Cultura

A biblioteca pública localizada no Palacete Dantas – Praça da Liberdade, 317 – Belo Horizonte, MG, apresenta a exposição literária denominada “Das Contingências do Amor” que teve início no dia 31 de Maio e ainda não tem data prevista para término.

O intuito da exposição é despertar, motivar ou renovar o prazer da leitura. “Cada mostra contém a síntese da obra de um autor ou extratos de um livro muito significativo na história da literatura ou ainda em textos relacionados a um tema de interesse dos leitores da biblioteca pública.”

Por: Henrique Muzzi e Laís Sena

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Com a estréia da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010, bares e restaurantes próximos à Praça da Liberdade já estão se preparando para atrair os clientes. Alguns já criaram promoções para todos os jogos do Brasil, como sorteios de camisa oficial, brindes e até mesmo hospedagem em hotel fazenda.

A inovação acontece não só nas promoções, mas também no cardápio, pratos típicos de estádios, como o famoso tropeiro do Mineirão e sanduíches de carne estão inclusos nas novidades.

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Além disso, o número de funcionários aumentou para conseguir atender toda a demanda de clientes e garantir um serviço satisfatório.

Ana Lúcia, gerente do restaurante Assacabrasa, afirma que é importante chegar um pouco mais cedo para encontrar um bom lugar para assistir o jogo, pois, provavelmente, o local estará cheio.

Você que ainda não tem um lugar para assistir aos jogos, aproveite as dicas:

Ponto da Bahia/Café – Bernardo Guimarães, 493 A – Lourdes

Point Praça da Liberdade – Rua Gonçalves Dias, 1496 – Lourdes

Assacabrasa – Rua da Bahia, 1759 – Lourdes

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Por Laís Sena, Andressa Silva e Henrique Muzzi

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As lojas enfeitadas de vermelho e cheias de corações denunciam a comemoração do fim de semana: Dia dos Namorados. Mais que uma data comercial, o 12 de junho é dia de ficar ao lado de quem se gosta e Belo Horizonte tem a programação certa para casais e também para os solteiros. Confira!

Teatro

Teatro Dom Silvério – apresenta nos dias 12/06 às 16h e 13/06 às 15h30
Máquina de Histórias e João e o Pé de Feijão
Av. Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi.

Teatro Imaculada Conceição – apresenta nos dias 11, 12 e 13/06 às 20h
Sonhos
Uma trama que mostra o ser humano diante de sonhos premonitórios, pesadelos e idéias subjetivas.
Rua: Aimorés, 1.600, Lourdes.

Teatro Icbeu apresenta 12 e 13/06 às 17h
Os Gatos do Beco
História de gatos inspirada na trajetória dos Beatles.
Rua da Bahia, 1723, Lourdes.

Shows

12/06 às 21h – Gravação do DVD Music and me
Elaine Fiora e Lincoln Meirelles
Biblioteca Pública Estadual, Praça da Liberdade, 21, Funcionários.

13/06 às 11h –Maria, Maria – Música Câmera
Sala Sérgio Magnani da Fundação de Educação Artística
Rua Gonçalves Dias, 320, Funcionários

Bar

Café Travessa, Rua Pernambuco,1.286, Savassi.
Hoje Show instrumental com :
José Namem, Aluisio Horta e Marcio Bahia

Para ver

12/06 – Desfile de Bonecos Gigantes de Brazópolis
11h- Praça da Liberdade

Cinema
USIMINAS Belas Artes Cinema

Rua: Gonçalves Dias 1581,  Lourdes.

O segredo dos seus olhos
14h30 ,18h50 ,21h15

Mary e Max- Uma amizade diferente
17h

O Escritor Fantasma
14h , 16h30 , 19h ,21h30


A Biblioteca Pública de Belo Horizonte, apresenta até o dia 30 de junho a Exposição Naïf, quadros que retratam a vida do artista José Raimundo Naïf. Nascido no sul de Minas Gerais, na zona rural de Pouso Alegre, Naïf que antes era jardineiro descobriu seu talento no ano 1999, quando foi trabalhar na casa do artista plástico Fábio Ferrão. Contando com o incentivo de Ferrão, o jardineiro hoje é artista, trabalha com pinturas e gravuras que representam a zona rural de Pouso Alegre.

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Os quadros trazem imagens de festas típicas, trabalhadores do campo, sítios e fazendas da região e cavaleiros.

Com cores atrativas e traços simples e delicados, o artista encanta o público. A estudante Andréia Campos, 23, diz que se encantou com os tons e a vivacidade das obras, “ Gosto dos traços que ele usou, a forma como ele agrupou os elementos na tela, isso é um diferencial e muito elegante”, ressalta a jovem. imagem-333

Para conhecer mais o trabalho de José Raimundo acesse a sua galeria no flickr

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Por Ana Paula Sandim

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Nessa tarde de quinta-feira foi possível visitar os principais pontos turísticos de cidades brasileiras sem nem mesmo sair da Savassi. Um projeto (Road show Destino Brasil) realizado pelo Instituto Cia do Turismo com apoio do Ministério do turismo, trouxe para a Avenida Pernambuco o caminhão Destino Brasil, adaptado com salas de cinema 3D e recursos multimídia que permitem ao visitante conhecer por meio de uma tela de TV os pontos mais atrativos do nosso país, que espalhados por muitas cidades convidam e encantam os olhos daqueles que as visitam mesmo que através de uma tela.

O projeto sem fins lucrativos tem e intenção de promover os pontos turísticos brasileiros e incentivar a população a conhecer seu próprio país antes de planejar as viagens internacionais. O projeto também dispõe de orientações para os profissionais da área de turismo, e de um cadastro para proporcionar benefícios para esses profissionais.

O caminhão fica em média três dias em cada cidade e nas capitais cerca de quatro dias. Quem quiser visitar o projeto, a entrada é gratuita e ficará na Savassi até amanhã (11/06) seguindo depois para a Pampulha. Ao todo serão percorridas dezoito cidades e seis estados do Sul, Sudeste e Distrito Federal.

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Por: Danielle Pinheiro

Fotos: Danielle Pinheiro

Jornalista e político Sebastião Nery, laçou a 2ª edição do livro: ‘A Nuvem, o Que Ficou do Que Passou’ – 50 anos de história vivenciados pelo autor. Em entrevista para o  Contramão o Jornalista conta como foi o processo de criação do livro,  fala sobre as novas tecnologias e a censura nos tempos da Ditadura.


Jornal Contramão – Como foi o processo de construção do livro “A NUVEM”?

Sebastião Nery – Foi um processo que se complicou, exatamente pela história do livro. A documentação que eu tinha, ficou muita parte pra trás, em 1954 fui candidato a vereador aqui em Belo Horizonte e fui preso, entraram na minha casa e levaram meus documentos. Vou para Bahia, e vem o golpe de 61, a renúncia do Jânio, fui preso de novo, entraram na minha casa, carregaram todos os meus papéis. Chega o golpe de 64, aí devastou: pararam um caminhão e carregaram todo o meu apartamento, até o papel higiênico, sabonete phebo, tudo. Tinha um Guingnard, com uma dedicatória para mim, tinha um Vicente de Abreu, presentes de meus amigos, pinturas, carregaram tudo. Quando eu fui escrever o livro é que eu percebi que havia perdido uma documentação grande. Foi quando eu u tentei recuperar.

Passei algumas tardes aqui na biblioteca na Praça da Liberdade, pegando a documentação do tempo que eu morei aqui em Minas. Mas o problema é que eu morei na Bahia, e que morei em São Paulo, morei no Rio, e também que morei em Portugal, na Espanha, em Paris, na Itália, em Moscou (…) E como a vida era muito ampla e a documentação que eu tinha era pequena, fui e recuperando aos poucos, e quando consegui e trabalhei nisso em seis meses. Sentei e escrevi o livro assim em seis meses. Consegui uma boa documentação. Outra coisa é o tempo. Muitos amigos mortos, muitas testemunhas mortas e então eu procurava pessoas que não encontrava mais. Mas o livro pegou. E eu acho que eu consegui documentar e contar a história de 1950 até 2000 numa grande documentação histórica e fatos concretos.

Jornal Contramão – Como você avalia o jornalismo de hoje com o jornalismo de antes, quando começou a exercer a profissão?

Sebastião Nery – O jornalismo muda como o país mudou. Antes nós tínhamos um país que era antes de Juscelino um país rural e comercial. E então a imprensa era uma imprensa partidária, cada partido tinha seu jornal. Depois você tem uma imprensa empresa: os jornais pertencem a grupos econômicos que em geral quase todos pertencem aos selos bancos. A imprensa não é mais aquela imprensa: nem a imprensa partidária de antes nem também uma imprensa ideológica. Hoje é uma imprensa financeira. É uma imprensa que defende os projetos econômicos dos grupos que a sustentam. Então você não pode ter mais Carlos Lacerda. Por que você não tem Carlos Lacerda? Porque Carlos Lacerda tinha projeto política da UDN. Hoje não há nenhum jornal que tenha um projeto político. O projeto político do jornal ou é o projeto do atual governo ou contra este governo. Foi isso que mudou. A imprensa deixou de ser imprensa pra ser empresa.

Tem umas vantagens que tecnologicamente ela melhorou, ela tem mais condições, chega mais ao povo, mas por outro lado, ela não é opinativa. Ela é muito menos opinativa do que já foi. E isso faz com que ela comece a perder a briga com a internet, porque a internet é para dar notícia seca, a internet é para dar a notícia com, como ela diz, em tempo real, mas o jornal tem que discutir o jornal que tem que dar opinião, tem que debater. Se o jornal quiser pensar e fazer no dia seguinte o que a internet fez na véspera morrem todos. Então os jornais têm que opinar, discutir o país, participar. Senão, agrava-se o que já está acontecendo. É que você chega em casa a noite, você entra na internet e lê a primeira página do Globo, e lê a primeira página do Estado de Minas, e lê a primeira página do Correio Brasiliense e você fica sabendo a noticia. Quando chega no outro dia o jornal está dizendo a mesma coisa aí não adianta comprar o jornal. Por isso que eles, a Folha vendia um milhão de exemplares e também o Jornal do Brasil e também o Globo e o Dia, vendiam um milhão de exemplares no Rio de Janeiro no fim de semana. Hoje nenhum deles vende mais que 300 mil no fim de semana, de sábado pra domingo. Por quê? Porque as pessoas já viram no jornal na internet as notícias. Então é preciso que o jornal seja um instrumento de debate, de opinião, senão vai apanhar muito da internet. E a juventude que maneja a internet vai a cada dia lendo menos jornal. Porque ela acha “Pô já tenho aqui na internet pra que eu vou comprar o jornal na banca ou assinar o jornal ou ler o jornal?”

Jornal Contramão – A censura que existia naquele tempo, ainda existe?

Sebastião Nery – A censura da ditadura era muito bruta porque censurava às vezes a própria noticia. Mas hoje não há uma censura nos jornais. Os jornais se alinharam demais. Ou o governo ou a oposição. Então o que eu acho hoje é que os jornais estão excessivamente dependentes do grupo financeiro ao qual eles pertencem. Então no Rio de Janeiro hoje nós temos uma coisa grave, aquilo que o ex-prefeito César Maia chama de o pensamento único do Rio de Janeiro. Você tem no Rio de Janeiro a TV Globo, e você têm a rádio Globo e depois você tem O Globo e depois você tem o Extra depois você tem o Super… Então, a Globo tem seis, sete canais de comunicação e todos são dela. E não teve ninguém pra contestar que o Dia morreu, ta com 50 mil exemplares, quando já teve um milhão e o Jornal do Brasil morreu, ta na UTI. Então você tem uma cidade como o Rio de Janeiro que é capital, cultural, num sei o quê, a capital política do país hoje é totalmente dependente do pensamento Globo. Quando o Roberto Marinho estava vivo, eu, por exemplo, que trabalhei na TV Globo seis anos, sete anos, eu sabia o que o Roberto Marinho pensava. Mas eu não sei se os filhos do Roberto Marinho pensam alguma coisa, não sei o que pensam, e eles têm o comando das empresas dele e tal. Isso é muito ruim. Porque a cidade, o país, fica dependente de um grupo empresarial que é excessivamente monopolista. Aí falam: “ah porque o Chavez” o Chavez é uma menina de primeira comunhão diante da TV Globo. O controle da televisão que a Globo faz, bem, num é controle, a supremacia, o domínio, ver o império que é a Globo é muito maior do que a televisão do Chavez lá na Venezuela. Isso é claro que ela não impede os outros jornais, mas ela é tão poderosa que acaba dominando e isso é ruim pra imprensa. Por isso que tem que discutir… não isso que o governo propôs que eu acho totalmente errado, é preciso analisar o que os jornais tem. Nada disso! O Globo tem que escrever o que quiser. Mas os outros grupos também têm que participar do processo. E ter seus jornais, suas rádios, para daí discutir. Não é porque você chega à França, tem um grande jornal, que é um jornal que apóia o governo, mas tem mais oito jornais. Aí você faz a discussão, o que não pode é um só.

Jornal Contramão – O que você espera hoje com o relançamento do livro “A Nuvem”?

Sebastião Nery – Eu não tenho nenhum medo da concorrência da internet em cima do livro. Claro que tem uma vantagem; as editoras e os autores vão ter que fazer cada vez mais livros que a juventude leia porque aquela linguagem excessivamente acadêmica, excessivamente técnica, afasta milhões e milhões de leitores que se acostumam a ler na internet mais superficialmente. Então o livro tem que disputar aí. As pessoas têm que perceber o que o livro é além da notícia. Então esse livro que ta aqui conta uma história, tem 50 anos de história, então se você for botar isso na internet tem que botar muito. Mas é preciso que as editoras façam livros assim como esse e é preciso que a internet não se banalize demais para não ficar tão banal e medíocre que prejudique a formação da juventude. Você não pode encher a internet de Big Brother. Uma besteira atrás da outra, não pode isso também, porque isso é um crime cometido contra o futuro do país.

Colunista político histórico da “Tribuna da Imprensa”, republicado em outros 25 jornais do País, Nery é autor do best-seller “Folclore Político”, que marcou a literatura política nos anos 70, “Socialismo com liberdade” (1974), “16 derrotas que abalaram o Brasil” (1974), “Crime e castigo da divida externa” (1985), “A história da vitória: porque Collor ganhou” (1990), “A eleição da reeleição” (1999) e “Grandes pecados da imprensa” (2000). Em 2002, reuniu 1.950 histórias numa edição definitiva do “Folclore Político”.

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Por: Ana Paula Sandim e  Débora Gomes
Foto e vídeo: Ana Paula Sandim