Literatura

A Praça da Savassi recebe, neste final de semana, os festejos para reinauguração. Vários palcos foram espalhados pela Savassi para a apresentação de artistas da música mineira se apresentam durante todo o final de semana. Além dos shows estão programados, intervenções circenses e outras atividades culturais.

“Hoje terá duas bandas, uma às 18hs e outra às 20hs, paralelamente,o quarteirão da Pernambuco tem uma feira de flores e uma feira de livros para troca. No quarteirão da Melissa,terá oficina para crianças: oficina de Jardinagem, espaço de leitura, piscina de bolinhas, cama elástica. Hoje e amanhã, as apresentações de circo”, informa uma das produtoras do evento, Barbara Galuco.

Enquanto as bandas passavam o som para os shows, de hoje à noite, os palhaços animavam o público com sua irreverência. “É bem bacana. Uma iniciativa interessante, uma forma de valorizar a região. Nada mais interessante do que devolver a praça para a população com música e arte”, declara Randolpho Land vocalista da banda Ultrasoul que toca no evento.

Banda Ultrasoul

Os shows, que são realizados pela Belotur em parceira com a Nó de Rosa produções, começam nesta sexta feira e a ideia é seguir com o evento até o dia 12 de junho, quando se comemora o dia dos namorados.

Escola de Circo Spasso

Por Raquel Ribas e João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes

O psicólogo e escritor, João W. Nery, 62, lançou na Casa UNA de Cultura o livro Viagem solitária, uma autobiografia que narra os preconceitos e problemas enfrentado pelo primeiro transhomem do Brasil. O lançamento reuniu aproximadamente 60 pessoas, na noite de ontem, e foi seguido de um debate, cujo tema foi “Diversidades”. “Meu livro é uma autobiografia, é todo em primeira pessoa. Eu sou considerado o primeiro transhomem. Eu gosto dessa palavra, transhomem”, informa João Nery.

O termo transhomem, quando uma mulher se torna homem, ainda, hoje, é pouco conhecido no país. “Eu sempre me senti um menino”, esclarece o autor que se submeteu ao procedimento cirúrgico em 1977, aos 27 anos, em plena ditadura militar no Brasil. “Eu nasci na década de 50 e não se falava na palavra transexualismo. Ninguém no Brasil sabia o que era isso, só no exterior”, informa.

Bate Papo com João Nery

De acordo com Nery, mestre em psicologia, todo o processo de reconhecimento do sujeito ocorre por meio do reconhecimento do outro. “Eu acredito que a partir dos 3 anos mais ou menos, quando a gente começa a pronunciar o pronome “eu” é que a gente começa a se tornar uma pessoa, a se diferenciar do outro. E a partir do outro que a gente se reconhece. A gente sabe que é moreno porque tem o loiro, a gente sabe que é magro porque tem o gordo”, explica João Nery.

João W. Nery está em Belo Horizonte para divulgar o livro e participar do 7º Encontro de Travestis e Transexuais da Região Sudeste e 1º Encontro Nacional da Rede Trans Educ, na UFMG. Militante da causa LGBT, Nery se diz defensor das minorias. “Eu também sou muito feminista. Eu luto contra qualquer tipo de discriminação. Eu sou pelas minorias”, enfatiza.

Bate papo com João Nery

Confira o video:

Por: Raquel Ribas e João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes

Jovens do Programa de Aprendizagem Comercial do SENAC, em Belo Horizonte, distribuíram abraços, livros e chocolate de graça na Praça da Liberdade na ultima sexta-feira (27/04). A iniciativa realizada na capital mineira faz parte do Projeto Gentileza e Leitura com Prazer, onde os jovens também apresentavam um Cardápio de Poemas. “Eu acho esse projeto importante pra gente que está começando, Pude ver como é o relacionamento com o publico”, disse Dreiphus,16, Jovem Aprendiz.

Jovens Aprendizes do SENAC-MG

Segundo Aline Miranda, 32, orientadora de formação profissional do SENAC, esta ação faz parte do currículo de formação dos jovens aprendizes e visa avaliar o relacionamento interpessoal, iniciativa, proatividade, e principalmente o empreendedorismo. “Esses jovens realizam este projeto composto em vir à praça distribuir o que eles chamam de “Abraço Solidário”, e dentro disso, conceituamos toda esta vivência prática já aplicada como vivência teórica também”.

por Hebert Zschaber

Foto: João Vitor Fernandes

Em comemoração aos 15 anos da Mostra de Cinema de Tiradentes a Universo Produção editou a publicação especial Cinema sem fronteiras – 15 anos da Mostra de Cinema Tiradentes, reflexões sobre o cinema brasileiro 1998-2012. O lançamento ocorreu no último dia 24, na Academia Mineira de Letras (ACM). “O presente que resolvemos dar para os espectadores do evento foi compartilhar o conteúdo e as experiências deste evento, que é hoje o maior evento dedicado ao cinema brasileiro do país”, explica a diretora da Universo Produção Raquel Hallak.

O lançamento foi parte do programa Bate-papo com o autor e contou com a presença dos diretores da Universo Produção, Raquel Hallak, Fernanda Hallak e Quintino Vargas  e do crítico de cinema e curador da mostra, Cleber Eduardo. O livro reúne crônicas, artigos, reflexões e entrevistas sobre a trajetória da Mostra.

A diretora da Universo produção, Raquel Hallak, analisa a importância da Mostra de Tiradentes em entrevista exclusiva:


Por: Bárbara de Andrade

 

 O dia do autor foi comemorado na segunda, 23, e um dos maiores problemas dessa categoria, hoje, são as constantes violações dos direitos autorais. de acordo  com a jornalista, advogada e perita judicial, Elisângela Menezes, as formas mais comuns de violação autoral são conhecidas pelos nomes de pirataria, contração, reprografia e plágio. “Cada uma delas tem especificidades ditadas pela lei, pela doutrina e pela própria jurisprudência”, explica.

A perita informa que, geralmente, quem fiscaliza as violações autorais são os próprios autores que podem entrar com um processo civil com objetivo de receber uma indenização. O governo só interfere quando a reprodução indevida é feita com o objetivo de lucro, como na pirataria. Neste caso, há uma violação ao Código Penal e a pena varia de dois a quatro anos de reclusão, mais multa. “Sob o ponto de vista jurídico, falta fiscalização e repressão por parte dos agentes públicos”, salienta Elisângela Menezes. “Falta também iniciativa dos autores, no sentido de promoverem as respectivas ações judiciais, que não só punam os responsáveis, mas, também, sirvam de exemplo para desencorajar novas violações”, pontua.

Hoje, esta discursão tem ganhado força devido às facilidades de acesso pela internet. No mundo virtual, a fiscalização dessas violações se torna difícil. “Toda vez que se omite ou usurpa a autoria de uma obra, lesa-se a moralidade do autor. Igualmente, quando se modifica o seu conteúdo, rouba-se o direito de integridade. Quem perde, em primeiro lugar, é sempre o autor”, enfatiza.

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Texto Bruno Coelho

Na semana em que se comemora o Dia do Livro, as livrarias destacam a força da literatura infantil para o setor. O gerente da Livraria Status, Gustavo Batista, 31, acredita que a população, hoje, investe mais em cultura. “O reflexo disso [investimento] está no aumento nas vendas em livros infantis que são fundamentais para atrair novos leitores, desde cedo”, afirma. O livreiro, Bernardo Marcedo, 23, da Livraria Mineriana, avalia o crescimento das vendas dos livros, apesar de não ter dados numéricos, mas enfatiza que a internet é um concorrente forte. “As vendas caíram muito nesse semestre devido à facilidade da internet”.

No entanto, nem todos os livreiros acreditam nesse aumento de vendas, é o caso do Betinho da Livraria Scriptum que aponta um fator importante desse setor, a presença dos governos. “Dos 17 anos que trabalho com vendas e edições de livros, o setor infantil obteve um aumento substancial. O que o corre é que quem mais compra livros no país é o governo, investindo mais nesse setor, distribuindo para escolas e bibliotecas”, explica. “Esses dados de vendagem são difíceis de apurar, pois o governo compra direto das editoras a onde o preço lhe é favorável”, informa.

A Jornalista, Marina Moura, trocando um livro por uma rosa

Ontem, 23, Dia Internacional do Livro e do Direito de Autor, a Praça da Liberdade recebeu a 14ª edição do “São Jorge de Livros e Rosas” evento idealizado pelo programa “Sempre um papo” em parceria com o Circuito Cultural Praça da Liberdade. No evento, as 200 primeiras pessoas que doaram livros receberam rosas, ação inspirada em uma tradição da região da Catalunha (Espanha). O dia 23 de abril marca os falecimentos de dois representantes das literatura mundial, o espanhol Miguel de Cervantes (1616) e do inglês William Shakespeare (1616).

 

 

Texto e Foto: Bruno Coelho