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As exibições dos filmes da 2ª Mostra de Cinema Espanhol e Latino-americano de Belo Horizonte- Latino 2012 começaram hoje no Cine Usiminas Belas Artes. Serão exibidos mais de 100 sessões de filmes latinos com legendas em português, a maioria deles inéditos em BH. Devido o parentesco cultural entre os latinos e os espanhóis, ambas as cinematografias são representadas na mostra, que apresenta ainda exposição, um concurso cultural de crítica cinematográfica e agenda de palestras.

Alguns dos temas do evento são Terror pop, Realismo no cinema espanhol dos anos 50, Novos autores, Cinema em construção, além de homenagens à Calpurnio e Ana Katz. No domingo as sessões de 16h e 19h45 exibirão filmes de animação sobre a personagem de quadrinhos Cuttlas, do desenhista espanhol Calpurnio. Já no dia 28, em sessões de 19h45, 21h e 21h30, será exibida a obra da argentina Ana Katz (formada na Universidad del Cine, realizou vários curtas como Ojala corriera viento. Estudou atuação nas escolas de Julio Chávez e Elena Tritek, além de escrever e dirigir obras teatrais).

Um dos destaques do festival é o documentário Como se a vida fosse música, que faz uma homenagem a Murilo Antunes. A produção conta a história do poeta e compositor mineiro por meio de música e depoimentos, o documentário será exibido no dia 27, às 21h30. A exposição O realismo espanhol também terá seu lugar na mostra, são dez fotografias de cenas marcantes de filmes produzidos em diferentes momentos da história. Outra atração do evento é o concurso de Crítica de Cinema Latino 2012, as três melhores críticas ganharão bolsa de estudo para um curso de espanhol.

Programação completa.

O endereço do Usiminas Belas Artes  é rua Gonçalves Dias, 1.581, Lourdes. A entrada é franca, porém com vagas limitadas. A distribuição de ingressos será feita 30 minutos antes de cada sessão.

Por Ana Carolina Nazareno e Rafaela Acar

Foto: filme Abraços Partidos de Pedro Almodóvar

As exibições dos filmes A arte de andar pelas ruas de Brasília (Brasil, 2011, 17min) e Não quero voltar para casa sozinho (Brasil, 2010, 17min) encerram a mostra Todxs Diversx, em Belo Horiozonte no Espaço TIM UFMG do Conhecimento a partir das 19h. Ao longo do mês de novembro a mostra organizada pelo Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da UFMG (NUH/UFMG), em parceria com curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário UNA reuniu e debateu filmes com a temática relacionada a diversidade sexual. “É o último dia do evento aqui em Belo Horizonte, em dezembro ela vai para o Vale do Jequitinhonha. Os filmes exibidos promoveram uma discursão importantíssima ligada a transexualidade”, afirma Tatiana Carvalho, cineasta e organizadora da mostra, cujo filme TransHomemTrans (Brasil, 2012, 19min) foi exibido ontem.

Hoje, o evento recebe como convidados o coordenador executivo do projeto Educação sem Homofobia, Igor Monteiro, e o mestre em psicologia social pela UFMG, Leonardo Tolentino, para comentar as exibições.

Eu Não Quero Voltar Sozinho

O curta, que foi censurado no Acre após ser considerado com Kit Anti-Homofobia (material didático organizado pelo Ministério da Educação, cuja distribuição foi proibida), conta a história do adolescente Leonardo que com deficiência visual vê sua vida mudar totalmente cm a chegada de Gabriel em sua escola. A partir daí, nasce uma história de descoberta e amor homoafetivo entre os dois adolescentes.

O curta-metragem ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais desde sua estreia em 2010. Com direção de Daniel Ribeiro, o filme fazia parte do Cine Educação – projeto que exibe filmes em escolas com parceria da Mostra Latino-Americana de Cinema e Direitos Humanos.

Segundo Lufe Steffen, 37 anos, cineasta paulistano, a proibição foi obviamente um absurdo, “foi mais uma agressão dos hipócritas e oportunistas contra a arte, transformando um filme em pretexto para que os “censores” se beneficiem politicamente”, critica o cineasta. “Quanto ao filme em si, acho uma obra muito bonita, independente da questão gay. É um belo filme”, completa.

A arte de andar pelas ruas de Brasília

O filme conta a história de duas garotas, muito amigas, que moram em Brasília. Uma das garotas começa a se questionar se o que há entre elas é apenas amizade, porém a pressão psicológica que a mãe de uma delas faz usando a religião sob a menina faz com que a garota comece a policiar seus atos do dia a dia temendo o castigo de Deus.

Por Ana Carolina Nazareno e Rafaela Acar

Foto: divulgação do filme Não quero voltar para casa sozinho

Pelo terceiro ano consecutivo, o evento Prêmio Zumbi de Cultura destacará as dez maiores personalidades nos campos da política, artes e cultura negra de Minas Gerais e do Brasil. A premiação celebra os 316 anos da morte de Zumbi dos Palmares.

A programação contará com três rodas de discussões acerca dos temas: “Resistência com Arte (Zumbi na Contemporaneidade)”; “Resistindo com a Religiosidade de Matriz Africana”; e “Política Cultural e a Comunidade Negra”, com a participação da secretária estadual de Cultura, Eliane Parreiras.

Além disso, haverá uma apresentação da Orquestra Berimbau Grupo de Capoeira Angola Meninos de Palmares e shows com Conexão África Beat, Mestre Conga, Meninas de Sinhá, Maurício Tizumba, Sérgio Pererê e Cia Baobá de Dança – Minas. O evento contará ainda com a Festa Afroliterária, com lançamento de livros, bate-papo e sessões de autógrafos; a exposição “Resgatando a Tradição e a Cultura Afro-brasileira – Formação para as Comunidades Tradicionais de Belo Horizonte e Região”; e apresentações de diversos grupos culturais.

Zumbi dos Palmares

Líder escravo nascido em Alagoas foi símbolo da resistência negra contra a escravidão e o último chefe do Quilombo dos Palmares. Criado pelo padre Antônio Melo (após ser capturado e entregue à Igreja Católica com apenas 07 anos de idade) foi batizado e virou ajudante nas missas da Igreja.

Aos 15 anos foge para Palmares e adota o nome Zumbi (guerreiro). Ascende ao comando militar do quilombo, até então liderado por Ganga Zumba. Após uma abordagem dos portugueses, Ganga aceita um acordo de paz do governador da Capitania de Pernambuco de libertar os negros do Quilombo de Palmares diante da submissão à Coroa Portuguesa.

Zumbi vai contra essa determinação afirmando que não seria aceitável dar liberdade somente a um grupo, quando havia, ainda, milhares de outros escravos. Por conta dessa ação, Zumbi se torna o novo líder de Palmares.

Durante sua liderança a comunidade se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. Porém após um ataque, organizado pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, ao Quilombo dos Palmares, o Quilombo é totalmente destruído. Zumbi consegue fugir, porém é delatado por um antigo cúmplice e entregue as tropas inimigas.  Foi morto em 20 de novembro de 1695, aos 40 anos de idade.

Cronologia da vida de Zumbi:

O evento será realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e a Fundação Clóvis Salgado, nos dias 21, 24 e 26 de novembro, no Palácio das Artes. A entrada é franca.

Confira a programação.

Por Rafaela Acar

Foto: Rafaela Acar

Aproximadamente 42 bailarinos vão levar adultos e crianças a uma viagem mágica com a apresentação do clássico O Quebra-Nozes. Encenado desde 1892, com adaptações famosas como a de Tchaikovsky, o espetáculo, que é montando tradicionalmente na época de Natal, será a atração da Companhia Brasileira de Ballet (CBB), em Belo Horizonte.

Dividida em dois atos e com intervalo de dez minutos entre eles, a peça, dirigida pelo professor Jorge Teixeira, terá duração de 1h30. Clara e o Soldado Quebra-Nozes, personagens protagonistas, serão interpretados por Luana Correia e Gustavo Carvalho.

Companhia

A CBB, criada em 1967, já se apresentou com grandes nomes do balé como Ana Botafogo, Cecília Kerche, Áurea Hammerlli, Marcelo Misailidis e Vitor Luis, bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A Companhia é composta por bailarinos que tem idade média de 18 anos provenientes de diversos estados brasileiros e  de países como Argentina, Chile e Paraguai.

O Quebra-Nozes

O espetáculo conta à história da menina Clara, que durante o Natal, ganha do padrinho, um boneco quebra-nozes vestido de soldado. Apaixonada pelo brinquedo, Clara adormece e sonha estar em um mundo de fantasias onde coisas magníficas acontecem.

O espetáculo entra em cartaz no dia 20, às 20h, no Grande Teatro do Sesc Palladium, outras duas apresentações estão agendadas para os dias  21 e 22, no mesmo horário. Os ingressos custam R$50 (inteira) e R$25,00(meia) e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro.

 

Por Paloma Sena e Rafaela Acar

Foto: Divulgação

A exposição temporária “Universo Incrível” é a atração do Espaço TIM UFMG do Conhecimento e reúne astrofotografias inacreditáveis do universo, feitas a partir dos observatórios da European Southern Observatory(ESO) – Observatório Europeu do Sul.  A divulgação dessas  imagens marca a comemoração do cinquentenário dos observatórios do ESO. As figuras são ricas em detalhes, e é possível ver fotos de galáxias, nebulosas e diversos corpos celestes.

Estrelado de La Silla, créditos ESO.

O ESO se configura como uma das mais importantes organizações intergovernamentais para estudos de astronomia no mundo. A sede fica na cidade de Garching na Alemanha e tem três observatórios em operação no Chile: o La Silla, no deserto do Atacama, o Very Large Telescope, em Cerro Paranal, e no platô Chajnantor, com pretensões de ser o maior observatório do mundo a vigiar os céus, a intenção é construir o European Extremely Large Telescope.

Serviço

Exposição: Universo Incrível

Período: 07 de novembro a 10 de Dezembro.

Horário: terça a domingo das 10h às 17h.

                quinta das 10h às 21h.

Entrada franca.

 

Por Hemerson Morais e Rute de Santa

Foto Hemerson Morais

A banda mineira Sergeant Pepper’s se apresenta amanhã, 13, no Museu de Artes e Ofícios (MAO), a partir das 19h30. O show faz parte do projeto Ofício da Música. “Somos a primeira banda da América do Sul que tocou no Mersey Beatles Festival em Liverpool”, conta o contrabaixista e fundador Alan Rocha (Jô). O festival faz um tributo anual aos Beatles e reúne as três melhores bandas intérpretes do quarteto inglês do mundo.

A banda foi fundada em 1990 com o propósito de tocar somente músicas dos Beatles. Mas, de acordo com o contrabaixista, grandes nomes do rock como Chuck Berry e Elvis Presley são influências para o grupo. Desde a fundação, a banda nunca parou de tocar. Nesses 22 anos de estrada foram lançados dois CDs com músicas compostas, porém não gravadas, pelos Beatles. “Nosso primeiro CD (Come and Get It) recebeu elogios do Paul McCartney”, afirma Rocha.

Para o show de amanhã, segundo Alan Rocha, o público ouvirá os grandes clássicos do repertório dos garotos de Liverpool. A entrada é gratuita. O Museu de Artes e Ofícios fica na Praça da Estação, no centro da capital.

Por Ana Carolina Nazareno e Marcelo Fraga

Foto: Sgt. Pepper’s / Divulgação