Cultura

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Uma multidão tomou conta da Praça da Liberdade para assistir às apresentações da primeira edição do BH Jazz festival. O evento foi totalmente gratuito e contou com a participação de artistas renomados internacionalmente, como Victor Brooks, Julie Mcknight, Glen David Andrews, Túlio Mourão e Léo Gandelman e curadoria de Edgard Radesca (diretor da casa de jazz paulista Bourbon Street, responsável por importantes festivais no circuito Rio e São Paulo) e Túlio Mourão. Essa edição, que contou com seis atrações além de DJs e Vjs, foi realizada com recursos da lei de incentivo à cultura e com apoio de vários colaboradores.

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Lúcio de Oliveira

Nossa equipe acompanhou algumas atrações e conversou com o criador do evento que deixou a Praça da Liberdade com certo glamour no fim de tarde regado a jazz, Lúcio de Oliveira. “Minas Gerais têm gosto pela música, podemos perceber isso pela receptividade dos shows. Belo Horizonte amadureceu e criou segmentos de platéia que apreciam jazz e a prova disso é a multidão que está acompanhando aqui hoje” diz Oliveira, que também é diretor da empresa ARTBHZ organizadora de eventos culturais diversos.

O criador dessa primeira edição já a considera um sucesso e conta os planos para a edição do ano que vem: “Nossa intenção é promover a 2ª edição do festival, abarcando simultaneamente, os vários espaços disponíveis do circuito cultural e realizar uma grande festa nesse centro cultural de Belo Horizonte”.

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Por: Danielle Pinheiro e Débora Gomes

Fotos: Débora Gomes

Repórteres: Danielle Pinheiro e Nélio Souto

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O circo chegou! Belo Horizonte ficou mais colorida no último fim de semana com a décima edição do Festival Mundial de Circo, que trouxe espetáculos variados a diversos pontos da cidade, apresentando o mundo do circo à população. 2

O festival teve início na quinta- feira, 27. No sábado, 29, o espetáculo ”Los Kamaradas”, do grupo Jogando no Quintal, lotou a Rua Fernandes Tourinho, bem próxima à Praça da Savassi. Entre brincadeiras e risos, o grupo conta a história dos amigos de infância Dinho e Igor, que se separam após a formatura do colégio e se reencontraram já adultos.

O objetivo do festival, segundo a coordenadora Fernanda Vidigal, 38, é colocar o circo em foco. “Nesses dez anos, a gente passou a ser não só uma mostra de espetáculos circenses. Existe uma preocupação em ampliar a atuação do festival”, conta e diz ainda: “Esse ano, fazendo parte das comemorações do festival, será lançado um vídeo documentário em setembro, sobre os bastidores de uma trupe circense”.

Quem conferiu a programação do festival, saiu contente de cada espetáculo. A estudante Gabriela Aquino, 22, moradora da região da Savassi, não guardou nenhum sorriso. “É muito bom. Eles são muito divertidos. Acho muito importante esse papel do festival, de se estender a diversos pontos da cidade, facilitando o acesso à população”, diz.

Confira fotos Festival Mundial de Circo:

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Por: Débora Gomes e Danielle Pinheiro

Fotos: Débora Gomes

Com o objetivo de levar ao público um jazz com pitadas de música brasileira, de forma clara e respeitando a tradição da música instrumental, o grupo Jazz a Três, na estrada há dois anos, apresenta arranjos próprios e repertório abrangente que inclui nomes consagrados como os de  Miles Davis, Herbie Hancock, Charlie Parker, Tom Jobim e Milton Nascimento. Estes dois últimos representando, com classe, a Bossa Nova e o Clube da Esquina.

Formada por Ivan Resende nas guitarras, Anderson Araújo no baixo e Felipe Amorim na bateria, o trio aborda diversas vertentes jazzísticas (swing, bebop, cool jazz, fusion), sem deixar de lado a música brasileira.

O Contramão deixa a dica para sua noite de sexta: no Café Travessa, Rua Pernambuco, 1286, o evento Travessa Jazz Nights recebe o Jazz a Três, a partir das 20h30.

jazzatres_myspace1Foto|Gabi Melo

Conheça mais o trio nas palavras do guitarrista Ivan Resende

Jornal Contramão – Como o trio surgiu?

Ivan Resende – O Jazz a Três surgiu em 2008 já com o intuito de ter no repertório Standards do jazz e também da música brasileira. Eu, Ivan Resende, já havia tocado com o baterista Felipe Amorim em uma banda de blues anteriormente. Alguns anos depois resolvemos tocar junto novamente e o Anderson Araújo foi convidado pelo próprio baterista, afinal eles também já haviam participado de outros projetos juntos. O trio surgiu pela afinidade musical e também pela amizade já construída de outros tempos.

JC – Quem são os integrantes? De onde são?

IR- Os integrantes são Ivan Resende (guitarra), Anderson Araújo (baixo) e Felipe Amorim (bateria). O Anderson e Felipe são de Juiz de Fora e vieram para Belo Horizonte pelas melhores condições (apesar de ainda ter várias deficiências) musicais do cenário de BH. Eu, Ivan, nasci e fui criado na própria cidade de Belo Horizonte.

JC – Alguma veia musical na família de algum integrante?

IR- Na família dos integrantes profissionalmente não. Existem pessoas que tocam na minha família e gostam muito de música, mas nenhum acabou seguindo como profissão. O interessante e até engraçado é isso, somos “pioneiros” em nossas famílias levando a música a sério e como profissão.


JC – Quando não estão no palco o que fazem?

IR- Cada um tem uma rotina diferente, apesar dos interesses musicais em comum. Eu, Ivan, gosto de carros antigos V8 (Maverick e Dodge) e costumo ir em encontros e arrancadas. O Felipe assiste Fórmula 1, joga vídeo game, entre outras coisas. O Anderson gosta de ler, ver filmes e por aí vai. Eu e o Anderson temos em comum o gosto pela cerveja, rs.

JC- O trio segue algum tipo de influência, além da musica brasileira?

IR- A influência vem de várias formas. Existe a pesquisa individual (por meio de estudos e pesquisa por discos de músicos consagrados), como também tem a influência dos membros do grupo que vão somando entre sí. O Anderson costuma trocar informações sobre harmonia e escalas comigo, já o Felipe costuma sugerir músicas novas para o repertório e por aí vai. O que ocorre é um processo contínuo de busca de aperfeiçoamento e aprendizagem que acaba refletindo também na melhoria e qualidade do som do trio.


Domingo na Praça

jazz1Foto| Ana Sandim

Para os adoradores de Jazz, neste final de semana acontecerá na Praça da Liberdade a primeira edição do BH Jazz Festival, com artistas nacionais e internacionais. Os shows são gratuitos e começam às 16h.

Destaque da programação, o americano Victor Brooks mostra sucessos da soul music e homenageia nomes como Marvin Gaye. Também se apresentam no evento os americanos Julie Mcknight Glen e David Andrews e os brasileiros Túlio Mourão e Léo Gandelman.

Por Ana Sandim e Daniella Lages

O prédio que abrigava o antigo hospital São Tarcísio está sendo reformado e passará a ser endereço do novo Centro de Arte Popular de Belo Horizonte.

A região da Praça da Liberdade, Savassi e entorno, abriga os espaços mais sofisticados da cidade e é vista por muitos belo-horizontinos como área reservada às classes alta e médio-alta, nesse sentido, a criação de um centro de arte popular nessa região cria um contraste social e rompe com o estereótipo de que a região é reservada para “gente rica”.

“Privilegiar a riqueza e a diversidade das manifestações culturais populares, valorizando o trabalho dos artistas que traduzem no barro, na madeira e em outros materiais, o universo em que vivem. O público poderá conhecer obras de artistas de várias regiões do Estado, como o Vale do Jequitinhonha. Com uso de recursos interativos e audiovisuais, o espaço dará ao visitante uma dimensão mais ampla da cultura mineira.” informa a assessoria de imprensa da Secretária de Cultura de Belo Horizonte sobre a proposta de utilização do espaço. “As obras na rua Gonçalves Dias n º 1608 no bairro Lourdes vêm sendo acompanhadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG) por ser um patrimônio tombado, mas as propostas culturais para o espaço ficam a cargo da Secretária de Cultura” informa a assessoria de imprensa do IEPHA. A assessoria diz ainda que o projeto arquitetônico do local prevê mudanças e ampliações, mas a arquitetura antiga da fachada será preservada.

dsc_0019Sendo um dos projetos do Circuito Cultural, a obra está prevista para terminar no segundo semestre de 2010 é e fruto da parceria da Cemig com o Governo de Minas, o investimento é de R$ 6 milhões e a torcida é que esse seja um espaço que contribuía para inclusão social, agregando o valor á arte popular, diminuindo a diferença e conseqüentemente a desigualdade social.

Por: Danielle Pinheiro

Fotos: Danielle Pinheiro

Quem nunca viu nos sinais, nas ruas, em festas e bares um objeto parecido com uma bola de cristal, que conduzida pelas mãos de um malabarista parece flutuar? Leve e delicada, a bolinha de contato atrai olhares e a curiosidade das pessoas.

Desenvolvida na década de 80, a Contact Juggling ou Bola de Contato, é a arte de movimentar esferas, mantendo contato com diversos pontos do corpo. Wanderson Bispo, 20, encanta nos sinais há 2 anos. Nascido em Sergipe, vindo do Rio Grande do Norte, Bispo vive da arte nas ruas. Começou a treinar contato com uma laranja, sob influência dos amigos. Já dominava a arte de malabares com claves, mas o contato foi uma novidade. “Cada dia a gente aprende um pouco mais. Nas ruas, conhecendo pessoas, a gente vai aperfeiçoando a técnica”, conta o malabarista.

Uma das críticas sempre feitas pelos artistas de rua à população, diz respeito à aceitação. Muitas vezes, o que é visto como arte por alguns, é ignorado por outros. “Nunca me importei com o preconceito. As pessoas perguntavam se eu não queria trabalhar de carteira assinada e sempre tive certeza da minha escolha”, diz Bispo.

Mesmo com as dificuldades encontradas, Bispo consegue ainda tirar sorrisos do rosto das pessoas. “Às vezes as pessoas param aqui no sinal, depois de um dia cheio e ao ver a leveza do contato, percebem que a vida também pode ser leve”, conclui o malabarista.

Confira o vídeo com a performace do malabarista Bispo.

Por: Débora Gomes

Foto: Camila Sol

A gincana “Ativa Urbana” promovida pelo Grupo Alvo da Mocidade, deixou a Praça da Liberdade com cara de praia. Pranchas de surf, guarda-sol, cadeiras de praia, frescobol e centenas de jovens muito animados integravam este cenário praiano.

Na gincana, oito equipes de jovens, a maioria de 13 a 17 anos, foram divididas por cores e nomes e participam de provas e prendas. O evento acontece uma vez por ano, sempre no mês de maio. Nos quatro sábados do mês eles se reúnem no pátio do colégio Promove no bairro Mangabeiras para as provas esportivas como, queimada, futebol, rouba-bandeira e outros jogos.

O estudante Giovani Rodrigues, 15, participa do grupo há cinco anos. Ele os conheceu através do padrasto que participava quando jovem e do irmão mais velho, que o levou um dia ao encontro do grupo. Segundo ele, participar da gincana ensina valores como, amar ao próximo e aproveitar a vida de forma saudável. “(…) também por causa das amizades que faço” conta Rodrigues que estuda no colégio Mendes Pimentel atrás do Minas Shopping.

Lucas Vinícius de Oliveira, 22, é programador do evento e conta que outra prova da gincana é o protesto “Já que Minas não tem mar, eu vou criar”. Alguns jovens usam roupas de banho, outros incorporam personagens como, vendedores de canga e churrasquinho, surfistas e até um cachorro fantasiado com barbatana de tubarão brincava com os jovens. “A nossa ideia é trazer mais jovens para o grupo”, relata Oliveira.

O Grupo

A idéia partiu de um grupo chamado ‘Alvo da Mocidade’, que teve origem nos Estados Unidos e atua pelo Brasil inteiro. Hoje, eles não têm nenhum vínculo com o grupo americano e existe em Belo Horizonte há mais de 33 anos. O grupo ajuda jovens em todos os aspectos de sua vida: emocional, física, social e espiritual. Apesar de não terem nenhum vínculo com alguma religião, a missão do Grupo Alvo é apresentar a mensagem de Jesus Cristo para os adolescentes e ajudá-los a crescerem na fé. Até a última contagem, havia 309 jovens participando da gincana nesta tarde.

Alvo da Mocidade está presente em Brasília, Belo Horizonte, Campinas, Ribeirão Preto, Nova Lima, São José do Rio Preto e São Paulo.

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Por  Daniella Lages
Fotos: Daniella Lages, Marcus Ramos
Vídeo: Marcus Ramos