curiosidade

O Centro Cultural Banco do Brasil recebe a exposição “Ciclos” – Criar com o que temos, inspirada no trabalho do artista francês Marcel Duchamp, que completa em 2014, cem anos dos seus primeiros ready- made. Um estilo de trabalho que revela a arte através de criações feitas com objetos utilizados no cotidiano dos artistas. As obras estão espalhadas por todo o centro cultural, e ainda ocupa a parte externa do local, permitindo a interação do público com as criações.

O projeto traz peças de doze artistas de diferentes nacionalidades, entre elas “Desarme” do mexicano Pedro Reyes e “#720” da norte-americana Petah Coyne. Os objetos utilizados pelos artistas se comunicam com a memória dos visitantes, e além de ganhar novas formas propõe a eles novos significados. O objeto se transforma em outro a partir das sensações causadas pela estrutura e o espaço ocupado por eles.

Um dos exemplos é a composição “Espelho do Lixo”, do israelense Daniel Rozin, em que o artista deu a forma de um espelho ao lixo de Nova York, quando os visitantes se movimentam diante dela a obra reflete sua forma, trazendo a ideia de que o nosso lixo é também um reflexo de nós mesmos.

Outra obra de destaque é a Cabeça de Chiclete, trabalho do canadense Douglas Coupland que convida o público não só visitar a exposição como interagir com ela. Na parte externa do Centro Cultural foi alocado uma estrutura da própria cabeça de Coupland, que propõe às pessoas que passam no local a pregarem chicletes na obra. O objetivo do artista é desafiar a ideia de vandalismo, fazendo um contraponto com a dificuldade para se remover a goma de mascar das superfícies. O canadense traz ainda questionamentos com  “Slogan para o Século 21” – mural com frases que desafiam os pensamentos sobre diversos temas.

DSC_0088
Cabeça de Chiclete

“Ciclos” está aberta para visitação até 19 de janeiro de 2015, de quarta à segunda-feira, de 9 às 21h, com a entrada franca.

Por: Victor Barboza, Felipe Chagas e Ítalo Lopes
Fotos: Felipe Chagas

Neste último sábado, o Jornal Contramão entrevistou o canadense Ryan Hreljac, 23, fundador da ONG Ryan’s Well Foundation. Aos seis anos de idade, o garoto descobriu na escola a dificuldade que pessoas do continente africano tinham para conseguir água. Indignado com a situação, mesmo ainda sendo uma criança, resolveu tomar uma atitude para ajudar a vida daquelas pessoas.

Com a ajuda de uma professora, Ryan descobriu que a quantia necessária para perfurar um poço de água era de 70 dólares canadenses. Juntou o dinheiro que a mãe lhe pagou pelas tarefas de casa e foi até a WaterCan, ONG canadense responsável por perfurar poços no continente africano. Lá descobriu que para conseguir o seu objetivo seria necessário muito mais do que já tinha conseguido, cerca de 2000 dólares canadenses. Com a ajuda dos irmãos e amigos conseguiu arrecadar parte da quantia que precisava 700 dólares canadenses, e a Water se prontificou a juntar a outra parte.

Em 1999, o poço foi perfurado nas proximidades de uma escola primária, localizada no norte da Uganda. Já em 2001 foi criada a ONG que leva o nome do canadense (Ryan’ s Well Foundation), que já beneficiou mais de 800 mil pessoas. Atualmente Ryan viaja pelo mundo para arrecadar fundos e apoio para a instituição, além de conscientizar as pessoas sobre o uso da água subterrânea. E nessa semana o destino do canadense foi a capital mineira, onde está participando do XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas e conversou conosco sobre a iniciativa da infância, a ONG e a situação das águas em BH.

Contramão: O que te motivou a iniciar um projeto como esse?  

Ryan Hreljac: Bem, era um projeto simples que começou na escola. Fiquei sabendo que algumas pessoas não tinham água limpa e pensei que aquilo não era justo, pois eu tinha água potável na fonte da minha escola e outros meninos nem podiam ir para a escola porque não tinham água. Envolveu muito aprendizado e trabalho duro, mas chegou num ponto que consegui dinheiro suficiente para construir um poço. Depois disso a minha comunidade abraçou a ideia e mais tarde consegui fundar uma organização, que hoje tem mais de 800 poços diferentes, em 16 países pelo mundo, fornecendo água potável para cerca de 800.000 pessoas. Então, começou como algo pequeno e se tornou grande, graças a ajuda das pessoas no mundo todo.

Contramão: Quais foram as dificuldades enfrentadas ao longo do projeto?

R.H.: Foi difícil manter o projeto a todo vapor, porque quando tudo começou, eu tinha 6 anos e não tinha noção da dimensão do problema. Estava lidando com pessoas que não tem água e isso é uma questão complicada, mas ao mesmo tempo era de solução simples em alguns lugares como áreas portuárias, África, Canadá e algumas outras áreas, além de construir, era um trabalho de manter os poços limpos e a população informada sobre a sustentabilidade. Quando você tem os recursos para fazer isso, eu acho que o seu projeto tem grande impacto, ajudando crianças a irem a escola, pessoas a irem ao trabalho, como agricultores, por exemplo… ajudando a comunidade a crescer.

Contramão: Sabendo que você passou por vários países, algo mudou no propósito inicial da ONG?

R.H.: Meu primeiro objetivo era fornecer água potável para todo mundo, mas eu tinha 6 anos quando tive essa ideia e eu pensava que um poço seria capaz de fornecer água para o mundo inteiro, então eu não estava muito ciente, mas ao mesmo tempo, essa minha inocência ajudou a manter a ideia solida e o projeto acabou crescendo e se tornou algo muito bom.

Contramão: Como você fez para alimentar essa vontade de ajudar um povo que estava tão longe do Canadá?

R.H.: Bom quando eu tinha 6 anos, eu não tinha nada de especial, eu apenas tive essa ideia e sabia que ia precisava de dinheiro para executa-la. Meu professor ficou muito confuso porque eu não era o “aluno destacado” na sala, era um aluno normal que estava apenas… lá. Então eu acho que surpreendi os meus colegas quando eu comecei a campanha para angariação de fundos e comecei a fazer discursos noutras escolas próximas da minha. Eu apenas ia ate lá, com o sapato de cadarço solto e, sobretudo eu não era muito bem em discursos públicos, mas eu estava dando o meu melhor para conseguir algo. E eu penso que com isso, as pessoas pensaram “Bom, acho que esse rapaz pode fazer alguma coisa” e isso cresceu comigo. Essa é basicamente a história da Ryan’s Wells.

Contramão: A sua organização já beneficiou mais de 700 mil pessoas nos locais que visitou, número superior a população da Groenlândia e da Islândia, por exemplo. Como é saber que se, aos seis anos, não tivesse dado inicio a Ryan’s Well muita dessas pessoas poderiam não estar mais vivas?

R.H.: É mesmo? Eu não sabia que moravam pessoas nesses lugares…[risos]. Bom, eu acho que tudo acontece por algum motivo e primeiramente eu tive o privilegio de ter um professor que introduziu esse projeto e eu tive muito apoio nesse percurso, mas a maioria dessas coisas poderia acontecer de qualquer jeito.

Contramão: Em que momento, no seu projeto, você viu a necessidade de expandir a área que trabalhavam? Partir para outros países e intensificar o número de poços que faziam?

R.H.: Bom, quando eu tinha 7 anos, me falaram que um poço não seria suficiente para abastecer todo o mundo, então eu pensei que dois seriam suficientes. Depois disso eu apenas dei continuidade. Durante o processo de perfuração dos poços, nós vimos que era preciso construir mais poços, então chegou num ponto que ficou mais complexo. A gente trabalhava em 5 países, no momento e em cada um deles, a gente tentava fazer o melhor que podíamos, mas essencialmente eu estava tentando passar uma mensagem simples, que as pessoas e crianças poderiam ter água limpa, porque é importante, então a gente tentou focar nisso.

Contramão: O Brasil está passando por um período de estiagem enorme, algumas cidades já estão sem o fornecimento de água e estão em estado de calamidade pública. No que você aprendeu, viveu e conheceu, quais são os pontos que você levanta para um uso consciente e correto da água, não só no Brasil e na África, mas no mundo todo?

R.H.: Bom, eu acho que o mais importante relacionado ao problema da água, que não está acontecendo só no Brasil, mas na situação do problema em si, eu não acho que o mundo se deu conta da importância da água e acho que a coisa mais importante a fazer é lidar com esse problema politicamente, fazendo perguntas importantes aos políticos e conservar a água, você mesmo. Você pode descobrir muito rápido o quão importante a água é e fazer essas coisas antes da situação chegar nesse ponto. Então é uma questão a cuidados a ter com à água, garantir que as pessoas tomem decisões corretas e implementar regras e cuidados com os as reservas de água existentes.

Claro que é uma questão que envolve o mundo todo e não só o Brasil, mas especialmente em países em que você tem democracia, que você tem condições de falar e promover algo assim.

Contramão: Percebendo que as pessoas tem dificuldade em se conscientizar quanto ao uso da água, como você acredita que estará a situação da água no mundo daqui a cerca de dez anos?

R.H.: [Risos] Eu acho que é um processo lento. A mentalidade das pessoas não muda do dia para noite, mas eu acho que isso vai fazer parte das preocupações diárias de todo mundo, muito em breve, pois haverá regiões precisando de água, se não levarmos esse assunto a sério. Se as pessoas continuarem gastando mais água do que deveriam e não cuidarem dela, se tornará rapidamente. Então, daqui a 10 anos, acho que será quase uma obrigação cuidar da água.

Contramão: Além de perfurar poços para adquirir agua, a Fundação tem em mente criar outros projetos para prestar assistência a esses países? Quais outras necessidades básicas para a vida deveriam fazer parte de ONGs como a sua?

R.H.: Nós fazemos projetos envolvendo a água, abrimos poços, fazemos projetos sanitários em escolas, lavagem de estações e tanques conservatórios. Diferentes projetos envolvendo água e também projetos educacionais em escolas e fazemos o possível para incorporar essa questão da água nos mundo acadêmico e curricular. Nós temos um programa em nosso site, que auxilia os professores, como por exemplo, se um educador dá aulas de matemática ou ciências sociais, através desse programa, ele saberá como incorporar a questão da água durante as suas aulas. Então abrange também a parte educacional.

Existem muitos problemas nesse mundo, acho que nem preciso falar de todos eles [risos]. Até mesmo localmente, nacionalmente, internacionalmente, enfim… Não interessa onde você mora, tem sempre algo errado acontecendo. A questão da água me comoveu e cativou quando eu era criança, então eu resolvi me focar nele e tenho trabalhado como voluntário há 16 anos porque eu realmente me apaixonei por essa iniciativa. Eu acho que a coisa mais importante é que, quando você se sente apaixonado por alguma coisa, e não precisa ser necessariamente água, pode ser no meio ambiente, na sua comunidade, pode ser internacional, quando você faz algo pequeno é sempre bom, pois você nunca sabe o quão grande aquilo pode se tornar.

Contramão: No Brasil, não sei se em outros países também, as pessoas tem o hábito de lavar calçadas com água potável. Depois de ter conhecido locais onde as pessoas passam sede por não ter uma fonte de água, qual sentimento dá ao ver casos assim?

R.H.: Bem, é algo que eu diria que não é bom, mas a realidade é que o mundo todo usa a água de maneira irracional. No Canada, nós usamos água potável para varias tarefas e o mesmo acontece em outros países pelo mundo a fora. Acho que é uma questão de tempo até todos estarem cientes e acordarem para a realidade… E eu espero que todos acordem!

Contramão: Na sua opinião, qual a posição o governo do país deveria tomar numa situação como a que o Brasil tem vivido?

R.H.: Em nossos projetos, nós trabalhamos em várias regiões diferentes onde “o governo” são apenas pessoas que moram lá. É trabalhoso tentar envolver eles nessas questões, é realmente um processo complicado tentar explicar e convencê-los em relação a prioridades a ter com o problema da água, pois as pessoas se esquecem rapidamente, mas no final das contas é algo que realmente importa e faz falta para qualquer comunidade

Contramão : Algo mais que queria comentar?

R.H.: Para as pessoas interessadas em conhecer o projeto podem acessar o nosso site https://www.ryanswell.ca/ e enfim, nós estamos tentando arrecadar o máximo possível para continuar expandindo os nossos projetos.

Entrevista: Yuran Khan
Texto: Ítalo Lopes, Umberto Nunes
Foto: Umberto Nunes

As histórias em quadrinhos (HQ’s) fizeram parte da infância de muitos jovens, principalmente nos anos de 1970 a 1990. Não é difícil encontrar quem já tenha lido as aventuras do “Homem-Aranha”, do “Homem de Ferro”, ou ainda do “Batman”. Entretanto, os quadrinhos não se resumem somente ao universo DC Comics e Marvel Comics. Existem também os quadrinistas independentes, as editoras novas, como a brasileira Blue Comics, e também, as editoras que distribuem verdadeiros livros em forma de quadrinhos, como foi o caso da Devir Livraria, que lançou em julho o terceiro livro da sequência “Yeshuah”, do paulista Laudo Ferreira Jr, que é quadrinista há mais de 30 anos e ilustrador há cerca de 20.

Com um nome meio diferente, em hebraico, “Yeshuah” significa “salvação”. A HQ narra a trajetória de Yeshu, ou traduzindo para o português Jesus. A história que Laudo conta em seus quadrinhos não é, exatamente, a mesma que a bíblia católica ou evangélica narra. No catolicismo a imagem de Cristo é vista como uma divindade. Laudo ressalta, em sua obra, o lado humano de Jesus. Os acontecimentos seguem a mesma cronologia da bíblia, mas a imagem de Cristo é mais como ser humano, uma pessoa com medos e crenças.

O desenvolvimento do HQ teve seu inicio por volta de 1998, sendo sua última parte, “Yeshuah: Onde tudo está”, lançada em julho desse ano. “Minha espiritualidade foi se desenvolvendo ao longo do trabalho. Amadurecendo junto com a obra”, explica o quadrinista. Segundo o autor da obra, a ideia de se criar uma história em quadrinhos demonstrando um lado mais humano de Jesus veio a partir da leitura de evangelhos apócrifos (aqueles considerados não oficiais). “O livro de São Tomé, mostra outra percepção de Jesus”, destacou Laudo.

Da história

A história dos quadrinhos do paulista segue o mesmo rumo da história bíblica, indo do nascimento de Cristo a morte, passando pela travessia do deserto e a traição por Judas. Entretanto, nas HQ’s de Laudo, não se mostram a crucificação em si de Jesus, nem a ressureição. Embora, após a morte, ele reapareça para Maria de Madalena.

Na história de “Yeshuah” o caso é narrado por Maria de Madalena, já idosa, para um jovem que estaria escrevendo-a. No desenvolver dos quadrinhos, o leitor pode notar que o uso dos nomes em hebraico dá a história um ar mais próprio, distanciando-a mais daquela contada nas igrejas.

Outros aspectos, na HQ, reafirmam mais essa distância entre as duas histórias. Como o momento antes da prisão de Cristo, em que ele se retira e revela seus medos e receios com a morte para Adonai (Deus). Ou também o ataque de fúria que o próprio Yeshu sofre ao chegar em Jerusalém. Esses pontos, que trazem ao próprio Jesus a imagem de humano, são os principais pontos da história de Laudo Ferreira Jr.“Às vezes se teatralizam tanto que descaracterizam o fundamento”, disse o quadrinhista.

Da crítica

Apesar de ser uma história sensível, que vai de encontro com os dogmas da igreja, os quadrinhos foram bem recebidos pela crítica especializada em HQ’s. “O trabalho foi muito elogiado”, ressalta Laudo. Após a divulgação do trabalho, o ilustrador foi convidado para participar de feiras de quadrinhos, inclusive de mangás, mas explica que são cosias diferentes. “O leitor de mangás não é, necessariamente, leitor de histórias em quadrinhos”, explica Laudo.

Por outro lado, o trabalho recebeu “pancadas” de alguns religiosos. “Uma mulher me achou na internet e me mandou um e-mail me xingando, dizendo que eu ofendi a imagem de Maria”, contou Laudo.

Lançamento em BH

Na noite dessa quinta-feira, 9, Laudo Ferreira Jr. o autor de “Yeshuah” estará autografando os exemplares da HQ na livraria Saraiva, do shopping Diamond Mall (Avenida Olegário Maciel, 1600 – Lourdes, Belo Horizonte) às 19 horas. Nos últimos meses do ano, Laudo estará na Brasil Comic Con que acontecerá em novembro, e na Comic Con Experience, em dezembro.

Texto: Umberto Nunes.

Foto: Arquivo pessoal.

O uso da música para auxiliar no aprendizado é uma das propostas do projeto da Escola Integrada, da Prefeitura de Belo Horizonte. A parceria do projeto com as escolas do ensino fundamental já beneficia milhares de estudantes, como os alunos do Colégio Imaculado Coração de Maria (Imaco). Os adolescentes participantes passam a ter aulas de manhã e participam de disciplinas extracurriculares, como percussão, capoeira, circo, teatro e dança, no período da tarde.

Na tarde dessa terça-feira, 23, o professor Ricardo Britto esteve na Praça da Liberdade, região centro-sul de Belo Horizonte, com alguns alunos do Imaco para uma aula de percussão ao ar livre. Para Britto é importante que os jovens tenham algumas aulas fora do colégio. “Os alunos ficam na escola o dia inteiro. Às vezes a gente vem para a praça para eles terem contato com um ambiente mais natural”, afirma o professor.

O projeto trabalha com crianças de 11 a 14 anos. Britto também chama atenção para as apresentações que as crianças fazem na cidade, como no Parque das Mangabeiras ou na própria Praça da Liberdade. Durante o ano, as crianças praticam as músicas e em algumas datas, como o dia das crianças e o final de ano, elas se apresentam para o público.

As crianças que marcaram presença na aula na praça de hoje, disseram que gostam do projeto por se sentirem bem nas aulas. Algumas fazem apenas percussão, outras, teatro e circo também. Um dos jovens disse preferir fazer as aulas de música porque futebol da para fazer durante as aulas de educação física da própria escola. Todas elas reafirmaram ser muito boa a iniciativa da Escola.

 

Texto e foto: Umberto Nunes.

 

Desde as 00h desta terça-feira, 23, a primavera chegou para colorir as ruas de Belo Horizonte. E para comemorar a chegada da estação, a mantenedora do local, Vale do Rio Doce e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) estão realizando a troca das mudas dos canteiros da Praça da Liberdade.

Na tarde de hoje, 23, já é possível ver os trabalhadores trocando as mudas do lugar por plantas mais novas e mais resistentes. De acordo com o zelador da Vale, Mario Marioto, a mudança das flores da Praça da Liberdade deve acabar até o final da semana que vem 04 de outubro. Serão colocadas flores das espécies: rosa (Rosa spp), margaridas (Chrysanthemun leucanthemum), cravos-da-índia (Syzygium aromaticum), sálvia (da família das Lamiaceae), entre outras.

Por incrível que pareça, há pessoas na capital mineira que nunca visitaram a Praça da Liberdade, como a estudante Crislaine Rufino, 15. “Vim numa excursão da escola. Nunca tinha vindo aqui. To achando tudo muito bonito”.

O novo visual da praça já é notado pelas pessoas que transitam pelo local.  Ana Mendes, pedagoga, mora em Belo Horizonte há apenas um ano. Ela veio de Feira de Santana, Bahia, para tentar mestrado na UFMG. “Nessa praça eu sinto que as pessoas realmente curtem a cidade, mais o ambiente. Agora tudo vai ficar mais florido e ainda mais bonito”, ressalta.

Texto Luna Pontone
Foto: Umberto Nunes

Belo Horizonte está prestes a se tornar a capital do conhecimento. Entre os dias 03 e 06 de Setembro, a capital mineira sediará a 8º Olimpíada do Conhecimento que reunirá cerca de 800 jovens de todo país para realizar diversas tarefas que desempenham em profissões técnicas da indústria, do setor de serviços e da agropecuária.

A cada dois anos a Olimpíada do Conhecimento prepara uma de nível, onde jovens de até 21 anos de diversas áreas profissionalizantes são premiados pela desenvoltura e conhecimento.

A competição destaca os melhores de cada área (Indústria, serviços e agropecuária) e classifica-os para uma vaga na competição internacional a “World Skills 2015”, que está programada para o ano de 2015, em São Paulo. Em 2013, o Brasil ficou em 5º lugar no ranking internacional.

Esse ano Minas Gerais é o campeã em número de alunos participantes, ao todo são 61 inscritos, contra os 53 de São Paulo e os 41 alunos do Rio de Janeiro. O diretor de operações do SENAI CNI, Gustavo Leal, explica que o número expressivo de inscritos está na qualidade e na infraestrutura do sistema FIEMG.  Para ele, o Sistema FIEMG pode ser considerado uma das melhores do país, já que ela está presente em todo território mineiro.

Estrutura

A logística da olimpíada ocupará os 105 mil metros quadrados da Expo Minas e mais algumas áreas da região, para completar os 21 ambientes da competição. Duas turbinas de avião, um helicóptero, seis estações geodésicas e um laboratório de inseminação artificial estão dentro das 900 toneladas de equipamento para o evento. Além das 6 mil pessoas que estarão envolvidas na organização e execução do evento.

Programação Especial

Durante o evento, palestras e oficinas integrarão jovens e alunos as atividades da Olimpíada. “Uma Profissão, Uma escolha” – 32 escolas do Ensino Fundamental de BH receberão atividades a serem desenvolvidas nos campos da tecnologia.  “INOVA SENAI” trará ao evento uma exposição com 50 projetos inovadores desenvolvidos por alunos e professores da instituição, além de promover o desfile Brasil Fashion, onde serão apresentados os trabalhos desenvolvidos pelos os ex-alunos do SENAI com a coordenação de estilistas renomados como o Alexandre Herchcovitch e Lino Villaventura.

Mulheres no Mercado

A quantidade de mulheres nos cursos técnicos também foi ressaltada. O Gerente de Educação e Tecnologia do SENAI, Edmar Alcântara destaca que “muitas mulheres estão ‘tomando’ cursos que antes eram de predominância masculina”. De acordo com os dados apresentado pelo gerente, 40% do total de alunos hoje, são mulheres.

Para mais informações clique aqui.

Foto João Alves

_DSC0018

Texto e foto: João Alves