Dança

Por Keven Souza

Com a chegada do período carnavalesco, o Brasil só pensa naquilo… bloquinhos e quais são os looks de Anitta para seus shows de pré-carnaval. Todo ano ela brilha com uma coleção temática e neste a cantora chamou atenção pela escolha dos figurinos para os “Ensaios da Anitta”. 

Ela se inspirou em figuras femininas fortes, vida real ou da ficção, que se destacaram na história por quebrar padrões, sendo assim o tema deste ano “Guerreiras”. Ao todo são 16 looks assinados pela sua stylist, a mineira Clara Lima, cada um para uma apresentação em cidades diferentes (a última é em 12 de fevereiro). “Tive a ideia e logo comecei a refletir sobre quem seriam essas personagens”, diz Anitta, em entrevista à Revista ELLE Brasil. 

Tieta (7 de janeiro) 

Na abertura dos Ensaios da Anitta, em Salvador, a dona do hit “Envolver” apostou em um look inspirado em Tieta, personagem vivida pela atriz Betty Faria em 1989, na novela “Tieta do Agreste”. O figurino de Tieta foi composto por um body vermelho, top, luvas e meias na estampa de onça. Acrescentado ainda com botas douradas e óculos. 

Anitta com look inspirado em Tieta do Agreste. Foto: Revista ELLE Brasil.

Marietta Baderna (8 de janeiro) 

Em seu segundo dia de show para os ensaios do carnaval, no Rio de Janeiro, a inspiração foi Marietta Baderna. A bailarina italiana radicada no Brasil que colocou à prova o conservadorismo do século 19 com seu comportamento sexualmente livre. Anitta usou um um vestidinho cut out rosé e prata, composto por pedrarias, luvas, meias e botas cano curto. 

Anitta com look inspirado em Marietta Baderna. Foto: Reprodução e Instagram Anitta.

Valentina Tershkova (14 de janeiro)

Para o terceiro dia de Ensaios da Anitta, em Florianópolis,  a cantora vestiu um look tipo espacial inspirado por Valentina Tereshkova, considerada a primeira astronauta mulher a viajar sozinha ao espaço. Na composição, os recortes no top deixam a pele à mostra, reforçando a identidade sensual de Anitta. Destaque para as luvas, a calça de látex e os brincos redondos prateados. 

Anitta com look inspirado em Valentina Tereshkova. Foto: Reprodução e Instagram Anitta.

Anita Garibaldi (15 de janeiro)

Com um show no Memorial da América Latina, em São Paulo, a poderosa se inspirou na revolucionária brasileira Anita Garibaldi. Mulher engajada em causas sociais e políticas, que desde cedo lutou em batalhas importantes, como a Revolução Farroupilha. O look levou um corset bege, botas marrom e calça vermelha. Unindo a história com a sensualidade da brasileira. 

Anitta com look inspirado em Anita Garibaldi. Foto: Reprodução e Instagram Anitta.

Barbarella (21 de janeiro) 

Para a capital do país, Brasília, Anitta escolheu personagem polêmica para seu show. Posto que, “Barbarella”, filme de 1968, conta a trajetória de uma viajante do espaço do século 41. A personagem usava o corpo e a sexualidade para derrotar seus inimigos e isso, claro, foi polêmica para a época. O look: um macacão bem futurista, com luvas de espinhos e uma espécie de coroa na cabeça, com estrelas desenhadas.

Anitta com look inspirado em personagem de “Barbella” . Foto: Revista ELLE Brasil.

Maria Bonita (28 de janeiro) 

Se Anitta tem sangue de Maria Bonita não sabemos, mas em Recife, ela decidiu homenagear uma das mulheres nordestinas mais fortes do Brasil:  a primeira cangaceira que fez parte do bando de Lampião, tendo sido, inclusive, sua companheira. Com composição inspirada em símbolos nordestinos, a cantora apostou em uma saia vazada, top transversal, braceletes e uma espécie de coroa na cabeça, com sol e lua desenhados.

Anitta com look inspirado em Maria Bonita. Foto: Revista ELLE Brasil.

Guerreira Brasileira (29 de janeiro) 

Neste domingo, Anitta levou brasilidade para seu palco no Rio de Janeiro. Com inspiração nas musas de carnaval do Brasil, a hitmaker se apresentou com look vestido/shorts na cor verde e amarelo, além de incríveis botas azuis e arco de plumas.

Anitta com look inspirado em mulheres brasileiras. Foto: Instagram/divulgação.

 

Com apresentação de Rosalía, Louis Vuitton agitou a web nesta manhã desta quinta-feira (19) ao escolher funk proibidão para desfile da marca

Por Keven Souza

Se antes o funk era escutado apenas por nós, brasileiros, hoje, ele não é mais. Isso porque, na manhã desta quinta-feira (19), a Louis Vuitton colocou os franceses e o mundo inteiro para escutar a música Sento no Bico da Glock, na Semana de Moda Masculina de Paris. 

Com um mini show e curadoria da trilha sonora feita pela estrela espanhola Rosalía, a música do DJ Gabriel do Borel, Mc Lucy e MC Rogê, serviu para ambientar a apresentação da nova coleção de outono/inverno da marca.  E, claro, DJ Gabriel se comoveu no Twitter ao ver a música embalar o desfile da Louis Vuitton.

DJ Gabriel do Borel no Twitter nesta manhã. Imagem: Twitter.
DJ Gabriel do Borel no Twitter nesta manhã. Imagem: Twitter.

Sento no Bico da Glock foi lançada em 2018 e possui mais de 20 milhões de streams somados no Spotify e YouTube. A faixa aparece no minuto 11:24 do desfile. Confira:

Fashion film da Mugler

Esta não é a primeira vez que o funk carioca aparece em desfiles internacionais. Em agosto do ano passado, enquanto a Mugler divulgava em seu canal no Youtube o seu fashion film da coleção de primavera/verão 2022, o público foi à loucura na internet ao perceber a inclusão do ritmo brasileiro na trilha sonora da apresentação. 

Megan Thee Stallion durante o fashion film da Mugler. Imagem: Youtube.
Megan Thee Stallion durante o fashion film da Mugler. Imagem: Youtube.

A música escolhida, Tomando na Pepekinha, foi lançada em 2019 e é também de MC Lucy e DJ Gabriel do Borel. O momento dura cerca de 30 segundos e começa a partir dos 2:20 vídeo. Confira abaixo:

A importância de ritmos brasileiros em cenários mundiais

Para o Brasil, ter sua cultura musical apresentada ao mundo é mais do que essencial. Significa abrir fronteiras em um universo elitista, como é o caso do da moda, e um mercado industrial preconceituoso e obsoleto, como é o da música americana e Europa Centro-Ocidental.  

Diz sobre a Sulamérica, que muitas vezes é marginalizada e ofuscada.  Expressa ainda sobre o desejo de grandes marcas buscarem algo novo, descontraído e despojado nos desfiles de moda. Bem como disse uma vez Casey Cadwallader, diretora criativa do desfile da Mugler, em entrevista à Vogue. E reitera por completo a pluralidade cultural do nosso planeta. 

Cantora vive a melhor temporada de premiações da sua carreira

Por Keven Souza

“Primeira vez, primeira vez, primeira vez…. Colecionando primeiras vezes”, celebrou Anitta, uma vez em sua rede social. A brasileira vem vivendo o melhor momento de sua vida profissional, em 12 anos de carreira. Gostando ou não da artista, é preciso concordar que os méritos de abrir portas para cantores brasileiros lá na gringa e colocar o Brasil em destaque internacional, é todo dela! E nesta última semana, enquanto vivíamos nossa vida comum, Anitta estava no foco das maiores premiações de música do mundo com todos holofotes para si. 

Destaque no EMAs 2022

Pela primeira vez, Anitta levou a estatueta de “Melhor Artista Latino” no Europe Music Awards no último dia 13 de novembro, em Düsseldorf, na Alemanha. Ela concorria com tal nomeação com Bad Bunny, Becky G, J Balvin, Rosalía e Shakira. 

A intérprete de “Envolver” não compareceu à cerimônia por conta dos ensaios do Grammy Latino, mas agradeceu aos fãs e família por vídeo. Durante a anunciação do resultado da categoria a platéia vibrou muito quando nossa brasileira foi consagrada como “Best Latin”. 

https://www.instagram.com/p/Ck9FyzJSf2F/

Indicação ao Grammy Latino e Americano 

Já passamos da fase de entender que a Anitta sempre surpreende. Continuando a semana de feitos internacionais, a artista foi anfitriã, performer e indicada ao Latin Grammy 2022, que aconteceu dia 15 de novembro, em Las Vegas, EUA. 

Anitta apareceu na lista de indicados duas vezes: em “Gravação do Ano” e “Melhor Performance de Reggaeton”, ambas por “Envolver”. No entanto, acabou perdendo ambas nomeações por Jorge Drexler e C. Tangana pela canção “Tocarte” e Tainy, Bad Bunny e Julieta Venegas com “Lo Siento BB”. Seus fãs não reagiram bem com a perda de Anitta. Na web, criticaram o fato da cantora ter dito um Top 1 Global com “Envolver” e estar sempre presente na cerimônia, mas nunca ter sido premiada. 

Durante a cerimônia, ela mostrou sua simpatia ao apresentar diversas categorias importantes da premiação. Logo em seguida, realizou uma performance ao grande palco do Grammy Latino, com medley de funk para ninguém botar defeito. 

Falando agora do Grammy Americano, que é um dos maiores centros de premiações musicais do mundo, Anitta foi indicada em uma das categorias principais: a Best New Artist. Graças, até então, à sua grande notoriedade em solo americano nos últimos meses.  

A indicação é um marco para o Brasil, visto que somente três artistas brasileiros foram nomeados como “Artista Revelação”. Foram eles Astrud Gilberto (1965), Tom Jobim (1965) e Eumir Deodato (1974). Ou seja, após 48 anos depois, Anitta quebra barreiras e é elegível em uma categoria internacional no Grammy Americano.  

Indicação de Anitta no Grammy Awards. Foto: Instagram e internet.

História no AMAs 2022

Já na noite deste domingo (20), Anitta finalizou sua semana de feitos internacionais, fazendo história, agora, no American Music Awards, realizado em Los Angeles, EUA. A cantora se consagrou como a primeira brasileira a ser nomeada e vencedora na premiação. Ela levou para casa o prêmio de “Artista Latina Feminina”, deixando para trás Becky G, Kali Uchis, Karol G e Rosalía. 

Anitta com sua estatueta de “Artista Latina Feminina”, após seu discurso no AMAs 2022. Fonte: Instagram e internet.

Anitta agradeceu seus fãs pelo esforço nas votações, o apoio de sua família e a si mesma por vir trabalhando tanto no mercado americano. Logo em seguida, mostrou para o que veio e apresentou seu hit “Envolver” e seu último lançamento “Lobby”, ao lado de Missy Elliott. A cantora entregou beleza, sensualidade, dança e muito carisma na gringa. 

Anitta e Missy Elliott cantando “Lobby” no AMAs 2022. Fonte: Portal POPline.

 

rock in rio

Por Keven Souza 

Aconteceu no último domingo (11) o encerramento do Rock In Rio 2022, na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. O evento que reuniu ​aproximadamente 100 mil pessoas no sétimo dia e contou a presença de mais de 36 artistas dos mais variados gêneros musicais, trouxe vida a Cidade Rock em 12 horas de música constante divididos em oito palcos. 

rock in rio
Dua Lipa, esbanjando talendo e brilho no palco mundo ( Foto: Keven Souza )

A atração mais aguardada da noite foi a cantora britânica de 27 anos, Dua Lipa. A artista era headliner do dia, onde, ao som de “Physical“, subiu ao Palco Mundo com todo um espetáculo de cores, luzes e hits. Esbanjando talento, apresentou o setlist com os sucessos de Future Nostalgia, seu segundo álbum de estúdio. Tudo muito bem pensado para quem estava presente no Parque Olímpico e também acompanhava de casa, pela transmissão do Multishow. 

Das músicas aos figurinos – quatro, ao todo – Dua Lipa brincou com cores e não dispensou brilho. Trouxe seu balé que performou garantindo um show à parte com coreografias. A cantora interagiu ainda com a plateia e finalizou, em português, dizendo: ‘obrigado gatinhos e gatinhas’.  

Megan Thee Stallion, Rita Ora e Ivete também foram outras cantoras que abrilhantaram o último dia de Rock In Rio, se apresentando no Palco Mundo. No Sunset, Liniker mostrou toda força da mulher trans preta juntamente com Luedji Luna. Logo após, Majur,  Agnes Nunes, Mart’nália, Gaby Amarantos e Larissa Luz uniram o samba, soul, blues, brega e jazz em um só espetáculo para homenagear Elza Soares.

Cidade do Rock é baile de favela

rock in rio
Toda a estrutura gigantesca do palco mundo. ( Foto: Keven Souza )

Já a cantora Ludmilla, de 27 anos, que também se apresentou no Palco Sunset, foi uma das artistas mais comentadas do mundo na internet após seu show. Isso porque, ela prometeu que faria algo grandioso e cumpriu. A dona do hit ‘Rainha de Favela” investiu em estrutura de palco, luzes e figurinos luxuosos. Além disso, não deixou de lado o funk!

Ludmilla construiu um setlist único, que privilegiava o gênero musical, fazendo com que a Cidade do Rock por um momento virasse baile de favela. Levou ainda a dupla Tasha e Tracie, MC Soffia, Tati Quebra Barraco e Majur para o palco. Como resultado, fez um show certamente histórico que trouxe questionamentos aos produtores do Rock In Rio sobre a participação de artistas brasileiros no Palco Mundo, que é o principal palco do festival. 

O Rock in Rio promoveu inclusão em seus shows deste ano, como intérpretes de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) e mais artistas negros e LGBTQIA+. Mas a principal crítica do público com os produtores foi colocar artistas femininas de grande público, que é o caso de Ludmilla e Avril Lavigne, em palcos menores, como o Sunset. 

A volta do Rock In Rio no Brasil 

Após dois anos desde a última edição do evento do Brasil, que aconteceu em 2019, a Cidade do Rock recebeu um público de 700 mil pessoas com o forte desejo de se reencontrar. Foram sete dias, 1.255 artistas, 300 shows e mais de 507 horas de experiência. 

As parcerias? Muitas! Stands do Globo Play, Tim, Itaú, TikTok, Coca-Cola, Doritos, Latam, Kit Kat, iFood, entre outros, decoraram o Parque Olímpico com cores e vida. E para mostrar que o Rock In Rio é um festival de números, esta edição foi recorde de turistas no Rio. Foram mais de 420 mil pessoas de outros estados do Brasil e uma estimativa de 10 mil de fora do país. 

O Rock In Rio é um festival que impacta diretamente na economia da cidade. É, ainda, patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro que expande toda nossa brasilidade para o mundo. Que as próximas edições continue com ​​toda a energia e alto astral, pois o evento além de trazer grandes espetáculos para o Brasil, dá um show como festival de experiências!  

 

A 9ª edição do evento foi realizada na Esplanada do Mineirão e fechou mais um ano sendo sucesso. 

Por Gustavo Meira 

Aconteceu no último sábado (27) na capital, o Festival Sarará 2022, evento que reuniu mais de 60 artistas de diversos segmentos e contou com a presença de mais de 35 mil pessoas na Esplanada do Mineirão, na Região da Pampulha. Foram quase 12 horas de música constante divididos em seis palcos. Os ingressos giravam em torno de R$ 150,00 a R$ 540,00.

Palco principal do Sarará 2022, na Esplanda do Mineirão. Imagem: Leo Caetano.

As atrações mais esperadas para esta edição eram Glória Groove, que trouxe o penúltimo show da ”Lady Leste Tour”, e contou com vários sucessos de seu último álbum e famoso medley de pagode com Ludmilla, no qual foi ovacionada. O show de Pabllo Vittar contou com a participação da cantora Urias e um corpo de ballet impecável. Um dia antes, PV esteve no Mercado Novo, onde gerou alvoroço e atendeu os fãs. Zeca Pagodinho, que sempre está com sua cerveja na mão, cantou seus maiores sucessos e de surpresa recebeu o rapper e fã Emicida no palco, levando o público ao delírio. 

Pabllo Vitar e Urias no palco principal do Sarará. Imagem: Alison Jones.
Gloria Groove em seu show no palco principal do Sarará.  Imagem: Leo Caetano.

A mineira de Taiobeiras Marina Sena, que em 2019 estava na plateia, fez sua estreia no Sarará e contou com a presença de Marcelo Tofani da banda mineira Rosa Neon. Ambos cantaram o hit ”Ombrim”. Já Gilsons fez a plateia cantar ”Várias Queixas” em um lindo couro. 

Marina Sena em seu show no palco principal do Sarará. Imagem: Alison Jones.

Homenagens e manifestações na Esplanada 

O line-up do festival contava com a presença de Elza Soares, porém a cantora faleceu em janeiro deste ano. Teresa Cristina, Nath Rodrigues, Paula Lima, Julia Tizumba e Luedji Luna fizeram um show em homenagem à Elza, contando com sucessos de sua carreira. 

“Elza é um nome muito importante da arte no Brasil e no mundo, uma mulher que sempre cantou tudo que tinha algum significado para ela e para todes no qual ela sempre defendeu com toda força e amor. Foram 91 anos de vida, bem vividos, 70 anos de carreira fantásticos, com reconhecimento no mundo todo e muito depois no país que ela tanto amava e defendia, mas Elza nunca fraquejou e agora tenho o orgulho de continuar trabalhando o nome da nossa eterna Rainha, para mim, Elzão. Ela ainda deixou muita coisa pronta para sair”. É o que disse Vanessa Soares, neta, produtora executiva e pessoal da cantora.

Cantoras em homenagem a Elza Soares no palco principal do festival. Imagem: Instagram Sarará/internet.

Houve manifestações políticas por parte dos artistas e do público em vários momentos do festival. O couro mais ouvido era a favor do ex-presidente Lula, candidato à Presidência das eleições deste ano.

Outras edições do festival 

As duas primeiras edições do Sarará aconteceram em 2014 e 2015, no Parque das Mangabeiras, em BH. Seu marco aconteceu quando o evento foi palco da Virada Cultural em 2016, com público de mais de 50 mil pessoas no Parque Municipal. Desde então, o festival cresceu e se transformou em um dos maiores do estado.

A 9ª edição do Sarará estava sendo preparada desde 2019. ”Tivemos momentos de sonhos, dúvidas, planejamentos constantemente alterados, nó na garganta, esperança… Nesse tempo todo, quisemos e queremos tanto viver”, diz a organização do evento. 

O Sarará é um #FestivalDeSentir, este ano foi possível sentir toda a energia dos artistas e do público, que estavam sedentos pela volta presencial do evento, que não aconteceu durante dois anos por conta do isolamento social. 

Anote na agenda, a próxima edição do Sarará já tem data marcada, 26 de agosto de 2023. Borá mais uma vez?!

 

Edição: Keven Souza. 

Festival promete trazer a heterogeneidade de estéticas como principal atração da Cidade do Rock

Por Keven Souza

A 37º edição do Rock In Rio está cada vez mais próximo do nosso Brasilzão! Durante os dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro deste ano, a Cidade do Rock está prestes a receber mais uma edição histórica do maior festival do país.

O Rock In Rio foi criado em 1985 e mais do que quebrar recordes atrás de recordes desde sua estreia, o festival fomentou ao longo do tempo um estilo fashion influenciado pelo soft rock. Um subgênero da música rock que enfatiza ganchos pop, produção de estúdio impecável e estética sonora mais agradável.

Foram anos e décadas de edições que contaram com um público que priorizava tendências, como boho e athleisure, que aliam conforto e charme. O Parque dos Atletas, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi palco para as peças de couro, os chapéus de cowboy, as camisetas pretas, os acessórios em correntes e franjas e, claro, além das botas, os shorts jeans rasgados.

Imagem/Reprodução
Imagem/Reprodução
Imagem/Reprodução

Mas será que essa estética ainda prevalece? Bom, o que mostra as últimas edições do festival, não tanto quanto antes!

O Rock In Rio embora ainda seja um espaço de shows para distintas faixas etárias, ele está, desde 2019, com uma grande parcela de pessoas da geração Z. Isso motivado pelo line-up diversificado que traz shows de cantores da atualidade, como Anitta, Demi Lovato, Beyoncé, entre outros, que são queridinhos da nova geração.

Hoje, o público que frequenta o Rock In Rio é diferente daquele presente na década de 90 que foi marcado pelo estilo soft rock, por exemplo. Há uma adaptação dessa estética “tradicional” para a atual realidade. Não digo que é difícil encontrar pessoas ainda com esse estilo na Cidade do Rock, mas não será comum tanto quanto antes.

Imagem/Reprodução

A heterogeneidade de estilos

A mudança de público é o fator principal para ocorrer esse choque na estética fashion do festival. As pessoas, e especificamente os jovens, estão preferindo looks e peças de forma mais subjetiva, colorida e menos temática. Sem aqueles limites e definições vistos nas décadas passadas. 

Esse comportamento demonstra uma junção de estilos pessoais de diferentes indivíduos em um só lugar. Hoje, ao invés do público se adaptar ao estilo de um festival e criar um certo padrão fashion, eles querem realçar suas particularidades e origens através de suas roupas e visuais.

A liberdade do ser, que é algo muito discutido atualmente, possibilita a heterogeneidade de estilos nos gramados da Cidade do Rock. E a moda, enquanto instrumento de personalidade que acompanha os costumes, ressalta a mistura de gostos no RIR. Que não só diz muito sobre o como é o Brasil, mas abraça as tendências tradicionais (soft rock) e inclui o que está chegando de novo.

Imagem/Reprodução
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De fato, quem for ao Rock In Rio 2022 poderá encontrar estilos do soft rock ao dopamine dressing, já que a criatividade e ousadia serão as atrações principais do maior festival do Brasil. Irá encontrar também looks monocromáticos, com uma pegada solar e mais descontraída.

Agora, se o festival irá quebrar mais recordes com este ano, não sabemos! O que tenho certeza é que daqui alguns anos teremos uma estética ou estilo patenteado pelo Rock In Rio, anunciado pelo universo da moda e abraçado novamente pelo público.