Chuvas

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Por Marcelo Duarte e Moisés Martins

Foto: Alexandre Milagres

Sem qualquer aviso da Defesa Civil, uma forte chuva de granizo assustou moradores na noite da última segunda-feira, dia 6. A chuva, que pegou a todos de surpresa, trouxe caos e danos para a população Belorizontina e região metropolitana.  

“O vento batia na janela com muita força. Como moro no último andar do prédio, fiquei bastante assustada com a chuva repentina. Ainda bem que foi rápida”, relata Samyra Zaidan, moradora da região central de Belo Horizonte.

Os estragos foram sentidos em várias partes da cidade. Morador do Bairro Palmares, região Nordeste, o professor Alexandre Milagres teve um dos cômodos de sua casa inundado. “Parecia que as janelas iam todas quebrar de tão forte a chuva. Do lado de fora de casa, haviam camadas e mais camadas de granizo. Depois da chuva, todas nossas plantas estavam quebradas, tivemos uma telha quebrada pela força da tempestade”, enumera os prejuízos.

Em nota, a Defesa Civil de Belo Horizonte disse que está sem acesso às imagens do radar meteorológico, devido a ajustes no sistema. “Considerando que estamos fora do período chuvoso, a chuva de ontem foi uma surpresa, um fenômeno raro, de rápida formação e curta duração.”

Ainda de acordo com a Defesa Civil, a pancada de chuva, que durou apenas dez minutos, teve um reflexo maior na região da Pampulha, a mais atingida com o temporal. Foi registrado o maior volume de precipitação na região, 17,4 mm, e também o maior número de ocorrências como alagamentos, destelhamentos, granizos e deslizamentos.  

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), esta foi a primeira chuva de granizo registrada no mês de agosto em Belo Horizonte. O instituto faz medições na capital mineira desde 1910.

O meteorologista Ruibran dos Reis esclarece, em entrevista ao telejornal MGTV 2ª edição, da TV Globo Minas, que o fenômeno ocorrido, chamado de pré-frontal, é um aglomerado de nuvens que se formam antes da chegada da frente fria. Esse evento natural é comum durante o verão e dificilmente ocorre no inverno. “Quando a frente fria chega em Minas Gerais, ela deixa o tempo nublado, chuva leve e depois queda acentuada de temperatura”, explica o especialista. A última grande chuva de granizo na capital ocorreu aproximadamente há dez anos atrás.

Em um comunicado postado no Facebook, a Defesa Civil colocou algumas recomendações e avisos sobre alertas de chuvas isoladas que fica valendo até esta quarta-feira, dia 8.

Comunicado da Defesa Civil de Belo Horizonte:

A Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil recomenda evitar áreas de inundação e não trafegar em ruas sujeitas a alagamentos e próximos aos córregos e ribeirões no momento de forte chuva, pois o seu nível pode se alterar rapidamente podendo acarretar transbordamentos.

Adverte para que não se abrigue debaixo de árvores e estacione veículos, pois elas podem cair e ocasionar graves acidentes. Atenção especial também em áreas de encostas e morros.

Outras recomendações:

– Tenha um lugar previsto, seguro, onde você e sua família possam se alojar no caso de uma inundação;

– Limpe o telhado e canaletas de águas para evitar entupimento;

– Retire todo o lixo e leve para áreas não sujeitas a inundações;

– Se você morar ou possuir comércio em áreas sujeitas à inundação coloque seus móveis e estoques em lugares altos;

– Colabore com a abertura de deságues para evitar o estancamento de água, pois pode causar muitos prejuízos,

principalmente para a saúde;

– Não utilizar alimentos atingidos pela água de enchente ou inundação e nem beber água de enchente ou inundação;

– Não jogar lixo nos bueiros e boca de lobo, nem nos córregos e rios, para não obstruir o escoamento da água;

– Não amontoe sujeira e lixo em lugares inclinados porque eles entopem a saída de água e desestabilizam os terrenos provocando deslizamentos;

– Não deixar crianças brincando na enxurrada ou nas águas dos córregos, pois elas podem ser levadas pela correnteza ou contaminar-se, contraindo graves doenças, como hepatite e leptospirose;

– Não tocar nem usar equipamentos elétricos que tenham sido molhados ou estejam em locais inundados, pois há risco de choque elétrico e curto-circuito;

– Jamais se aproxime de cabos elétricos arrebentados. Ligue imediatamente para CEMIG (116) ou Defesa Civil (199);

– Não coloque lixo nas ruas que seja de fácil propagação com o vento;

– Revise o madeiramento de sua casa;

– Reforce a amarração de seu telhado;

– Desligue os aparelhos elétricos das tomadas e o gás;

– Abaixe para o piso todos os objetos que possam cair, dentro das residências, com o vento forte (exceto em área inundável);

– Se você observar aparecimento de fendas, depressões no terreno, rachaduras nas paredes das casas e o surgimento de minas d’água avise imediatamente a Defesa Civil;

Em caso de raios, se estiver na rua:

Não permaneça em áreas abertas como campos de futebol,

quadras de tênis e estacionamentos;

– Não fique no alto de morros ou no topo de prédios;

– Não se aproxime de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas e trilhos;

– Nunca se abrigue debaixo de árvores isoladas;

– Evite lugares que ofereçam pouca ou nenhuma proteção contra raios (pequenas construções não protegidas, tais como celeiros, tendas ou barracos, veículos sem capota como tratores, motocicletas ou bicicletas);

– Evite estacionar próximo a árvores ou linhas de energia elétrica;

– Evite estruturas altas tais como torres, de linhas telefônicas e de energia elétrica;

Se estiver dentro de casa:

– Não use telefone com fio;

– Não fique próximo a tomadas, canos, janelas e portas metálicas;

– Não toque em equipamentos elétricos que estejam ligados à rede elétrica.

Por Henrique Faria

Capital mineira já registra a primeira vítima das chuvas. Na tarde desta segunda-feira, 2, a forte chuva que caiu sobre a cidade provocou a queda de várias árvores. Na região Centro-Sul, três árvores de grande e um poste de luz porte caíram sobre três carros na rua Timbiras, entre Av. João Pinheiro e Rua da Bahia. De acordo com o 2º Tenente Wanderson Mendonça do Corpo de Bombeiros, houve duas pessoas com ferimentos leves e o motorista de táxi, Fabio Teixeira, de 35 anos, que passava na região no momento, foi atingido pela árvore e não resistiu aos ferimentos, chegando a óbito no local.  

O Corpo de Bombeiros alerta para o risco de quedas de árvores durante as tempestades em Minas Gerais “Muitas pessoas também, costumam se abrigar debaixo delas quando começa a chover aumentando o risco de quedas e choques.. Segundo dados do órgão em 2017, de janeiro a agosto houve o corte de 1914 árvores com risco de queda no estado. #contramaonasruas

 

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A sexta-feira, 13, que já é conhecida por muitos supersticiosos como o dia do infortúnio, amanheceu sob muita sujeira na capital mineira e região metropolitana, devido a forte chuva de ontem, quinta-feira.

A chuva que veio com muito granizo, fez com que o córrego Ferrugem transbordasse, alagando a Av. Tereza Cristina e três avenidas em Contagem. Casas próximas ao córrego foram atingidas e segundo moradores a água subiu rapidamente. O granizo também atingiu a região do Barreiro.

A região recebeu 88 mm de água, nove vezes a mais que a média diária de chuvas para janeiro que era de 9,5 mm. A medição ocorreu das 16 horas até as 21 horas. O fim de se semana será com muita chuva no final da tarde ou no início da noite.

Na manhã de hoje a Defesa Civil de Belo Horizonte emitiu um alerta de chuva com raios ocasionais, ventos de até 50km/h e está estimado que hoje chova de 40 a 60mm. Válido até as 08 horas de sábado.

Segundo a nota emitida eles recomendam que as pessoas tenham um lugar previsto, seguro, em caso de inundações. Se caso as pessoas possuem casas ou comércio em lugares que correm riscos de alagamentos, que deixem seus móveis em lugares altos. “A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC) recomenda evitar áreas de inundação e não trafegar em ruas sujeitas a alagamentos e próximos aos córregos e ribeirões no momento de forte chuva, pois o seu nível pode se alterar rapidamente podendo acarretar transbordamentos.”

Texto: Amanda Eduarda

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Na segunda quinzena de dezembro de 2016, o corpo de bombeiros registrou cerca de 50 chamadas de árvores caídas ou em risco de queda em BH. De acordo com o Censo 2010 do IBGE, Belo Horizonte é a terceira capital mais arborizada do país, possuindo cerca de 465 mil árvores, contabilizadas através do projeto “Inventário das árvores de BH”.

A Organização Mundial de Saúde recomenda que as cidades possuam 12m² de área verde por habitante, o atual índice divulgado sobre a capital mineira extrapola a recomendação, alcançando 18m².

Porém, muitas destas árvores não encontram condições favoráveis para o seu desenvolvimento, podendo contribuir com as quedas. A agrônoma e analista ambiental, Kênia Chagas, destacou o conflito entre a urbanização e as necessidades biológicas como fator contribuinte para o mal desenvolvimento. De acordo com Chagas, a compactação do solo realizada pela construção de edificações, quando mal executada, é extremamente prejudicial. Além destes outros fatores:

  • Depósitos de resíduos, lixo e entulhos próximo a base das árvores;
  • Pavimentação das calçadas reduzindo a área para penetração do ar e das   águas das chuvas;
  • Poluição do ar que se acumula sobre a superfície das folhas dificultando a fotossíntese.
  • Plantio de espécies inadequadas para o local.

Outro ponto observado pela analista ambiental, é a falta de diversidade das espécies. Segundo ela, recomenda-se que na composição arbórea das ruas de uma cidade, as populações individuais não ultrapassem 10 ou 15% da população total. “Isso é sugerido para evitar problemas de pragas e doenças e criar pontos de interesses distintos dentro do perímetro urbano. Contudo, frequentemente o que ocorre é a presença massiva de poucas espécies.”, salienta.

Por fim, Kênia alerta para os riscos da prática da poda de maneira incorreta. Segundo a agrônoma, a poda é uma prática antiga, com técnicas adaptadas as necessidades das árvores, tais como, as podas de formação da muda e as podas de limpeza para retirada de galhos inadequados ou doentes. Também são comuns as podas de adequação e rebaixamento para sanar problemas decorrentes do plantio inadequado e que devem buscar o máximo possível manter formato original da árvore.

Contudo, é bastante presente o hábito de fazer a poda apenas por fins estéticos, “Essas podas causam estresse e expõem áreas passíveis de entrada de patógenos podendo ocasionar até mesmo a morte da planta. Por ser uma operação dispendiosa e que interfere na fisiologia e na estética da planta, a poda deve ser utilizada somente quando for efetivamente necessário.” finaliza.

Por: Bruna Dias

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Hoje, 16, vários pontos da capital mineira, calçadas, ruas e avenidas amanheceu sob muitas folhas, devido aos fortes ventos de ontem, quinta-feira. Os ventos que chegaram a 90 km/h na região centro sul, fizeram que o corpo de bombeiros atendesse a 45 chamados.

ventoVelocidade dos ventos na tarde de ontem, 15. Foto: Divulgação/Puc Clima Tempo

Devido a queda de uma árvore na tarde de ontem, na AV. Nossa Senhora do Carmo, na altura do colégio Marista, o trânsito ficou lento na região. Já na Av dos Bandeirantes esquina com a Rua Patagônia, um poste caiu interditando completamente o trânsito.

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Árvore cai na Av. Nossa Senhora do Carmo – Foto: Renan Lameu

Hoje pela manhã, os Bombeiros estiveram na Rua Major Lopes, no bairro São Pedro, região Centro Sul de BH, podando galhos de uma árvore que ameaçavam cair.

As chuvas desta semana fez com que a Prefeitura de Belo Horizonte, declarasse situações de emergência. Várias regiões da cidade, como Venda Nova, ficou com ruas alagadas.

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC), vem emitindo notas durante a semana para instruir a população dos riscos que a cidade vem enfrentando. “Recomenda evitar áreas de inundação e não trafegar em ruas sujeitas a alagamentos e próximos aos córregos e ribeirões no momento de forte chuva, pois o seu nível pode se alterar rapidamente podendo acarretar transbordamentos. Adverte para que não se abrigue debaixo de árvores e estacione veículos, pois elas podem cair e ocasionar graves acidentes. Atenção especial também em áreas de encostas e morros. Com as chuvas ocorridas nos últimos dias, o risco geológico se mantém alto na Capital”, informaram em nota.

Por Amanda Eduarda

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foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press

A crise hídrica que assolou Belo Horizonte em 2015, pode se tornar um medo do passado, é o que garante em entrevista o diretor de Operação Metropolitana da Copasa, Rômulo Thomaz Perilli. A obra para captação de água no Rio Paraopeba em Brumadinha, Região Metropolitana e que foi inaugurado em dezembro do último ano pode vir a ser a solução para que não seja necessário o racionamento ano que vem.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, Perilli assegurou que as chuvas deste período devem garantir uma melhora significativa do abastecimento para os próximos 20 anos: “Estas chuvas que estão chegando agora permitem a gente dizer o seguinte: que muito antes do que era possível pensar, nós vamos ter os reservatórios extravasando. Então, nós estamos confirmando com essas chuvas agora que não teremos mais racionamento nos próximos 20 anos”.

Ainda segundo informações de Perilli, a captação do Paraopeba assegurou o aumento da água que já estava em abastecimento nos reservatórios que abastecem a região metropolitana de Belo Horizonte. E apesar do volume das chuvas ser menor que a média histórica os números continuam subindo: “Porque nós estamos hoje com 90 milhões de metros cúbicos a mais nos nossos reservatórios do que nós tínhamos no mesmo dia do ano passado. Mesmo se vierem secas, a não ser que sejam secas extraordinárias”, conta Perilli.

O rio hoje está com aproximadamente 80 mil litros por segundo e parte dessa água era direcionada para o mar. Com o sistema de captação é possível garantir 5 mil litros por segundo, o que contribuí para o aumento do volume de água nos reservatórios. O que, também, pode vir a calhar no que diz respeito aos valores nas contas: “Com essa obra já resolvida, nós não temos mais que buscar água com grandes investimentos. Isso vai impactar positivamente a tarifa. E, reduzindo a inadimplência também, todos pagando, o aumento será menor”, explica Perilli.

Por Ana Paula Tinoco/ Fonte: Estado de Minas