Jornal Contramão

Clube da capital mineira conquistou o título, em competição no último fim de semana em São Bernardo do Campo – SP

Por Pedro Soares

Fundada em 22 de dezembro de 2009, a ABESC – Associação Buritis de Esporte e Cultura – sagrou-se campeã do último campeonato brasileiro de clubes femino de 2023. Com essa conquista, as atletas da ABESC trazem para Minas Gerais o título inédito dessa categoria na modalidade. 

O brasileiro de clubes é organizado pela CBHb – Confederação Brasileira de Handebol – e é a maior competição das equipes de base do país. Realizado por divisões, o título conquistado pela ABESC se deu na categoria mirim (até 13 anos) no naipe feminino. 

A equipe contou apenas com atletas de Minas Gerais, mais especificamente de Belo Horizonte e região metropolitana. Na briga pela título o time teve confrontos com diversas equipes de estados diferentes, sendo elas: Duck Handebol MOJU – PA, São Bernardo – SP, ASH/SORRISO – MT, Ceilândia – DF e na final venceu o Clube Mogiano – SP por 25×09. Um verdadeiro show das nossas meninas! 

Homenagem da FMH - Federação Mineira de Handebol - para a equipe campeã.
Homenagem da FMH – Federação Mineira de Handebol – para a equipe campeã.

Luiz Antônio, um dos fundadores do projeto e treinador de handebol há mais de vinte anos, também integrou a comissão técnica da equipe. Para ele a conquista desse título foi inexplicável:

“Quando finalizou o jogo, eu olhei para a professora Juliana e nós dois começamos a rir…. Não dava para explicar o sentimento… 

Foi um ótimo trabalho de todos, da comissão técnica, das meninas que foram muito guerreiras, dos pais que foram acompanhar as suas filhas.

Juliana Pacheco, personal kids, treinadora de handebol a vinte e quatro anos, e uma das fundadoras da ABESC foi responsável por comandar o time campeão nessa jornada e conta para a gente como foi viver esse momento: 

“Viver essa conquista está sendo incrível. Parece que ainda não caiu a ficha…. é  a realização de um sonho. Sonhei e trabalhei todos esses 24 anos esperando esse momento.

E o melhor é que esse momento foi compartilhado com pessoas incríveis. Um grupo muito especial de atletas, pais e o amigo e grande treinador Luiz Antonio.”

Para Juliana, o esporte é um instrumento de educação e para ela esse título faz com que as guerreiras mirins sonhem cada vez mais com novos títulos, novas viagens e outras possibilidades que o esporte oferece. A treinadora reitera também, que o título traz para Minas Gerais um olhar maior da mídia e espera que isso possa trazer novos investidores para o handebol. 

Ouça a fala de Juliana Pacheco:

A ABESC – MG conta com projetos esportivos e culturais na cidade de Belo Horizonte, as modalidades esportivas contempladas são: vôlei, handebol e futsal. Nas oficinas culturais temos aula de música, pandeiro, viola e flauta. As atividades oferecidas abrangem todas as idades e para mais informações sobre esse projeto, saber como participar dos treinos e oficinas, é só entrar em contato pela rede social: @abescmg.

Fonte: arquivo pessoal.

Por Ana Clara Souza

Meu primeiro contato com o Teatro foi quando eu tinha oito/nove anos. Assistia novelas e filmes mas não tinha noção que era preciso estudar Teatro para ser uma personagem fictícia dos palco e telinhas, e por isso,  sempre digo que o meu primeiro contato com, essa arte magnífica foi quando interpretei o meu primeiro papel para um público – muito importante ressaltar a palavra público, por que sempre interpretei inúmeras coisas. Porém, eu e meu mundo, de frente ao espelho.

Fonte: arquivo pessoal.

Nessa peça, eu era a protagonista de uma história onde uma criança incompreendida não se sentia pertencente a nenhum lugar. Eu amei interpretar! Mas nada além de uma inquietação momentânea de uma garotinha que sempre amou tudo relacionado à arte. Poucos anos depois, minha turma da escola teria que realizar uma peça para apresentar em um evento. Minha personagem? uma macaca serelepe. Desta vez, eu não era a protagonista, mas minha professora se encantou com a minha intimidade na caracterização de um animal, e sem intenção, começou a plantar uma sementinha cênica na minha cabeça.

No ano seguinte, com os meus 12 anos, novamente precisei fazer outra peça para escola. A escolha do meu grupo foi atualizar a clássica história da Branca de Neve, para ‘A Preta de Neves’. Na nossa cabeça, infanto – juvenil,  era um trocadilho muito dos bons já que morávamos em uma cidade cujo nome é Ribeirão das ‘Neves’, e a intérprete principal era negra. Minha personagem? a versão contemporânea do sujeito que é designado para matar Branca de Neve, mas desiste. Uma empregada/espiã que tenta fazer o mesmo mas que também não consegue. Desde então, tudo mudou. Aquela semente que já germinava nos meus jovens pensamentos, desabrochou com o questionamento de uma outra professora que me perguntou; “Você já pensou em fazer Teatro?”.

De fato nunca tinha pensado, mas a partir dali, só desejava adentrar por esse mundo das representações. Em Fevereiro de 2013, eu era a mais nova estudante de Teatro! Depois de dois anos e seis meses, com 16 anos,  era uma profissional da área com registro no Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões – SATED.

Sem romantizar,  ser Atriz é uma das maiores dádivas da minha passagem por esse mundo. Eu me descubro e descubro o universo. Compreendo e questiono. Provoco sensações e sou provocada. A quinta arte já me ofertou muitos momentos inenarráveis que nunca me imaginaria vivendo, e meu maior sonho como artista, é que outras pessoas pudessem sentir algo semelhante ao que narrei acima.

No Brasil, as artes no geral são negligenciadas e elitizadas. A maioria das pessoas  que escolhem o caminho artístico, não tem apoio. Muitos jovens nunca nem cogitaram a possibilidade de exercer essa profissão. Fui bastante criticada e taxada como louca quando escolhi ir para esse ramo ao ir de encontro com os diversos cursos técnicos ofertados pelo Governo, todos voltados para áreas de Gestão e Negócios, e nenhum com viés artístico. É urgente  o aumento de verbas e políticas públicas, a reformulação do senso comum diante ao mundo artístico, e o reconhecimento e valorização do Teatro, que é uma profissão de respeito e muito digna como todas as outras.

Neste Dia Mundial do Teatro, termino esse texto reforçando a minha gratidão por ter ido de encontro à essa arte, e te faço o convite para ir assistir algum espetáculo teatral, até mesmo na Internet, assim que chegar no ponto de exclamação. Se divirta!

O evento será organizado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e acontecerá do dia 04/09 à 08/09, fique atento aos prazos de inscrição para participar

Por Pedro Soares e Ana Clara Souza

Fundada em 12 de dezembro de 1977 no estado de São Paulo, a INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação é uma instituição filantrópica que tem como objetivo principal incentivar a troca de conhecimento de pessoas envolvidas no mercado de comunicação, sejam elas alunos da graduação, mestrado ou doutorado, pesquisadores, professores e profissionais da área. 

O congresso permite que os participantes inscrevam e apresentem suas pesquisas, trabalhos e conclusão de curso, discussões teórico-práticas, artigos e outros. Os trabalhos cadastrados concorrem a prêmios estudantis que tem como objetivo reconhecer e incentivar os pesquisadores. 

Você, aluno de comunicação aqui da UNA, se quiser saber mais sobre o concurso, as categorias disponíveis e como se inscrever, é só clicar aqui.

Post na página oficial da INTERCOM no Instagram
Post na página oficial da INTERCOM no Instagram

Para um aluno ou um grupo de alunos se candidatar a alguma categoria dos prêmios estudantis da INTERCOM, é necessário que o trabalho seja orientado por um professor da área. 

Ana Souza, professora PhD e orientadora de TCC do Centro Universitário UNA – BH, participa do INTERCOM desde 2009.  Na sua primeira participação, Ana atuou apenas como ouvinte, já no ano seguinte, inscreveu um de seus trabalhos para o INTERCOM Júnior. 

“Para mim foi uma porta que se abriu para o mundo acadêmico, tanto para que eu pudesse conhecer pessoas que compartilham de interesses semelhantes, quanto para ouvir as pesquisas de pessoas incríveis e desbravadoras na comunicação. 

Para alunos da graduação, o INTERCOM é uma grande oportunidade de ter o seu primeiro contato com pesquisa, sendo que muitas vezes isso desencadeia um efeito de incentivar novos cientistas.”

 

Na 46ª edição do evento ela conta com entusiasmo que irá orientar alguns de seus alunos que vão concorrer ao INTERCOM Junior: 

”Eu fico extremamente feliz e animada. Me orgulho em poder auxiliar meus alunos a conhecerem novos ambientes e verem que eles são capazes de ocupar espaços como esses. Espero que seja só o início de muita gente querendo participar.”

 

INTERCOM Nacional 2023 – 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

data: 04/09 à 08/09 

local: PUC-MG

Sob gestão da iniciativa privada desde o início de 2022, o tradicional espaço, no Centro de Belo Horizonte, realizou mais de 100 eventos em apenas nove meses

 

Por Bianca Morais

Quando iniciou sua carreira, ainda como estagiário do Minascentro, o administrador e contador José Eustáquio de Oliveira atuava na área operacional do tradicional espaço de eventos, no Centro de Belo Horizonte, e teve como primeira atribuição numerar as poltronas do Grande Teatro. O ano era 1983, época em que o empreendimento se preparava para ser inaugurado. Ele se lembra, com carinho, dessa primeira etapa de trabalho, que durou até 2018, inclusive porque foi lá que também conheceu sua esposa Nelma, durante um congresso. Eles se apaixonaram e o casamento já soma 35 anos e dois filhos. No início de 2022, Eustáquio, agora com 63 anos e duas graduações, retornou ao Minascentro, que se preparava para ser reaberto, sob administração da iniciativa privada, após quatro anos fechado para reformas. E ficou ainda mais feliz com o que encontrou. “Voltar a trabalhar aqui é uma realização tanto profissional quanto de vida! Mas fiquei mais orgulhoso ao ver como a casa está bonita, adaptada ao deficiente físico, com tudo bem estruturado e um atendimento muito profissional. Foi uma ótima surpresa, assim como tem sido para todos que nos procuram”, afirma.

Hoje, como consultor e à frente da gestão operacional do Minascentro, Eustáquio avalia que essas transformações pelas quais o espaço passou – estrutura física e profissionalização – foram essenciais para explicar o sucesso alcançado na “primeira temporada”. Administrado pelo Consórcio Minascentro, liderado pela Chevals Centro de Eventos desde o início de 2022, o empreendimento foi reaberto em março e superou a marca de 100 eventos realizados em pouco mais de nove meses. O resultado superou as expectativas e significa um crescimento em torno de 20% em comparação com 2017, último ano de funcionamento, envolvendo diversos segmentos, como feiras, congressos setoriais, encontros de negócios, eventos de conteúdo, solenidades políticas, ações sociais, moda, gastronomia, cultura, shows de pequeno e grande porte, entre outros. Alguns destaques, inclusive, marcaram essa nova fase da história do espaço: shows dos renomados Chico Buarque, Maria Bethânia, Lenine e Ana Carolina, realização do Festival Internacional de Quadrinhos (FIC), do Minas Trend Preview, final do Campeonato Brasileiro de Wild Rift e Anime Festival, Dia da Indústria, entre outros destaques.

Com uma repercussão tão positiva, as perspectivas para 2023 são ainda mais otimistas, tanto em relação ao aumento da ocupação – que já está na casa dos 65% para o ano – quanto à ampliação das conexões e da satisfação dos artistas, produtores e do público. “O retorno que tivemos foi o melhor possível, especialmente para um equipamento que estava parado e, em tão pouco tempo, conseguiu tanto movimento. Foi um ano muito intenso! Agora vamos consolidar esse desempenho em 2023”, destaca o representante do Consórcio e atual gestor do Minascentro, Rômulo Rocha. Ele acrescenta que a estratégia de reposicionamento e consolidação do Minascentro como um dos mais importantes centros de experiência de Minas Gerais seguem fortes neste ano.

Eustáquio também está confiante para uma nova temporada de sucesso – para ele e para sua “segunda casa”. “A equipe é muito qualificada e conhece bem o meio cultural e de eventos. Em geral, são profissionais da área e trabalham de forma muito coesa. Hoje ainda há manutenções permanentes do espaço e apoio operacional muito maior para todos os envolvidos nos eventos, além de um contato bem próximo aos produtores. Tudo muito mais profissionalizado”, detalha o gerente de operações, que não esconde a alegria com a retomada do espaço.

Amor, proximidade e profissionalismo

Outra pessoa que compartilha o sentimento de Eustáquio é o ator, diretor e produtor de eventos, Maurício Canguçu, que tem uma longa história de apresentações, sucesso e de amor com o Minascentro. “Essa reabertura foi maravilhosa. Eu tenho um carinho especial e uma memória afetiva linda com o lugar, mas acredito que essa é a sensação de todos os produtores. Não é apenas mais um espaço versátil para trazer nossos eventos para BH e movimentar a cidade. O Minascentro, hoje, oferece muita agilidade na solução de todo tipo de questão dos produtores, tem disposição para resolver adversidades, muito mais recursos tecnológicos e operacionais, como a qualidade de luz e som, e um ótimo atendimento ao público e ao artista”, detalha Canguçu.

Entre os inúmeros projetos que apresentou no espaço, ele destaca a peça “Acredite, um espírito baixou em mim!”, um dos maiores sucessos do teatro belo-horizontino, em cartaz, no Minascentro, durante quase 10 anos, entre o final dos anos 1990 e início de 2000. “O Grande Teatro é diferenciado, porque é grande, com mais de 1.500 lugares, mas, ao mesmo tempo, parece menor, porque mantém uma proximidade com a plateia, é intimista. Isso é muito importante para o artista e o produtor. E, hoje, ficou ainda melhor, pois existe uma estrutura pronta, preparada para receber o artista, o produtor e o público”, complementa.

“Fã de carteirinha” de Ana Carolina, Josy Vaz Batista, de 33 anos, comprovou de perto toda essa nova estrutura do Minascentro, inclusive a acessibilidade. Ela ganhou o sorteio de ingressos para o show da cantora, no final do ano passado, com direito a visita ao camarim, e conta que a experiência foi “só alegria e emoção”. “Foi tudo muito bacana, desde o primeiro contato, por telefone, até antes e depois do show. Fui muito bem recebida por todos e, principalmente, não tive problemas com a questão da locomoção”, comenta. Situação bem diferente daquelas que costuma enfrentar no seu dia a dia como cadeirante, pois explica que as dificuldades de mobilidade, nos espaços públicos e privados, infelizmente, são constantes e “decepcionantes”.

Concessão

Após a licitação, realizada pelo Governo de Minas Gerais, no formato de concessão de uso, a gestão do Consórcio Minascentro, liderado pela Chevals Centro de Eventos foi a ganhadora do certame. A parceria com a iniciativa privada possibilitou ao Estado eliminar as despesas com a manutenção do espaço, economizando cerca de R$ 1,5 milhão ao ano, e ainda receber, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), royalties anuais de cerca de R$ 4 milhões. Além disso, a população passou a usufruir de bens e serviços mais bem geridos, houve aumento da geração de empregos e mais movimento e dinamismo econômico, especialmente na cadeira de negócios, turismo e eventos.

Sobre o Minascentro

Reaberto em março de 2022, sob gestão da iniciativa privada – Consórcio Minascentro, liderado pela Chevals Centro de Eventos – passou por ampla reforma e ganhou ambientes versáteis, infraestrutura moderna e tecnologia de ponta. Com localização privilegiada, o Minascentro segue como concorrido centro de experiências para a realização de eventos voltados para negócios e para diversão, que potencializam a economia e estimulam o empreendedorismo.

O edifício que abriga o Minascentro tem fachada tombada, considerada patrimônio municipal, e interior com ambientes multiusos, modulares e flexíveis, preparados para abrigar eventos de diferentes formatos e dimensões, de forma simultânea. Dividido em três andares, numa área de mais de 23 mil m², o local tem capacidade para receber até 8 mil pessoas, com destaque para o grande teatro que abriga 1.593 pessoas.   

 

Nesta terça-feira (21) é comemorado o Dia Mundial da Poesia. Uma data que celebra a diversidade do diálogo, as múltiplas narrativas textuais, a livre criação por meio das palavras e o amor pela escrita. 

O Contramão acredita na força desse gênero literário e celebra essa data com você, nosso leitor. E nada melhor do que comemorar o Dia Mundial da Poesia, lendo uma! Confira agora, uma bela reflexão sobre amor e parceria da escritora e publicitária, Larissa Medeiros. 

 

Não é pecado se eu te desejar em segredo 

É?

Não é como se um de nós fosse avançar o sinal

Ambos sabemos que existem faixas que não podem ser ultrapassadas

Que há pessoas a saírem feridas

E eu não sei você 

Mas não estou disposta a causar esse acidente 

Por isso

Guardo pra mim o pensamento de que gosto quando você deixa perfume na minha roupa

De que tenho uma pequena, quase minúscula

Curiosidade de descobrir qual é o gosto que tem na sua boca

De saber qual é a sensação do seu toque por onde você nunca tocou

Imaginando quais palavras você usaria

Ou se não seria preciso usar nenhuma

Não sei se você consegue enxergar isso no fundo dos meus olhos

Mas se conseguir

Guarda essa visão só pra você 

Assim como eu vou te guardar só pra mim

Larissa Medeiros

 

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Por Júlia Garcia

Criado em 2007, o Dia Mundial da Saúde Bucal tem o objetivo de aumentar e incentivar a conscientização, o compromisso e ações para promover a boa saúde da boca. 

De acordo com a pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, em parceria com o  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período de 2013 a 2019, cerca de 90% dos brasileiros higieniza a boca até duas vezes por dia e 63% usam escova, pasta de dente e fio dental.

Segundo a dentista Drielly Horrany, a saúde bucal dos brasileiros evoluiu até os dias de hoje, mas tem muito a melhorar. “Há uma falha muito grande na acessibilidade de tratamento da saúde bucal para a população. Vemos que o cidadão não é orientado o suficiente a prestar a devida atenção”, diz.

Fonte: Acervo Pessoal
Fonte: Acervo Pessoal

Minha boca é saudável?

A saúde bucal vai além de dentes brancos e limpos, é preciso reparar a gengiva, língua e mucosas. Horrany destaca que uma boca saudável é composta de uma gengiva sem sangramento e inchaço e as mucosas sempre rosas, mas nem muito escuras ou muito claras. “A língua sempre rosa e limpa, sem aquela aparência esbranquiçada, porém sem estar lisa demais ou marcada nas laterais. E por fim, não deve haver sinais de acúmulo de placa bacteriana ou tártaro”, afirma a dentista.

É de extrema importância a higienização da saburra lingual, mais conhecida como língua branca. A limpeza deve ser diária e pode ser feita com um limpador específico. Caso sinta necessidade, as cerdas da escova de dente são essenciais para remover os detritos acumulados.

Quais cuidados devo ter?

Sempre surge aquela dúvida de quantas vezes é preciso escovar os dentes durante o dia, não é mesmo? A dentista conta que é ideal realizar a escovação após cada refeição ou pelo menos três vezes ao dia. O creme dental adequado deve conter flúor, com baixa abrasividade para evitar o desgaste dos dentes. Existem vários tipos de cremes dentais: anti bacterianos, anti tártaro, clareadores, para tratamento de gengiva, infantil, dentre outros. O ideal é que o dentista oriente um específico de acordo com a necessidade individual de cada um”, explica.

E quanto a escova, por qual devo optar? A escova deve ter cerdas macias, o cabo reto e a cabeça pequena, para facilitar a limpeza em todos os dentes, inclusive aqueles de difícil alcance”. 

Além da escolha certa da pasta e escova de dente, alguns cuidados com a alimentação não devem ser esquecidos. É preciso evitar alimentos açucarados, pois eles podem acarretar bactérias, ocasionar cárie e outras lesões. 

Outras indicações

Podemos encontrar vários itens para a higiene bucal, além dos tradicionais. Um deles é o enxaguante bucal. Mas o produto não é responsável pela limpeza da boca e não substitui a escovação.

A dentista Drielly Horrany conta que o enxaguante bucal promete combater as bactérias e eliminar o “bafo”, porém não apresenta eficiência para controlar o mau hálito, pois o seu efeito é momentâneo. “O primeiro fator que deve ter em mente é que o enxaguante pode desequilibrar a microbiota da boca, ou seja, ele elimina também as bactérias boas. Devido a isto o uso excessivo promove um efeito contrário, colocando em risco a saúde da boca”, informa.

Mais do que os cuidados com os produtos, a ida ao dentista é necessária e não deve ser somente ao sentir dor. A especialista indica fazer uma consulta de rotina pelo menos de 6 em 6 meses.