Festival Interamericano de Cinema Universitário exibido no Cine Santa Tereza
No dia 04 de outubro às 16:30, o Cineclube Joaquim Pedro de Andrade do Cine Santa Tereza irá exibir o filme “Expurgo”, do aluno Henrique Canazart.
Também serão exibidas outras duas produções premiadas de alunos de universidades da Bahia e de Fortaleza. O Lumiar é coordenado pelos professores Sávio Leite e Daniel Veloso, em conjunto com os alunos participantes.
Agora você terá a oportunidade de conferir as produções premiadas em um dos cinemas mais charmosos de BH.
Curtas da edição do festival Lumiar de 2022 a serem exibidos:
EXPURGO / Henrique Canazart / UNA/ 2022 / 14´36”
Maria se encontra em uma realidade distorcida, andando por u espaço labiríntico. Tentando sair desse lugar, ela ressignifica e exorciza suas lembranças para poder seguir em frente.
PROCURA-SE BIXAS PRETAS / Vinícius Elizário / UFBA (Universidade Federal da Bahia) / 2022 / 25´
Durante a audição de um teste de elenco, os concorrentes realizam um monólogo no qual contam as vivencias sobre afeto e identidade de duas personagens.
NA ESTRADA SEM FIM HÁ LAMPEJOS DE ESPLENDOR / Liv Costa e Sunny Maia / Vila das Artes de Fortaleza CE / 2021 / 11´32”
Uma vez, ela disse quando fui embora de mim, adeus era tudo o que eu tinha para dizer. Nessa viagem, talvez não exista uma chegada. Só um caminho infinito.
Como ponto de encontro, Mercado Novo deixa para trás o passado de andares vazios e se torna casa da moda mineira
Por Keven Souza
Andar por aqueles corredores é uma provocação aos sentidos. A luz ofuscante que atravessa os cobogós, os objetos antigos que compõem os espaços e o cheiro envolvente de comida, inspiram a criatividade. Inspirações essas que pulsam e apontam à moda autoral e disruptiva de Minas Gerais.
O Mercado, já conhecido pela gastronomia, agora reúne nomes e marcas que carregam a identidade do estado. Ali, em um ambiente efervescente e diverso, está o contraste entre o estilo modernista e as linhas contemporâneas da moda atual – aquela mais alternativa, plural, divertida, consciente e responsável.
Você, certamente, encontrará um mercado mais gourmetizado, que, antenado ao estilo boêmio da capital, é a nova casa da moda mineira. Reunindo, da bolsa ao calçado, peças autênticas e artesanais produzidas por quem vive e conhece a riqueza histórica, cultural e artística, que é a moda feita do ‘jeitinho’ mineiro. “É lindo o espaço ter o que há de melhor no nosso estado, afinal a moda é uma das grandes vertentes de Minas Gerais e é fundamental contar com ela, especialmente a mineira”, diz Luiz Filipe de Castro, curador dos espaços do Mercado Novo.
Nessa nova roupagem – que vai na contramão de um Mercado que surgiu há 60 anos -, conheça duas lojas que estão representando o DNA da moda mineira e são queridinhas do público circulante.
Efeito sinestésico
Paredes brancas, design industrial e pontos de luz. É o que caracteriza a loja da O Jambu presente no segundo andar, no Mercado Novo. A marca exibe prateleiras suspensas, além de vários espelhos pelo espaço, envolvidas com a criatividade e com os modelos das bolsas e mochilas que praticamente compõem o espaço e o deixam mais único.
É a partir dos poderes de uma planta da região amazônica, das mais cheias de brasilidades e famosa por deixar a boca dormente, que inspira e dá nome a marca fundada por Carol Maqui e Swami Cabral. O “casamento” da dupla nasce do desejo de oferecer uma experiência sinestésica aos clientes: ela, do norte de Minas Gerais, ele, paraense. “É a diversidade da flora deste país que guia a nossa missão: oferecer bolsas e mochilas para todes”, explica Swami.
Bom gosto, criatividade e sofisticação é o que não falta por aqui. A estética descolada, mas ao mesmo tempo conceitual, traz a irreverente sensação de pot-pourri (mixagem de ideias) em seus produtos. Com isso, grande parte das bolsas e mochilas possuem design menos óbvios e caretas, mas mais divertidos, ligados à moda atual.
As peças chamam atenção e ganham o coração dos amantes do Mercado. Vitor Milani, cliente da marca, afirma que toda vez que vai ao Mercado Novo visita a loja. “O ambiente é bonito e descontraído, e chama atenção para, pelo menos, olhar uma bolsa. Costumo dizer que sou cliente fiel e consumo os produtos pela qualidade, versatilidade e aparência das bolsas, que são lindas”, destaca.
Além de “abraçar” a diversidade, a O Jambu busca, em sua essência, um raio-x dos valores cosmopolitas atrelados ao contexto urbano e às suas manifestações culturais. Tudo isso com origens mineiras e nortistas.
Vintage com estilo
Muitas araras e objetos vintages, essa é a personalidade do brechó Belle Époque presente no segundo andar do Mercado Novo. A loja é um reduto cultural e imagético da moda vintage, que trabalha com o conceito da ressignificação do velho e da economia circular, sustentável.
Ali, em poucos metros quadrados, é como se o tempo tivesse parado nos anos 50 e 60 resgatando o passado e as lembranças da infância em casa de vó. Graças a ambientação de época que chama atenção.
Ele existe há 6 anos e surgiu a partir de um gosto pessoal de Sandra Cruz, designer e proprietária da marca. “Sempre consumi em brechó, pela qualidade e exclusividade das peças. Quando estava na faculdade sempre ia com algumas coisas mais diferentes e minhas amigas sempre perguntavam da onde vinha as peças, querendo comprar. Daí surgiu a ideia de abrir o Belle Époque”, relata.
No começo era apenas o digital, nada de araras e objetos vintages como decoração. “Comecei vendendo online e participava, algumas vezes, de feiras. Logo depois, senti a necessidade de ter um espaço físico, e foi aí que conheci o Mercado Novo”, explica a proprietária.
Agora, há mais de 4 anos no Mercado, o brechó vem ganhando espaço entre os consumidores por proporcionar uma experiência de compra diferente em diversos sentidos. É o que acredita Isabella Leandra, apaixonada por moda e consumidora do brechó. “Passar pelas araras e olhar cada peça me faz visitar um passado que não vivi. Então, imaginar quantas histórias e memórias aquelas roupas construíram é sempre uma experiência marcante”, diz.
Com a proposta um pouco diferente da O Jambu, o Belle Époque expõe vestuário, acessórios, luminárias, aleḿ de outras peças que você certamente vai se apaixonar. Tem camisas de botão, casacos coloridos, jaquetas jeans, sapatos arrojados, muitas bijuterias e outros produtos apegados à moda de outras décadas. Isso, claro, a partir de uma curadoria específica ligada à moda circular – peças não descartadas, inseridas no processo de reuso.
Sandra destaca que o Mercado é um estímulo da moda de BH, por reunir marcas genuinamente locais. Um lugar que deve dar orgulho aos mineiros e ser para os turistas uma síntese do que a cidade tem para oferecer.
Por isso, faz sentido estarem lá. Indo lado a lado com a economia criativa do Mercado Novo. “A moda ali (no Mercado Novo) é bem forte. Abriga grandes nomes do setor, como o estilista mineiro Ronaldo Fraga. E ter o meu brechó neste espaço cultural, pra mim é maravilhoso. Sou completamente apaixonada!”, pontua.
Meu primeiro contato com o Teatro foi quando eu tinha oito/nove anos. Assistia novelas e filmes mas não tinha noção que era preciso estudar Teatro para ser uma personagem fictícia dos palco e telinhas, e por isso, sempre digo que o meu primeiro contato com, essa arte magnífica foi quando interpretei o meu primeiro papel para um público – muito importante ressaltar a palavra público, por que sempre interpretei inúmeras coisas. Porém, eu e meu mundo, de frente ao espelho.
Nessa peça, eu era a protagonista de uma história onde uma criança incompreendida não se sentia pertencente a nenhum lugar. Eu amei interpretar! Mas nada além de uma inquietação momentânea de uma garotinha que sempre amou tudo relacionado à arte. Poucos anos depois, minha turma da escola teria que realizar uma peça para apresentar em um evento. Minha personagem? uma macaca serelepe. Desta vez, eu não era a protagonista, mas minha professora se encantou com a minha intimidade na caracterização de um animal, e sem intenção, começou a plantar uma sementinha cênica na minha cabeça.
No ano seguinte, com os meus 12 anos, novamente precisei fazer outra peça para escola. A escolha do meu grupo foi atualizar a clássica história da Branca de Neve, para ‘A Preta de Neves’. Na nossa cabeça, infanto – juvenil, era um trocadilho muito dos bons já que morávamos em uma cidade cujo nome é Ribeirão das ‘Neves’, e a intérprete principal era negra. Minha personagem? a versão contemporânea do sujeito que é designado para matar Branca de Neve, mas desiste. Uma empregada/espiã que tenta fazer o mesmo mas que também não consegue. Desde então, tudo mudou. Aquela semente que já germinava nos meus jovens pensamentos, desabrochou com o questionamento de uma outra professora que me perguntou; “Você já pensou em fazer Teatro?”.
De fato nunca tinha pensado, mas a partir dali, só desejava adentrar por esse mundo das representações. Em Fevereiro de 2013, eu era a mais nova estudante de Teatro! Depois de dois anos e seis meses, com 16 anos, era uma profissional da área com registro no Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões – SATED.
Sem romantizar, ser Atriz é uma das maiores dádivas da minha passagem por esse mundo. Eu me descubro e descubro o universo. Compreendo e questiono. Provoco sensações e sou provocada. A quinta arte já me ofertou muitos momentos inenarráveis que nunca me imaginaria vivendo, e meu maior sonho como artista, é que outras pessoas pudessem sentir algo semelhante ao que narrei acima.
No Brasil, as artes no geral são negligenciadas e elitizadas. A maioria das pessoas que escolhem o caminho artístico, não tem apoio. Muitos jovens nunca nem cogitaram a possibilidade de exercer essa profissão. Fui bastante criticada e taxada como louca quando escolhi ir para esse ramo ao ir de encontro com os diversos cursos técnicos ofertados pelo Governo, todos voltados para áreas de Gestão e Negócios, e nenhum com viés artístico. É urgente o aumento de verbas e políticas públicas, a reformulação do senso comum diante ao mundo artístico, e o reconhecimento e valorização do Teatro, que é uma profissão de respeito e muito digna como todas as outras.
Neste Dia Mundial do Teatro, termino esse texto reforçando a minha gratidão por ter ido de encontro à essa arte, e te faço o convite para ir assistir algum espetáculo teatral, até mesmo na Internet, assim que chegar no ponto de exclamação. Se divirta!
Aconteceu no último domingo (12) em Los Angeles a 95ª edição do Oscar, principal premiação do cinema.
Por Gustavo Meira
“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” foi o grande vencedor da noite, levando sete das 11 estatuetas que concorria. São eles: Melhor Filme, Direção, Atriz, Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante, Roteiro Original e Montagem.
Além de fazer história no Oscar, o filme se tornou o mais premiado da história do cinema, conquistando 165 prêmios nesta temporada. Antes da premiação, o longa já tinha acumulado 158. O recorde pertencia ao longa “Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei”, que detém 101 prêmios.
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo acompanha Evelyn Wang, uma mulher de meia-idade que emigrou da China, deixando os seus pais para trás para seguir o sonho americano com o marido, Waymond. Os dois abriram uma lavandaria, por cima da qual vivem com a filha, Joy, a primeira geração da família a crescer nos EUA. Em um dia atribulado, ela é arrastada para uma aventura multiversal, onde precisa salvar o mundo ao explorar outros universos conectados com a vida que ela poderia ter vivido.
Os diretores, Daniel Kwan e Daniel Scheinert, levaram o prêmio de “Melhor Direção’’. Em seu discurso, Scheinert agradece aos pais e menciona aceitação com uma declaração a favor do movimento LGBTQIA+.
Michelle Yeoh levou a estatueta de ‘’Melhor Atriz’’, aos 60 anos e fez história por ser a primeira asiática vencendo na categoria. Com um discurso de esperança e de possibilidade de concretização de sonhos, Yeoh lembrou que as pessoas não podem ditar limites de idade para as realizações de terceiros. “As mães são super heroínas e, sem elas, ninguém estaria aqui”.
Outros destaques:
O longa “Nada de Novo no Front” ganhou em quatro categorias: Melhor Filme Internacional, Direção de Arte, Fotografia e Trilha Sonora Original.Brendan Fraser marcou seu retorno à Hollywood com “A Baleia” e ganhou como ‘’Melhor Ator’’. O filme também venceu na categoria de Cabelo e Maquiagem.
Guillermo del Toro venceu na categoria ‘’Melhor Animação’’ por “Pinóquio”, em que usou a técnica stop-motion para dar vida à uma nova versão do boneco de madeira.
Filmes como “Os Banshees de Inisherin”, “Os Fabelmans”, “Elvis” e “Tár”, que concorriam em várias categorias, não levaram nenhuma estatueta e saíram de mãos vazias da premiação.
Rihanna no Oscar
Acompanhada de uma orquestra, Rihanna fez uma performance emocionante ao cantar ‘’Lift Me Up’’, indicada na categoria como ‘’Canção Original’’, trilha sonora de ‘’Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’’, homenageando o ator Chadwick Boseman, que interpretou o protagonista da história e faleceu em 2020. O Filme venceu na categoria ” Melhor Figurino”.
Lady Gaga no Oscar
Lady Gaga apresentou a canção ‘’Hold My Hand’’ no palco, que estava indicada na categoria ‘’Canção Original’’ do filme Top Gun: Maverick. O que chamou a atenção foi a cantora cantando sem maquiagem, de camisa preta, jeans rasgado e um all star, totalmente diferente da forma em que chegou na premiação, com um Versace e corpete transparente. A cantora foi bastante elogiada pela humanização e sensibilidade da performance.
Vencedores Oscar 2023
Melhor Filme
Nada de Novo no Front
Avatar: O Caminho da Água
Os Banshees de Inisherin
Elvis
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (VENCEDOR)
Os Fabelmans
Tár
Top Gun: Maverick
Triângulo da Tristeza
Women Talking
Melhor Edição
Todd Field (Tár)
Dan Kwan e Daniel Scheinert (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo) (VENCEDORES)
Martin McDonagh (Os Banshees de Inisherin)
Ruben Ostlund (Triângulo da Tristeza)
Steven Spielberg (Os Fabelmans)
Melhor Atriz
Cate Blanchett, Tár
Ana de Armas, Blonde
Andrea Riseborough, To Leslie
Michelle Williams, Os Fabelmans
Michelle Yeoh, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (VENCEDORA)
Melhor Ator
Austin Butler, Elvis Colin Farrell, Os Banshees de Inisherin Brendan Fraser, The Whale (VENCEDOR) Paul Mescal, Aftersun Bill Nighy, Living
Melhor Ator Coadjuvante
Brendan Gleeson, Os Banshees de Inisherin
Brian Tyree Henry, Passagem
Judd Hirsch, Os Fabelmans
Barry Keoghan, Os Banshees de Inisherin
Ke Huy Quan, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (VENCEDOR)
Melhor Atriz Coadjuvante
Angela Bassett, Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
Hong Chau, The Whale
Kerry Condon, Os Banshees de Inisherin
Jamie Lee Curtis, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (VENCEDOR)
Stephanie Hsu, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Melhor Filme Internacional
Alemanha, Nada de Novo no Front (VENCEDOR) Argentina, Argentina, 1985 Bélgica, Close Polônia, EO Irlanda, The Quiet Girl
Melhor Roteiro Adaptado
Nada de Novo no Front
Glass Onion: Um Mistério Knives Out
Living
Top Gun: Maverick
Women Talking (VENCEDOR)
Melhor Roteiro Original
Os Banshees de Inisherin
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (VENCEDOR)
Os Fabelmans
Tár
Triângulo da Tristeza
Melhor Figurino
Babylon
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (VENCEDOR)
Elvis
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Sra. Harris Vai a Paris
Melhor Trilha Sonora
Nada de Novo no Front (VENCEDOR)
Babylon
Os Banshees de Inisherin
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Os Fabelmans
Melhor Animação
Pinóquio de Guillermo del Toro (VENCEDOR)
Marcel the Shell With Shoes On
Gato de Botas 2: O Último Pedido
A Fera do Mar
Red: Crescer é uma Fera
Melhor Curta-metragem Em Live Action
An Irish Goodbye (VENCEDOR)
Ivalu
Le Pupille
Night Ride
The Red Suitcase
Melhor Animação Em Curta Metragem
The Boy, the Mole, the Fox and the Horse (VENCEDOR) The Flying Sailor
Ice Merchants
My Year of Dicks
An Ostrich Told Me the World is Fake and I Think I Believe It
Melhor Documentário
All That Breathes
All the Beauty and the Bloodshed
Fire of Love
A House Made of Splinters
Navalny (VENCEDOR)
Melhor Documentário de Curta-metragem
The Elephant Whisperers (VENCEDOR)
Haulout
How Do You Measure a Year?
The Martha Mitchell Effect
Stranger at the Gate
Melhor Som
Nada de Novo no Front
Avatar: O Caminho da Água
The Batman
Elvis
Top Gun: Maverick (VENCEDOR)
Melhor Canção Original
Lift Me Up (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)
This Is a Life (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)
O grande vencedor da noite é Tudo em todo lugar ao mesmo tempo, filme do estúdio A24 que, além do grande vencedor, conseguiu ganhar na categoria de melhor ator e maquiagem, ambas com A baleia. Banshees de Inisherin e Elvis saem como os grandes azarados da noite, mesmo após campanha gigantesca da Warner para Elvis, no caso.
A HISTÓRIA FOI FEITA
Conforme foi dito anteriormente, as sete estatuetas conquistadas por “TTLMT” foram a de melhor montagem, melhor roteiro original, atriz coadjuvante, ator coadjuvante, atriz principal, direção e melhor filme. As premiações fizeram jus a grande inovação, ao ritmo contagiante e tudo isso, com um orçamento baixíssimo.
Os dois Daniel’s ganharam com muito mérito o prêmio de direção. O baixo orçamento foi superado pela criatividade e por um elenco incrível, que já havia ganhado o prêmio de elenco pelo SAG, sindicato dos atores. Yeoh é perfeita e é a condutora da história e quem entra na trama soma e atua brilhantemente bem. Os prêmios foram muito merecidos.
OS ESNOBADOS
Os Banshees de Inisherin, do ótimo Martin McDonagh, saiu de mão abanando em 2023. O filme foi indicado em 9 categorias diferentes e perdeu em todas. As derrotas mais sentidas são a de roteiro original, atriz coadjuvante, ator coadjuvante. Kerry Condon, Brendan Gleeson e Barry Keoghan foram geniais, mas não foi suficiente para academia, embora o filme tenha ido super bem no BAFTA, a academia britânica de cinema.
Elvis também foi esnobado. A Warner fez uma baita campanha, investiu bastante em várias salas e até onde tinha favoritismo, o grupo estadunidense perdeu. Perdeu em maquiagem para “A Baleia”, algo impensável semana passada, mas sem dúvida nenhuma, a mais sentida foi a derrota de Austin Butler para Brendan Fraser, irei falar em seguida sobre.
O GRANDE DERROTADO
Sem dúvidas, Austin Butler é o grande derrotado da noite. Não me leve a mal, o problema não é com Brendan Fraser, ele foi brilhante no papel. Austin apenas deu azar, competiu no ano errado, contra um papel brilhante de Fraser e que também tinha toda uma narrativa por trás e nem com forte campanha da Warner, Butler conseguiu ganhar.
Foram três anos se preparando, muita preparação e não foi suficiente para a academia. Austin Butler elevou o nível e fez muito melhor que Rami Malek quando ganhou a categoria de melhor ator por Bohemian Rhapsody.
OUTROS GANHADORES DA NOITE
Nada de novo no Front ganhou melhor filme internacional, fotografia, trilha sonora e design de produção. Quem ganha muito com isso é a Netflix, que teve seu nome exaltado no palco da premiação e muita busca em seu catálogo pelo filme. Jamie Lee Curtis até que enfim ganhou uma indicação ao Oscar e, de primeira, conseguiu sua estatueta, algo muito vibrado pela plateia presente.
A 18° edição do UnaTrend aconteceu na noite desta última segunda-feira (12), no Centro de Cultura e Inovação CentoeQuatro, em Belo Horizonte. O evento, promovido pelo curso superior de Moda do Centro Universitário Una, esteve em hiato por dois anos devido a pandemia e retornou para o calendário cultural de BH este ano, com mais de 25 novos profissionais da moda apresentando suas marcas inéditas para o mercado mineiro. Com a temática “Origens”, visando a valorização da essência original do desfile, a 18° edição trouxe o que há de melhor na moda: diversidade e autenticidade da criação. “O conceito ‘Origens’ não é à toa. Depois de dois anos sem o evento, nós repensamos para ver se continuávamos fazendo ou não, mas revisitamos os nossos materiais, os nossos arquivos e lembrados de tudo que foi construído, onde a gente começou, onde a gente chegou, e vimos que não podemos encerrar, precisamos continuar.
Então, além de ser um desfile totalmente com looks confeccionados pelos alunos, ele carrega essa história por trás, completando a formação e dando visibilidade para o mercado de trabalho”, explica Letícia Dias, diretora criativa do evento e coordenadora do Núcleo de Moda da Una.
Um desfile de tirar o fôlego
Os formandos apresentaram 13 marcas de encher os olhos. Em entrevista, a estilista Ana Vitória Prado contou sobre o processo de criação da “Vila”, sua marca junto com a parceira Laysa Andrade.
“O nome da marca foi uma junção dos nossos nomes e casou com a ideia de também ser um local onde se encontra costumes e aconchego. Nós queremos preservar a memória de pessoas que passaram na nossa vida, memórias afetivas, do feito a mão mesmo… O nosso tema é Meraki que significa deixar um pouco de si mesmo e da sua alma em tudo que você faz. Então, a gente entendeu que temos um pouco de Meraki de cada pessoa que passou na nossa vida e foi isso que quisemos mostrar com as nossas roupas”, diz.
Por meio da produção dos alunos foi possível encontrar de tudo um pouco e para todos os gostos, marcas de sapatos, lingeries, trajes de gala, acessórios e muito mais. Keren Pimentel, estilista da marca Twice, fala sobre sua coleção inspirada na cultura coreana.
“Eu quis trazer um conceito diferente do que as pessoas veem, normalmente quando trazem algo coreano é mais do k-pop, e eu quis pegar as roupas reais, de camponesas, trazendo para o nosso mundo atual de uma forma que as mulheres pudessem vestir e se sentir belas”, comenta.
Durante o evento, ocorreu a premiação mais esperada da noite, que, em mais uma edição, o
prêmio foi destinado aos alunos egressos do curso de Moda da Una que estavam em ascensão nos últimos dois anos. Na categoria Criação a vencedora foi Lorena Rodarte, criadora e designer da marca J’amma. Na categoria Imagem, venceu Lays Oliveira, consultora de imagem e influencer, e na categoria Negócios, Amanda Cristina Justily, sócia da Wabi Resale, marca de second hand, também recebeu o prêmio. Antônio Terra, coordenador de grande área dos cursos de Comunicação e Arte da Una, comenta sobre a importância do evento para o mercado de moda em Minas Gerais, e, principalmente, para a formação dos alunos do curso.
“Concluir uma graduação em qualquer área de conhecimento é sempre muito especial na vida das pessoas, agora, ter a oportunidade de terminar um curso em grande estilo, como os alunos de Moda da Una, faz muita diferença. É uma experiência completa do ponto de vista do seguimento, os alunos se envolvem desde a ideia original, da concepção da pesquisa até a confecção, escolha dos modelos e preparação desse grande desfile. É um passo certo na direção de algo que sempre sonharam, serem profissionais de moda”, afirma. O UnaTrend foi marcado com a presença de pelo menos 300 pessoas, dentre eles familiares, amigos, professores, profissionais da moda, cinema, jornalistas, empresários e formadores de opinião do meio fashion e cultural. Com mais de 12 anos, segue consolidando-se como um dos principais eventos de moda da capital mineira.