Desvendando BH
Lugares pouco conhecidos da capital mineira

A capital mineira completa, na próxima quarta-feira, 12 dezembro, 115 anos. Ao contrário do que acontece na maioria das cidades, o dia do aniversário de Belo Horizonte não é feriado. O que ocorre é uma confusão de datas com o dia 8 do mesmo mês, este sim feriado, porém em comemoração ao dia da padroeira da cidade. Nossa reportagem foi às ruas para descobrir se a população sabe diferenciar as duas datas.

Por Marcelo Fraga e Carlos Fernandes ( Vestibulando de Jornalismo).

Imagem: Internet

“Fui skinhead nos anos 80, mas, hoje, não faço mais parte do grupo”, é assim que José (nome fictício) se apresentou à reportagem do CONTRAMÃO, durante o contato telefônico. “Não adianta, você insistir que eu não vou passar dados precisos sobre a minha idade e identificação. Eu quero ajudar a esclarecer essa confusão de que todo skinhead é racista e homofóbico. Mas quero permanecer no anonimato”. Essa foi a condição para que a entrevista fosse feita, por telefone.

“Sinto tristeza quando leio os jornais noticiando todas as agressões aos homossexuais e aos negros como atitude de skinhead. Muitos skinheads não são homofóbicos ou racistas. Em BH, há uma galera que só está interessada em camaradagem, tomar cerveja e ouvir uma boa música”, explicou o ex-skinhead. “É preciso tomar cuidado com essas coisas, pois a falta de conhecimento da população sobre os skinheads pode gerar revolta e preconceito contra o grupo”, disse.

A conversa com José durou 20min. Nesse tempo, ele garantiu que há, sim, a presença, em BH, dos “Carecas do Brasil”, um grupo nacionalista e integralista que tem como valores “Deus, Pátria e Família”. “Eles não são racistas, isso iria contra a ideologia da facção. Contudo, não gostam homossexuais e tem resistência aos Punks”, explicou. Outra facção existente na capital mineira é a dos nazi [ou White Power] que, segundo José, configuram-se como os mais radicais. “Existe esse grupo em Belo Horizonte e é uma minoria, mas é preciso que as autoridades façam alguma coisa. Meu medo é que as agressões em BH fiquem tão frequentes como em São Paulo”, declarou.

Segmentos

De acordo com o ex-skinhead, as diversas segmentações do movimento confundem a população e a mídia. “As pessoas não conhecem de verdade do movimento e, logo, ligam os crimes por racismo ou homofobia a todos os skinheads. Na verdade, essas coisas são feitas por uma minoria, como os nazis”, explica.

Segundo José, os skinheads não possuem uma raiz preconceituosa. “O movimento surgiu no final da década de 60 a partir dos imigrantes jamaicanos, os rude boys, e jovens operários ingleses, que se reuniam para ouvir música negra norte-americana, o rockstead (ritmo inglês) e ska (ritmo jamaicano). Esses são os indícios de que é um movimento de origem cultural operária sem discriminação a quem quer que seja”, esclareceu.

A primeira dissidência aconteceu no início dos anos 1970, quando partidos de direita observaram nos jovens skinheads uma força de liderança. “Inicia-se a fase em que algumas pessoas se tornaram nacionalistas e começaram a repelir com violência os jamaicanos e aqueles que os apoiavam. Essa foi a primeira imagem que circulou pelo mundo em relação aos skinheads”, esclareceu. “Os hooligans surgiram no mesmo período e era uma galera que curtia futebol e cerveja e, às vezes, entrava em confusão com as torcidas adversárias”, explicou.

“Eu lamento que a população veja todos os skinheads da mesma forma. Espero ter ajudado. Boa sorte”, ele disse finalizando a ligação.

Saiba mais sobre os perfis dos skinheads aqui.

Por: Hemerson Morais

Foto: Willian Gomes

A Exposição Minimundo Playmobil reúne fotos, bonecos e cenários deste brinquedo que marcou toda uma geração, foram investidos R$40.000,00 para ser montada. Tradicionais mas ao mesmo tempo atemporais, as miniaturas ainda são uma febre entre as crianças e até mesmo entre os adultos.

A professora universitária Maria Lúcia Machado, 47, levou o filho à exposição para conhecer o playmobil. “O pai dele guarda o brinquedo desde criança e é com esses brinquedos que meu filho, hoje, se diverte, É uma forma de resgatar o que nos tínhamos com um brinquedo extremamente interessante e educativo”, afirma a professora.

Algumas pessoas aproveitam a mostra para rememorar a infância, é o caso do engenheiro Rogério de Castro. “Eu estou achando a exposição muito bonita, vendo alguns modelos que eu tinha quando era criança, como esse do circo. Traz umas lembranças de infância que são boas”, comenta Castro.

O evento conta ainda com oficinas de brincadeiras para crianças até os 12 anos. A exposição está em cartaz no shopping Diamond Mall até o dia 14 de outubro. A estimativa do shopping é a de que a exposição aumente a visitação em 2%.

Por: Hemerson Morais e Rafaela Acar

Fotos e Galeria: Hemerson Morais, Mariah Soares e Rafaela Acar

A vida pulsa embaixo do Viaduto Santa Tereza, no centro da capital, e é nas noites de sexta-feira que o Duelo de MCs confere ao espaço ritmo e suingue. O , evento musical que conta com apresentações de artistas do hip-hop, além de outras atividades ligadas ao gênero, como skate e Graffiti. “É um evento onde a cultura hip-hop pode ser vivenciada no centro de Belo Horizonte, em um ambiente onde as pessoas podem se encontrar”, afirma Pedro Valentim um dos organizadores.

O Duelo de MCs é organizado pelo grupo Família de Rua, que é formado pelos idealizadores do evento para defender a preservação da cultura hip-hop. O projeto começou na Praça da Estação e, devido à falta de autorização da prefeitura da capital, se transferiu para outro local ali perto. Com a chegada do período de chuvas, o duelo foi finalmente transferido para embaixo do viaduto Santa Tereza. “Percebemos que o espaço do viaduto era o melhor pra gente. Passamos a conhecer a história daquele local que estava praticamente abandonado. Era um local onde ninguém queria estar, e conseguimos mudar isso”, comenta Valentim.

Programação

Na noite de hoje, a partir das 21h, o duelo será entre oito MCs que foram, previamente, sorteados. Para animar ainda mais a noite, haverá dois shows e o público também poderá ver e participar das tradicionais rodas-de-dança.

Por Marcelo Fraga e Rute de Santa

Foto: Família de Rua / Divulgação

A Biblioteca Pública Luiz de Bessa apresenta a exposição “Atrás das páginas”, o evento é organizado em parceria com a Editora Miguilim, em comemoração aos 30 anos da editora. A exposição apresenta os avanços da escrita ao longo da história da humanidade. A responsável pelo evento Pâmela Miranda fala da importância do que é exposto “É muito importante, por quê você vê como o homem foi evoluindo, buscando o melhor meio de se comunicar e percebe que hoje a produção é muito menor em tempo, mas em resultados é muito grande. Pensamos que podemos chegar a um lugar muito bom”, comenta.

 

 

O que tem chamado muito a atenção neste evento é a possibilidade do contato com a escrita manul. “Hoje em dia as pessoas ficam muito bitoladas ao digital e ter em mãos a tinta e a canetinha faz toda a diferença o contato real que você tem com o trabalho”, relata Pâmela.

O evento mostra a forma como as publicações são produzidas, passando pelo processo de cores e do trabalho com textura e resinas. A exposição “Atrás das páginas” vai até o dia 29 deste mês, no prédio da Galeria de Arte Paulo Campos.

Por: Paloma Sena e Hemerson Morais.

Fotos: Hemerson Morais

O fim de semana promete ser de muito rock na capital. No sábado(12) e no domingo (13) acontece a terceira edição do “Som na sucata”, evento que traz para o Circuito Cultural Praça da Liberdade, apresentações de bandas independentes de forma gratuita.

Contando com a presença de algumas veteranas como Bertola e Os Noctívagos, !Slama, [Paz-me], Pelos e Hotel Catete, o palco do Ed. Rainha da Sucata ainda receberá pela primeira vez as bandas Grafômanos, Zanzara, Rock D’la Rua, Aldan e Nobat.

Fachada do Edificio Rainha da Sucata

O projeto

O projeto “Som na Sucata”, idealizado pelo vocalista da banda Bertola e os Noctívagos, Flávio Bertola, ,tem o intuito de trazer ao publico belorizontino musica, lazer e cultura, aproveitando espaços que vinham sendo pouco utilizados.

Programação

SÁBADO, 11 DE AGOSTO

Pelos www.pelos.art.br

Bertola www.bandabertola.com.br

Grafômanos www.grafomanos.bandcamp.com

Zanzara

[Paz-me] www.pazme.com.br

DOMINGO, 12 DE AGOSTO

Rock D’la Rua https://www.myspace.com/rockdlarua

Aldan www.aldan.tnb.art.br

Hotel Catete https://hotelcatete.tnb.art.br/

Nobat https://nobat.tnb.art.br/

!Slama https://www.reverbnation.com/slamarockers

Teatro de Arena do Circuito Cultural Praça da Liberdade

Edifício Rainha da Sucata

Praça da Liberdade – BH/MG

11 e 12/08/2012 a partir das 14hs

Entrada Franca

 

por Heberth Zschaber

fotos: Heberth Zschaber