Entrevista

A escola Jardim Azul do Imaculada recebeu a equipe da BHtrans com a campanha “Criança a bordo. E segurança também”, que aborda a lei sobre a obrigatoriedade do uso da cadeirinha para crianças menores de 4 anos. Os pais dos alunos foram abordados na porta da escola e alertados sobre a importância do uso do equipamento de segurança. Os motoristas recebem folhetos que explicam a importância do uso da cadeirinha, dicas de segurança e informações importantes como:

“Quando freamos bruscamente, o corpo continua na velocidade do carro. Bater contra uma árvore a 40Km/h tem praticamente o mesmo impacto de cair do 4º andar de um prédio. “

“Por ser mais frágil, a criança sofre as conseqüências de um acidente com mais intensidade, por tanto com maior gravidade.”

“O local mais seguro dentro de um veiculo é o centro do banco traseiro.”

imagem-020BHtrans distribuiu informativos com a lei

Segundo a supervisora da Educação na BHtrans, Rejane Calazans, os pais estão sendo receptivos a nova lei e reconhecem a importância do uso do cadeira. “Logo que a minha filha nasceu eu comprei a cadeirinha e acho super importante essa iniciativa da BHtrans, pois passa mais segurança para os pais.” Conta Valeria Byrro.

imagem-0142Animadores alertavam as crianças e distribuíam balões

João Marcelo Siqueira e Raphael Jota
Imagens e fotos: João Marcelo Siqueira
Edição: Marcus Ramos
Locução: Raphael Jota

Com o objetivo de divulgar a música e o canto coral, dando oportunidades aos grupos com a divulgação de suas atividades, o BDMG Cultural traz à Praça da Liberdade a apresentação dos corais Cantores da Ramacrisna, Eu canto – TV Globo Minas, Luís de Camões e BDMG.

A promoção é importante para o incentivo de grupos infantis e de formação recente, apoiando aqueles que vêm desenvolvendo trabalhos interessantes de canto polifônico.

Os corais se apresentam hoje, a partir de 19h30, pelo projeto Quatro Cantos – Coral na Praça.

Local: Coreto da Praça da Liberdade
Praça da Liberdade, s/nº – Funcionários
Promoção: BDMG Cultural
Tel. 31- 3219-8382 – Fax. 31- 3219-8519
E-mail: [email protected]
Site: www.bdmgcultural.mg.gov.br/coralbdmg

Por Débora Gomes

O trânsito ficou complicado esta tarde para quem trafegava na Av. Gonçalves Dias sentido Praça da Liberdade devido a uma manifestação que acontecia no local. Duas famílias que foram desapropriadas de suas posses há 69 anos reivindicavam indenização por essa desapropriação. Filhos, netos, bisnetos, sobrinhos, amigos e conhecidos das famílias Abreu e Hilário, gritavam “queremos justiça”, e “cadê nosso dinheiro?” em frente ao prédio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

“Esse movimento é dos descendentes das duas famílias fundadoras da região que hoje é o Parque Industrial em Contagem- RMBH. Eles foram desapropriados de suas terras, por volta de 1943 pelo governo da época. Já aconteceram diversas audiências com o governo, mas eles enrolam e não resolvem nada, por isso estamos aqui para reivindicar que o processo seja resolvido”, conta Carlos Ferreira da Costa, professor e amigo da família Hilário. Ainda de acordo com Costa, já foi ganho na justiça a indenização, em ultima instância, mas o pagamento ainda não aconteceu.

Um dos manifestantes era Senhor Leontino Luiz Hilário que, mesmo sendo cego, veio acompanhar a luta da família por justiça. Ele é bisneto de Luiz Hilário que por sua vez era dono da fazenda Peroba, na região do Industrial em Contagem. Ele conta que o governo desapropriou as famílias principalmente para instalar as fabricas na região e com a desapropriação sua família ficou desabrigada e muitos foram morar em favelas, “o governo tem dinheiro aos montes pra todas essas falcatruas que a gente vê aí, mas não têm para pagar os pobres, que estão precisando, como eu. Meus filhos sempre me perguntam: e ai pai? O dinheiro da indenização sai ou não sai?”, desabafa emocionado.

No vídeo entrevista com Leontino Hilário contando toda a história.


A Bhtrans e Polícia Militar estiveram no local para acompanhar a manifestação que aconteceu de forma pacifica.

Click na foto e acesse a galeria: antiga fazenda e manifestação

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Por: Danielle Pinheiro

O Contramão foi as ruas verificar se a população sabe que feriado é comemorado amanhã pelos Cristãos da igreja católica.

A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Santa Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado.

É de costume enfeitar as ruas a procissão. Mas este ano a Basílica de Lourdes, fará apenas a celebração interna. Esta festividade de longa data é uma tradição no Brasil, principalmente nas cidades históricas Mineiras, onde se revestem de práticas antigas, as ruas são decoradas de acordo com os costumes locais.

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Basílica de Nossa Senhora de Lourdes

Este ano a missa de Corpus Christi acontecerá em cada Paróquia das arquidioceses Mineiras, diferentemente dos outros anos. Na Basílica de Lourdes, que se localiza na rua da Bahia, 1596, bairro de Lourdes, acontecerá celebração interna e não haverá procissão.

Por Ana Paula Sandim e Marcus Ramos

Jornalista e político Sebastião Nery, laçou a 2ª edição do livro: ‘A Nuvem, o Que Ficou do Que Passou’ – 50 anos de história vivenciados pelo autor. Em entrevista para o  Contramão o Jornalista conta como foi o processo de criação do livro,  fala sobre as novas tecnologias e a censura nos tempos da Ditadura.


Jornal Contramão – Como foi o processo de construção do livro “A NUVEM”?

Sebastião Nery – Foi um processo que se complicou, exatamente pela história do livro. A documentação que eu tinha, ficou muita parte pra trás, em 1954 fui candidato a vereador aqui em Belo Horizonte e fui preso, entraram na minha casa e levaram meus documentos. Vou para Bahia, e vem o golpe de 61, a renúncia do Jânio, fui preso de novo, entraram na minha casa, carregaram todos os meus papéis. Chega o golpe de 64, aí devastou: pararam um caminhão e carregaram todo o meu apartamento, até o papel higiênico, sabonete phebo, tudo. Tinha um Guingnard, com uma dedicatória para mim, tinha um Vicente de Abreu, presentes de meus amigos, pinturas, carregaram tudo. Quando eu fui escrever o livro é que eu percebi que havia perdido uma documentação grande. Foi quando eu u tentei recuperar.

Passei algumas tardes aqui na biblioteca na Praça da Liberdade, pegando a documentação do tempo que eu morei aqui em Minas. Mas o problema é que eu morei na Bahia, e que morei em São Paulo, morei no Rio, e também que morei em Portugal, na Espanha, em Paris, na Itália, em Moscou (…) E como a vida era muito ampla e a documentação que eu tinha era pequena, fui e recuperando aos poucos, e quando consegui e trabalhei nisso em seis meses. Sentei e escrevi o livro assim em seis meses. Consegui uma boa documentação. Outra coisa é o tempo. Muitos amigos mortos, muitas testemunhas mortas e então eu procurava pessoas que não encontrava mais. Mas o livro pegou. E eu acho que eu consegui documentar e contar a história de 1950 até 2000 numa grande documentação histórica e fatos concretos.

Jornal Contramão – Como você avalia o jornalismo de hoje com o jornalismo de antes, quando começou a exercer a profissão?

Sebastião Nery – O jornalismo muda como o país mudou. Antes nós tínhamos um país que era antes de Juscelino um país rural e comercial. E então a imprensa era uma imprensa partidária, cada partido tinha seu jornal. Depois você tem uma imprensa empresa: os jornais pertencem a grupos econômicos que em geral quase todos pertencem aos selos bancos. A imprensa não é mais aquela imprensa: nem a imprensa partidária de antes nem também uma imprensa ideológica. Hoje é uma imprensa financeira. É uma imprensa que defende os projetos econômicos dos grupos que a sustentam. Então você não pode ter mais Carlos Lacerda. Por que você não tem Carlos Lacerda? Porque Carlos Lacerda tinha projeto política da UDN. Hoje não há nenhum jornal que tenha um projeto político. O projeto político do jornal ou é o projeto do atual governo ou contra este governo. Foi isso que mudou. A imprensa deixou de ser imprensa pra ser empresa.

Tem umas vantagens que tecnologicamente ela melhorou, ela tem mais condições, chega mais ao povo, mas por outro lado, ela não é opinativa. Ela é muito menos opinativa do que já foi. E isso faz com que ela comece a perder a briga com a internet, porque a internet é para dar notícia seca, a internet é para dar a notícia com, como ela diz, em tempo real, mas o jornal tem que discutir o jornal que tem que dar opinião, tem que debater. Se o jornal quiser pensar e fazer no dia seguinte o que a internet fez na véspera morrem todos. Então os jornais têm que opinar, discutir o país, participar. Senão, agrava-se o que já está acontecendo. É que você chega em casa a noite, você entra na internet e lê a primeira página do Globo, e lê a primeira página do Estado de Minas, e lê a primeira página do Correio Brasiliense e você fica sabendo a noticia. Quando chega no outro dia o jornal está dizendo a mesma coisa aí não adianta comprar o jornal. Por isso que eles, a Folha vendia um milhão de exemplares e também o Jornal do Brasil e também o Globo e o Dia, vendiam um milhão de exemplares no Rio de Janeiro no fim de semana. Hoje nenhum deles vende mais que 300 mil no fim de semana, de sábado pra domingo. Por quê? Porque as pessoas já viram no jornal na internet as notícias. Então é preciso que o jornal seja um instrumento de debate, de opinião, senão vai apanhar muito da internet. E a juventude que maneja a internet vai a cada dia lendo menos jornal. Porque ela acha “Pô já tenho aqui na internet pra que eu vou comprar o jornal na banca ou assinar o jornal ou ler o jornal?”

Jornal Contramão – A censura que existia naquele tempo, ainda existe?

Sebastião Nery – A censura da ditadura era muito bruta porque censurava às vezes a própria noticia. Mas hoje não há uma censura nos jornais. Os jornais se alinharam demais. Ou o governo ou a oposição. Então o que eu acho hoje é que os jornais estão excessivamente dependentes do grupo financeiro ao qual eles pertencem. Então no Rio de Janeiro hoje nós temos uma coisa grave, aquilo que o ex-prefeito César Maia chama de o pensamento único do Rio de Janeiro. Você tem no Rio de Janeiro a TV Globo, e você têm a rádio Globo e depois você tem O Globo e depois você tem o Extra depois você tem o Super… Então, a Globo tem seis, sete canais de comunicação e todos são dela. E não teve ninguém pra contestar que o Dia morreu, ta com 50 mil exemplares, quando já teve um milhão e o Jornal do Brasil morreu, ta na UTI. Então você tem uma cidade como o Rio de Janeiro que é capital, cultural, num sei o quê, a capital política do país hoje é totalmente dependente do pensamento Globo. Quando o Roberto Marinho estava vivo, eu, por exemplo, que trabalhei na TV Globo seis anos, sete anos, eu sabia o que o Roberto Marinho pensava. Mas eu não sei se os filhos do Roberto Marinho pensam alguma coisa, não sei o que pensam, e eles têm o comando das empresas dele e tal. Isso é muito ruim. Porque a cidade, o país, fica dependente de um grupo empresarial que é excessivamente monopolista. Aí falam: “ah porque o Chavez” o Chavez é uma menina de primeira comunhão diante da TV Globo. O controle da televisão que a Globo faz, bem, num é controle, a supremacia, o domínio, ver o império que é a Globo é muito maior do que a televisão do Chavez lá na Venezuela. Isso é claro que ela não impede os outros jornais, mas ela é tão poderosa que acaba dominando e isso é ruim pra imprensa. Por isso que tem que discutir… não isso que o governo propôs que eu acho totalmente errado, é preciso analisar o que os jornais tem. Nada disso! O Globo tem que escrever o que quiser. Mas os outros grupos também têm que participar do processo. E ter seus jornais, suas rádios, para daí discutir. Não é porque você chega à França, tem um grande jornal, que é um jornal que apóia o governo, mas tem mais oito jornais. Aí você faz a discussão, o que não pode é um só.

Jornal Contramão – O que você espera hoje com o relançamento do livro “A Nuvem”?

Sebastião Nery – Eu não tenho nenhum medo da concorrência da internet em cima do livro. Claro que tem uma vantagem; as editoras e os autores vão ter que fazer cada vez mais livros que a juventude leia porque aquela linguagem excessivamente acadêmica, excessivamente técnica, afasta milhões e milhões de leitores que se acostumam a ler na internet mais superficialmente. Então o livro tem que disputar aí. As pessoas têm que perceber o que o livro é além da notícia. Então esse livro que ta aqui conta uma história, tem 50 anos de história, então se você for botar isso na internet tem que botar muito. Mas é preciso que as editoras façam livros assim como esse e é preciso que a internet não se banalize demais para não ficar tão banal e medíocre que prejudique a formação da juventude. Você não pode encher a internet de Big Brother. Uma besteira atrás da outra, não pode isso também, porque isso é um crime cometido contra o futuro do país.

Colunista político histórico da “Tribuna da Imprensa”, republicado em outros 25 jornais do País, Nery é autor do best-seller “Folclore Político”, que marcou a literatura política nos anos 70, “Socialismo com liberdade” (1974), “16 derrotas que abalaram o Brasil” (1974), “Crime e castigo da divida externa” (1985), “A história da vitória: porque Collor ganhou” (1990), “A eleição da reeleição” (1999) e “Grandes pecados da imprensa” (2000). Em 2002, reuniu 1.950 histórias numa edição definitiva do “Folclore Político”.

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Por: Ana Paula Sandim e  Débora Gomes
Foto e vídeo: Ana Paula Sandim

Com o objetivo de levar ao público um jazz com pitadas de música brasileira, de forma clara e respeitando a tradição da música instrumental, o grupo Jazz a Três, na estrada há dois anos, apresenta arranjos próprios e repertório abrangente que inclui nomes consagrados como os de  Miles Davis, Herbie Hancock, Charlie Parker, Tom Jobim e Milton Nascimento. Estes dois últimos representando, com classe, a Bossa Nova e o Clube da Esquina.

Formada por Ivan Resende nas guitarras, Anderson Araújo no baixo e Felipe Amorim na bateria, o trio aborda diversas vertentes jazzísticas (swing, bebop, cool jazz, fusion), sem deixar de lado a música brasileira.

O Contramão deixa a dica para sua noite de sexta: no Café Travessa, Rua Pernambuco, 1286, o evento Travessa Jazz Nights recebe o Jazz a Três, a partir das 20h30.

jazzatres_myspace1Foto|Gabi Melo

Conheça mais o trio nas palavras do guitarrista Ivan Resende

Jornal Contramão – Como o trio surgiu?

Ivan Resende – O Jazz a Três surgiu em 2008 já com o intuito de ter no repertório Standards do jazz e também da música brasileira. Eu, Ivan Resende, já havia tocado com o baterista Felipe Amorim em uma banda de blues anteriormente. Alguns anos depois resolvemos tocar junto novamente e o Anderson Araújo foi convidado pelo próprio baterista, afinal eles também já haviam participado de outros projetos juntos. O trio surgiu pela afinidade musical e também pela amizade já construída de outros tempos.

JC – Quem são os integrantes? De onde são?

IR- Os integrantes são Ivan Resende (guitarra), Anderson Araújo (baixo) e Felipe Amorim (bateria). O Anderson e Felipe são de Juiz de Fora e vieram para Belo Horizonte pelas melhores condições (apesar de ainda ter várias deficiências) musicais do cenário de BH. Eu, Ivan, nasci e fui criado na própria cidade de Belo Horizonte.

JC – Alguma veia musical na família de algum integrante?

IR- Na família dos integrantes profissionalmente não. Existem pessoas que tocam na minha família e gostam muito de música, mas nenhum acabou seguindo como profissão. O interessante e até engraçado é isso, somos “pioneiros” em nossas famílias levando a música a sério e como profissão.


JC – Quando não estão no palco o que fazem?

IR- Cada um tem uma rotina diferente, apesar dos interesses musicais em comum. Eu, Ivan, gosto de carros antigos V8 (Maverick e Dodge) e costumo ir em encontros e arrancadas. O Felipe assiste Fórmula 1, joga vídeo game, entre outras coisas. O Anderson gosta de ler, ver filmes e por aí vai. Eu e o Anderson temos em comum o gosto pela cerveja, rs.

JC- O trio segue algum tipo de influência, além da musica brasileira?

IR- A influência vem de várias formas. Existe a pesquisa individual (por meio de estudos e pesquisa por discos de músicos consagrados), como também tem a influência dos membros do grupo que vão somando entre sí. O Anderson costuma trocar informações sobre harmonia e escalas comigo, já o Felipe costuma sugerir músicas novas para o repertório e por aí vai. O que ocorre é um processo contínuo de busca de aperfeiçoamento e aprendizagem que acaba refletindo também na melhoria e qualidade do som do trio.


Domingo na Praça

jazz1Foto| Ana Sandim

Para os adoradores de Jazz, neste final de semana acontecerá na Praça da Liberdade a primeira edição do BH Jazz Festival, com artistas nacionais e internacionais. Os shows são gratuitos e começam às 16h.

Destaque da programação, o americano Victor Brooks mostra sucessos da soul music e homenageia nomes como Marvin Gaye. Também se apresentam no evento os americanos Julie Mcknight Glen e David Andrews e os brasileiros Túlio Mourão e Léo Gandelman.

Por Ana Sandim e Daniella Lages