cinema

O Festival de Arte Digital, FAD, abriu sua 5ª edição na noite desta quarta-feira, 31, com uma apresentação que rendeu palmas por aproximadamente 2 minutos. A performance LOSS-LAYERS, do grupo francês A.lter S.essio impressionou ao mostrar um jogo de ilusão e realidade. Som, imagem e corpo foram explorados e transpostos ao olhar do espectador. O espetáculo cênico induz ao campo conflitivo das significações, em que a pessoa é conduzida a uma reflexão do tempo e espaço em que se insere. A bailarina vive no palco uma experiência multi-sensorial, resultado de movimentos, luzes, projeção de vídeo e música eletrônica.

Bailarina na performance LOSS-LAYERS
Bailarina na performance LOSS-LAYERS

Para o videomaker Guilherme Costa, 29, que estava na platéia, o trabalho do A.lterS.essio é “uma síntese de como um ser humano vive num meio urbano e como esse meio interfere na sua vivência. Apesar de ter sentimentos, o meio consegue também deixar mecânico o ser humano”, afirma, referindo-se à dança que apresenta ao mesmo tempo movimentos do corpo semelhantes a de um robô e expressões faciais como o sorriso e o medo.

O festival, que já passou por diversos espaços de Belo Horizonte como Casa do Conde, estação de metrô, o Espaço Cento e Quatro e o Oi Futuro, constrói uma relação entre tecnologia, arte e cinética em um mundo onde é cada vez mais comum a adequação de hábitos ao universo digital.

A cinética e a obra

“A escolha da arte cinética como tema deste ano partiu de uma intenção de proximidade do festival de se relacionar com outras áreas conexas da arte contemporânea. Então a gente lincou [sic] as duas coisas, o que faz com que o festival fomente conceitos mais fortes, mais bem pensados, de forma a não ficar um festival só tecnologia por tecnologia”, explica o curador do FAD Tadeus Mucelli Tee. Assim, é possível enxergar de uma ótica especifica um tema, a cinética, e, um objeto, a tecnologia, de forma integrada. Isso possibilita uma compreensão maior da proposta arte digital.

Na obra do português Void, O Jardim do Tempo, inspirado no texto “O Jardim dos Caminhos que se Bifurcam”, de Jorge Luís Borges, o mecanismos puramente cinéticos se fazem necessário para que a arte cumpra o seu objetivo, que é apresentar diversas possibilidades de percurso dentro de um labirinto.

A obra O Jardim do Tempo de Void.
A obra O Jardim do Tempo de Void.

Sediado no Museu Inimá de Paula do dia 1º de setembro a dois de outubro, o FAD -Festival de Arte Digital apresenta 21 trabalhos de artistas brasileiros e estrangeiros, entre eles performances, instalações interativas, oficinas, workshops e debates. A entrada é gratuita. Para mais detalhes da programação e os horários entre no site: https://www.festivaldeartedigital.com.br/

Por Felipe Bueno

Fotos: Felipe Bueno

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Na abertura da Mostra “30 anos sem Glauber Rocha – Um Leão de Muitas Cabeças”, nesta manhã, os alunos do curso de Moda fizeram uma intervenção no pátio do ICA que resgata a estética da fome que marca a concepção de cinema praticada por Glauber Rocha.

Um grupo de alunos trajando roupas inspiradas no cangaço leram trechos dos texto de Glauber Rocha. “O objetivo da apresentação foi traduzir a independência do cinema nacional com relação à Hollywood, com a identificação do povo brasileiro”, o consultor de moda, professor e jornalista, Aldo Clécius Neris da Silva, 32. “O figurino da apresentação foi totalmente criado pelos alunos de moda”, informa.

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De acordo com Aldo Clécius, a apresentação foi inspirada numa concepção artística que compõe o universo de Glauber Rocha. “A inspiração principal foi a estética da fome que expõe a pobreza, o primitivismo, que os estrangeiros consideram como exótico, diferente e bonito”, explica. “O brasileiro enxerga a miséria e as mazelas do povo no cinema nacional, por ser um cinema artesanal, com dificuldades na criação”, avalia Aldo Clécius.

Na concepção de Glauber Rocha, o cinema deve ser feito com o material que se tem em mãos, seja de grande valor ou não, a questão é ser criativo, original. O importante é a história que se conta, fugindo das regras e dos padrões criados pelos estrangeiros.

Por Anelisa Ribeiro

Fotos Anelisa Ribeiro e Bárbara de Andrade

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A Casa UNA de Cultura trabalha com um tema mensal que norteia todas as atividades que acontecem durante o mês, e o tema de julho é “O Mundo Árabe”. Os gestores definirem este tema como destaque do mês. “O tema que está muito em foco internacional. O nosso objetivo é propor um novo olhar acerca de uma região que muitas vezes é mau interpretada”, explica a a coordenadora Janaina Vaz.

De acordo com a coordenadora da Casa UNA, a mostra de fotografias que integra a exposição é uma parceria com o Instituto de Cultura Árabe, e lança um novo olhar sobre a Palestina em duas vertentes. “Nós temos dois fotógrafos na exposição: Nina Backer (retrata o cotidiano, são fotos coloridas) e Rogério Ferrari (reflete a resistência que acontece naquela região, em preto e branco). Essas são duas realidades que a população vive e conseguimos esses dois registros e é isso que queremos despertar no público esse olhar esses questionamentos de como que é a vida nessa região dentro de uma guerra, dentro de uma resistência, mas que também tem o cotidiano daqueles que tem uma vida “quase normal”, esclarece Janaina Vaz.

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Além dos painéis de fotógrafos há várias atividades, inclusive, a Amostra de Cinema Árabe que vai até o dia 16 julho.

Cinema Árabe

Retratando a realidade da população dos países como Argélia, Egito, Emirados Árabes, Marrocos, Palestina, Síria e Tunísia estão representados em um painel de produções recentes que, em sua quase totalidade, nunca foram exibidos no Brasil. “São exibidos filmes que rompem estereótipos, novos e antigos, que povoam o imaginário ocidental nos dias de hoje sobre a cultura árabe, o Oriente e o Islã (o exotismo, o tradicionalismo, o terrorismo) apresentando sociedades dinâmicas, repletas de contradições e uma beleza que não se deixa apagar pelas feridas da colonização e da pobreza”, conclui Janaina.

Texto:  Marina costa

Foto: Felipe Bueno

Os documentários “O Aleijadinho”, de Joaquim Pedro Andrade, e “O barroco da alegria”, de Moacyr Laterza, foram exibidos, hoje, no anexo Francisco Iglésias, da Biblioteca Pública Luis de Bessa, dentro da programação da mostra “Barroco: arte do ouro e da poesia”.

Ao longo do mês de maio, foram exibidos vários curtas-metragens e documentários sobre a História do Barroco em Minas Gerais. Segundo a coordenadora da biblioteca, Alessandra Gino, a idéia de exibir os filmes na biblioteca, é de mostrar o outro caminho de informação que o leitor pode encontrar além dos livros. “O nosso projeto tem como objetivo é mostrar um jeito mais dinâmico de abordar diferentes temas. Todos os meses abordamos temas que despertam o interesse do público”, enfatiza.

  • Corrdenadora Alessandra GinoCoordenadora Alessandra Gino
  • No próximo mês, o tema será “O Meio Ambiente”. O assunto abordará conceitos e práticas ambientais.


    Por: Marina Costa

    Foto: Felipe Bueno

    Uma fila se formou na esquina da Rua Gonçalves Dias com Rua da Bahia na noite da última terça-feira, para a pré-estréia do filme “Amor?”, dirigido por João Jardim. O evento, organizado pelo projeto Sempre Um Papo, aconteceu no Usiminas Belas Artes e contou com a presença do diretor do filme, em um bate-papo com os atores Julia Lemmertz e Ângelo Antônio.

    Na fila, a expectativa era grande, tanto pela curiosidade despertada pelo filme, quanto pela presença dos atores. A estudante Solange Morais chegou cedo ao Belas Artes para garantir sua entrada. “Fiquei muito sensibilizada com as histórias do filme. Mas vi apenas trechos e não queria perder a oportunidade de assistir tudo”, comenta. Os convites foram distribuídos uma hora antes da exibição do filme. Foram disponibilizados 130 lugares e mesmo assim, várias pessoas ficaram sem entrar na sala. “Não podemos lotar a sala e não é permitido assistir ao filme de pé”, explicou a assessora Jozane Faleiro.

    Para mais informações sobre o filme, acesse https://amorofilme.com.br/

    Confira entrevista com Julia Lemmertz, Angelo Antonio e João Jardim:

    Por Débora Gomes e Nelio Souto

    Quem não pretende sair de Belo Horizonte para curtir o carnaval e procura uma opção mais tranquila, o Circuito Cultural Praça da Liberdade estará aberto permitindo ao visitante, um pequeno passeio pelo Planetário, pelo Museu de Mineralogia e pela história mineira no Memorial Minas Vale e no Palácio da Liberdade
    O espaço TIM UFMG do Conhecimento vai funcionar até domingo, das 12h às 18h, o museu das Minas e do Metal vai abrir nos dias 5 e 6 e na quarta-feira de cinzas das 12h às 18h. O Palácio da Liberdade abre suas portas no domingo, dia 6, de 8h às 13h, para receber os visitantes em visita guiada nos trinta cômodos do prédio.
    A entrada é gratuita nos espaços do Circuito Cultural.
    Outra oportunidade para quem quer se divertir é prestigiar a programação de filmes em cartaz no Usiminas Belas Artes, que ficará aberto no período de carnaval.

    Programação do cinema

    Sala 1: O Discurso do Reidsc_0941
    Horários: 14h30, 16h50, 19h10 e 21h30
    Sala 2: Biutiful
    Horários: 15h00, 18h00 e 21h00
    Sala 3: Lixo extraordinário
    Horários: 14h50 e 19h10
    Sala 3: O Concerto
    Horários: 16h50 e 21h10

    Mas se você quer curtir um cineminha um pouco mais tarde, fique atento, porque o Cine Belas Artes oferece sessões gratuitas na madrugada de sábado, a partir das 23h30.

    Texto: Raphael Jota

    Foto: Andressa Silva