Artigos

Por Ney Felipe

Hoje, 22 de agosto, é comemorado o Dia do Folclore. No trajeto casa/trabalho, vim observando escolas, crianças, pais e me perguntando: será que ainda comemoram o Dia do Folclore?

Ao chegar no trabalho, conversa vai, conversa vem, Keven (técnico do laboratório de Jornalismo) e eu, relembramos os tempos de crianças. Uma data como esta, estaríamos com rosto pintado, talvez uma touca vermelha, coroa de fogo e por aí vai. Tudo isto, para simbolizar Cuca, Saci, Mula Sem Cabeça e outros vários que pertencem ao nosso folclore.

Em meio a nostalgia, bate uma certa tristeza. Sinto um pouco da nossa história se perder. Para vários povos, o Folclore é importantíssimo. Mas, se nossas escolas não tocarem neste assunto, cedo ou tarde, essa história irá se perder. 

Mas, nem tudo está perdido. O nosso Folclore sobrevive nas regiões norte e nordeste. Por lá, nossa cultura ainda é bem forte neste aspecto. Para se ter um exemplo, logo que cheguei, ainda conversando com o Keven, por curiosidade, fui pesquisar no Google e logo de cara, já tive retorno da pesquisa citando sempre estados do norte do país, festas no nordeste, a importância por lá. 

Por isso, respondendo ao título, pode-se concluir que ainda há Folclore no nosso país. Ainda tem lugares que tratam com a devida importância estas histórias que ajudaram a criar a cultura de um país. Sim, isso mesmo, de um país. Quem não se lembra de Monteiro Lobato e suas histórias no Sítio do Pica-pau Amarelo. 

Nestes grandes textos, vários personagens do nosso Folclore passaram a ganhar vida. O próprio texto ganhou vida e no final chegou até a TV. Por isso, motive os nossos pequenos a ler. Motive as nossas crianças a procurarem mais da nossa história. Assim, não só nosso Folclore, mas nossa cultura irá se perdurar por anos e anos.   

Festival promete trazer a heterogeneidade de estéticas como principal atração da Cidade do Rock

Por Keven Souza

A 37º edição do Rock In Rio está cada vez mais próximo do nosso Brasilzão! Durante os dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro deste ano, a Cidade do Rock está prestes a receber mais uma edição histórica do maior festival do país.

O Rock In Rio foi criado em 1985 e mais do que quebrar recordes atrás de recordes desde sua estreia, o festival fomentou ao longo do tempo um estilo fashion influenciado pelo soft rock. Um subgênero da música rock que enfatiza ganchos pop, produção de estúdio impecável e estética sonora mais agradável.

Foram anos e décadas de edições que contaram com um público que priorizava tendências, como boho e athleisure, que aliam conforto e charme. O Parque dos Atletas, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi palco para as peças de couro, os chapéus de cowboy, as camisetas pretas, os acessórios em correntes e franjas e, claro, além das botas, os shorts jeans rasgados.

Imagem/Reprodução
Imagem/Reprodução
Imagem/Reprodução

Mas será que essa estética ainda prevalece? Bom, o que mostra as últimas edições do festival, não tanto quanto antes!

O Rock In Rio embora ainda seja um espaço de shows para distintas faixas etárias, ele está, desde 2019, com uma grande parcela de pessoas da geração Z. Isso motivado pelo line-up diversificado que traz shows de cantores da atualidade, como Anitta, Demi Lovato, Beyoncé, entre outros, que são queridinhos da nova geração.

Hoje, o público que frequenta o Rock In Rio é diferente daquele presente na década de 90 que foi marcado pelo estilo soft rock, por exemplo. Há uma adaptação dessa estética “tradicional” para a atual realidade. Não digo que é difícil encontrar pessoas ainda com esse estilo na Cidade do Rock, mas não será comum tanto quanto antes.

Imagem/Reprodução

A heterogeneidade de estilos

A mudança de público é o fator principal para ocorrer esse choque na estética fashion do festival. As pessoas, e especificamente os jovens, estão preferindo looks e peças de forma mais subjetiva, colorida e menos temática. Sem aqueles limites e definições vistos nas décadas passadas. 

Esse comportamento demonstra uma junção de estilos pessoais de diferentes indivíduos em um só lugar. Hoje, ao invés do público se adaptar ao estilo de um festival e criar um certo padrão fashion, eles querem realçar suas particularidades e origens através de suas roupas e visuais.

A liberdade do ser, que é algo muito discutido atualmente, possibilita a heterogeneidade de estilos nos gramados da Cidade do Rock. E a moda, enquanto instrumento de personalidade que acompanha os costumes, ressalta a mistura de gostos no RIR. Que não só diz muito sobre o como é o Brasil, mas abraça as tendências tradicionais (soft rock) e inclui o que está chegando de novo.

Imagem/Reprodução
Imagem/Reprodução

De fato, quem for ao Rock In Rio 2022 poderá encontrar estilos do soft rock ao dopamine dressing, já que a criatividade e ousadia serão as atrações principais do maior festival do Brasil. Irá encontrar também looks monocromáticos, com uma pegada solar e mais descontraída.

Agora, se o festival irá quebrar mais recordes com este ano, não sabemos! O que tenho certeza é que daqui alguns anos teremos uma estética ou estilo patenteado pelo Rock In Rio, anunciado pelo universo da moda e abraçado novamente pelo público.

0 717

Por Keven Souza

Após anos de espera, Queen B está de volta ao cenário musical para mostrar ao mundo sua nova fase com o lançamento de “Renaissance”. Se nos últimos trabalhos a artista abordou temas sociais e urgentes, como feminismo e racismo, em seu sétimo álbum de estúdio, lançado hoje (29), ela quer apenas celebrar.

Renaissance é em grande medida uma homenagem à house music e à importante contribuição da população negra na criação do gênero. Se você não acompanha a carreira de Beyoncé dificilmente entenderá que ela não quer se encaixar em nenhuma tendência musical atual.

O novo lançamento, que já está entre nós meros mortais, é simplesmente único. Aqui, Bey celebra e retorna às pistas com referências diretas aos hits que estouraram nas noites da década de 90 e nos anos 2000, mas carregado de representatividade e poder. Isso fica evidente com Break My Soul, música presente no álbum. E mais do que isso, traz o olhar da realidade vivida pela cantora e seu tio, de maneira dançante e muita rica. 

“Um grande obrigado ao meu tio Jonny. Ele foi minha madrinha e a primeira pessoa a me mostrar muito da música e da cultura que serve de inspiração para este disco. Obrigado a todos os pionerios que originaram essa cultura, a todos os anjos caídos e suas contribuições que foram ignoradas por muito tempo. Isso é uma celebração a vocês”, escreveu Beyoncé em seu Instagram.  

O álbum será dividido em diferentes atos, como indicam as artes promocionais lançadas até agora. O lançamento de hoje é “Act I” que contém 16 faixas. Os próximos certamente possuirão a mesma intensidade e qualidade já entregues por Beyoncé. E na contramão dos que muitos pensam, a cantora jamais deixará de cantar suas origens, já que como a mesma disse na faixa Be Alive (2021), “ eu não poderia me limpar da negritude nem se quisesse“, canta Beyoncé.

Se vamos entrar novamente em formação (formation) com próximos trabalhos não tenho certeza, mas o que compreendo é que ninguém na indústria musical atua hoje com tanta dedicação, pureza e coesão igual a Beyoncé. 

Não há músicas feitas para o TikTok que realçam, ou representem, aquilo que nós sentimos e não sabemos dizer. E esse é o grande poder da Queen B. Espero que a representatividade através de suas músicas continue, pois há uma parcela da sociedade que a está ouvindo e compreendendo sua militância, inclusive eu.

0 6467

Por Bianca Morais

Há alguns dias estava na internet assistindo resenhas de bases para pele tentando encontrar a ideial para mim. Minha maior preocupação era um produto que fosse de boa qualidade, não transferisse para a roupa e de longa duração, enfim, pontos que achava relevantes. A cor não foi um problema, a maioria das blogueiras brancas que encontrei, resenhavam uma base e davam mais dois ou três exemplos de cores que também cairiam bem para quem tivesse o tom de pele parecido com o delas. Minha pele é clara, por isso, sempre existem diversas opções para mim.

Nessa de assistir vídeos me deparei com um youtuber, Tássio Santos, e um título que me chamou muito a atenção: “A cor mais escura”. Nas resenhas o maquiador testa o produto mais escuro de uma marca e emite sua opinião. De início assisti a um dos vídeos que, na minha opinião, foi um dos mais polêmicos do canal, uma resenha sobre a base da blogueira de maquiagem Bianca Andrade, a Boca Rosa. Com milhões de seguidores, ela, que tem um importante papel de influenciadora e que deveria prezar por representatividade, falhou miseravelmente no catálogo de cores de sua linha.

O vídeo apresentado por Tássio tem como modelo Joyce, sua amiga, negra de pele retinta, e é na pele dela que são testadas as maquiagens. Já comecei o vídeo um pouco revoltada ao descobrir que o lançamento da marca foi feito apenas com as cores mais claras da linha, e como a cor mais escura ainda não tinha ficado pronta, ao invés de esperarem, simplesmente optaram por lançar sem e depois colocariam no mercado. Ou seja, a inclusão e a preocupação com as pessoas negras se quer foram levadas em conta. 

A base da linha Boca Rosa Beauty ainda traz diversos problemas e um dele é visivelmente a propaganda enganosa. Quando procuramos imagens da base da internet, a que aparece é de uma cor bem escura, porém quando vemos testada na pele de Joyce, é perceptível que não tem nenhuma semelhança, e na realidade, é muito mais clara. Ou seja, a Joyce, assim como milhares de outras brasileiras negras retintas, não são representadas. 

As preocupações que eu tinha sobre uma base se tornaram fúteis quando assisti aquilo, porque enquanto eu estava preocupada em achar uma base boa eu percebi que existem pessoas que não conseguem encontrar base nenhuma, porque não existe um produto que se encaixe no tom delas. É o racismo estrutural instalado na sociedade, “Preto é tudo igual”, então se uma cor serve para um, serve para todos. Errado!

“Se não tem base para Joyce não tem para mim”, Tássio ressalta isso em praticamente todos seus vídeos de seu canal e quando terminei de assisti-los resolvi seguir seu conselho, perdi qualquer interesse em adquirir um produto não somente da marca Boca Rosa Beauty, como de qualquer outra que não atende a diversidade. Vivemos no Brasil, um país de várias cores e raças, logo uma marca nacional não se importar em lançar uma cartela de cores acessível é intolerável. Sempre ouvi falar bem do tal iluminador da Boca Rosa, mas não pretendo gastar meu dinheiro com uma marca que não traz na sua essência a representatividade.

Todos os anos, no dia 20 de novembro, é celebrado o Dia da Consciência Negra. Hoje, a internet está repleta de textos, vídeos comentando sobre o dia e pensei na melhor forma de abordá-lo. Me vi como uma mulher branca que não está no seu lugar de fala, mas que venho aqui para questionar essa realidade, mostrar um olhar crítico e abrir espaço para uma possível discussão. Meu papel como mulher branca é priorizar marcas que sejam inclusivas, é fazer o meu protesto todos os dias, mesmo que seja da forma mais simples, enquanto estiver maquiando o meu rosto. 

Blogueiras brancas que desenvolvem produtos para pele negra, não estão erradas em fazer isso, mas estão completamente equivocadas quando se dispõe a fazer algo que não vai atender a todos, sem pelo menos uma consultoria com alguém que tem poder de fala entre a raça. A indústria não valoriza a beleza negra, não são apenas essas blogueiras que agem irracionalmente, existe algo maior por trás delas, são as lojas que não compram as bases mais escuras para vender, grandes nomes como Payot que desenvolveu a base da Boca Rosa que não se preocupou em aumentar o número de cores, do empresário que não quis desembolsar verba para que ela fosse produzida. “A pobreza no Brasil tem cor”, e justamente por isso, muitas marcas não investem tanto em bases mais escuras com medo de não vender, de gastar dinheiro atoa. É um mercado preconceituoso e deplorável.

A questão “maquiagem para tons de pele negro” vai muito além da cor de uma base, outros muitos empecilhos podem ser apontados, outro exemplo, são as maquiagens das personalidades negras na televisão, ponto também comentando por Tássio em um de seus vídeos. Dependendo da base utilizada a pele negra fica acinzentada na televisão, são maquiadores que não usam produtos adequados para maquiar a pele negra e acabam deixando-as mais claras que deveriam, podemos observar isso com atrizes e jornalistas. Até quando existirá despreparo de maquiadores profissionais em maquiar alguém negro?

No final do vídeo de Tássio ele se desculpa pela fala magoada. Tássio não deveria pedir desculpa alguma, ao contrário, nós, a sociedade, a Boca Rosa Beauty, a Payot e todas as linhas de cosméticos preconceituosas que deveriam se desculpar com ele e com toda a comunidade negra que mais uma vez perde seu protagonismo, é calada, é diminuída.

O dia 20 de novembro não é apenas para se conscientizar, é para mudar. 

 

 

*Edição: Daniela Reis

0 478

*Por João Paulo Rocha

Com a proibição de shows e eventos, que causam aglomerações de pessoas, muitos cantores, dos mais variados estilos, investem em lives, feitas, principalmente, em seus canais no YouTube. Nesta época de shows ao vivo via internet, os cantores sertanejos têm se destacado: além de apresentar seus maiores sucessos, têm feito um trabalho social importantíssimo, em período economia “fechada”.

Na maioria da lives sertanejas, capazes de atingir milhões de espectadores, além de cantar, os artistas arrecadam milhares de doações para projetos sociais, como cestas básicas, frascos de álcool em gel, mascaras e diversos outros insumos indispensáveis durante a pandemia. Os shows são patrocinados por grandes marcas, e alguns festivais, que reúnem várias duplas e cantores, fizeram versões online, da casa dos músicos, de modo a que todos sempre mantenham o isolamento recomendado pelas autoridades de saúde.

Certos artistas, porém, têm sido criticados nas redes sociais, pelo excesso de bebida e de espontaneidade que demonstram durante as apresentações. Alguns chegam a ficar completamente embriagados, o que chamou a atenção do Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária (Conar), que abriu processos, contra eles, por suas atitudes.

Em partes, o órgão está certo ao obrigar os artistas a alertar, durante os shows, sobre a venda de bebidas para menores de 18 anos, e sobre a importância de não dirigir se tiver bebido. Contudo, obrigar os sertanejos a parar de beber durante a realização da live, sob o risco de suas apresentações serem derrubadas, é uma atitude, no mínimo, desnecessária, pois eles irão beber de toda forma.

Para além de levar música e entretenimento a quem está de quarentena em casa, inúmeras pessoas têm sido beneficiadas, por causa das numerosas doações e da solidariedade deles. Particularmente, não me importo com o tanto que bebem durante as lives, desde que incentivem a moderação e digam não ao consumo de menores de idade e de quem for dirigir. No mais, podem beber o quanto acharem necessário, pois estão em suas casas, são maiores de idade e responsáveis pelo que fazem.

Por fim, a espontaneidade que demostram é importante para a diversão que tanto buscamos neste isolamento social. Independentemente da bebedeira, os sertanejos têm dado um show de solidariedade e entretenimento, fazendo-nos esquecer, mesmo que por alguns momentos, da complicada situação em que estamos.

 

*O artigo foi produzido sob a supervisão do professor Maurício Guilherme Silva Jr.

0 1164

*Por Caio Adriano Martins Leite

Com essa epidemia, a cidade parou, muitas pessoas respeitam a orientação da OMS e não estão saindo de casa. Neste novo momento, a natureza aproveita para tomar conta do que é seu, e metrópoles estão cada vez mais verdes, trocando, de vez, o tom cinza do dia a dia.

Muitos não têm a sorte de poder ficar em casa, de quarentena, por vários motivos. Há aqueles, porém, que preferem dar sua “voltinha” matinal. Crianças brincam na rua, como se estivessem nas férias de julho; idosos, do grupo de risco, tomaram coragem, nunca vista antes, de sair as ruas.

Em meio ao silêncio predominante nas metrópoles, os animais tomaram as rédeas das coisas. Ouvimos cantos de sabiás, canarinhos, avistamos pica-paus e muitos outros pássaros, que sequer conhecemos. Tais cantos perduram durante todo o dia, e é como se dissessem: “Obrigado”. Árvores, como ipê e mangueira, florescem à moda da primavera, e é possível vê-las, durante o dia inteiro, lotadas de pássaros, que cantam como se tivéssemos em um show lírico, ou melhor, no show dos pássaros. É o grande espetáculo da natureza.

Os cachorros e seus donos estão, a cada dia, mais entrosados. Pets, que antes ficavam sozinhos em casa, agora, saindo ao menos três vezes ao dia. Vejo os donos com mais empatia, uma vez que entenderam como é ruim ficar em casa o dia todo. Parece engraçado, mas, hoje, somos nós que usamos “focinheira”.

Casais passaram a ter mais paciência com seus parceiros(as). Agora, além de viver juntos, trabalham juntos. Diálogo, neste momento, é muito importante. No entanto, descobriu-se que respeitar o espaço do outro é primordial. Famílias estão se redescobrindo, e mudando a forma de conviver diariamente. No final das contas, esta epidemia trouxe união jamais observada.

As ruas, à noite, ficam lotadas pelo vai e vem das motos que entregam comidas. Tal serviço, agora, é fundamentao às famílias, que pedem comida por aplicativos. Ir ao supermercado é algo raro, algo a ser feito, por muitas pessoas vão, de 15 em 15 dias. Tudo isso para diminuir o risco de contágio. O consumismo desacerbado também diminuiu, pois descobrimos que é a hora de manter o controle de tudo. O medo das pessoas, que não têm certeza se terão emprego amanhã, fazem-nas gastar menos.

O novo momento em que vivemos nos faz refletir. Será que, realmente, o mundo estava no caminho certo? Sairemos pessoas melhores desta epidemia. É o momento de se pôr no lugar do outro e rever conceitos. O mundo caminha para uma grande mudança.

Uma frase que se encaixa no contexto em que vivemos é a do grande escritor Alvin Toffler: “Os analfabetos desse século  não são mais as pessoas que não sabem ler e escrever, mas, sim, aqueles incapazes de aprender, desaprender e aprender de novo”.

Acredito que, em 2020, a sociedade, como um todo, terá que exercer o hábito de desaprender, com certa propriedade. Desaprender conceitos que nos trouxeram até aqui. Claro que a gente há de valorizar o que funcionou, e deu certo. É preciso, porém, desaprender um pouco, deixar verdades de lado, e abrir espaço, em nossa cabeça, para aprender conceitos novos. Afinal, está muito claro que o que nos trouxe até aqui não será o que nos levará à frente. Então, é preciso ser humilde o suficiente para entender que tudo o que sabemos tem prazo de validade, e teremos que abrir nossa mente, sempre, para coisas novas.

Teremos que, antes de tudo, sermos resilientes, e entendermos que nada será como antes. A covid-19 mudou nossas vidas para sempre, e o mais correto é preparar-se para o que vem por aí.

Qual o possível cenário, logo após a pandemia? O Biólogo Átila Iamarino foi bem feliz ao dizer: “Mudanças que o mundo levaria décadas para passar, que a gente levaria muito tempo para implementar voluntariamente, estão sendo implementadas no susto, em questão de meses”.

Em tão pouco tempo, tivemos que reinventar a forma como trabalhamos, convivemos e lidamos com outras pessoas. A palavra-chave é empatia. Tudo, ao final, se resume a isso.

 

*O artigo foi produzido sob a supervisão do professor Maurício Guilherme Silva Jr.