Cultura

A Prefeitura de Belo Horizonte e o Movimento Respeito por BH promoveu nesta sexta-feira, 20, a abertura da exposição fotográfica “Cidadão – cuidando do que é de todos”. A abertura aconteceu às 15h, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, anexo Professor Francisco Iglesias, na Praça da Liberdade, que teve a presença de alunos de escolas públicas, professores, representantes do Governo e Prefeitura, além de apresentações infantis e da banda da Guarda Municipal.

Apresentação Infantil

O projeto tem o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, Ministério Público Estadual, Polícia Militar, Polícia Civil, OAB e setores da sociedade civil. A exposição sugere 122 registros das ações de despiches (limpeza de pichações) e a mobilização popular e dos órgãos públicos resgatando o espaço urbano, reconstituindo e cuidando do patrimônio da capital.

Um dos saldos positivos nesta campanha de combate ao vandalismo foi o esforço da população contra a pichação. Moradores, pais, alunos, professores, comerciantes, instituições e demais participantes reuniram esforços, para limpar os muros castigados pelo vandalismo.

Solange Soares que passava pelo local e que trabalha como Serviços Gerais no Memorial Minas gerais – Vale, disse que a ideia do movimento é ótima. “Eu acho uma boa iniciativa, isso poderia acontecer mais vezes em belo Horizonte”, afirma.

O Movimento Respeito BH salienta o ordenamento e a correta utilização do espaço urbano. A exposição é o registro da mobilização popular e o apoio dos órgãos públicos a estas iniciativas que resgatam o espaço urbano, reparam e protegem o patrimônio da cidade de Belo Horizonte.

A Diretora da Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Thais Queiroz Brescia defende que a preservação é muito importante para a cultura e que é nosso dever manter a cidade limpa. “É direito de todo cidadão viver em lugar limpo e preservado”, completa.



Explica ainda sobre a importância das escolas terem acesso a este tipo de informação.



Demonstração de limpeza

Representantes da empresa Sauber Jet estiveram no local para uma demonstração de limpeza de uma parede pichada. Roberto Medeiros que é um dos parceiros da empresa, disse que movimentos como este é muito importante para a conscientização das crianças. “Este tipo de educação tem que começar na infância e isso é fundamental”, recomenda.

A remoção da pichação dura de 10 a 15 minutos, usando um sistema que não utiliza produtos químicos ou água, realizando a seco e sem geração de resíduos.

Despiche

Texto por Anelisa Ribeiro e Raphael Jota

Foto por Thaline Rachel

Audio por Raphael Jota

Em meio a uma Praça pouco movimentada destaca-se a exposição da mini galeria.

Duas exposições chamam a atenção de quem passa pela Praça da Liberdade, a Mini Galeria e a Detono Graffiti iniciativas culturais que levam à praça obras de vários artistas plásticos e designers mineiros e de outros estados também.

As exposições foram abertas no dia 13 e vão até o dia 19 de maio, sempre das 9h às 19h. Quem apresenta as obras da Mini Galeria, na Praça, é a estagiária Amanda Barbosa de Abreu, 19. “A exposição é uma forma de trazer a arte para a população”, afirma Amanda. “As obras expostas aqui na Praça da Liberdade são apenas para exposição, mas, a menos de dois quarteirões daqui, na Av. Cristóvão Colombo [número 550, sala 27], tem mais trabalhos que podem ser comprados, e outros projetos também”, informa.

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Mais informações pelo site: www.minigaleria.com

Por: Bárbara de Andrade

Foto: Felipe Bueno

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Quem visita o Edifício Maleta talvez não perceba a loja de discos de vinil “Usados com arte”, localizada no segundo andar do prédio. A loja é dirigida pelo comerciante Alexandre Veloso, 38, há 3 anos.

O comerciante que veio para Belo Horizonte há 12 anos, chegou a fazer jornalismo durante dois anos, mas largou a faculdade por causa do trabalho. Ele trabalhava em uma loja de Cd´s, até que percebeu a falta de lucro por causa da pirataria, então passou a vender os discos de vinil. “Sempre gostei de discos, de música, então comecei a comprar CD e vinil. Hoje é interessante perceber que o vinil não morreu, as pessoas ainda procuram, acredito que seja uma questão da cultura”, afirma Alexandre.

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Clique na imagem e confira a galeria de imagens

Casado há 1 ano, o comerciante investe nas vendas e nas paixões dos aficcionados por música. Segundo ele são vendidos em média 200 discos por mês. Os preços dos discos variam de R$1 a R$250 mesmo assim é possível encontrar discos bons na faixa de R$5 a R$30. Os clássicos do rock têm seu espaço, segundo Alexandre, os discos mais vendidos são dos Beatles e dos Rolling Stones.

Para aprimorar as vendas, Alexandre passou a usar a internet como ferramenta de venda. Hoje atende pessoas de todo o Brasil. Com o acervo exposto em sua loja, ele faz vídeos e manda por e-mail para seus clientes virtuais, com imagens dos discos que acabaram de chegar.

Atualmente a música vem se tornando cada vez mais descartável, onde qualquer pessoa pode baixar um mp3 com músicas de diversos artistas. Será que o vinil conseguirá atrair novos admiradores?

Veja a reportagem:

Feira de vinil

Para os interessados e amantes dos discos de vinil, mande um email para: [email protected] e receba as novas mercadorias da loja.


Texto: Thaline Araújo

Foto: Marcos Oliveira

Edição e filmagem: Vanessa Gomes

O tema do mês de maio na Casa UNA de Cultura é “A poesia em todos os lugares – Zona de Invenção Poesia & (ZIP)” e conta com a presença do artista Chico de Paula que sustenta que as experimentações poéticas da ZIP tem como conceito a poieses. “O termos vem do grego arcaico e está ligado ao fazer, ao criar”, esclarece, “a gente trabalha com a poesia no sentido da criação, da imaginação, da invenção”, explica.

A tônica das criações da ZIP alia poesia e tecnologia em sentidos ampliados. “A gente não faz a distinção entre um computador e o corpo. Tudo é tecnologia e linguagem para manifestação da poesia, o computador não é uma ferramenta, ele determina uma linguagem”, explica. “O pincel é uma ferramenta tecnológica, inventada num determinado momento para pintura, mas não é uma ferramenta é um recurso de linguagem assim como é o cinema que nasce junto com a câmera e o vídeo que nasce junto com os aparelhos portáteis de vídeo”, exemplifica. “A tecnologia e a linguagem caminham juntas, não podem ser vistas separadas, toda arte nasce com sua tecnologia e vai demandando novas tecnologias,” finaliza.

Para o artista um exemplo dessa possibilidade vem desde o primeiro grande poema que se tem notícia, segundo ele, “A odisséia”, de Homero, um poema oral, extenso, com origem na forma tradicional oral grega de contar histórias. “Era mais feito para ser cantado do que falado, então a poesia de certa maneira já nasce multimídia, já nasce para ser encenada”, explica Chico de Paula. “A gente costuma dizer que o ato de dizer poesia é muito mais vocalizar do que declamar. Declamar é muito enquadrado, parece mais leitura com interpretação, a gente trabalha mais com vocalizar, reforçar um som, às vezes, alterar a voz; às vezes, usar efeito da voz para a leitura e trabalhar isso conceitualmente”, detalha.

Em 03 de maio, Chico de Paula, em mostra de vídeos, destacou o seu objetivo de recuperar a história do audiovisual e relembrar as origens da poesia e do audiovisual. Durante a exposição, o artista traçou um panorama dos primeiros registros poético no Brasil desde 1.500 até os dias de hoje, passando pelo cinema, pela vídeoarte e pela performance, destacando as iniciativas mineiras nesse campo.

Chico de Paula nos conta mais sobre a produção poética mineira:

Natural de Ouro Preto, Chico de Paula em 1999 juntamente com um grupo de autores criaram o “Projeto Feito a Mãos”, cujo objetivo era investigação da autoria coletiva, interfaces digitais e formas de realização deste trabalho.

O evento sobre poesia na Casa UNA de Cultura vai até o dia dois de junho, para mais informações acesse o site www.casauna.com.br

Por: Bárbara de Andrade

Foto: Felipe Bueno


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Em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais apresentou, ontem, sob regência do maestro Marcos Arakaki, composições de Strauss e Tchaikovsky. O concerto integra a série “Clássicos no Parque”. Dentre músicas interpretadas destaca-se O Guarani: abertura, de Carlos Gomes.

A apresentação reuniu pessoas de diversas idades. A costureira Vicentina de Paula, 51, aprecia a apresentação a Orquestra acompanhada do sobrinho, Miguel, de aproximadamente oito meses. “Gosto de estar presente, gosto de ouvir”, garante, “também vou quando é realizado no Parque Municipal e levo sempre o Miguel, para acostumar desde cedo a ouvir música de boa qualidade”, conclui.

Vicentina de Paula acompanhada do sobrinho Miguel
Vicentina de Paula acompanhada do sobrinho Miguel

Os amigos Daniel, 16, Heron, 17, e Lucas, 17, são fãs de rock, mas também apreciam música clássica. “Estudo violoncelo há dois anos”, informa Daniel se referindo a um dos instrumentos usados na orquestra. Estudo violoncelo e gosto bastante, eu acompanho esse tipo de evento sempre”, garante Lucas. “Não esperava que o evento tivesse essa dimensão, ainda mais na Praça da Liberdade, não achava que a praça teria acústica para isso”, avalia Heron.

Os amigos Daniel, Heron e Lucas
Os amigos Daniel, Heron e Lucas

Próxima apresentação “Clássicos no Parque” será 05 de junho, às 11horas, em Betim – Praça Milton Campos

Texto: Anelisa Ribeiro e Marina Costa

Foto: Marina Costa

A Praça da Liberdade ficou agitada na manhã desta sexta-feira com a montagem do palco para apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, no domingo, 1º de maio, às 11h, dentro da Série Clássicos no Parque.

Sob regência do maestro Marcos Arakaki, a orquestra se apresenta em comemoração ao Dia Mundial do Trabalho. No repertório, composições de Strauss e Tchaikovsky. “Cultura é sempre bom”, garante o trabalhador autônomo, Roberto Egidio, 48, “o projeto Concertos no Parque é importante para a população”, afirma.

Enquanto vários operários trabalhavam na montagem, o músico Ronan Rocha, 28, cantava e tocava seu violão. “É sempre bom quando acontecem eventos culturais aqui na Praça”, afirma.

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Músico Ronan Rocha

A Filarmônica existe desde 2008 e é composta por instrumentistas mineiros e de vários lugares do Brasil e do mundo e sua atuação é marcada por um repertório diversificado, que abrange diferentes períodos da música.

Serviço

Evento: Série Clássicos no Parque – Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Quando: 1º de maio, às 11h.

Local: Praça da Liberdade.

Classificação: livre

Entrada franca

Informações: https://www.filarmonica.art.br/


Por Bárbara Oliveira

Foto Marina Costa