Circuito Liberdade

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Você piscou e já estamos em dezembro, e a Praça da Liberdade está toda paramentada com luzes de Natal

Por Gustavo Meira

A tradicional iluminação de Natal foi inaugurada no dia 02 deste mês, com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, dentre outras autoridades. 

 

Além das luzes da praça, as fachadas dos prédios que compõem o Circuito Cultural Praça da Liberdade também estão decoradas. O Palácio da Liberdade ganhou uma árvore de Natal e um presépio. 

 

Mineiros homenageados 

 

Estão em exibição um 14-bis, avião criado por Santos Dumont pilotado por um Papai Noel e as silhuetas iluminadas dos 12 profetas da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, criadas por Aleijadinho. A decoração é em comemoração ao aniversário de 303 anos de Minas Gerais, que estará exposta até o dia 06 de janeiro. 

foto para a parte “Mineiros homenageados” (O ‘’14 Bis’’ foi criado pelo mineiro Santos Dumont em 1906. Foto: Cristina Moreno de Castro/kikacastro)

Durante o período de exposição, o coreto abrigará a Casa do Papai Noel, um ambiente com iluminação cênica e um espetáculo de neve a cada 30 minutos. Um túnel iluminado em neon flex também proporciona uma experiência imersiva e instagramável no espaço.

 

A ação faz parte do Natal da Mineiridade que abrange cerca de 600 eventos oficiais em 450 municípios. Foram investidos cerca de R$ 18 milhões, que devem retornar para o Estado, aquecendo o comércio e o turismo. 

 

Operação especial de trânsito 

 

Devido à iluminação da Praça da Liberdade, a Prefeitura de Belo Horizonte promoverá uma operação especial de trânsito até 6 de janeiro, das 19h à meia-noite. Uma área especial será destinada para Food Trucks. Além disso, haverá interdição das alamedas da Educação, dos Despachos e da Segurança.

foto para parte “Operaçao transito” (Operação especial de trânsito na Praça da Liberdade. Foto: Divulgação PBH.)

Por Júlia Garcia

Celebrado em 27 de setembro, o Dia Mundial do Turismo existe desde 1980. Estabelecido pela Organização Mundial do Turismo (OMT), em comemoração ao aniversário de uma década do Estatuto da Organização Mundial do Turismo, tem como principal objetivo ressaltar a importância econômica, social e cultural dessa atividade.

Para comemorar o dia, separei alguns pontos turísticos e locais, que os belorizontinos mais gostam em Belo Horizonte. Vamos lá? Lembrando que essa ordem não indica favoritismo!

 

1- Lagoa da Pampulha

Lagoa da Pampulha. Foto/Divulgação: Pampulha BHZ.

Um dos cartões postais da capital mineira, sua obra foi finalizada em 1943. É bastante popular e é possível notar diversas pessoas passeando no entorno, tanto para o lazer, quanto para saúde.

2 – Praça da Liberdade

Praça da Liberdade vista de cima. Foto/Divulgação: Designi.

Foi construída a partir de 1895 para abrigar os prédios do Palácio do Governo e Secretarias do Estado, em estilo eclético com influência neoclássica. Atualmente é um dos pontos mais movimentados da cidade.

3. Edifício Arcângelo Maletta

Edifício Arcângelo Maletta. Foto/Divulgação: Amira Hissa/PBH.
Edifício Arcângelo Maletta. Foto/Divulgação: Amira Hissa/PBH.

 

Foi fundado em 1961 e é conhecido como centro de boemia e discussão política. Com 19 andares na área comercial e 31 no espaço residencial, o Maletta tem 319 apartamentos, 642 salas, 72 lojas e 74 sobrelojas. Hoje, principalmente à noite, é possível notar um grande movimento no local. São muitos bares e restaurantes cheios, um dos locais mais escolhidos pelos belorizontinos.

4 – Feira Hippie

Feira Hippie. Foto/Divulgação: Bernardo Estillac/Hoje em Dia.
Feira Hippie. Foto/Divulgação: Bernardo Estillac/Hoje em Dia.

A Feira Hippie surgiu em 1969, na Praça da Liberdade, por um grupo de artistas mineiros e críticos da arte. Em 1973 foi reconhecida e oficializada pela Prefeitura de BH. Em 1991, a feira e outras espalhadas pela capital foram reunidas e transferidas para a Av. Afonso Pena. 

5. Mercado Central

Mercado Central. Foto/Divulgação: Mercado Central.
Mercado Central. Foto/Divulgação: Mercado Central.

Nascido em 1929, no centro de Belo Horizonte. Naquela época ele era descoberto e mais de 90% das bancas vendiam apenas hortifrútis. Um dos pontos mais visitados pelos mineiros e turistas, hoje em dia existem dezenas de comércios dentro do local.

6. Rua Sapucaí

Rua Sapucaí. Foto/Divulgação: Moisés Teodoro/BHAZ.
Rua Sapucaí. Foto/Divulgação: Moisés Teodoro/BHAZ.

A Rua Sapucaí foi considerada o primeiro Mirante de Arte Urbana do mundo, onde o público pode acompanhar ao vivo a realização das obras. Hoje em dia a Sapucaí é uma das ruas mais badaladas – se não for a mais – de Belo Horizonte.

7. Mercado Novo

Mercado Novo por dentro. Foto/Divulgação: Flávio Tavares/O Tempo.
Mercado Novo por dentro. Foto/Divulgação: Flávio Tavares/O Tempo.

Foi inaugurado em 1963 como promessa inédita de comércio na capital mineira. Em 2018 ocorreu um pontapé, onde começou a revitalização do espaço. Hoje em dia o Mercado possui bares, restaurantes, lojas, comércios e está sempre movimentado. Virou um queridinho dos belorizontinos.

8. Praça do Papa

Praça do Papa. Foto: Divulgação.
Praça do Papa. Foto: Divulgação.

Inaugurada em 1980, o lugar foi escolhido para a celebração da primeira visita de um Papa a Belo Horizonte. A praça se localiza próximo ao Parque e Mirante das Mangabeiras. Um dos pontos turísticos da cidade, a Praça do Papa é visitada com frequência.

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Episódios serão divulgados quinzenalmente, disponibilizados nas principais plataformas digitais

Por Keven Souza

Os espaços culturais e turísticos integrantes do Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, agora também estarão no Spotify e Google Podcast. É o novo podcast da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), em parceria com o Centro Universitário Una, que foi lançado na última quinat-feira (18) e será divulgado quinzenalmente nas plataformas digitais.

O primeiro episódio da série é um bate-papo com o subsecretário de Cultura de Minas Gerais, Maurício Canguçu, para falar “O que é o Circuito Liberdade” e sobre a importância deste reduto histórico para o Estado e a capital mineira.

O podcast é fruto de uma parceria entre a Secult e o Centro Universitário Una. Alunos e profissionais de diversas áreas da instituição de ensino conduzirão o projeto de audiovisual e produção jornalística. A escolha do Circuito Liberdade como tema central da iniciativa é em função da importância cultural e simbólico da capital mineira e de Minas Gerais, possibilitando a abordagem temáticas importantes ligadas ao Complexo Cultural com a flexibilidade de reprodução a qualquer hora ou lugar, por meio da internet. O produto será destinado aos cidadãos de Belo Horizonte, a priorizar moradores da região metropolitana e turistas que pretendem conhecer a cultura e beleza da cidade.

Segundo o subsecretário de Cultura de Minas Gerais, Maurício Canguçu, o podcast ajudará a apresentar os equipamentos do Circuito Liberdade para o público em geral, além de contar curiosidades e a história do complexo. “É um momento que todos os equipamentos, sejam museus, teatros, galerias de arte, fazem um trabalho em conjunto para potencializar esse que é um dos principais produtos turísticos e culturais de Minas Gerais. Então, o podcast ajudará a levar esse atrativo para mais pessoas, do estado e também para outras regiões”, disse.

Um dos responsáveis pela produção do podcast, o especialista em videomaker e produtor audiovisual da Una, Raphael Campos, reforça que até alguns anos atrás, jornais impressos, revistas, rádios e televisão eram os principais emissores de informação e entretenimento. Com a era digital, os conteúdos de áudio on-line cresceram consideravelmente até fazer parte do gosto dos brasileiros.

“O podcast está cada dia mais popular, o seu formato facilita o consumo enquanto estamos realizando outras tarefas. O rádio sempre foi uma mídia muito popular no Brasil, o que, junto com o acesso da população a smartphones com internet, facilitou a popularização do podcast por aqui. A pandemia também ajuda nesse consumo, é um momento em que queremos experimentar, consumir mais notícias e outras formas de entretenimento”, afirma.
Campos ainda afirma que a estrutura técnica disponibilizada pela Una foi indispensável para obter um bate-papo de qualidade com conteúdo relevante. “A conversa com o Maurício Canguçu está incrível! Todo o conhecimento dele sobre o Circuito foi passado de forma clara e muito interessante. Já estamos trabalhando nos próximos episódios, falando ainda mais sobre o Circuito Liberdade”, pontuou.

Para Larissa Santiago, líder dos laboratórios de Publicidade e de Relações Públicas da Una, o primeiro episódio sintetiza a aproximação das pessoas à concepção amplificada do que é o Circuito Liberdade e apresenta de forma atrativa o valor dos equipamentos culturais que o integram. “Este episódio desvenda assuntos sobre os espaços culturais e qual a sua importância para a cultura, história e turismo de Belo Horizonte, a partir da visão de quem faz parte do governo e é amante das artes e culturas, como é o caso do Maurício Canguçu”, diz.

O primeiro episódio do podcast pode ser acessado clicando aqui.

Circuito Liberdade

O Circuito Liberdade é um complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

 

 

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 Programação de novembro, toda gratuita, começou com encontros online e segue com músicas e apresentações

Por Keven Souza

Novembro é marcado pelo Dia da Consciência Negra. A importância da data, comemorada no dia 20, é traçada pelo reconhecimento dos descendentes africanos na construção da sociedade e identidade afro-brasileira. É um dia de reflexão e homenagem à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Circuito Liberdade, maior complexo cultural e turístico do país, adere a esse movimento todos os anos, como forma de celebrar a data, e compartilha a ideia de incitar um espaço de debate acerca da temática. 

Neste mês, os equipamentos do complexo cultural que fazem parte da conscientização, são o Memorial Minas Gerais Vale e o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal. Os espaços possuem programações importantes pensadas para enaltecer o Dia da Consciência Negra e relembrar a importância dos movimentos, da arte e da cultura afro-brasileira. As ações tiveram início este mês e seguem até o fim de novembro, acontecendo a maioria online e outras de forma presencial, seguindo todos os protocolos de seguranças contra a Covid-19, com toda programação gratuita. 

Memorial Minas Gerais Vale

O MMGV trabalha questões etnico-racial ao longo de todo o ano em suas exposições, para este mês apresenta uma programação especial para celebrar o Mês da Consciência Negra. Acontecem atrações culturais, ações educativas, shows e webinários voltados aos valores atribuídos à cultura afro-brasileira, é o que diz o diretor do Memorial Minas Gerais Vale, Wagner Tameirão. “A questão etnico-racial é uma temática que, anualmente, o Memorial trabalha, temos dentro da nossa exposição de longa duração conteúdos que abordam essa pauta. O que trouxemos este ano, além das atrações culturais e ações educativas, toca não só as questões etnico-raciais, como também discute pontos acima disso”, explica. 

O gestor ressalta que é imprescindível discutir sobre a temática nos espaços culturais e sociais. “Reconhecemos que os espaços culturais têm o seu papel cultural e social, hoje se fala muito de uma museologia social e a discussão sobre a Consciência Negra não é um assunto tão contemporâneo, mas tem que ser debatida, discutida, principalmente, em espaços que tratam de memória histórica”, comenta. 

Confira a programação para o Mês da Consciência Negra:

21/11 – SHOW COM NATH RODRIGUES 

No dia 21 de novembro, domingo, às 11 horas, acontece a atração especial “MMGV 10 anos”, além da programação do Mês da Consciência Negra, o show inédito da multi-instrumentista, cantora, compositora e investigadora das artes, Nath Rodrigues. A artista dedica o seu trabalho à música brasileira instrumental, à canção e à pesquisa dos efeitos da música sobre o corpo-mente-espírito. Para participar é só acessar a  plataforma do Youtube através do canal do MMGV. 

20/11 – AÇÃO EDUCATIVA – É CONSCIÊNCIA NEGRA SIM!

No dia 20 de novembro, sábado, Dia da Consciência Negra, acontece a partir das 12h, a postagem online com ilustração feita por Maryslane Santos e texto reflexivo feito por Juliana Silva, Liliane Augusta Moreira e Maryslane Santos. É preciso acessar a plataforma do Instagram do MMGV. 

28/11 – SHOW COM DEXTER 

No dia 28 de novembro, domingo, acontece a atração especial “MMGV 10 anos”, além da programação do Mês da Consciência Negra, o show do cantor Dexter que é cantor e compositor brasileiro de Hip Hop. Para participar é só acessar a  plataforma do Youtube através do canal do MMGV. A apresentação integra o projeto Diversidade Periférica.

MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal 

O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal abre espaço para falar sobre o negro em toda sua totalidade e altivez neste mês de novembo. No dia 19/11, sexta-feira, às 15 horas, recebe a Companhia Baobá Minas na Praça de Convivência do Museu para a roda de conversa: diversidade, identidade e cultura, além da apresentação cultural da companhia sobre Corporeidades Negras. As convidadas para a iniciativa são Ione Amaral (Quilombo Mangueiras), Junia Bertolino (idealizadora “Prêmio Zumbi de Cultura” e fundadora da Cia Baobá Minas) e Makota Cassia kidoiale (Quilombo Manzo Ngunzo). O encontro é gratuito e todos os interessados poderão participar. 

De acordo com a gerente de Relacionamento Institucional do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, Paola Oliveira, é necessário trazer cada vez mais diversidade para dentro dos espaços de convivência e acolher atividades relacionadas à cultura negra. “A ocupação desse lugar é simbólica. Entendemos que cumprimos nossa função de museu, para além da ciência e tecnologia, mas também de um local cultural pulsante e dinâmico quando abrimos diálogos em diversas frentes com a sociedade, que é plural. Queremos ser parte dessa pluralidade”, diz.

Para ela, a expectativa em relação à participação do público é ótima e está alta. “Estamos retornando aos poucos nossas ações presenciais, com todos os cuidados e cumprindo os protocolos. Temos uma boa expectativa de participação das pessoas”, afirma.

Circuito Liberdade

O Circuito Liberdade é um complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

 

Por Bianca Morais

Restauração é o ato de restaurar, consertar algo desgastado, ou seja, recuperar aquele objeto, na maioria das vezes, uma obra de arte, dando seu brilho de volta sem perder a essência. O restauro se sustenta em um conjunto de procedimentos técnicos de intervenção, realizados na arte para recuperar sua integridade, uma restauração não pinta por cima da arte original, e sim se alia a ciência para reintegrar as cores da pintura. 

A restauração não é focada em criar uma nova obra, mas recuperá-la para mostrar como ela era no  olhar inicial do artista. É pensando nisso que o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, constantemente proporciona essa experiência aos seus visitantes.

A Casa Fiat de Cultura

Em comemoração aos seus 15 anos, a Casa Fiat de Cultura oferece uma proposta muito interessante ao seu público, nomeada “Aleijadinho, a arte revelada o legado de um restauro”, o projeto leva seus visitantes a conhecerem o cuidadoso restauro de três obras do artista, sendo elas: São Manuel, São Joaquim e Sant’ana Mestra.

Até o dia 30 de novembro serão realizados os restauros das imagens de São Manuel e São Joaquim e no dia 2 de dezembro inaugurada a mostra delas, a de Sant’ana continuará em processo de restauro, ao vivo, para o público.

As obras foram trazidas de igrejas mineiras e depois das exposições serão devolvidas restauradas às suas comunidades de origem, valorizando então esse patrimônio artístico tão importante. 

“Desenvolvemos uma iniciativa inovadora ao possibilitar ao público o acesso a um processo de restauro de obras cujo estado de conservação se encontravam em diferentes estágios. Foram escolhidas obras que precisavam de intervenções em níveis diferentes mas com o mesmo objetivo: a valorização do patrimônio cultural, o aspecto educativo que estamos desenvolvendo em torno do projeto e a importância do legado do restauro para as futuras gerações”.

A restauração das três obras de Aleijadinho está sendo feita pelo Grupo Oficina de Restauro, com o acompanhamento técnico do IPHAN. A dinâmica a ser desenvolvida na Casa Fiat de Cultura permitirá a aproximação entre os visitantes e os restauradores, que poderão acompanhar todo o passo a passo e conhecer os bastidores de um restauro, seja por meio de visitas presenciais agendadas, seja através das vitrines do espaço ou, ainda, pela programação virtual, que inclui a websérie “Aleijadinho, arte revelada: o legado de um restauro na Casa Fiat de Cultura”

Além do restauro de Aleijadinho, a Casa Fiat tem o painel “Civilização Mineira”, de Candido Portinari. Após a execução de 16 etapas de trabalho e mais de 500 horas de pesquisa e minuciosa intervenção, a Casa Fiat de Cultura restaurou o painel “Civilização Mineira”, de Candido Portinari,  em 2013, garantindo a salvaguarda desta obra de inominável valor simbólico e material para a cultura nacional  e, sobretudo, mineira. 

Centro de Memória do Centro Cultural Unimed-BH Minas

Outros espaços do Circuito também já realizaram restaurações, um exemplo é o Centro de Memória. 80% das intervenções realizadas pelo Centro de Memória são de Conservação. Ou seja, tratamento (higienização e acondicionamento) do bem cultural – Acervo de Objetos / Premiações (troféus, taças, medalhas, troféus); Mobiliário, Indumentária Esportiva; Acervo Fotográfico e Acervo Arquivístico. 

Os outros 20% das intervenções são de Restauração. São episódicas e muito importantes pela diversidade e relevância dos acervos que são recuperados.  Os serviços são terceirizados. 

Exemplos de trabalhos de Restauração realizados:

 – Conjunto de 12 negativos de vidro 18 x 24, restaurados em novembro de 2011. Trabalho realizado por Pedro Brito Soares, Flávio de Paula, Leandro Araújo Nunes.

– Cadeira geminada que pertenceu ao antigo Ginásio do MTC. Trabalho realizado em 2018 por Thais Cristina Coelho Carvalho Caixeta.

– Sede Social rua da Bahia (edificação tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte /CDPCBH). Restauração realizada em 2016.

– Conjunto de 100 cadeiras pertencentes ao Restaurante do Minas, tombado  pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de BH.  Trabalho realizado em 2019, por Paulo Henrique Maciel Senra. Restaurar – Conservação e Restauração de Móveis / [email protected]

– Troféus, com partes soltas e faltantes que exigiram soldagem. 2021.  Elizabeth Alves Kiefer

– Fotografias avulsas e álbuns de fotografia, desde 2014. Blanche Porto de Matos

– Premiação Vôlei Feminino. Campeonato Mundial de Vôlei. Premiação em porcelana procedente da China / conjunto de chá. Trabalho realizado em janeiro de 2019 por Iara Restaurações  / Júlio ( especializado em recuperação de objetos de porcelana).

– Pintura a óleo sobre tela com desprendimento de policromia. Trabalho realizado em 2019, Elizabeth Alves Kiefer.

Circuito Liberdade

O Circuito Liberdade é um complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

 

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Por Bianca Morais

O dia 26 de setembro, domingo,  é marcado como o Dia Nacional dos Surdos, tendo o objetivo de celebrar as lutas e conquistas do grupo. É um dia de reflexão e respeito sobre a inclusão na sociedade. O Circuito Liberdade, principal complexo cultural e turístico de BH, compartilha a ideia de inclusão, por isso os espaços integrantes vêm buscando cada vez mais desenvolver e introduzir práticas voltadas para acessibilidade, com as adequações necessárias para oferecer aos surdos informação cultural e experiências turísticas, eliminando barreiras.

Entre os espaços do Complexo Cultural que apresentam atividades e recursos voltados para os surdos está a Casa Fiat de Cultura, que tem a acessibilidade como um dos grandes diferenciais de atendimento ao público. O Programa Educativo da instituição – que é permanente – conta com um Núcleo de Acessibilidade e Inclusão, que garante amplo acesso aos mais diversos públicos, tanto nas exposições, quanto nas ações educacionais e de formação.

Os vídeos e transmissões ao vivo contam sempre com legenda ou tradução em Libras. Além disso, o Núcleo desenvolve réplicas de obras em arte 3D, materiais em braille, audiodescrição das obras e atividades sinestésicas. A expografia é adaptada de forma a tornar o espaço das exposições mais acessíveis e são desenvolvidas, ainda, atividades em ateliê, pensando no atendimento aos diversos públicos. 

Segundo Clarita Gonzaga, coordenadora do programa Educativo da Casa Fiat de Cultura, o Núcleo de Acessibilidade atua não apenas no sentido de desenvolver instrumentos e estratégias de acessibilidade, mas também na promoção de discussões sobre mediação e experiência estética acessíveis. “Assim, tendo como referência o conceito ampliado de acessibilidade, a Casa Fiat de Cultura trabalha na construção de um espaço acessível a todos os públicos”, destaca. 

Obra da Casa Fiat

Para o mês de setembro, a Casa Fiat de Cultura preparou um material especial. No dia 21, foi lançado o kit “Portinari para apreciação tátil e auditiva”. A obra “Civilização Mineira” (1959), de Cândido Portinari, foi reproduzida em relevo para apreciação tátil numa parceria com o Stellantis Design Center South America — centro de design da marca, responsável pela criação de carros do grupo automobilístico. O material contempla, ainda, audiodescrição comentada, um caderno em braile e tradução sonora, elabora por meio de uma ferramenta sinestésica. O kit ficará disponível para apreciação do público geral a partir da reabertura da Casa Fiat de Cultura.

Kit braile – Casa Fiat

Outro espaço integrante que se destaca nesse sentido é o Circuito Cultural Banco do Brasil, um espaço dirigido a todos os segmentos da sociedade, com ações integradas e iniciativas de responsabilidade social. 

Um exemplo das atividades do espaço é o CCBB Educativo Arte e Educação, que oferece cursos com profissionais de várias áreas do conhecimento para compartilhar seus saberes. Vários desses cursos contam com intérpretes de libras, como as visitas mediadas que acontecem todas as quintas e sábados às 18 horas. Outra ação é o “Com a Palavra”, com intérpretes de libras e legendas, e o “Transversalidades”, uma atividade que acontece no formato online que também tem intérpretes de Libras. 

Prédio do CCBB

“Quando há alguma demanda de visita agendada de um grupo específico que necessita da presença de intérprete, o CCBB Educativo toma a providência. Antes da pandemia, nós tínhamos uma equipe maior, com a presença de estagiários fluentes em Libras, e tinha a atividade “Lugar de Criação” aos finais de semana. Com a pandemia, a equipe foi reduzida e, consequentemente, algumas ações também foram reduzidas”, comenta Milton Lira, um dos responsáveis pelo programa.

Já o MM Gerdau é um museu de ciências e tecnologia que apresenta de forma lúdica e interativa a história da mineração e da metalurgia. Todas as belezas do local podem ser aproveitadas pelo público surdo, afinal eles disponibilizam conteúdo acessível na internet, Instagram, Facebook, YouTube e visitas virtuais mediadas bilíngues (português e Libras), em tempo real. Elas contam com conteúdo em Braille, áudio, Libras e educadores capacitados para a mediação de pessoas com deficiências nos ambientes expositivos. 

Edifício do MM Gerdau

Atualmente, na impossibilidade de encontros presenciais, são oferecidas visitas virtuais mediadas em Libras para grupos acima de cinco integrantes, com agendamento prévio pelo site https://mmgerdau.org.br/, além de visitas mediadas individuais, presenciais, nos horários de funcionamento do museu.

Com o compromisso de promover a democratização e divulgação científica de forma inclusiva, a série o MM Gerdau tem o “Minuto Libras”, que apresenta ao público pessoas surdas com atuação relevante na educação, produção científica e artística. Com temáticas mensais e periodicidade semanal, pretende-se dar visibilidade ao protagonismo de pessoas surdas e às suas contribuições para as ciências. 

Para Luciana Miglio, coordenadora de Inclusão e Acessibilidade do MM Gerdau, o espaço vem trabalhando continuamente, desde o ano de 2015, na ampliação de exposições e programações inclusivas para todos os públicos, tanto de forma física e presencial, quanto através de sua programação digital. “Nossa busca pela acessibilidade e inclusão tem motivação contínua e permanente”.

Espaço do Conhecimento UFMG

O Espaço do Conhecimento UFMG é um local diferenciado, que conjuga cultura, ciência e arte. Em abril de 2015, o espaço deu início ao projeto Quinta com Libras, a fim de ser uma oportunidade para pessoas que estudam ou são fluentes na Língua Brasileira de Sinais (Libras) reconhecerem e usarem o Espaço do Conhecimento UFMG como local de encontros e de trocas. Nas primeiras sessões, aconteceram visitas mediadas à exposição de longa duração Demasiado Humano e na atividade Jogos do Conhecimento. Desde novembro de 2015, o museu realiza oficinas mensais em Libras, com os temas teatro, astronomia, desenho e música, entre outros.

Desde março de 2020, com a pandemia, os encontros presenciais foram temporariamente suspensos. Para evitar a interrupção do projeto, o Espaço do Conhecimento UFMG está realizando o Sábado com Libras em formato virtual, nas redes sociais do museu. 

Além do Sábado com Libras, o lugar possui uma sessão de astronomia acessível em Libras, exibida no planetário do museu. Agora em formato virtual, são oferecidas todas as quintas-feiras, às 17 horas, sessões de astronomia acessíveis em Libras, que podem ser assistidas pelo Youtube, com a participação do público pelo chat.

No dia 7 de setembro foi divulgado no blog do Espaço o texto “A história do Setembro Azul ou Setembro Surdo”. No dia 11, foi divulgado, na programação do Sábado com Libras, um vídeo produzido por Bárbara Vitor, bolsista no Núcleo de Ações Educativas e Acessibilidade do Espaço, contando sobre a sua experiência como aluna do curso Letras-Libras da UFMG. No dia 15/09, foi divulgado um Quiz com o tema “Setembro Azul” no instagram do Espaço. 

Além disso, a oficina deste mês do Sábado com Libras virtual, a ser realizada no dia 25 de setembro, às 10 horas, vai discutir “A comunicação com surdos nos museus”. A atividade vai abordar a importância da acessibilidade nos espaços culturais e como devemos promovê-la, além de apresentar ao público alguns termos e expressões típicos do universo museal na Língua Brasileira de Sinais. Podem participar crianças a partir de 8 anos, além de jovens e adultos, e não é exigido conhecimento prévio da Língua Brasileira de Sinais.

 

Museu Mineiro

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) e a startup SIGNUMWEB, que tem como propósito resolver a barreira comunicativa entre as empresas e seus clientes ou colaboradores surdos, estão desenvolvendo um projeto de acessibilidade em libras para o Museu Mineiro, espaço cultural sob gestão do Governo de Minas, com o objetivo de dar autonomia e independência aos visitantes para que eles possam ter acesso às informações no local de forma a transformar a sua experiência no equipamento turístico/cultural. O projeto tem lançamento previsto para novembro de 2021

De acordo com o subsecretário de Cultura de Minas Gerais, Maurício Canguçu, os portadores de deficiência, incluindo os surdos, devem ser prioridade nas ações de acessibilidade dentro dos espaços culturais. E o Circuito Liberdade tem atuado para que isso aconteça. “Os equipamentos do Circuito têm debatido o tema acessibilidade em seus comitês e atuado para incluir as pessoas com deficiência em suas atividades, além de melhorar a estrutura dos espaços. Esse é o caminho para que elas possam vivenciar experiências tão ricas e concretas como qualquer outro visitante”, ressaltou.

 

Circuito Liberdade

O Circuito Liberdade é um complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.