Artes plásticas

Está em cartaz na Fundação Clovis Salgado a exposição Marina Nazareth-Paisagem, com curadoria de Marconi Drummond.

Criadas entre 2002 e 2010, são 12 pinturas, 15 desenhos e uma animação em video. Este último, sem intenção de entretenimento, vem roubando a cena: “Quando recebemos escolas, evitamos mostrar outras obras antes, pois acaba dispersando. Nós vamos direto ao vídeo para tirar toda a curiosidade, para depois continuar a visita, quando estão mais calmos também”, diz a educadora e monitora da exposição Fernanda Cardoso, 27. Ela explica que o intuito do vídeo não era ser interativo, mas por possuir animação visual e sonora, as pessoas acabam interagindo com ele, dançando, se movimentando de acordo com o som e com os bancos giratórios do cenário. “É interessante que eles acabam fazendo performance, concluiu.

Cenário da animação em vídeo
Cenário da animação em vídeo

Artista desde os anos 1960, Marina sempre expos retratos e paisagens mortas. Há menos de uma decada, suas artes vem se modificando através das linhas do horizonte e de seu extremo interesse por paisagens mineiras, onde nasceu.

A exposição está em cartaz desde o dia 5 de julho e será encerrada em 28 de agosto, na sala Espaço Mari’Stella Tristão, com entrada franca. Está aberta ao público de terça a sábado, das 9h30 às 21h, e domingo, das 16h às 21h.

Por Jéssica Moreira

Fotos: Bárbara de Andrade

Os quadros da Exposição Fé, do pintor e publicitário Helio Faria, proporcionam um olhar de forma diferente pelas passagens da Bíblia, vista com o olhar de uma criança. A exposição está no Museu Inimá de Paula,

Estas obras refletem o íntimo de um pintor e de um homem de fé, integrados em uma mesma atividade, as telas.

Artista mineiro, de Belo Horizonte, sempre gostou das paisagens, quis mostrá-las por pensar que não são muito abordadas. Acompanhou o crescimento da cidade, com seus casarões, fazendas. Hélio nunca fez uma grande exposição. O museu foi escolhido, por sua pintura ser aproximada a de Inimá de Paula, o qual ensinou muito ao pintor.

O artista Helio Faria
O pintor e publicitário Helio Faria

Começou a pintar as paisagens de Minas Gerais e, depois começo a misturá-las com os santos. Também começou a utilizar como tema os bandeirantes. Tais temáticas estão presentes na exposição, em um contexto histórico.

Hélio mistura barroco, paisagens mineiras, ilustração infantil, e um pouco de publicidade, ja que ele é publicitário. Então as obras dele mostram sempre temas de morros, os santos, o Menino Jesus, personagens na favela, mistura a realidade com o seu gosto pela arte.

Gabriela Fernanda Navarro Antoniase, 26 anos, coodenadora de arte, afirma: “ Helio é um artista sacro, sempre gostou de desenhar e suas ilustrações são muito parecidas com as ilustrações infantis. Sempre foi uma pessoa de muita fé, viajou pelo Vaticano, então quis juntar várias paixões – pintura, Minas Gerais e temas sacros.”

“É resultado de trabalho muito grato pra mim, porque une a minha fé ao meu trabalho, eu procuro retratar passagens da Bíblia, com Minas Gerais, que são minhas duas grandes paixões. Fui convidado a expor minhas obras aqui e aceitei o convite,” conta o artista.

Ana Carolina Luciano, 28, empresária, comenta sobre a exposição: “Está fantástica, lindissima, o Sr. Hélio conseguiu passar para o pincel, a ideia da fé, da religião, do cristianismo. Ele mostrou de uma forma bem brasileira, com linhas bem demarcadas, com cores vivas, que dá vontade de entrar no quadro e fazer parte desta cena. Foi retratada de uma forma muito bem selecionada.”

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Por Anelisa Ribeiro

Fotos Anelisa Ribeiro e Bárbara de Andrade

A partir de amanhã, 02 de agosto, às 19h, a Biblioteca Pública estadual Luiz Bessa abriga a exposição “Escrito na Embalagem” que une Artes Plásticas e Publicidade. “O título da exposição faz uma referência às informações que, normalmente, vem contidas em rótulos de produtos”, explica o publicitário e artista plástico Lamounier Lucas Pereira Junior, o criador das obras. “A gente sempre presta atenção nos slogans publicitários e no que está escrito neles, convivemos com as embalagens boa parte de nossas vidas”, destaca.

O publicitário e artista plástico Lamounier Lucas
O publicitário e artista plástico Lamounier Lucas

Uma das obras que compõe a exposição é uma embalagem de Polvilho Antiséptico Granal. Estampada nas suas diversas versões para que o observador acompanhe a evolução da peça publicitária, o artista plástico e publicitário incrementa a imagem com a foto de uma negra. A mulher estampada no quadro é uma empregada da sua avó, ela não gostava de negros e não se sentia como uma, após tomar banho ela se encharcava com o polvilho para que ela ficasse branca. Essas lembranças que guardam relação com uma memória afetiva das pessoas foi o critério para a seleção de rótulos a serem trabalhados artisticamente, de acordo com Lamounier Lucas.

Lamounier explica ainda como escolheu as embalagens: “O recorte para a escolha das obras partiram desse ponto de vista afetivo. Não escolhi marcas quaisquer, não escolhi marcas que fosse de mais fácil acesso. A escolha foi por marcas que de alguma forma marcaram a minha infância e adolêscia, marcas que são conhecidas por boa parte das pessoas e marcas que tenham uma certa vida, uma certa história”.

A exposição fica aberta ao público até o dia 26 de agosto. A visitação é de segunda a sexta das 8h às 20h e, aos sábados, das 8h às 13h.

Por: Bárbara de Andrade e Felipe Bueno

Foto: Felipe Bueno

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Pela primeira vez no Brasil, o público confere a exposição “Transparência”, do mineiro Hamilton Aguiar, conhecido no circuito cultural dos EUA, onde morou entre os anos de 1987 e 2009. Na exposição estão quadros e esculturas provenientes do contato do artista com várias paisagens estrangeiras.

Transparências
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Toda a técnica, procedimento e material utilizado pelo artista, são inusitados para o público brasileiro, pois são de origem americana. “Resina, folha de prata, vidro, são materiais utilizados por Aguiar, para dar a sensação de transparência, de camadas, que você vai adentrando com o olhar”, explica o curador da exposição, Júlio Martins.

De acordo com o curador, a novidade com relação à matéria-prima. “As pessoas tem mostrado deslumbramento em relação aos materiais, procedimentos, justamente por ser um tipo de arte que a gente esta pouco habituada a ver”, avalia.

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Obra "The Crossing" no cruzamento da Rua Guajajaras com Rua da Bahia

Uma das obras, chamada “The Crossing”, exibida apenas uma vez está exposta no passeio da Rua Álvares Cabral esquina com Rua da Bahia e deixa quem passa por ali curioso. “Essa escultura chama o público além de proporcionar contato com as pessoas sem a mediação dos museus, é um contato com a arte sem a necessidade de entrar no museu”, explica Júlio Martins.

O curador da exposição explica como foi o recorte das obras a serem expostas e porque do nome “Transparência”:

Para aqueles que ainda não conhecem esse trabalho, vale a pena conferir. Até o dia 10 de julho pode ser visitada no Museu Inimá de Paula.

Endereço:
Rua da Bahia, 1.201 – Centro
CEP 30160-011 – Belo Horizonte, MG Telefones:
(31) 3213-4320
[email protected]

Por Andressa Silva e Marcos Oliveira

Foto: Felipe Bueno

Obras de arte dos renomados artistas, Di Cavalcanti, Inimá de Paula, Cândido Portinari, Burle Marx, Amilcar de Castro entre outros estão reunidas em uma exposição no Palácio dos Leilões. A visitação do público será aberta amanhã, dia 15, e permanecerá até o dia 19. O critério utilizado para a montagem da exibição das obras está pautado na seleção de peças dos artistas que estão em evidencia. Diferente do que acontece em uma exposição temática, que tem como objetivo expor uma temática específica ou mesmo o trabalho de uma pessoa.

Assim foram reunidos os mais diversos estilos e nomes da arte, dentre figuras do cenário artístico atual e até mesmo gênios que estão vivos simplesmente em seu legado nas artes. O mercado para leilão de arte está cada vez mais aquecido, visto como uma forma de investimento, a procura de pessoas nesse ramo dos negócios aumentou.

“Para se destacar nesse mercado é preciso fazer uma boa captação de obras”, comenta o organizador da exposição, Daniel Rebouço. Ele atribui o sucesso do ramo de leilões de obras de artes à inclinação cultural das pessoas. “À abertura das pessoas que optam por diversificar os investimentos visando comprar obras que no futuro estarão mais valorizadas. Há, também, uma procura de jovens por esse nicho”.

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Uma boa oportunidade para se conhecer verdadeiras obras-primas a exposição espera atrair um público diversificado, para além daqueles que irão com a intenção de fazer negócios. Localizada no Bairro de Lourdes, na Rua Gonçalves Dias número 1866, a mostra da galeria está aberta das 10 às 21 horas, dessa quarta, dia 15 à domingo, 19.

Por: Felipe Torres Bueno

Fotos: Felipe Torres Bueno

Polaroid.O nome já figura em destaque no mundo da fotografia. As fotos instantâneas figuram como peças pop no imaginário popular de diversas gerações. Imagine então o impacto se essas fotos polaróides fossem gigantes?

A Embaixada da Espanha no Brasil, o Instituto Cervantes em Belo Horizonte e a
Fundação Clóvis Salgado, juntos trazem, pela primeira vez na capital, a exposição de fotografias “50×60 Polaroid Gigante”. As obras são de dez fotógrafos espanhóis entre 1992 a 1994, foram obtidas, a partir de uma das cinco câmeras Polaroid Gigante existentes no mundo. As fotografias têm estilos bem distintos e deixa por conta do visitante a interpretação.

O público visitante orgulha a Fundação Clóvis Salgado, a gerente de Artes Visuais Fabíola Moulin, afirma. “Todos os dias tem um grande número de visitação de escolas e existe, também, um grande número de público espontâneo, dia de semana o número aproximado é de 100 pessoas por dia e, nos finais de semana, chegam até a 300. Observamos e talvez seja uma exposição record.”

A Polaroid Gigante apresenta obras inéditas no país. “gosto de destacar a importância da circulação de acervo. Também as discussões da fotografia contemporânea. É ainda a oportunidade de ver fotografias que apresentam um modo diferente, pouco usual em outras exposições”, explica Fabíola Moulin.

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A estudante Gabriela Abrantes esteve na exposição e contou suas impressões: “achei instigante. Tentei entender o significado de todas as fotografias, e acredito que cada visitante interpreta de uma forma, justamente por não estar descrito o
que significa cada uma. As fotos são bonitas e diferentes”. “Estou tentando criar o hábito de ir exposições, porque acho importante”, revela a estudante.

Para os interessados em visitar “50×60 Polaroid Gigante”, a exposição permanece até o dia 12 de junho no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, na Avenida Afonso Pena, 737, Centro. Horários de terça a sábado das 9h30 às 21h; domingo das 16h às 21h. A entrada é franca.

Veja o nosso vídeo sobre a exposição:


A exposição faz parte de um calendário de eventos culturais que serão promovidos pelo Instituto Cervantes, FMC/PBH, FCS e Usiminas Belas Artes ao longo do ano. A próxima exposição será “1911-2011 Arte Brasileira”, uma comemoração dos cem anos da arte brasileira. Acontecerá a partir do dia 4 de julho e reunirá escultura, pinturas e fotografias, entre outras obras. Fique ligado na programação pelo site da Fundação Clóvis Salgado.

Por: Andressa Silva/ Marcos Oliveira
Vídeo: Edição e imagens: Vanessa C.O.g
Produção: Andressa Silva