícios, como ajudar na relação hospedeiro vegetal-microrganismo e no controle de pragas e fitopatógenos. 

Pesquisas mais recentes apontam que estes microrganismos podem produzir metabólitos secundários com potencial de aplicação farmacêutica (como antibióticos), como a promoção de crescimento vegetal, o aumento da absorção de nutrientes no solo, os vetores para a introdução de genes em plantas hospedeiras, a fixação biológica de nitrogênio e a potencialização para obter produtos biológicos que podem evitar ou reduzir o uso de agroquímicos. 

E para que acreditassem que a minha solução fosse realmente eficaz, utilizei de metodologias, como google acadêmico, a fim de buscar estudos recentes sobre o uso da inoculação de Bacillus aryabhattai em outras culturas. De modo que, a utilização deste produto não só seja uma inovação para o cafeeiro, mas também venha ser testada devido ao seu grande potencial. De modo geral é um projeto desafiador e muito necessário. 

Durante o processo de desenvolvê-lo, houveram desafios e percalços para conciliá-lo com a faculdade e vida pessoal? Você sentiu medo ou insegurança de não dar conta?

Dediquei todo o tempo que tinha ao projeto, estudei e li muito artigo para formular a melhor proposta. Na minha visão, consegui administrá-lo muito bem com a faculdade e vida pessoal. Houve momentos que senti insegurança, mas não por não acreditar no meu potencial e sim, por ser um desafio muito competitivo. Acredito que esse foi um dos pontos que fez com que eu me dedicasse afincadamente aos estudos para conseguir desenvolver a melhor proposta possível. 

Você teve apoio de seus familiares e amigos? 

Tive muito suporte. Principalmente dos meus familiares que sempre me apoiaram e continuam a acreditar e me apoiar no meu potencial até hoje. Sou imensamente grata a eles por estarem ao meu lado sempre, porque este apoio me fez conquistar mais força para me dedicar e conquistar o primeiro lugar do desafio Work&Play Satis. Quando souberam do resultado final se sentiram honrados em ver que todo esforço que tiveram por mim valeu muito a pena e o sentimento que possa a vir a sintetizar tudo isso é o de orgulho. Orgulho em me ver conquistando uma premiação que agrega em toda minha carreira profissional. 

Na sua visão, ter conquistado o primeiro lugar no desafio, seria de grande valia para a Una? 

A Una de Pouso Alegre recebeu um troféu de recordação dessa premiação, tenho certeza que ser a única do curso de Agronomia a participar do desafio e ter conquistado o 1º lugar, criou uma visibilidade muito grande para ambos. Meus professores e a própria coordenadora se sentiram muito honrados e orgulhosos da minha conquista.

Você vê a Una como uma instituição que incentiva seus alunos nesse tipo de projeto?

Com certeza! Como disse, tive muito apoio e incentivo da faculdade, e também do meu professor Dr. Wantuir Chagas que estava me orientando desde o início de todo o projeto, até o final do desafio. 

Qual a importância de estar numa instituição que busca se relacionar com o mercado? 

Uma importância muito grande para assegurar, nós alunos, de que há um grande empenho por parte da instituição para termos o devido apoio em relação ao mercado de trabalho e seus diversos âmbitos.

A Agronomia é um campo da Gestão Ambiental, constituído, majoritariamente, por homens. Como você enxerga esse paradigma, pensando na sua vitória no concurso? Seria importante essa “representatividade” feminina na agropecuária?  

Acredito que essa vitória veio para mostrar que o agronegócio também é para as mulheres e que o nosso lugar é onde nós quisermos, inclusive na Agronomia. Espero que essa conquista na minha carreira possa servir de inspiração para aquelas que querem seguir a carreira do agronegócio, mas por algum motivo colocam limites em seus sonhos. Digo e repito: assim como eu não coloquei empecilhos no meu sonho, não coloquem no seus! Acreditem em vocês, porque se vocês sonham, no final das contas são capazes de fazer acontecer. Não deixem nada e ninguém dizer ao contrário. Somos uma grande representatividade feminina dentro do agronegócio, podem apostar. 

O que você acha do mercado do agronegócio? Estaria ele mais aberto para pessoas dedicadas e comprometidas, levando mais em consideração a capacidade do indivíduo independe do sexo do profissional?

Total! O mercado de trabalho prefere pessoas com espíritos competitivos e desafiadores independente do sexo profissional, e são profissionais assim que fazem empresas crescerem. 

Amanda, a partir de agora virão outros desafios e novas conquistas?

Com certeza sim! Sempre estarei a buscar novos desafios para alcançar grandes vitórias. Vitórias estas que me fazem crescer profissionalmente e aguça meu lado pessoal. 

O que a Amanda de agora, a que venceu o desafio, diria para a Amanda de antes, aquela que fez a inscrição para participar da competição? 

Digo que sou capaz de conquistar qualquer coisa, que carrego comigo um orgulho enorme de mim mesma, da mulher do agronegócio que estou me tornando e ainda mais da responsabilidade de ser representante de inúmeras mulheres nessa áreas que escolhi atuar. A agronomia é muito mais do que se pode a vir a pensar, conquistar o primeiro lugar do Work&Play Satis me fez ter a certeza de que posso conquistar tudo que desejo, basta sempre acreditar em mim mesma e me esforçar que a recompensa sempre virá.

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Por Keven Souza

Ninguém nasce sabendo, não é mesmo? Embora o homem seja um ser pensante, não é segredo que construímos o nosso saber ao longo da vida. O ato de lecionar é uma tarefa árdua desempenhada por um indivíduo que acredita na educação, como arma poderosa, e a sua capacidade de transformar todo o seu redor. 

Além dos pais ou responsáveis, que nos ensinam desde criança como agir e se comportar, o professor é aquele apto a transmitir conhecimentos mais amplos sobre o mundo, a sociedade e a profissão que iremos seguir. É através dessa docência que surgem brilhantes profissionais e grandes gênios do mercado, e se torna talvez uma das profissões mais essenciais do mundo quando se fala em formar relações humanas, competências socioemocionais e estimular o sucesso profissional e pessoal. 

No atual cenário, ser professor é muito mais do que ministrar aulas. É ser um profissional que representa e sintetiza a capacidade de “criar” seres pensantes que poderão melhorar o mundo, um papel que ocupa lugar de destaque na vida de inúmeras pessoas, porque o verdadeiro mestre não se limita apenas ao intelectual. 

No Centro Universitário Una é aquele profissional engajado e próximo do estudante, que o enxerga em sua integralidade, levando em consideração seus traços e contrastes como indivíduo único. É a pessoa que propicia um ambiente amistoso, capaz de permitir uma jornada acadêmica de maneira mais leve e empática. Um cargo solene que transcende o ensinar e abrange o amar. E para comemorar o Dia dos Professores, que foi no último dia 15, o Jornal Contramão traz uma matéria muito especial. Afinal, são eles que auxiliam na trajetória de sucesso de vários estudantes e profissionais, como também escrevem a da história da Una, essa instituição de grande reconhecimento. 

Danielle Luciana Meira Miranda, 19 anos , é aluna do último período de Design de Interiores da intituição, ela declara que, o companheirismo de seus professores lhe engaja e torna sua trajetória acadêmica mais enriquecedora. “Minha relação com os professores é ótima! Sempre mantemos o contato dentro e fora de aula, pois quando preciso de ajuda é a eles que recorro. E é total companheirismo! É sempre bom ter apoio de um profissional tão bem qualificado na área, a relação entre professor e aluno é enriquecedora para mim. Sem eles essa trajetória de aprendizado seria muito mais difícil”, conta.  

Ela ressalta ainda que, além da força de vontade e o companheirismo dos professores, ambos têm deixado, ao longo do tempo, de ser os detentores do saber e têm assumido o papel passivo de mediadores do conhecimento, onde se forma uma figura que dizima os obstáculos pessoais e educacionais dos alunos.  

E que no presente, vão além da posição de mútuo e incontestável, se tornando aqueles que criam laços para além da sala de aula e trabalham em prol da confiança e do afeto recíproco.“Para mim, professores significam sem dúvidas, conhecimento! Estar em uma sala de aula e absorver conteúdos ricos de pessoas que se dedicam a ensinar é inspirador. Jamais conseguiria desenvolver habilidades sem eles, sem os feedbacks, sugestões e críticas construtivas que me passam”, explica a aluna. 

 

Tempos de pandemia 

A pandemia do Coronavírus trouxe impactos em diversos âmbitos profissionais e camada sociais. Na classe dos docentes, não foi diferente. Professores se depararam com a mudança de rotina após o fechamento dos ambientes presenciais e tiveram que se adaptar a uma nova realidade – de forma síncrona, se desdobrado para assessorar o aprendizado de cada estudante, onde foi colocado a prova a sua capacidade de se modificar como profissional independente de qualquer situação ou cenário. 

De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Península (IP), que tem acompanhado a realidade e a visão de futuro de educadores durante a pandemia, em uma mostra representativa de todo o Brasil, apenas 28% dos alunos estão motivados a fazer as atividades escolares em casa. O que deixa claro e evidente o grande esforço por parte dos docentes de fazer com que a qualidade do ensino fique excepcional durantes os encontros remotos, além de dar indícios da busca incansável por buscarem ferramentas que estimulem a participação ativa dos alunos. 

Apesar de estar em um contexto sensível, segundo alunos, é possível perceber que na Una, o corpo docente tem se dedicado com garra e coragem, trabalhando afincadamente para personificar a segurança de um aprendizado ávido e representar a certeza de um futuro melhor. Amanda Daniela de Oliveira Serafim, que é estudante do quarto período de Publicidade e Propaganda, explica que possui dificuldades de atenção inerentes ao aprendizado durante as aulas de modo síncrono e afirma que, em nenhum momento seus professores cederam ou perderam prazer de dar aula diante ao atual cenário pandêmico. 

“Tenho certa dificuldade com atenção, então acho mais complicado aprender de modo síncrono mesmo. Mas ao mesmo tempo, ficou evidente o quanto os professores se esforçaram para se adaptar e manter o ensino com a melhor qualidade possível, o que ajudou bastante no processo”, afirma.

Segundo a aluna, a desenvoltura do profissional está sendo de vital importância no auxílio de seu aprendizado e de todos os graduandos de quaisquer que sejam as áreas. “Os professores são essenciais tanto presencialmente quanto remotamente. Na pandemia entrei em contato com professores incríveis que mesmo diante das circunstâncias ofereceram assistência completa e aulas incríveis durante todo o semestre, sem eles não teríamos conseguido nem metade do progresso que fizemos até aqui”, diz a aluna. 

Para o estudante Ítalo Charles Rodrigues Santos, aluno do sétimo período de Jornalismo, sua trajetória acadêmica foi atordoada por medos e inseguranças de não ser bom o suficiente em suas diferentes produções jornalísticas que vieram a ser produzidas durante a graduação. “Em alguns momentos senti medo, por desconhecer alguns assuntos e assim acreditar que não seria capaz de produzir bem e consequentemente ser um bom profissional”. 

No entanto, foi por meio da presença dos docentes que conseguiu aplicar conceitos e desenvolver técnicas, e assim reduzir suas hesitações. “É através do ambiente harmonizo que o professor permite, que o aluno se sentirá confortável e confiável para aprender a desenvolver suas habilidades, a partir das trocas e aprendizados”, explica o aluno. 

Ambos são o esboço da habilidade dos professores de se transformarem em vários aspectos para levar o conhecimento, independente da circunstância, em sua totalidade. A arte de ensinar é primordial para continuar a instigar o estudante a ter gosto e vontade de aprender, uma tarefa que não é fácil, mas que é significativa para formar grandes indivíduos e profissionais mais preparados no mercado.  

De fato, a pandemia impactou a sociedade, que talvez não seja mais a mesma daqui alguns anos, mas o papel do educador permanece relevante em todo o processo de aprendizagem e também para além dele.

Com a palavra do coordenador dos cursos de Comunicação e Artes da Una campus Liberdade

“De todas as características humanas, a que mais me encanta é a capacidade plástica dos indivíduos, podemos ser o que a gente quiser, dado o alto grau de adaptabilidade que apresentamos. Talvez por isso a educação seja um lar para mim, poucas coisas me sensibilizam tanto quanto a partilha e a multiplicação do conhecimento na transformação da vida da gente. Neste dia tão especial, quero render toda a minha admiração para cada professora e cada professor que trabalha nesta nossa casa. Em um tempo complexo e barulhento como o nosso, sigamos na coxia, certos de que há muito por fazer por este mundo, e que é junto dos nossos alunos e alunas que a mudança real e vital de fato acontece” – diz Antônio Terra, em recado para todos os docentes da instituição em comemoração ao Dia dos Professores.

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Por Bianca Morais 

O Jaleco é um equipamento de proteção individual utilizado por profissionais da saúde. A cor branca foi escolhida por representar a bondade, a limpeza e a tranquilidade, características essenciais a um trabalhador responsável por atender pessoas em uma questão delicada.

Um jaleco branco representa um profissional cuidadoso e preocupado com seus pacientes, proporcionando a eles um atendimento excelente.

A Cerimônia do Jaleco é o nome dado a uma celebração tradicional em várias universidades ao redor do país que tem como intuito ensinar os calouros a como utilizar o EPI da maneira correta. Nela os alunos recebem dicas e são orientados em quais aulas e lugares podem utilizá-los. 

Na cerimônia os estudantes vestem o jaleco pela primeira vez, é o início de um grande ciclo que ele irá começar, é a expectativa de que, dali alguns anos ele irá se tornar um responsável pela vida e saúde de muitas pessoas.

Entrar em uma faculdade não é algo fácil, existe o vestibular, o dinheiro investido e toda uma dedicação por parte do estudante, principalmente quando se trata de cursos da área da saúde, o jovem chegar ali é uma vitória por isso, a Cerimônia do Jaleco, muito além de sinalizar os calouros como utilizar o jaleco da forma correta, é uma conquista. 

No Centro Universitário Una, a cerimônia do Jaleco é um evento que acontece semestralmente nos cursos de saúde da Faculdade UNA Pouso Alegre. Idealizada pelas professoras Mariana Pereira Borges e Gabriela Yanagihara, do curso de Fisioterapia e potencializada pela coordenadora Paula Rocha, a cerimônia do jaleco teve sua primeira edição em 2020/02.

O evento é destinado a todos os alunos da saúde que iniciarão o estágio curricular obrigatório no semestre seguinte. São convidados professores do curso para celebrarem o momento e proferirem palavras de incentivo aos discentes que iniciarão suas atividades profissionais. Os educadores instruem os estudantes a convidarem seus padrinhos da graduação, ou seja, aquele familiar, amigo, parceiro que ele considera muito importante durante sua trajetória na universidade.

Para a cerimônia, a Faculdade UNA Pouso Alegre presenteia os estudantes com um jaleco bordado do curso para que ele possa usar durante suas atividades de estágio.

Um cerimonialista é convidado para realizar a narração do evento que se inicia com uma abertura oficial, além da fala da direção e da coordenação. Posteriormente, acontece a homenagem dos professores de cada curso e esse é um momento emocionante, pois normalmente são convidados docentes que estiveram com a turma desde o começo do curso, e suas palavras se comportam como um “envio” desses alunos e um voto de confiança de que estão preparados para a atuação profissional.

O terceiro momento acontece com o proferimento do juramento de cada curso. Nesse momento, um professor profere o juramento e os estudantes simbolicamente fazem o gesto. Depois do juramento, os padrinhos convidados ajudam o aluno a vestirem seus jalecos o que simboliza a confiança depositada neles e o orgulho pelo caminho que trilharam.

Ao final do evento, os estudantes são convidados a se expressarem e a adesão é muito alta. “Podemos presenciar momentos de alegria, emoções, testemunhos e falas que tocam nossos corações. Houveram momentos que os familiares tomaram a fala e homenagearam os alunos”, diz a coordenadora Paula Rocha.

A cerimônia se encerra com uma apresentação com música e fotos das turmas, preparada pela comissão de organização do evento.

“Diferente de outras faculdades, em que a cerimônia do jaleco acontece no início do curso, nós da Faculdade UNA Pouso Alegre realizamos ao final, pois entendemos que esse é um momento marcante para a entrada do aluno no campo de estágio. É um momento personalizado para a turma e que eles esperam com muita ansiedade. Acreditamos que realizar a cerimônia como celebração dessa ponta final do curso é algo muito especial e que tem cativado os estudantes”, completa Paula.

As duas edições realizadas foram remotamente dada a questão da pandemia, o que permitiu ser aberto para familiares e amigos. Para as próximas edições o desejo é realizar em ambiente presencial, a depender do número de alunos.

“Para nós, da Una, esse evento é nossa marca. É o momento mais importante da vida e sonho do nosso aluno e, portanto, nossa missão cumprida”, conclui a coordenadora.

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Após mudança de nome, a cafeteria fechou parceria com a Una a fim de auxiliar na inovação da marca visando mais requinte e sofisticação.

Por Keven Souza

Existem alguns pequenos prazeres na vida, para os amantes de café, não há explicação lógica que atenda à dimensão do sentir o aroma e sabor da bebida. Não importa se a pessoa é entendedora de grãos, se acrescenta açúcar ou chantilly, o que realmente conta de fato é a qualidade e as distintas sensações que o café pode fornecer. Tem quem goste de cafés especiais, aqueles que seguem padrões de qualidade, diversidade e processo. Para este estilo, são exigidos cuidados especiais de cultivo e preparo por conter propriedades intrínsecas, a fim de oferecer uma bebida “premium” com aspectos sensoriais.

Em Belo Horizonte, a Manní Cafés Especiais é uma cafeteria que tem como propósito oferecer interações sociais, além de uma experiência em cafés com diversidade de origens e de métodos de preparo. Carrega consigo a sustentabilidade dos produtos que comercializam, além de trazer com excelência e com procedência, a vocação natural para produzir grãos de qualidade e incentivar o comércio direto entre o produtor e toda a cadeia de valor do café especial. 

Por estar dentro da Una Cine Belas Artes não só acreditam em pessoas, como também se movimentam por elas e para elas, é um espaço que valoriza todo o caminho da bebida e o que está além da xícara. Nesta perspectiva, entende que assim como pessoas, marcas tendem a se mover e precisam evoluir. Por isso, ao existirem para representar a essência do café premium, a cafeteria passou por uma reformulação de identidade visual a fim de inovar a marca visando mais requinte e sofisticação. 

Na decisão, a Fábrica (coletivo dos laboratórios de economia criativa da Una), através da Agência Luna, trabalhou junto ao diretor criativo e profissional referência do negócio, Renato Falci, a fim de auxiliar no rebranding da marca, pensando em conceitos, valores e referências, para ‘repaginar’ a cafeteria sem se quer perder os seus princípios que os fazem ser únicos. A ação denominada de “Rebranding do café Paladar Espresso” teve início em abril deste ano e foi finalizada em julho.

O projeto contou com a participação de Leonardo Cândido, como cliente, Renato Falci, enquanto diretor criativo e profissional referência do negócio, Victória Moura e Giulia Cortesi, no papel de alunas do curso de Publicidade e Propaganda e diretoras de criação e arte do time, Letícia Dias, bem como líder do Núcleo de Moda Una com a gestão de parcerias e Larissa Santiago com a direção técnica, na função de coordenadora do projeto.

Leonardo da Silva Ferreira Cândido, que é administrador da cafeteria, explica que, a proposta da parceria acontecer junto à Fábrica, decorreu pela a sinergia entre a Una e o Cine Belas Artes, que já havia sido instaurada pelo patrocínio do Grupo Ânima. Com isso, surgiu a ideia de se aproximar ainda mais da faculdade, para que, por meio do branding da Manní, os alunos pudessem acompanhar na íntegra o processo de desenvolvimento de reestruturação de identidade do espaço.

“Cheguei a contratar um especialista em gestão de projeto de branding, no caso Renato Falci, para desenvolver uma marca nova para a minha cafeteria. O mesmo sugeriu que eu entrasse em contato com a Una, para que os alunos acompanhassem de perto o processo de desenvolvimento do projeto, pois a ideia era se aproximar da instituição, uma vez que estava estabelecida a parceria com o cinema”, explica o responsável pela cafeteria. 

Desde 2019, a cafeteria estava operando com o nome de Paladar Espresso, no entanto após o projeto, o espaço passa a ser chamado de Manní Cafés Especiais. De acordo com Leonardo, foi a experiência de Renato como gestor de projetos de branding e sua atuação no mercado de cafés especiais, junto ao suporte das alunas da Una, que facilitou o desenvolvimento dos conceitos da atual marca e consequentemente trouxe efeito positivo no resultado final. “O atual nome tem inspiração na região que deu origem ao café e a estética da logomarca tem como referência e inspiração as artes dos povos originários que estão localizados dentro do cinturão do café”, salienta Leonardo.

O que muitos não sabem é que, ao possuir características extensionistas, o projeto condiz com o posicionamento da Una, de se empenhar para impulsionar seus estudantes a serem protagonistas do seu próprio futuro. Larissa Santiago, que é publicitária especialista em Inteligência de Mercado e foi coordenadora dos alunos nesta ação, afirma que, o fato das estudantes terem atuado a favor de desenvolver um projeto de marca para uma empresa real, voltada ao setor de vendas, é de grande valia para proporcionar a autonomia de ambas em atividades requeridas no mercado, além de estimular a construírem um portfólio rico e diverso. 

“Durante o processo, puderam aplicar metodologias aprendidas em sala de aula na prática e ter a orientação dos profissionais com experiência no mercado envolvidos. Isso tudo de forma online, ou seja, se desenvolveram enquanto profissionais com soft skills para enfrentar modelos de trabalho do futuro – híbridos e remotos”, afirma Larissa, sobre as habilidades estimuladas aos alunos.

Ela explica que as principais funções das estudantes aconteceram em várias etapas, entre elas a criação do nome e do design da marca, onde acompanharam e contribuíram com o desenvolvimento do projeto liderado por Renato. E que foi desenvolvido, junto ao profissional, a construção de missão, visão e valores da empresa; o manifesto, arquétipo e linguagem visual da marca; o processo de Naming e o benchmarking; além do estudo e pesquisa para apoiar na criação da logo; entre outras funções. 

Para a estudante Victória Moura, que foi uma das alunas atuantes no projeto, a palavra que sintetiza sua participação ao longo do processo, é a gratidão. Ela decidiu entrar para ação com intuito de aplicar seus conhecimentos adquiridos em sala, mas muito antes da sua participação, havia em si mesma a inquietação para atuar em novas áreas profissionais e foi durante o projeto que a decisão de migrar de Social Media para estrategista de marca, de fato aconteceu. “Entrei com intenção de aplicar algumas leituras e cursos que concretizei e claro, desenvolver o projeto como um passaporte de entrada para o mercado”, diz a aluna.

Sua função, ao lado de sua colega Giulia Cortesi, foi trabalhar no backstage a favor de auxiliar na parte estratégica da marca com a elaboração de conceitos e ideias essenciais para definir a identidade visual final. Uma tarefa que, não só a ajudou a ampliar sua compreensão sobre técnicas e habilidades do universo do designer gráfico e publicitário, como também, abriu novas oportunidades de trabalhar em novos projetos como freelancer. 

“Absorvi uma gama muito mais ampla de técnicas e ferramentas de planejamento de marca, que proporcionam atuar em vários aspectos de uma mudança visual. Isso certamente mudou o rumo da minha formação, que com certeza agora é mais robusta e de cunho mais especialista. Talvez um diferencial, que me abriu portas para fechar projetos de marcas acima dos quatros dígitos financeiros”, ressalta a aluna. 

Após a finalização do projeto, a Manní Café Especiais, tem se esforçado para pensar em um cardápio variado que harmonize com o café, seja ele em qual método ou estilo for. Hoje, a atual marca trouxe melhorias no delivery e estima-se possuir, atualmente, maior frequência por parte de clientes que consomem tanto pelo site, quando retiram ou solicitam no local. 

O resultado da nova identidade visual tem sido sucesso, principalmente pelos amantes do café, onde se percebe toda a ligação com a marca e o produto. “Há maior compreensão por parte das pessoas, de que somos mais do que uma cafeteria de cafés especiais e isso tem feito toda a diferença. Já tenho clientes vindo exclusivamente para o café por causa da diversidade dos nossos grãos e premiações”, define Leonardo da Silva Ferreira Cândido, sobre a finalização do rebranding