Cultura

O Circuito Cultural da Praça da Liberdade nesta manhã foi cenário para gravação de um comercial de TV e atraiu muitos curiosos. O fluxo de pessoas foi interrompido nos locais de gravação próximo ao Espaço TIM UFMG do Conhecimento.

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O comercial foi estrelado pelo ator Eduardo Moscovis e mais nove modelos figurantes. Um dos modelos, Leandro Santos também já fez participação em filmagens com as atrizes Débora Secco e Grazi Massafera. “Considero a experiência muito boa e enriquecedora”, afirma o modelo.

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Segundo Débora Cristina, costureira da equipe de controle de qualidade de uma das lojas em Belo Horizonte, as gravações iniciaram por volta de 07h e o comercial trata-se da coleção outono/inverno.

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Patrícia Barreto - Produtora executiva

“Escolhemos a região e o lugar exatamente pela questão arquitetônica, onde há o contraste do estilo antigo e inovador”.


Texto e Foto:  Thaline Araújo

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Imagine uma conexão entre uma praça de Berlim e a praça Raul Soares em Belo Horizonte?

Foi a partir dessa idéia, que o LAGEAR (Laboratório Gráfico para Experimentação Arquitetônica) em conjunto com Grupo de Contato e Improvisação, desenvolveram o Long Distance Voodoo.

Em Berlim, mais precisamente no bar Kauf dich Glücklich, qualquer um podia “espetar” uma boneca de vodu, que controlava os movimentos da bailarina Dulce Magalhães por meio de estímulos eletrônicos.

O Grupo Contato e Improvisação trabalha com dança contemporânea e arte de improviso há dois anos, em BH. “Nós desenvolvemos a técnica de contato e improvisação, o suporte da dança de uma pessoa é o corpo de outra, onde você pode estimular os sentidos e principalmente o afeto entre os dançarinos”, explica Dulce Magalhães.

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Dançarina Dulce Magalhães no momento da apresentação (clique na imagem e confira nossa galeria)

O professor de Arquitetura e Urbanismo da UFMG, José Cabral é o orientador do Projeto Voodoo e coordenador do LAGEAR, laboratório que, dentre outras iniciativas, estuda o processo de presença remota e contato a distância.

Segundo José Cabral, apesar da internet ter encurtado a distância, a comunicação ainda é muito baseada nos textos e nas imagens. O que para ele é um efeito limitador. “A gente perde a questão do espaço e a linguagem do corpo. Estamos tentando várias formas de conectar, espaços e pessoas, usando os próprios corpos como forma de comunicação”, explica Cabral.

Quem não estava presente, nem na praça Raul Soares e nem em Berlim, podia conferir, ao vivo, a apresentação, pela internet. A escolha dos dois lugares levou em consideração as particularidades de cada local. De acordo com o coordenador, Berlim sempre esteve à frente nas vanguardas artísticas. Já a praça Raul Soares foi escolhida devido a seu apelo estético e pelo fato de não ser frenquentada pelas mesmas pessoas das praças mais conhecidas da cidade. “A gente achou que ia ser um desafio escolher a Raul Soares como palco, queríamos fazer uma fricção entre nós estudiosos e a pessoas que vão transitar por aqui”, conclui o coordenador.

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Bar em Berlim, onde também aconteceu a apresentação (Foto: Google Maps)

Por: Marcos Oliveira

Fotos: Débora Gomes

Uma fila se formou na esquina da Rua Gonçalves Dias com Rua da Bahia na noite da última terça-feira, para a pré-estréia do filme “Amor?”, dirigido por João Jardim. O evento, organizado pelo projeto Sempre Um Papo, aconteceu no Usiminas Belas Artes e contou com a presença do diretor do filme, em um bate-papo com os atores Julia Lemmertz e Ângelo Antônio.

Na fila, a expectativa era grande, tanto pela curiosidade despertada pelo filme, quanto pela presença dos atores. A estudante Solange Morais chegou cedo ao Belas Artes para garantir sua entrada. “Fiquei muito sensibilizada com as histórias do filme. Mas vi apenas trechos e não queria perder a oportunidade de assistir tudo”, comenta. Os convites foram distribuídos uma hora antes da exibição do filme. Foram disponibilizados 130 lugares e mesmo assim, várias pessoas ficaram sem entrar na sala. “Não podemos lotar a sala e não é permitido assistir ao filme de pé”, explicou a assessora Jozane Faleiro.

Para mais informações sobre o filme, acesse https://amorofilme.com.br/

Confira entrevista com Julia Lemmertz, Angelo Antonio e João Jardim:

Por Débora Gomes e Nelio Souto

Tarde, quase noite e a Praça da Liberdade sofre os transtornos do trânsito. As pessoas correm no cooper, correm para chegar em casa, correm para voltar para o trabalho.

Em um dos famosos bancos “brancos quase encardidos”, Neusarina de Jesus, se arrisca naquela que é sua primeira exibição na praça. Neusarina é violinista e toca seu instrumento na tardinha aconchegante de outono. Sem público pagante ou admiradores na platéia, Neusarina treina seus quase primeiros acordes em público, já que seu maior e único espectador é seu professor de música. Entre os intervalos da aula de francês, ela o recebe em casa. “Vitor, meu professor sempre me fala: Dona Neusarina preste atenção, cuidado para não engasgar”, conta a violinista

Enquanto sua amiga Juliana, segura a partitura da Nona Sinfonia de Beethoven, Neusarina, sente a música e por meio dela, tenta encostar-se no sonho. “O mais importante é sempre acreditar no sonho, e caminhar para ele, todo mundo pode dizer o contrario, mas esse é o caminho certo”, garante.

O sol se põe, lentamente, e as últimas notas da Nona Sinfonia se perdem em meio ao dedilhar do violino E Neusarina deixa a praça, amanhã a violinista pretende viver um novo sonho, já que aprender a tocar violino e francês ela já conseguiu.

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Clique na foto para conferir a galeria

Por: Marcos Oliveira

A exposição SÓ DELAS reúne apenas trabalhos de mulheres e surgiu com o objetivo de explorar o universo feminino. “As obras apresentam sutileza, toque, denúncia discreta e forte; o entendimento do trabalho varia de interpretação para interpretação”, diz o fotógrafo e curador Alexandre Lopes.

Ainda de acordo com o curador, a mostra de fotografias reúne diversos estilos, formatos, processos de produção de imagem feitas em Minas Gerais, com o intuito de reforçar a crença através da produção fotográfica mineira, discutir a fotografia e propor novas táticas que acompanham a transformação dos suportes colocando em evidência outros olhares e idéias. A maioria das imagens privilegia as paisagens e aspectos da cultura mineira. A exceção são as fotos de ana Valadares, que tem como tema Machu Picchu (Peru).

De acordo com a fotógrafa Júlia Lego, que tem trabalhos expostos em SÓ DELAS, exposições como estas são muito importante para valorização do trabalho feminino. “Hoje em dia é difícil expor seu trabalho em um espaço”, comenta a fotógrafa.

As obras têm uma proposta comercial, apresentando preços que variam de R$ 800,00 a R$1.500,00. Os preços variam de acordo com o formato, processo e tempo do artista no mercado. O curador Alexandre Lopes afirma que as fotografias foram feitas com papel de longa durabilidade para atender o público comprador com qualidade na produção.

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Não perca tempo e aproveitem para conhecer as obras de perto. A exposição esta na Quina Galeria, no Edifício Maleta, localizado na Rua da Bahia, 1448/Slj.06 no Centro de BH. Horário de funcionamento: de terça à sexta de 13h às 19h. Aproveitem, a exposição ficará no período de 5 de abril a 6 de maio!

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Por: Thaline Araújo

Foto: Andressa Silva

Na tarde de segunda-feira, visitei a exposição “Paisagens” da artista Janaína Mello, que foi aberta ao público no último dia 2 na Desvio, uma galeria de arte que se encontra bem no coração da Savassi.  A exposição reúne telas feitas com fitas de cetim trançadas, formando paisagens abstratas com grandes espaços ilusoriamente vazios.

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O mais curioso é que devido ao cetim, as imagens mudam de cor e de aspecto, dependendo da forma como a luz incide sobre a tela. A tonalidade se altera até quando você muda de posição para admirá-la. “Eu cheguei aqui à tarde e estava em uma tonalidade. Agora vai ficando mais tarde e vão aparecendo outras cores”, conta Júlia Mesquita, uma das proprietárias do espaço.
Além das obras em tela – três ao todo – a mostra apresenta também uma instalação exclusiva, chamada de Ciclotrama, que lembra uma árvore, confeccionada apenas com fios, sem nenhuma estrutura sólida. “Ela é uma metáfora das relações sociais, das coisas que vão se encontrando, se entrelaçando e formando novas estruturas”, esclarece Júlia.

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Não são apenas as Paisagens, de Janaína Mello, que nos desviam o olhar para searas mais lúdicas, na agitação do dia-a-dia, a própria galeria também nos reserva um certo encanto. Além de funcionar como um bar-café, a Desvio abriga também uma loja com acessórios fofos e delicados, além de bloquinhos para anotações. Júlia Mesquita fala um pouquinho mais sobre o espaço, inaugurado em 2008.

Para quem quiser conhecer as paisagens de Janaína Mello e os mimos da Desvio, o endereço é  Rua Tomé de Souza, 815, 2° andar. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 14h às 20h, e aos sábados, das 10h às 15h.

Por Débora Gomes

Fotos Débora Gomes e Felipe Bueno