Entretenimento

Muita música, arte, cultura e gastronomia invadem o Circuito Cultural da Praça da Liberdade neste fim de semana, com o “Rock no Circuito”. Evento que promete discutir e difundir a música boa com quem entende e faz um som de qualidade.

Os museus e as bibliotecas que circundam a Praça vão receber nestes dois dias de evento muito Rock. O Circuito começa neste sábado, às 10h, conta com workshops, palestras, debates, oficinas e é claro, shows no melhor estilo musical. Os objetivos dos idealizadores é expandir o universo do rock na capital mineira para além das casas noturnas.

Na progrmação de sábado destacamos o workshop “Faça como Lenin: aprenda a fazer um Theremin” com Carou Araújo, no Memorial Minas Gerais Vale, às 10h, e o Debate “Café Controverso: Como fazer, produzir e viver de Rock em BH”, no Espaço do Conhecimento UFMG, a partir das 11h, com Thiakov e Marcelo Dolabela. Show com a banda Fusile, a partir das 20h30, na Biblioteca Luiz de Bessa.

Durante todo o domingo,  a Alameda recebe uma mostra com instrumentos musicais, discos, camisetas e livros todos inspirados no estilo musical. O evento também oferecerá opções de bar e alimentação oferecendo opções dos cardápios das casas que compõem o Circuito do Rock.

Texto: João Alves
Foto: Divulgação

Começou nesta terça-feira, a segunda edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), no Espaço Oi Futuro em Belo Horizonte. Com a curadoria dos artistas plásticos Paula Perissinotto e Ricardo Barreto, o FILE que comemora 15 anos este ano, trás ao público a oportunidade de interagir com a exposição. Entre as obras expostas encontram-se duas inéditas, a da mineira Thembi Rosa e da polonesa Karina Smigla-Bobinski.

A bailarina mineira, Thembi Rosa em conjunto com os artistas Lucas Sander e Paula Santos, realiza a apresentação da vídeo instalação “Escada Adentro”, o vídeo foi criado durante um trabalho da bailarina no Palácio das Artes, em 2012. “Eu estava expondo o projeto Parâmetros e Movimento, e minha exposição ocupava toda a galeria Mari’Stella Tristão com várias obras interativas, ai no cantinho tinha essa escada de emergência que me deu a ideia de reproduzir um vídeo ali. Desenvolvi essa ideia e chamei o Lucas Sander para colocar ela em prática. Gastamos quase uma semana na galeria testando vídeo com projetor, o melhor ângulo e enquadramento, filmávamos e projetávamos tudo, tentando ver que tipo de movimentação se adequaria melhor na escada”, explicou a bailarina.

De São Paulo a exposição tem os pesquisadores Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti que atuam em parceria no desenvolvimento de estratégias de experimentação e implementação de interfaces áudio-tátil-visuais. Já entre os convidados internacionais destacamos os artistas Candas Sisman, da Turquia e Karina Smigla-Bobinski, da Polônia.

Em um bate papo com o Jornal, a polonesa Karina explicou que quando se trata de artes não é possível definir uma data exata em que o projeto começou a ser formado. O SIMULACRA, projeto que está em exposição foi assim, destaca a artista. “Ele trás a observação que venho fazendo há tempos sobre a relação das pessoas com o mundo digital”. A aparelhagem exposta na galeria começou a ser montada somente há dois meses, para ela foi a forma que encontrou para expor sua observação para as outras pessoas.

Texto: Juliana Costa
Foto: Divulgação

Livros, fotografias e pôsteres narram a história do rock no Brasil e no mundo. O acervo da Biblioteca Pública Estadual Luiz Bessa vira tema da exposição “Rock na Biblioteca”, inaugurada nesta quarta-feira, 23, com curadoria do jornalista João Santos. O curador teve a contribuição do músico e pesquisador Marcelo Dolabela, que cedeu algumas peças de seu acervo.

A exposição reconstrói a memória do rock, trazendo para o salão diversos elementos que marcaram a cena dos fãs do estilo. O acervo exposto reúne fanzines, biografias de grandes bandas e músicos, pôsteres e livros que influenciaram o gênero – como obras dos beatniks Ginsberg e Kerouac. Os vinis – e suas capas – também ganham espaço e vão de álbuns raros aos consagrados clássicos, junto com as antigas fitas que rememoravam os mixtapes caseiros também estavam presentes.

A memória do rock em Minas Gerais ganha ênfase na mostra. Dolabela, um dos entusiastas e colaboradores do projeto, já decretou sobre a expressão do rock mineiro: “o belo horizontino é mais cuidadoso no fazer musical”.

João Santos chama atenção para o cartaz do que pode ser um dos primeiros shows do grupo mineiro de metal, Sepultura. O Sepultura é o primeiro grupo de metal mineiro com repercussão internacional constante. Na época deles, havia outros – vários que os influenciaram, inclusive se encontravam na loja da Cogumelo, na avenida Augusto de Lima. “O cartaz é feito à caneta, é um achado, deve ser de um dos primeiros shows do Sepultura, que se tornou uma banda de reconhecimento internacional”, explica o jornalista.

Com ligação com a cena cultural, Santos está entusiasmado com a realização. Perguntado se há a pretensão de exportar o formato para outras cidades, ele brinca: “o Rock no Circuito tem um formato novo, ainda não pensamos sobre isso, ainda estamos respirando o ar da juventude, tão necessários para o rock”.

A parede da biblioteca, cheia de cartazes de festivais dos primórdios do rock n’roll, já chamava a atenção dos passantes, mesmo antes da estréia. Muitos se aproximavam e puxavam na memória de onde conheciam aquela banda que estava em cartaz na década de 70. Alguns deixavam escapar um pequeno grito, talvez a reprodução de um êxtase nostálgico, em seguida se aproximavam do curador cumprimenta-lo pelo trabalho.

A exposição Rock na Biblioteca permanecerá do dia 23 de março à 4 de maio na Galeria Paulo Campos Guimarães – Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. O horário de visitação é de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h e nos sábados de 8h às 12h.

Texto por Alex Bessas e Gabriel Amorim

Fotos por Juliana Costa

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) traz para Belo Horizonte entre 30 de abril a 5 de maio o Fórum Shakespeare. Em comemoração dos 450 anos de nascimento do poeta e dramaturgo William Shakespeare, o Centro Cultural está preparando uma programação gratuita que reúne oficinas, debates, palestras e exposições abertas para o público e voltados para atores, diretores e professores.

Grandes nomes da academia nacional e internacional marcam presença no Fórum, para repensar o dramaturgo sobre a ótica da realidade brasileira e analisando o por que que a obra de Shakespeare ainda é tão atual. Atores e diretores da Royal Shakespeare Company (RSC), uma das mais influentes companhias teatrais do mundo, e professores da Queen Mary University of London (QMUL), considerada em 2013 a mais importante universidade britânica em Artes Dramáticas, irão participar das palestras, oficinas e masterclass. Na programação, a fotógrafa Ellie Kurttz apresenta uma exposição com montagens de Shakespeare nos palcos das maiores companhias teatrais do Reino Unido.

A atriz, diretora e escritora do The Instant Café Theatre Company (Malásia),  Jo Kukathas, traz a oficina “Shakespeare, xamã e mágico”, que irá explorar o mundo revirado dos loucos e sábios de Shakespeare, dos tolos que falam a verdade desafiando o poder e, dos homens e mulheres que vivem à beira da loucura. Já a professora e mestre em encenação de Shakespeare do Royal Shakespeare Company (Reino Unido), Helen Leblique, traz a oficina “Shakespeare, Shakespeare, o mundo é um palco” que busca revelar as dicas de perfomaces que dramaturgo dá aos atores em seus textos. Através de exercícios simples, porém extremamente eficazes, os participantes poderão experimentar as palavras do autor de maneira visceral, descobrindo como se conectar a intimamente com os pensamentos e sentimentos dos personagens que interpreta.

Mais informações: https://culturabancodobrasil.com.br/portal/belo-horizonte/

Por: Lívia Tostes

Foto: Divulgação

Pensando em economia criativa, o Circuito Cultural da Praça da Liberdade abre as portas para um novo empreendimento. Ocupando uma antiga residência na Rua Santa Rita Durão, a Casa de Economia Criativa chega aos mineiros com o objetivo de dividir experiências e compartilhar ideias. Localizada na antiga “Casa a Amarela”, de 1910, a Casa proporciona um ambiente acolhedor, que faz com que o público interaja e busque informações sobre empreendedorismo e economia criativa, um assunto pouco explorado no Brasil.

De acordo com a coordenadora do núcleo de economia criativa do SEBRAE e gestora da Casa, Regina Faria, a Economia Criativa é um novo conceito que vem sendo discutido por urbanistas, economistas, publicitários, jornalistas, fotógrafos e grupos de teatro e dança que estão dentro das artes cênicas e que possuem a criatividade como o principal negócio.

Para a gestora, a localização da Casa dentro do Circuito Cultural vem dizer para a sociedade e para todo o complexo que circunda a praça que a Cultura é um negócio.

A Casa oferece ao público, cursos de financias, de plano de negócios e de controles financeiros. O objetivo é divulgar e disseminar o conceito de economia criativa, destaca a gestora. “Acreditamos que isso precisa estar dentro da mente das pessoas. Quando você fala indústria, você sabe o que vem a sua cabeça – quando você fala economia criativa, as pessoas pensam: Mas o que, que será isso?”.

“Aos poucos as pessoas vão entendendo isso, sabemos disso! É uma questão de tempo”, afirma Regina. A Casa de Economia Criativa trabalha também com a melhoria da gestão de novos empreendedores, realizando palestras, cursos e encontros onde o público pode debater sobre o mercado de todos os setores.

Foto e texto por: Juliana Costa

O Brasil imprime diferentes culturas e mesmo com tanta diversidade, uma pesquisa constatou que 85% dos brasileiros não frequentam programas culturais durante a semana, especialmente em feriados prolongados.

A pesquisa realizada pelo o Sesc em parceria com a Fundação Perseu Abramo em 25 Estados brasileiros, entre os meses de agosto e setembro de 2013, com 2.400 entrevistados, verificou que 51% dos entrevistados não fazem nenhuma atividade cultural aos fins de semana, sendo que 71% nunca foram as exposições de pintura, escultura ou outras artes.

Em Belo horizonte, matéria do CONTRAMÃO constatou que o público desconhece o Circuito Cultural Praça da Liberdade, que possui 11 espaços culturais com diversas programações gratuitas.

Durante o recesso da Semana Santa e o feriado de Tiradentes, os mineiros poderão desfrutar de varias opções culturais.

Exposições:

Minas território da Arte

Palácio das Artes
Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard – Entrada Franca
 

Dandara

Palácio das Artes
Espaço Mari’Stella Tristão – Entrada Franca
 

Um Olhar sobre o Brasil

Centro Cultural Banco do Brasil
3º andar – Entrada Franca
 
Amostra de Cinema:
Ingmar Bergman – Instante e Eternidade
Palácio das Artes
Cine Humberto Mauro – Entrada Franca 
 
Teatro:
Contrações
Centro Cultural Banco do Brasil
  R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada). 
Horários: sextas, às 20h; sábados e domingos, às 19h (excepcionalmente no dia 18/04 não haverá apresentação. Sendo assim, o grupo fará duas apresentações no dia 20/04, às 17h e às 19h). Classificação 14 anos.
 
Para mais informações, acesse www.circuitoculturalliberdade.com.br
 
Por: João Alves
Foto: Contramão