gastronomia

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Uma receita deliciosa e prática para você fazer na sua casa.

Professora Rosilene Campolina compartilha a receita da sua avó Geraldina

*Por Daniela Reis

O Jornal Contramão, em parceria com o curso de Gastronomia do Centro Universitário Una, vai trazer para você deliciosas receitas e dicas de culinária que vão deixar sua vida mais gostosa e prática.

Para inaugurar esse projeto, contamos com a participação da professora Rosilene Campolina, que vai contar os segredinhos da saudosa receita do Biscoitão de Polvilho da Vovó. “Essa é uma receita genuinamente familiar, feita por minha avó Geraldina para alegrar os netos”, diz Rosilene.

Tradicionalmente, o biscoitão era assado na folha de bananeira e no forno à lenha, mas pode-se utilizar o forno elétrico ou a gás.

Que tal aproveitar para colocar a mão na massa e fazer aí na sua casa?

Biscoitão de Polvilho da Vovó

Quantidade de Porções: 6 a 8

Tempo de preparo: 35 minutos

Categoria: lanche, quitanda.

Nível de dificuldade: fácil

INGREDIENTES:

– 1 1/2 de polvilho doce ou azedo (medida do copo de requeijão

– 4 ovos

– 1 copo de óleo (180 ml)

– Sal a gosto (cerca de 6g)

*dica da chef: Se quiser pode incrementar a massa com gergelim, parmesão ralado ou ervas!

PASSO A PASSO PARA PREPARAÇÃO:

Bater tudo no liquidificador, colocar em uma forma redonda ou tabuleiro untado com óleo e assar a 180 graus.

Assim que crescer, abaixar a temperatura pra 150 graus e deixar corar.

Deixe esfriar e aprecie com aquele cafezinho.

Gostou da receita? Deixe aqui seu comentário!

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Edição do primeiro semestre de 2019 foi um grande sucesso

Mostra da Una apresenta inovação, sustentabilidade e novos talentos, no dia 28/11

*por Jéssica Oliveira

Conectar os alunos com o mercado e possibilitar um desafio que envolve empreendedorismo, inovação e sustentabilidade. Esses são os objetivos da 8ª edição do GastroUna, que acontece no dia 28/11, na Una João Pinheiro. A apresentação, aberta ao público, vai reunir chefs, entidades do setor (Abrasel, Belotour e Emater), professores e críticos.

A mostra dos alunos de gastronomia propõe o desenvolvimento de um projeto técnico cientifico, que consiste na criação de um negócio, envolvendo desde a escolha do nome, logomarca, plano de negócio, planejamento estratégico, cardápio e execução. Nessa edição, os pratos apresentados devem conter Pancs (plantas alimentícias não convencionais).
Cada grupo também apresentará dois drinks (um alcoólico e outro não) para harmonizar com as refeições. Os projetos devem ser sustentáveis, criativos e trazer valorização da história e da biodiversidade brasileira.

Para a idealizadora do GastroUna, a professora Rosilene Campolina, a mostra é uma oportunidade de se apresentar ao mercado e ser julgado por ele. “Os talentos merecem ser reconhecidos. Esses novos profissionais precisam atravessar as fronteiras da universidade e ganhar o mercado. O GastroUna foi a metodologia que encontrei, para estabelecer essa rede de contatos e para servir de vitrine para os alunos”, diz Rosilene.

A professora ressalta que é importante preparar os alunos de forma prática para a empregabilidade. “Eles saem da faculdade com essa experiência, de vivenciar e montar um empreendimento. Não somente como cozinheiros, mas como gestores do seu próprio negócio. Isso envolve logística, gestão de insumos, de estoque, gestão de pessoas e a forma de administrar uma equipe”, completa.

Para o coordenador do curso de Gastronomia, Edson Puiati, essa prática também é importante para a instituição de ensino. “A matriz do nosso curso é o empreendedorismo e a gestão de negócios gastronômicos. O GastroUna vem coroar isso com muita criatividade, já que os estudantes colocam em prática tudo que aprenderam na sua trajetória acadêmica. Já para a Una, o evento apresenta para o mercado o que desenvolvemos aqui na academia, uma vez que nossos jurados são profissionais renomados. Isso faz com que a gente tenha um retorno do público externo sobre o nosso trabalho”, salienta.

Os três melhores grupos serão premiados com livros, kits de culinária e produtos gourmet, brindes personalizados, jantares e participação em grandes eventos como o Arraial de Belo Horizonte e as feiras Aproxima e Jungle Bier. O GastroUna também promove um intercâmbio entre cursos. Alunos de cinema e comunicação trabalharão em conjunto realizando a cobertura e transmitindo em tempo real as apresentações em telões do hall de entrada do campus, pela internet, nas redes sociais.

A aluna Caroline da Silva participou da última edição do evento com o sanduíche “Matula da Roça”, que trouxe ingredientes tipicamente mineiros como o pão de milho, farofa de torresmo, geleia de pimenta e couve. O prato ficou em 2º lugar no voto popular e ganhou o concurso junino no Arraial de Belo Horizonte 2019. “O projeto nos coloca frente a frente com a realidade de um investimento, além de trazer valorização e reconhecimento pelo nosso esforço”, diz.

Serviço:
Data: 28 de novembro de 2019
Horários: Manhã: de 08h às 11h / Noite: de 19h às 22h
Local: Unidade João Pinheiro II (Avenida João Pinheiro, 580, Lourdes – BH/MG)

*(A estagiária escreveu reportagem sob a supervisão da jornalista Daniela Reis)

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Copa Cozinha é um dos estabelecimentos que participa do processo de revitalização do Mercado Novo por meio da gastronomia. Foto: Super Câmera.

Antes esquecido, o Mercado Novo passa por uma revitalização puxada por um movimento gastronômico e vive um boom de bares e restaurantes

Por Jéssica Oliveira*

A exemplo de cidades como Nova Iorque, que passa por uma constante revitalização de bairros e espaços antes abandonados, a capital mineira vem recuperando e dando vida à ruas e estabelecimentos que caíram no esquecimento do poder público e das pessoas. O bar Zona Last foi o pioneiro ao atrair para a região leste um público diverso e interessado em vivenciar e ocupar outras áreas de Belo Horizonte.

Outro ponto que passou a ser frequentado pelos belo-horizontinos, a rua Sapucaí, no centro da cidade, recentemente, ganhou status de cartão postal, e, para além disso, traz variadas opções de bares e restaurantes que se tornaram referência nos últimos anos. O mesmo ocorre com o Mercado Novo. Até um ano atrás, quem passava pelo lugar se deparava com um prédio largado às traças, com pouca iluminação e sem cor.

Antes, toda edificação, construída na década de 1960, com o intuito de ser um centro de distribuição, assim como o Mercado Central, estava ocupada apenas por lojas e serviços gráficos. Um movimento gastronômico, no entanto, tem alavancado as atividades do local, que recebe, durante toda semana, gente interessada em boa comida e opções variadas de cervejas artesanais e drinks.

Quem vai até o local encontra um ambiente simples e despojado, com culinária voltada para as raízes mineiras e processos artesanais. O projeto batizado de Velho Mercado Novo, sob a batuta dos sócios Rafael Quick, Samuel Viterbo, Marcelo Machado e Luiz Furiati, é responsável por reavivar o local, que funciona como espaço onde os produtos e produtores locais são valorizados. Não à toa, a marca mineira de gin Ivy viu a possibilidade de instalar no Mercado Novo um bar onde todo o cardápio de bebidas foi pensado a partir do destilado, que nos últimos dois anos se tornou o queridinho das noites belo-horizontinas.

A presença de empreendedores da gastronomia e a execução de projetos em parcerias têm dado resultados e feito com que o Mercado Novo se torne um ponto de encontro. Uma das propostas responsáveis por esse engajamento é a dobradinha feita pela Cozinha Tupis e a Distribuidora Goitacazes, empresa do grupo Viela. A união tem fomentado a criação de novos projetos criativos no espaço.

Repensando a cozinha

Henrique Gilberto, 32 anos, que comanda o Cozinha Tupis, é um dos expoentes da cozinha mineira. A proposta do seu estabelecimento, localizado no segundo andar do Mercado, é proporcionar ao público um ambiente que dialogue com o espaço onde está instalado.

“Desenvolvemos uma cozinha anti-padrão, que fomenta a nossa criatividade. O restaurante não existe sem o Mercado Novo. A Cozinha Tupis só existe por causa dele. Ela tenta condensar a essência de insumos que são encontrados aqui, refletindo um pouco da cozinha centro belo-horizontina, as influências, as maneiras de serem consumidas, tudo isso é embasado em como cozinhamos e como as pessoas se comportam no centro da cidade”, revela Gilberto.

O empreendimento tem uma política de microeconomia. Todo insumo usado no restaurante é comprado no próprio Mercado Novo ou Mercado Central. Os ingredientes são escolhidos pensando na sazonalidade e oferta do mercado. “O que conduz o cardápio semanalmente é justamente o que vimos na feira do mercado, então o cardápio muda conforme a feira muda. Os ingredientes que não podem faltar são os frescos, da época. Não temos uma regra, esperamos que o ingrediente esteja no seu melhor momento para que possamos comprar. O ingrediente da época é o que conduz a Cozinha Tupis”, completa Henrique.

Brunch mineiro

Ainda que as opções noturnas de bares e restaurantes sejam as que mais atraem público, engana-se quem acha que o local se limita a isso. Quem estiver disposto a andar sem pressa pelos corredores do Mercado Novo irá descobrir uma galeria de arte, o Espaço Corda, dos amigos Diogo Salomão, Pablo Gomide e Humberto Hermeto, brechós, um laboratório de fotografia analógica, o Super Câmera, uma barbearia e um charmoso café, o Copa Cozinha, onde são servidas várias delícias mineiras.

À frente do Copa Cozinha, Júlia Queiroz, Maíra Sette e Cristina Gontijo decidiram criar um espaço onde as memórias, tanto da equipe como dos clientes, fossem reavivadas. É a partir da cozinha afetiva que as pessoas são conduzidas aos sabores e sensações sentidas na infância.

“Nós trabalhamos na Copa Cozinha em cima de memórias. Cada um tem uma lembrança de família, um cheiro que lembra infância. Na nossa cozinha, o doce de laranjinha kinkan se transforma em tortinha de chocolate com caramelo salgado, o gostinho de limão capeta do quintal é resgatado no nosso bolo com creme de queijo e geleia de amora. O bolinho de fubá, que tem milhares de receitas e está sempre presente na nossa mesa de café da manhã, os biscoitinhos amanteigados que não faltavam na lata da casa da vó, nos inspiraram para os nosso crocantes de goiabada e de doce de leite, e a tortinha cremosa com compota de jabuticaba”, explica Júlia.

Júlia entende que cada processo de uma receita demanda cuidado e delicadeza, e se inspirou na tradição da culinária mineira para criar o cardápio do Copa Cozinha. Ela aprendeu observando e valorizando cada detalhe, o tempo da massa, e os materiais corretos no momento do preparo. Acima de tudo, ela encara a cozinha como um ambiente que deve ser acolhedor.

“Nos apresentar é falar sobre um cômodo da casa conjugado a Copa Cozinha. É onde se prepara a comida e se faz as refeições também. A magia está na vocação de abrigar duas práticas tão infinitas de afeto, cozinhar e servir com simplicidade. Por isso a escolha do Mercado Novo, que é um retrato da nossa identidade, essência e autenticidade. A Copa Cozinha é um lugar para celebrar essa tradição em torno de uma mesa”, destaca Júlia.

*(A estagiária escreveu a reportagem sob a supervisão dos jornalistas Felipe Bueno e Daniela Reis)

Feira da Agricultura Familiar Urbana

Por Hellen Santos 

O Circuito da Praça da Liberdade recebeu no prédio da antiga secretaria de Viação e Obras Públicas (também conhecido como prédio verde), na Praça da Liberdade, a Feira da Agricultura Familiar Urbana – Do Campo pra Cá. A feira que já existe há dois anos na Cidade Administrativa, está em sua 2ª edição no circuito e vem com a intenção de se fixar no espaço. A feira tem como objetivo apoiar e disseminar a agricultura familiar e os pequenos produtores na capital mineira.

Com sua saída da Cidade Administrativa e iniciação de ocupação do circuito, inicialmente a feirinha irá ocorrer no prédio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico -Iepha com 18 barracas, trazendo o campo efetivamente para a região Centro-Sul com produtos orgânicos, naturais, sem agrotóxicos, os organizadores da feira visam trazer para a população produtos saudáveis com valores mais acessível do que o consumidor encontra nas redes de supermercados. “Em grandes supermercados o consumidor vai pagar caríssimo por produtos orgânicos e aqui, na feira, o cliente terá acesso direto ao produtor.”, explica o assessor da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Marco Cordoni, que destaca: “Eles colheram por exemplo, verduras e frutas hoje pela manhã, então esse é a oportunidade que a população terá de se alimentar com produtos frescos, além de estar mais perto do produtor – conversar direto com as pessoas que vem fazer sua feira, é benefício para os dois lados”.

A pretensão principal é sistematizar a feira no circuito em um dia da semana, explica o assessor. De acordo com ele, a primeira edição foi numa quarta-feira, a segunda edição ocorreu nesta segunda, “A gente está ouvindo a população e aos produtores para vermos qual é o dia ideal para fazemos uma vez por semana. Pretendemos ocupar todo espaço aqui, já está acordado com o diretor do Circuito Cultural do Banco do Brasil de ocupar o espaço, continuaremos a ocupar e talvez ir para o outro lado da Praça, usar o espaço da biblioteca e outros espaços do Circuito da Liberdade, completa Cordoni.

Marco Cordoni-Assessor da Secretaria de Desenvolvimento Agrário

Vinicius de Lima Cruz, produtor de Mel, reforça a importância do mel e da feirinha na Praça da Liberdade: “É quase um substituto do açúcar porque ele tem um doce natural e ele é muito bom para a saúde, juntamente com a própolis que a gente também produz. Ele faz com que a sua imunidade melhore bastante”, enfatiza Cruz que destaca “Acho que o evento saindo da Cidade Administrativa, alcança um público maior, além de dar visibilidade para o nosso produto ele ainda faz com que a agricultura familiar cresça. É um evento importante que precisa realmente ser divulgado para mais áreas da cidade, fazer com que o campo fica mais próximos da cidade”.

Vinicius de Lima Cruz-Produtor de Mel

Rosângela Rodrigues de Freitas, produtora de Quitandas de Congonhas ressalta a importância da feira como resgate cultural quando alguém está provando e após a degustação avaliar seu trabalho. Freitas ainda pontua, “A quitanda artesanal é aquela que você pega para fazer e coloca muito amor. É um resgaste cultural passado pelas avós, que  sempre iam para a cozinha fazer essas quitandas com um cafezinho, chegava uma visita e você já oferecia, isso é muito gratificante”, conta Freitas.

Rosângela Rodrigues de Freitas

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Por: Kedria Garcia

Com tema “Vendas para o Natal”, Belo Horizonte recebeu o 1º Congresso de Confeitaria de Minas Gerais, nos dias 21 e 22 de outubro. O Confeitar Minas 2017 chegou na capital trazendo diversos workshops, palestras, receitas e gastrônomos renomados, com a intenção de oferecer uma oportunidade de aperfeiçoamento para os profissionais da área. O evento realizado no Ouro Minas Palace Hotel, teve o foco no empreendedorismo feminino com o objetivo de preparar os participantes para aproveitar as novidades e tendências do mercado, visando o destaque da concorrência, o aumento das vendas e o aperfeiçoamento, além de incentivar o negócio próprio.

A administradora de marketing e confeiteira, Danielle Neves, que é organizadora do evento, conta como foi juntar as duas paixões: o doce e a formação acadêmica. “As duas coisas estão ligadas, quando se tem o produto a necessidade é de venda e de divulgação com toda as estratégias de marketing uma coisa casa com a outra, então é bem tranquilo, além de ser uma coisa que eu sempre fiz.”, destaca.

A doceira enfatiza que o congresso veio na contramão da crise, incentivando a transformação da cozinha em uma empresa, produzindo com qualidade. “A confeitaria principalmente nesse momento de desemprego, cresceu muito, muitas pessoas que perderam seus postos de trabalho migraram para a confeitaria.”, Neves completa dizendo que é um ramo muito democrático, pois abraça todo mundo, além de ser desafiador, motivo pelo qual muitos desistem “Tem que ter paixão para ingressar na área de alimentação”.

“Não adianta falar: ’vai ser só para ganhar dinheiro’, porque isso não funciona, tem que ter amor, tem que ter paixão.” Danielle Neves, organizadora do Confeitar Minas

Encantado pelo o mundo dos doces Felipe Nogueira de 23 anos, compareceu no Confeitar Minas como expositor, em sociedade com mais dois amigos, o jovem realiza o sonho de trabalhar com bolos. “Eu sempre gostei de cozinhar, particularmente eu gosto mais de fazer a parte de dentro dos bolos, os recheios, trazendo os sabores”, revela Nogueira que alega deixar a parte da criação para os parceiros. Segundo o confeiteiro, Belo Horizonte tende a crescer no ramo dos bolos. “Um exemplo claro disso é uma cliente que disse que às vezes precisava ir para São Paulo para encontrar bolos assim, ou seja, BH está crescendo bastante é uma coisa inovadora”.

Felipe Nogueira, expositor.

O congresso atraiu diversos públicos, como no caso da gestora financeira Silvana Oliveira de 48 anos, mãe da estudante Marília Oliveira de 14 anos, que compareceu para acompanhar a filha. “Acho importante essas feiras com palestras, principalmente para os estudantes que estão iniciando nessa área, pois eles querem desenvolver.” relata Silvana. Já Marília, fã de Master Chefe Júnior diz que pretende ingressar na confeitaria, “Cozinho desde os 12 anos e acho que é bom aprender com quem sabe mais que a gente.”, conta a estudante.

Geisiane Isabel, confeiteira

Geisiane Isabel de 25 anos, confeiteira há mais de 10 anos ficou sabendo do evento pelas as redes sociais, e é uma das participantes do grupo Empreendendo no Lar Doce Lar criado por Danielle Neves. “Falta crescimento na confeitaria, nos sentido que as pessoas precisam se aventurar mais, tanto os clientes a pedirem bolos diferentes como os confeiteiros se arriscarem a fazer.”, desabafa a participante e completa alegando que apesar da demanda ser pouca a capacitação é necessária. A jovem conta que aprendeu a profissão ajudando a mãe que produzia e vendia doces no trabalho, com o tempo foi se aperfeiçoando e conquistou a independência com os bolos no pote e tudo que a confeitaria proporcionou.

 

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Por Ana Sandim – Ingrediente da Vez – Parceira Contramão HUB

Umbigo, flor, coração ou mangará da banana

Que a banana dá mais frutos do que a gente espera isso é fato, mas será que sabemos aproveitar 100% o ingrediente? A flor da banana, conhecida como umbigo ou coração, faz parte de um conjunto da bananeira, formado pelos frutos (a parte feminina) e a flor (a parte masculina) e o melhor,  também é comestível.

A banana é um grande herbáceo. Planta nativa da Índia e Sudeste Asiático. Seus botões roxos aparecem a partir do centro da ponta da haste e se desenvolvem em tubulares, flores brancas. A banana em si é rica em nutrientes, assim como ela, suas flores contém fibras dietéticas, proteínas e ácidos gordos insaturados, ricos em vitamina E e flavonoides. É boa para a saúde e tem um monte de benefícios.

Flores da Banana Foto Ingrediente da Vez

O coração da banana sustenta e antigamente ele era o substituto da carne. Ele não é um ingrediente de outro mundo. Quando bem preparado lembra o palmito por conta da consistência e no paladar dá um amarguinho de guariroba. Já havia utilizado o ingrediente no preparo do recheio da pizza frita do Festival Como Sabará, foi sucesso e as pessoas ao provar achavam que era palmito.

Compramos o produto na Casa Horta, aproveitando as frutas de setembro. Muitas vezes por falta de conhecimento, o coração é descartado pelos produtores.

Como utilizar?

O coração roxo (umbigo), tem de ser descascado até o miolo, antes de ser limpo, fatiado e fervido para ficar macio e sem amargor. Descascando camada por camadas você encontra as flores. Retire elas e reserve. As camadas externas (roxas) são descartadas até chegar o miolo claro e tenro. Encontrou o miolo? Então prepara um bacia com água acidificada (use limão). Corte o coração em fatias e coloque direto na água. Ele oxida muito rápido então cortou colocou na água.

Após fatiar todo o coração de banana. Leve para ferver em água limpa por duas vezes esse processo é para eliminar o amargor. Assim que realizar estes passos ele estará pronto para ser utilizado como se fosse palmito. ?

Umbigo da banana Foto Ingrediente da Vez

 

Quiche de Umbigo de Banana

Ingredientes:

Recheio:
200g de umbigo e flores de banana
1 fio de azeite
50g de cebola
10g de alho
Sal e pimenta

Creme:
200g de creme de leite
30 g de queijo ralado
3 ovos

Massa quebradiça:
250g de farinha de trigo
1 boa pitada de sal
125g de manteiga sem sal, em temperatura ambiente
50ml de água
1 gema

Modo de preparo:

Massa: Peneire a farinha e o sal. Misture-os à manteiga até obter uma consistência arenosa. Acrescente a gema e a água. Forme uma bola, sovando os ingredientes rapidamente com as mãos sem tornar a massa elástica. Alise a bola com a palma da mão para torná-la homogênea. Deixe a massa descansar por 20 minutos na geladeira.

Abra a massa e cobrindo o tabuleiro decorando as bordas. Leve para assar a 180ºC até a massa apresentar uma cor dourada e cozida. Reserve.

Quando a massa estiver no forno comece o preparo do recheio. Em uma frigideira adicione um fio de azeite e doure a cebola e o alho. Adicione o umbigo de banana tempere com sal e pimenta do reino. Reserve. Em uma tigela bata os ovos com o creme de leite até apresentar uma mistura homogênea. Tempere com sal e pimenta.

Sobre a massa cozida acrescente o refogado (já frio) com a mistura de ovos e creme de leite. Finalize com queijo ralado e leve ao forno por 20 minutos ou até dourar.