Entretenimento

O Festival Varilux de Cinema Francês começa nesta quinta-feira, 10, em BH. O evento está na 5ª edição e cria um circuito entre 45 cidades das regiões sul, sudeste e nordeste do país. Na programação, 15 filmes inéditos que foram lançados nas últimas semanas na França, além do clássico “Os Incompreendidos”, em versão restaurada, que faz uma homenagem aos 30 anos da morte do diretor François Truffaut.

Um dos destaques da programação é o filme “’Yves Saint Laurent’, dirigido por Jalil Lespert, que conta a história do estilista que assume a marca Christian Dior e do encontro dele com o companheiro e sócio Pierre Bergé. O longa ganha sua exibição comercial ainda esta semana.

Outro destaque do festival é a presença do diretor do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, Jean-Pierre Jeunet, que apresenta seu mais novo filme “Uma viagem extraordinária”. Segundo a organização do evento, o longa será projetado em 3D gratuitamente para crianças em sessões educativas, nos dias 11 de abril, às 13h30, no Cine Belas Artes, e 13 de abril, às 15h30, no Cine Art Ponteio e Belas Artes.

“Uma Viagem Extraordinária”, de Jean-Pierre Jeunet

A expectativa de público para este ano é de mais de 100.000 pessoas. O diretor do festival, Christian Boudier, diz que o sucesso do Varilux é mais uma prova que o público brasileiro gosta muito e confia no cinema francês: “ao longo dos anos, o Festival Varilux se tornou um dos maiores eventos de cinema a nível nacional”. Para ele, “esse feito só é possível graças ao crescente interesse do público pela cinematografia francesa; nesta edição, não será diferente”.

Para o estudante Luis Gustavo Lima, que participa pela primeira vez do evento, a expectativa é enorme. Segundo ele, o cinema francês vem nos presenteando com grandes produções nos últimos anos: “o fato de termos filmes inéditos no festival serve como mais um grande atrativo para o evento e a possibilidade de acesso a filmes que ainda não entraram em cartaz nos grandes centros é um grande presente aos admiradores do cinema francês”. “É uma iniciativa fantástica”, elogia. Luis Gustavo também comenta sobre a agitada programação de cinema de Belo Horizonte. Para ele, “esse modelo de evento que Belo Horizonte vem participando – mostra de filme Alemão, Bergman e Varilux – nos dá a oportunidade para apreciar e conhecer o cinema de todos os cantos do planeta, sem nenhuma restrição”.

Em Belo Horizonte, a extensa programação do Festival Varilux segue entre os dias 10 a 16 de abril,  no Cine Belas Artes e no Cine Art Ponteio Lar Shopping.

Rio e São Paulo

Na edição de 2014, o festival traz a atriz Isabelle Huppert e os diretores Jean-Pierre Jeunet, Jean Marie Larrieu, Arnaud Larieu, Jalil Lespert, MarcFitoussi, Philippe Claudel, Laurent Tuel, Nicole Garcia, que participam dos debates nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

O Varilux traz o renomado diretor Jean-Pierre Jeunet para ministrar um masterclass que será realizado no dia 8 de abril em São Paulo e no dia 10 de abril no Rio de Janeiro. Além do masterclass, a programação oferece diversas oficinas, com destaque para a 3ª oficina Franco-Brasileira de Roteiros Audiovisuais, voltada para o desenvolvimento de roteiros de longa-metragem, direcionado para o público de estudantes e profissionais do cinema.

Maiores informações: https://variluxcinefrances.com/

Por Lívia Tostes

Foto: Divulgação

Baseado no curta de sucesso “Eu não quero voltar sozinho”, o filme “Hoje eu quero voltar sozinho”, do diretor Daniel Ribeiro, ganhou os críticos em Berlim e os prêmios Fipresci pela crítica e o Teddy, destinado a filmes com temáticas LGBT. O primeiro trabalho do diretor, lançado em 2011, conta com mais de três milhões de visualizações na internet e serve de prévia para o longa, que tem sua estreia brasileira no dia 10 de abril. O diretor Daniel Ribeiro conversou com o CONTRAMÃO  sobre a produção do filme e o amadurecimento dos atores.

O curta “Eu quero voltar sozinho” foi gravado em 2010 e desde lá já se passaram três anos. O elenco ficou mais velho assim como a equipe. Como foi o processo de criação e concepção do filme e personagens ao longo desse tempo? Houve um amadurecimento do filme junto com a equipe?

Daniel Ribeiro: Durante estes três anos, cada um acabou seguindo um caminho diferente. Estávamos sempre em contato, já que sempre houve o plano de fazer o longa, mas só em 2012 que conseguimos confirmar as filmagens para o começo de 2013 e, felizmente, todos puderam voltar ao projeto. Durante este período, eu me dediquei a escrever o roteiro e também a captação de recursos pro filme. Felizmente, assim que a pré-produção começou no fim de 2012, toda a química que havia entre o elenco e também entre a equipe, voltou com a maior naturalidade e, melhor ainda, cada um com a bagagem que trouxe das experiências individuais dos últimos anos.

O seu longa conquistou Berlim, tanto que levou o prêmio Fipresci da crítica e escolha do publico. Qual é a maior característica do filme para fisgar o espectador? E como foi participar do festival de Berlim?

DR: Acho que o fato do filme falar de temas universais consegue dialogar mais facilmente com os espectadores. Apesar do filme ser sobre um jovem cego se descobrindo gay, o foco é na descoberta do primeiro amor e na expectativa do primeiro beijo. Esses são assuntos que qualquer pessoa consegue se identificar. Participar de Berlim foi muito surpreendente, principalmente pela reação muito positiva do público além dos prêmios que nos deixaram muito felizes.

Nos seus trabalhos anteriores, como o próprio “Eu não quero voltar sozinho” e o “Café com Leite” você aborda o tema da Homossexualidade, mas de uma forma delicada. A uma preocupação para não trazer o homossexual estereotipado?

DR: Não me preocupava especialmente em fugir do homossexual estereotipado, mas sim do foco nas questões problemáticas que muitas vezes filmes com personagens gays tem. O que eu queria era retratar personagens homossexuais que não veem a descoberta da sua sexualidade como um problema. Me preocupo em focar no que há de parecido e universal em personagens. No caso do Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, é um personagem cego e gay, mas cujos dilemas não giram especialmente em torno dessas características, mas sim, do que há de igual entre ele e os que são diferente dele.

Em entrevistas recentes os diretores  José Padilha (Tropa de Elite) e o Hilton Lacerda (Tatuagem) disseram que “fazer cinema no Brasil é difícil”. Você compartilha dessa opinião? Houve alguma dificuldade durante a produção do filme?

DR: Fazer cinema é difícil no mundo inteiro. Fazer cinema é caro e envolve investimentos muito grandes. Felizmente, hoje, no Brasil, existe uma quantidade boa de recursos públicos sendo investidos em produções cinematográficas. Isso não deixa o processo fácil mas, pelo menos, é possível.

O longa tem estreia marcada para o dia 10 de Abril aqui no Brasil. Qual e a sua expectativa para o lançamento?  

DR: Espero que o filme consiga chegar no maior número de salas possíveis e que consiga se comunicar com os espectadores!

Veja as fotos exclusivas em nossa fanpage:

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Por: João Alves

Foto: Divulgação

Em comemoração aos 50 anos da dentuça mais famosa do Brasil, Belo Horizonte recebe, a partir de hoje, a exposição “Mônica Parede”. Os amantes das histórias em quadrinhos criadas por Maurício de Sousa poderão ver as esculturas da gordinha, baixinha e dentuça, na Praça da Savassi, região centro sul da capital, até o próximo dia 24 de abril.

Ao todo, 20 esculturas de em média 1,70 metros, produzidas em fibra de vidro, coloridas e customizadas por diversos artistas plásticos, entre eles os mineiros Aramgoní, Hiro Kawahara e Ronaldo Barata, estão espalhadas pela praça.

O projeto é uma parceria entre a Editora Panini com a Maurício de Sousa Produções. A exposição começou em São Paulo, no segundo semestre de 2013, e a cidade contava com mais de 50 Mônicas espalhadas em 35 bairros da capital paulista.

Durante a tarde desta segunda-feira, 24, as pessoas que passeavam pela praça da Savassi tiveram surpresa ao encontrar as esculturas no local. O artesão Agildo da Silva Farias acredita que, hoje em dia, as pessoas deixaram um pouco de lado os sonhos e a exposição traz isso de volta. Já o telefonista, Luiz Araripe, por ser fã da Turma da Mônica desde criança, esperava que tivessem mais Mônicas espalhadas pela cidade e que elas fossem maiores.

Acompanhadas junto à adultos, as crianças demonstraram encanto ao observar as obras. Sara Vitória, 14, se mostrou muito empolgada com a exposição e afirmou que os gibis ajudaram ela a desenvolver a leitura, quando mais nova, de forma mais divertida.

Sucesso

Com a repercussão da exposição, das 50 esculturas, 30 foram leiloadas, com o valor inicial de R$ 3500. O leilão realizado em 2013 arrecadou cerca de R$ 460 mil. O dinheiro foi destinado à Unicef – órgão da ONU que presta serviços sociais a crianças e adolescente.

Veja nossa galeria de fotos em nossa pagina do facebook.

Por: Luna Pontone

Foto :Juliana Costa

A partir desta quinta-feira, 13, os amantes de cinema poderão sentir o gostinho de começar o final de semana um pouco mais cedo – com estreias. Há duas semanas, a FENEEC (Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas) anunciou a mudança do dia dos lançamentos de sexta, para quinta-feira, com o objetivo de diminuir as filas nos cinemas no fim da semana e atrair mais o público em um dia em que os filmes são menos procurados.

Segundo o presidente do sindicato dos exibidores, Ricardo Difini Leite, o preço pode variar de cinema para cinema, mas Leite garante que, durante a semana, os preços continuaram mais acessíveis do que aos finais de semana, que podem chegar a até R$ 40 reais nos finais de semana. O presidente também afirma que não há uma obrigatoriedade na mudança de preços e que cada cinema define o seu, mas que não é uma intensão do mercado aumentar o valor da quinta. Ele acredita que se aumentar, o dia vai perder o atrativo tão desejado: a estreia.

O gerente operacional do Cine Belas Artes, de Belo Horizonte, Jorge Vale, ainda não sabe se haverá a mudança no valor das sessões das quintas-feiras. “Essa mudança me pegou de surpresa, não sabia. Como fazemos parte do circuito de São Paulo, fui verificar a programação e notei que tinha algo errado. Procurei saber o que tinha acontecido e fui informado sobre a mudança, não só nos circuitos, mas em todos os cinemas do país”. Segundo ele, o pessoal espera ganhar mais um dia de final de semana, mas acha que inicialmente não vai ter muita mudança.

Veja alguns dos filmes que têm estreia confirmada para esta quinta-feira:

Need for Speed – O Filme (3D)

Shopping Cidade
Horário: 15:50, 18:25 e 21:10.
Informações: (31) 3279-1200.

Pátio Savassi
Horário: 16h10, 19h00 e 22h00.
Informações: (31) 3288-3205

Alemão

 Shopping Cidade
Horário: 16:20, 18:30 e 20:50.
Informações: (31) 3279-1200.

 Pátio Savassi
Horário: 18h10, 20h40 e 23h10
Informações: (31) 3288-3205

Em cartaz no Belas Artes:

Ninfomaníaca: 16h30, 19h, 19h30 e 21h30.

Philomena: 14h, 18h e 21h40.
Informações: (31) 3252-7232

Por Luna Pontone
Foto: João Alves e Divulgação

A partir desta terça-feira, 11, o Sesc Palladium oferece uma nova programação para o projeto “Cinema em Transe” que tem como objetivo exibir longas que dialogam com a linguagem cinematográfica e com a originalidade brasileira.

Ao final de cada seção, toda a plateia é convidada para um debate com o diretor da longa a respeito do tema e da estética adotada pela a obra, além de discutir as dificuldades de se fazer filmes no Brasil.

O primeiro longa a ser exibido no projeto é o premiadíssimo “Tatuagem” do diretor Hilton Lacarda, que ganhou os prêmios de Melhor filme no Festival de Rio e de Gramado, o Kikito. A seção esta marcada para iniciar às 20h e a retirada dos ingressos começara 2h antes da seção.

Dia 11/03 
Seção: 20h

Tatuagem (2013)
110min – Cor – Classificação 16 anos

Brasil, 1978. A ditadura militar, ainda atuante, mostra sinais de esgotamento. Em um teatro/cabaré, localizado na periferia, um grupo de artistas provoca o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos e interferências públicas. Liderado por Clécio, a trupe conhecida como Chão de Estrelas ensaiam resistência política a partir do deboche e da anarquia. A vida de Clécio muda ao conhecer Fininha, apelido do soldado Arlindo Araújo. É esse encontro que estabelece a transformação de nosso filme para os dois universos. A aproximação cria uma marca que nos lança no futuro, como tatuagem: signo que carregamos junto com nossa história.

Dia 18/03 

Doce Amianto (2013)
70min – Cor – Classificação 16 anos

Amianto vive isolada num mundo de fantasia habitado por seus delírios de incontida esperança, onde sua ingenuidade e sua melancolia convivem de mãos dadas. Após sentir-se abandonada por seu amor (O Rapaz), Amianto encontra abrigo na presença de sua amiga morta, Blanche, que a protegerá contra suas dores. Seu universo interior choca-se com a realidade de um mundo que não a aceita, um mundo ao qual ela não pertence e invariavelmente ela torna a debruçar-se sobre seus delírios jocosos, misturando realidade e fantasia. Com a ajuda de sua Fada Madrinha, Amianto recolhe forças para continuar existindo na esperança de ser feliz algum dia. 

Dia 25/03

 Avanti Popolo (2012)
72min – Cor –  Classificação 14 anos.

Por meio do resgate de imagens Super-8mm captadas pelo seu irmão nos anos 70, André tenta reavivar a memória do seu pai que há 30 anos espera seu filho desaparecido.

Foto: Divulgação

Texto: João Alves

No último final de semana ocorreu o 3ª Festival do Japão em Minas, no Expominas. Em relação ao festival de 2013, o número de convidados foi reduzido. As apresentações que ocorriam no palco não atraíram tanto a atenção do publico, deixando lugares vazios na plateia. Já com a participação dos grupos de dança e música do taiko (tambor japonês), o Raiki Daiko da Associação Mineira da Cultura Nipônica em Minas, e do grupo de dança de São Paulo, Minbu Sara  Odori agradaram o publico lotando a plateia.

Os dois primeiros dias, sexta-feira, 07, e sábado, 08, o evento contou com um número moderado de visitantes, sem filas longas. Já no domingo, 09, último dia do festival, as bilheterias do evento se encontravam com mais de 70 pessoas em cada fila, a situação não era muito diferente dentro dos eventos, estandes lotados e corredores cheios.

Os cosplayers deixaram para marcar uma presença mais intensa no último dia do festival. Via-se desde Power Rangers a inúmeras Lolitas, que também estiveram presentes no sábado. As estudantes, Paula Rayssa, Luzia Lima e Micaela Amaral torcem para que o evento se repita no ano que vem: – “Esse festival foi ótimo, tomara que tenha ano que vem novamente. Em comparação a outro evento de anime que tem na cidade o festival do Japão é melhor, só falta uma sala de J-pop e uma de k-pop, apesar de ser da Coreia”, expressou Micaela Amaral. A festa de encerramento ficou por conta da banda de J-Rock de BH, a Madara Bankai.

Campeão de Cosplay de Minas Gerais

O festival contou com a participação de muitos cosplayers em seu ultimo dia de evento, inclusive o campeão de Cosplay em Belo Horizonte, Julius Kaesar Silva, 21, o Artista Plástico conta que o evento foi excelente “tanto no quesito cosplay quanto no evento em si, não foi desorganizado, porém demorou um pouco a mais para que houvesse essa organização para cosplayers”. Ele anda acrescenta que o preço de entrada é acessível porém os artigos vendidos nos estandes do evento possuem um preço muito elevado.

Por: Juliana Costa
Foto do grupo Raiki Daiko por Juliana Costa