gastronomia

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Por Daniela Reis 

O Natal está chegando e o Contramão traz a receita de uma ceia completa, com entrada, prato principal e sobremesa. As delícias são da professora do curso de Gastronomia da Una e proprietária do portal Chef a Chef, Rosilene Campolina. Ela que é nossa parceira e sempre contribuiu para nossas matérias. 

Desejamos a todos um feliz Natal e próspero Ano Novo! Lembramos que entre os dias 22 e 10 de janeiro estamos de férias coletivas, mas voltaremos com muitas novidades e reportagens especiais para você. 

Vamos às receitas! 

Salada Marguerita Tricolor de Natal (entrada)

Ingredientes: 

1 maço de rúcula lavado e higienizado (desfolhado)

250g de mozzarella de búfala em bolinhas

200g de tomate seco em tiras

Flores comestíveis: amor perfeito, borago ou capuchinha para finalizar 

Molho:

30 ml de azeite

1 colher (sopa) de mel ou açúcar

1 colher (chá) de mostarda

2 colheres (sopa) de suco de limão

1 colher de aceto ou vinagre balsâmico (opcional)

Sal e pimenta do reino a gosto.

Modo de Preparo:

– Distribuir a rúcula em volta do prato. Intercalar com as fatias de tomate seco.

– Cortar as bolinhas de mozzarella em rodelas, ou se preferir deixar inteiras.

– Dispor a mozzarella no centro do prato ou em volta. Finalizar com as flores comestíveis. Para o molho, misturar todos os ingredientes (azeite, mel, mostarda, sal e pimenta do reino) e regar a salada a gosto.

 Toque de Chef: este molho pode ser conservado em bisnaga, na geladeira, e ser utilizado em diversas preparações como, carpaccios, queijos, embutidos, etc. 

 

Bacalhau de Natal à Moda do Brás por Rosilene Campolina (prato principal)

Ingredientes:

1 quilo de bacalhau (Porto ou Saithe) dessalgado em lascas grossas

2 cebolas grandes cortadas em pétalas (ou tirinhas à julienne)

4 dentes de alho processados ou amassados

200 ml de azeite português

500 g batata palha

6 ovos ligeiramente batidos

2 pimentas de dedo de moça (sem sementes) bem picadinhas

1 maço de salsa fresca e cebolinha bem picado

150g de pimentão vermelho cortado em julienne (tiras)

150g de pimentão amarelo cortado em julienne (tiras)

150g de azeitonas verdes (sem caroço) picadas

150g de azeitonas pretas (sem caroço) picadas

Azeitonas portuguesas e pimenta dedo de moça para decorar

1 bouquet garni (amarrado de ervas) alecrim, louro, tomilho, salsão ou ervas de sua preferência

1 cebola inteira e dentes de alho para aromatizar a água do cozimento

flor de sal com pimenta e Flor de Sal de ervas

Modo de preparo:

– Deixe o bacalhau de molho na geladeira durante 24 horas, trocando a água três ou quatro vezes.

Coloque-o em uma água nova e leve ao fogo com o bouquet garni. Depois de levantar fervura, conte três ou quatro minutos e retire. Escorra, retire as peles e espinhas e desfie em lascas grossas.

– Doure a cebola e o alho no azeite. Junte o bacalhau e envolva-o muito bem.

– Acrescente os pimentões e adicione a batata palha, misturando bem. Abaixe o fogo.

– Bata os ovos temperados com uma pitada de flor de sal com pimenta, à parte. Verta-os sobre o bacalhau mexendo sempre (fogo baixo) para não talhar;

– Envolva delicadamente o bacalhau e as batatas nos ovos. Continue mexendo até os ovos cozinharem (sem deixar talhar). Mantenha o fogo sempre baixo;

– Acerte os temperos com pimenta e um pouco de salsa e flor de sal. Monte o prato em travessa ou prato individual. Finalize com o restante da salsa picada, azeitonas pretas, pimentas vermelhas, azeite de salsinha e Flor de Sal de ervas. Bom apetite! 

 

Mousse Natalina de Tapioca com Coco e Calda de Jabuticada com Flor de Sal (sobremesa)

Ingredientes:

250g de farinha de tapioca seca (sem hidratar)

1500 ml de leite integral 

200ml de leite de coco

2 latas de leite condensado

400g de coco em flocos úmido ou seco (utilizo da Qualicy) ou fresco

Frutas vermelhas para decorar o quanto baste (ex: cerejas, morangos, framboesas, etc)

Calda de Jabuticaba Sabarabuçu para finalizar (opcional)

Flor de sal tradicional para agregar e finalizar a calda

Modo de preparo:

– Deixe a tapioca de molho no leite por cerca de 12 horas, mexendo de vez em quando.

 – Mantenha-a em vasilha fechada na geladeira. Depois deste tempo, acrescente o leite de coco e o leite condensado. Pode servir em taças individuais regadas com a calda de Jabuticaba Sabarabuçu e polvilhadas com côco e Flor de sal Cimsal. Decore com frutas vermelhas de sua preferência!

OBS: Pode substituir a calda de jabuticaba por outro sabor de sua preferência. 

 

 

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Por Daniela Reis 

Hoje trouxemos uma delícia para os amantes de bacalhau! Uma ótima pedida para entrada ou até mesmo para o tira-gosto do final de semana. Quem nos agracicou com a receita foi a chef de cozinha e professora do Centro Universitário Una, Rosilene Campolina.

 

Casquinha de Bacalhau à Moda Rosilene Campolina

Rendimento: 20 unidades

Tempo de preparo: 45 minutos + tempo de forno

Ingredientes:

  • 1 kilo de bacalhau saithe dessalgado e desfiado
  • 20 casquinhas de siri limpas (compradas em peixarias ou supermercados)
  • 1 lata de molho de tomate refogado ou caseiro
  • 1 colher de sobremesa de açúcar
  • 2 pimentões, sendo 1 vermelho e 1 amarelo bem picadinhos
  • 1 colher (sopa) de azeite-de-dendê
  • 200 ml ou 1 xícara (chá) de leite de coco
  • 6 pães de forma sem a casca picados
  • 1 xícara de azeite (preferência português)
  • 1 colher (sopa) bem cheia de alho triturado ou amassado
  • 2 pimentas dedo de moça bem picadinhas, sem as sementes
  • 1 maço de cheiro verde (salsa e cebolinha) bem picadinho
  • 1/2 maço de coentro bem picadinho (opcional)
  • 2 colheres (sopa) de manteiga
  • 4 colheres (sopa) de farinha de rosca
  • 6 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
  • Sal a gosto
  • Pimenta biquinho, limão e salsa para decorar

Modo de Preparo:

Depois de dessalgar o bacalhau saithepor 24h. Afervente-o por alguns minutos, até abrir em lascas. Escorra a água e desfie-o. Reserve. Coloque o pão numa tigela e cubra com o leite de coco, deixando de molho até amolecer. Numa panela grande, aqueça o azeite de dendê misturado com metade do azeite português e refogue a cebola e o alho. Junte o bacalhau, os pimentões e o molho de tomate misturado ao açúcar.

Acrescente o pão umedecido, o cheiro verde, o coentro, as pimentas dedo de moça e misture bem. Regue tudo com mais azeite e reserve. À parte, misture o queijo ralado, a farinha de rosca e a manteiga. Recheie as casquinhas com o creme reservado e salpique um pouco dessa mistura de queijo ralado por cima. Leve ao forno para gratinar.

Sirva a seguir, regado à azeite e decorado com fatias de limão, cheiro verde e pimenta biquinho.

Toque de chef: o uso do coentro deve ser moderado e pode ser opcional, mas é bom lembrar que, nesta receita ele faz toda diferença!

Quer mais receitas da chef Rosilene Campolina, acesse o site dela:

 www.chefachef.com.br

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E hoje é dia de receita aqui no Contramão! A delícia de hoje é da professora do curso de Gastronomia da Una, Carol Haddad e é uma excelente opção para o final de semana.

Gallette Bretone (06 unidades)

Ingredientes

Massa:

Farinha de trigo sarraceno – 130 g

Água – 250 ml ou QB

Ovo – 1 unidade

Sal – A gosto

Óleo – A quantidade que achar suficiente

Recheio:

Cogumelo Paris fresco fatiado – 400 g

Alho – dentes em brunoise

Azeite – 1 colher (sopa)

Óleo – A gosto

ovos – 6 unidades

Sal – A gosto

Pimenta do reino – A gosto

Noz moscada – A gosto

Salsinha picada finamente

Flor de sal para finalizar

Modo de Preparo

Massa:

Num recipiente misture com um fouet o trigo e o sal. Faça uma cavidade no centro e nela coloque os ovos e metade da água. Junte a água restante e, com uma espátula, bata para dar leveza por cerca de 03 minutos, até ficar com uma espessura de uma fita caindo da espátula. Cubra com papel filme e leve à geladeira por pelo menos 04h. Retire a massa da geladeira e misture até estar lisa, cobrindo o dorso do utensílio. Unte a frigideira com óleo e espalhe com papel toalha para tirar o excesso. Leve-a ao fogo e disponha uma concha de massa e deixe que cozinha até começar a soltar das bordas. Vire e repita o processo. Reserve os discos de crepe.

Recheio:

Disponha o azeite em uma frigideira e coloque o alho. Leve ao fogo para refogar, sem dourar.

Junte os cogumelos e deixe que murchem. Tempere com sal e pimenta do reino e finalize com salsinha. Reserve.

Finalização:

Disponha pouco óleo em uma frigideira e “frite” os ovos. Nos discos de crepe, coloque o recheio e, por cima de cada um deles, ovo.

Polvilhe flor de sal e mais salsinha, se desejar.

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Por: Wessery Zago e Keven Souza

A cozinha contemporânea dá asas à imaginação ao combinar classicismo com novos conceitos de restaurantes e inovações tecnológicas. Inspira-se na tradicional cozinha italiana, francesa, oriental, espanhola, árabe, portuguesa e brasileira para, então, surgir repaginada e agradar ao paladar de clientes cosmopolitas. Esse estilo, prima pela estética gastronômica, pelos sabores, pelos aromas e pela qualidade dos alimentos levados à mesa. Essa tendência, ganhou o mundo ao desconstruir alguns conceitos seculares e adaptá-los a novas possibilidades. É assim, que devemos ver um alimento, como possibilidades. Infinitas possibilidades.

Quem vai a um restaurante de cozinha contemporânea está disposto a ser surpreendido. O cliente desse tipo de estabelecimento sabe que está em um território onde a experimentação é permitida. Como em uma obra de arte, combinações inusitadas criam concepções repletas de tonalidades, de cores, aromas e sabores.

Quem acompanha nossas postagens, sabe que na sexta-feira a gente adora trazer aquela receitinha especial! Em comemoração ao Dia dos Pais, o Contramão traz uma receita perfeita para jantar ao lado da família e criar concepções únicas ao lado quem você ama nessa data tão importante.

A receita é do Wessery Zago, técnico do laboratório de Gastronomia da Una.

Chef Wessery Zago

Vamos ao passo a passo?

Bobó de camarão na moranga

INGREDIENTES:

– 1 moranga grande

– 1 kg de camarão frescos e limpos

– 1 kg de mandioca

– 3 dentes de alho picados ou amassados

– 3 cebolas médias (2 cortadas em cubos e 1 em rodelas)

– 2 vidros de leite de coco

– 2 lata de molho de tomate pronto

– 3 pimentões (1 de cada cor)

– 6 colheres de azeite

– 2 colheres de azeite de dendê

– 1 maço de salsinha picado

– Suco de 2 limões

– Sal a gosto

– Pimenta-do-reino a gosto

– Queijo parmesão ou requeijão (opcional)

MODO DE PREPARO

– Tempere os camarões com sal, suco de limão e a pimenta-do-reino, deixe descansar por 1 hora.

– Lave bem a moranga e seque bem.

– Corte no topo uma tampa, e com cuidado retire as sementes e os fiapos do interior da moranga.

– Em seguida, passe azeite em toda a moranga e dentro passe um pouco de sal, cubra com papel alumínio toda moranga e leve ao forno por 25 minutos ou até ela fica macia, porém firme.

– Descasque a mandioca e cozinhe na panela de pressão, por 10 minutos ou até ficar mole, retire do fogo e ainda quente tire os fiapos e amasse.

– Depois bata a mandioca no liquidificador com o leite de coco, reserve.

– Em uma panela, refogue as cebolas, alho e os pimentões, no azeite e doure os camarões, junte o molho de tomate, a salsinha e o sal.

– Deixe cozinhar de 5 à 10 minutos.

– Refogue a cebola em rodelas e o alho, no azeite de dendê e acrescente o creme de mandioca, tempere a gosto.

– Com a moranga cozida, coloque uma camada de queijo ou requeijão e o molho até o topo.

– Finalize com queijo e leve ao forno para gratinar.

– Enfeite com camarões grandes e sirva com arroz branco.

 

 

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Por Daniela Reis 

A receita de hoje é a famosa sopa de beterraba Borscht. Além de gostoso, o prato traz uma disputa entre dois países Rússia e Ucrânia. Ambas as nações “brigam” pela origem dessa delícia de forte coloração vermelha e sabor marcante.

Mas, como a gente aqui gosta mesmo é de uma boa comida, então,vamos deixar as polêmicas de lado e bora para a receita!

Quem nos agraciou com essa maravilha é o técnico do laboratório de Gastronomia da Una, Wessery Zago, e pós-graduando em Gestão de Negócios Gastronômicos. Ele também é jornalista e atua no jornal Pravda. Ele é brasileiro, nascido em Abaeté (MG), naturalizado Russo. Porém essa história, a gente vai contar em uma outra reportagem especial.

Wessery Zago

BORSCHT

PREPARO: 120 MIN

RENDIMENTO: 6 PORÇÕES

INGREDIENTES

3 cenouras médias

6 beterrabas médias descascadas

1 talo de aipo

Salsinha

3 colheres de sopa de azeite de oliva

2 l de água

750 g de carne para sopa

200 g de toucinho

1 folha de louro

1 lata de purê de tomate

Sal e pimenta à gosto

Suco de 1 limão

200ml de creme de leite fresco

Opcional: 2 xícaras de repolho ralado

 

MODO DE PREPARO

Corte  2 cenouras e 4 beterrabas em cubos o aipo em tiras. Aqueça o azeite e acrescente os ingredientes anteriores, mexer bem. Juntar a água, a carne, o louro, o tomate, sal e a salsa.Deixar ferver em fogo baixo até a carne ficar macia – aproximadamente 1 1/2hora.

Retire a carne, corte em cubos, coloque na sopeira e reserve. Leve o caldo ao copo do liqüidificador, deixe bater bem ou use o mixer. Volte a panela e acrescente o repolho e cozinhe por 10 minutos.

Corte em cubos pequenos as 2 beterrabas e a cenoura que sobraram. Junte o limão ao suco e misture ao caldo junto com a pimenta.Coloque na sopeira e sirva com o creme azedo.

Bom apetite!

 

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Por Keven Souza

É com a postura vibrante e contente que o Contramão, celebra hoje, em dose dupla o sexagésimo aniversário do Centro Universitário Una, ao lado da aluna recém-formada que acredita, assim como a instituição, que o conhecimento é um instrumento poderoso na transformação do mundo.

Shirley Benedete de Figueiredo, que coincidentemente também comemora os seus sessenta anos, é uma mulher de trajetória edificante que radia superação e finalizou neste semestre a graduação de Gastronomia. Essa nova etapa em sua vida, significa que a determinação é o substantivo que realça seu caminho a não se limitar à idade, ela representa todos aqueles que compreendem a idade apenas como uma contagem biológica e não ligada à velhice.

Shirley Benedete

Em sua história de vida, desde muito nova, Shirley percebia o sentimento de felicidade que agitava em seu coração através de sua afinidade com a cozinha. O seu carinho pelo ambiente é uma relação pura e admirável, que permite salientar que o amor pelo universo gastronômico não é algo atual.

Para ela, a grande inspiração para adentrar na arte culinária veio de sua tia-avó Cecília, que percebia o gosto da sobrinha pela cozinha desde pequena e lhe ensinou conhecimentos incomuns e difíceis de se encontrar nos livros hoje em dia. Ao perceber sua paixão por receitas, a tia lhe deu o seu primeiro livro de culinária “Sei Cozinhar” de Maria Rosalina, que naquela época era o principal contato que estimulava seu dom pela elaboração de alimentos.

Com o passar do tempo, as experiências, as técnicas e o ato de cozinhar da Shirley foram sendo moldados conforme frequentava diferentes cursos e palestras gratuitas que saciavam o desejo de se especializar em Gastronomia.

Embora ardia em seu peito a paixão pela culinária, Shirley possui uma história de vida que foi conduzida por uma luta árdua entre suas escolhas pessoais e a de sua família. Por muito tempo, ingressar na graduação era sonho distante, já que aos 33 anos de idade se tornou mãe solo após o falecimento de seu marido.

“Minha vontade de fazer Gastronomia ficou guardada por muito tempo, em uma “gaveta”, eu que tinha quatro anos de casada em 1994, perdi meu marido, que faleceu me deixando com dois filhos pequenos”, explica.

Naquela época a falta do esposo, trouxe para sua família uma situação complicada e a opção mais viável era trabalhar e cuidar dos filhos. Os estudos se tornaram uma de suas últimas prioridades naquele momento.

Sua relação com a Una

Prato desenvolvido por Shirley em uma aula prática do curso de Gastronomia

Em 2017, quando estava decidida a dar seguimento em seus estudos, um longo período de pesquisa e indecisões para escolher qual escola de ensino superior se matricular, atordoou Shirley, que após dois anos, em 2019 iniciou o curso de Gastronomia na Una. Um dos critérios decisivos foi o índice de qualidade e o ambiente inspirador da instituição.

Na época, a visita da então estudante na Cidade Universitária, no campus Liberdade, foi um momento encantador para reforçar ainda mais o amor que sente pela culinária e compreendeu que aquela era a ocasião de retirar o seu sonho do papel. “Fiquei mais encantada e não tive dúvidas, já fiquei ansiosa para ter aula, mas tive que esperar até iniciar o período para vivenciar essa experiência e com isso reforçar o amor que eu sempre senti pela Gastronomia”, explica.

O vínculo da Shirley com a Una, amplifica os seus ideais e sua paixão pela cozinha, existe uma relação de carinho com a instituição, que segundo ela se aproxima da extensão de sua casa, e oportuniza o sentido em sua vida.

Sua conexão com os professores, docentes e colegas é formada por uma excepcional comunicação e uma ativa participação nos eventos institucionais, que desde o início obteve uma experiência formidável em relação ao curso e construiu laços amizade, capazes de auxiliar o seu crescimento pessoal e ampliar o network de sua área.

Além disso, no ambiente escolar, pratica a “cozinhaterapia” e incentiva alunos e professores a promoverem desafios gastronômicos, sendo exemplo de jovialidade que transparece apreço pela profissão até nos pratos e nas receitas, uma sonhadora pronta para novos horizontes e novos ciclos.

Rosilene Campolina, que é professora de Gastronomia e idealizadora do projeto Gastrouna, afirma que, é uma honra ser professora da Shirley e tê-la na turma é uma maneira de mostrar o quanto a Una navega em vários tipos de idade, classe social e poder econômico, que torna a sala de aula um ambiente inclusivo e plural.

Para ela, alunos como a estudante obtêm a oportunidade de fazer parte de turmas ecléticas que trocam sabedorias e conhecimentos únicos, essenciais para a formação, mas também para a vida toda.

“É um prazer dar aula para alguém tão engajada, comprometida e disciplinada. Às vezes lançamos ideias ou damos um trabalho, e você acaba tendo um retorno daquele aluno engajado que se interessa, e ela é assim. É um prazer dar aula pra ela” explica a professora.

Shirley e a professora Rosilene Campolina

Shirley completar sessenta anos finalizando a graduação, é relevante para desmistificar os limites impostos pela sociedade em relação a idade, demonstra que chegar ao sexagésimo aniversário é completar mais um ciclo de vida e que em qualquer idade, as pessoas são livres a seguirem seus sonhos e objetivos, sem ser dependentes.

Sua energia e seu empenho, a torna um exemplo plausível de força de vontade que muitas pessoas se identificam e se orgulham através de sua trajetória, e rompe com o tabu social de que um indivíduo chegar a uma idade avançada, significa ser uma pessoa incapaz e inválida na sociedade.

Por conseguinte, Shirley afirma que, a conclusão do curso de Gastronomia neste semestre, ficará marcada na sua história para além do currículo, o seu carinho e amor pelos colegas e professores da Una, permaneceram dando sentido a sua vida e que a partir de agora pretende seguir a carreira de Personal Chef, nos afazeres de almoços ou jantares esporádicos para conseguir otimizar o seu tempo e aproveitar a vida e sua aposentadoria.

“Sigam em frente, invistam nos talentos natos, promovam desafios gastronômicos para incentivar cada vez mais os Alunos e Professores”, diz a estudante para a instituição.

Receita

Ratatouille do Cerrado

Rendimento: 6 porções

Ingredientes:

225 g de cebola

150 g de batata-doce polpa roxa

350 g de batata-doce casca roxa

350 g de abóbora de pescoço

350 g de abóbora menina

120 g de maxixe

500 g de mandioca

400 g de carne seca

45 g de queijo coalho ralado

45 g de manteiga de garrafa

100 ml de creme de leite

sal a gosto

18 g de licuri picado grosseiramente

30 g de melado de cana

20 g de sementes das abóboras

Farinha de mandioca QB (quanto baste)

Azeite QB (quanto baste)

Modo de Preparo:

Picar a carne seca em cubos e deixar de molho em água no dia anterior, no dia seguinte cozinhar por 20 min, posteriormente desfiar. Refogar em 2 colheres (sopa) de manteiga de garrafa.

Cortar os legumes: em rodelas de 1 cm, cozinhar (separadamente) por uns 10 minutos, o ponto do cozimento deve ser al dente. Selar todas as rodelas em frigideira aberta com um fio de azeite.

Cortar o maxixe em rodelas de 0,5 cm, passar levemente na farinha de mandioca e selar em um fio de azeite para ficar crocante.

Cortar a mandioca em cubos e cozinhar em água com sal, até a mesma ficar bem macia. Em seguida escorrer e espremer ainda quente.

Fazer um purê, colocando numa panela aquecida 3 colheres (sopa) de manteiga de garrafa, a mandioca, o creme de leite, 2 colheres (sopa) de queijo coalho ralado grosso, sal à gosto.

Cortar a cebola Ciseler, refogar numa panela com um fio de azeite, mexer para não queimar, até ficar translúcida, acrescentar 2 colheres (sopa) do melado de cana.

Picar grosseiramente o licuri, as sementes de abóboras devem estar secas, juntá-las com o licuri e levar para uma frigideira aquecida para dourar e ficar tipo uma farofinha crocante.

Ralar o queijo em ralo grosso e reservar.

Iniciar a montagem na travessa, fazendo uma cama com a cebola caramelizada.

Colocar por cima a carne seca e em seguida o purê de mandioca. Após ir distribuindo alternadamente os legumes.

Finalizar colocando o queijo ralado e a farofinha (mistura do Licuri e as sementes de abóboras crocantes).

Levar ao forno para gratinar por 20 a 25 minutos à 200º C.

Servir ainda quente.

 

Edição: Daniela Reis