Meio Ambiente

O restaurante Reciclo recebe, amanhã às 20h, uma roda de samba promovida por estudantes de Relações Públicas como parte de um projeto que busca incentivar a reciclagem e integrar o catador de materiais recicláveis à sociedade. “A casa não só cedeu o espaço, como também abraçou o projeto deles, e amanhã verão a reciclagem atuando: aqui os guardanapos são reciclados a acústica da casa tem essa imposição de ser reciclada.”, explica Diego Barroso, 29, responsável pelo restaurante.

O Brasil, em termos de reciclagem, está muito aquém de outros países, como os europeus, mais de 75% do lixo do país é jogado a céu aberto e apenas 3% é reciclado. Iane Sena, 21, uma das desenvolvedoras do projeto fala sobre a importância da conscientização “Amanhã vamos fazer a roda de samba, além de expor e vender os objetos recicláveis que decoram o bar […] Mostrar como podemos aproveitar materiais de forma criativa”.

Reciclo

Inaugurado em 2006, o restaurante Reciclo é um espaço cultural da Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável (Asmare), e foi fundado para proporcionar uma maior inclusão social aos trabalhadores dessa área. Catadores que, além de frequentarem o restaurante, produzem objetos confeccionados com matérias recicláveis que decoram e são vendidos em uma loja na própria entrada do local.

Atualmente o Reciclo funciona de segunda a sexta de 11h30 às 15h, tem um fluxo de 250 pessoas e produz em media 100kg de comida por dia. Com um público bastante diversificado, dentre ele famílias, empresários e até mesmo estrangeiros, o restaurante possui cerca de 20 funcionários, todos associados à própria Asmare. “O Reciclo é muito mais que um espaço de reciclagem de material, é também de reciclagem de vida: hoje trabalham aqui pessoas oriundas de catadores de rua, ou de alguma situação desse mesmo patamar”, declara Diego.

O restaurante recebe visitas de escolas públicas e particulares que desenvolvem projetos de educação ambiental para implantação de coleta seletiva.

Conheça o Reciclo: Rua da Bahia, 2164 – Lourdes

 

Por Marina Rezende

Foto: Julia Guimarães / Jornal Contramão

Mostra -“Alameda São Francisco: o rio inunda a cidade” toma conta do canteiro central da Praça da Liberdade.

Foto: Divulgação Iepha
Foto: Divulgação Iepha

Durante três anos, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-Mg) percorreu junto com a Unimonte, a parte navegável do rio São Francisco identificando bens culturais, a fim de promover o registro do seu patrimônio imaterial. Celebrações, formas de expressão, saberes, lugares e fazeres mais representativos das comunidades ribeirinhas foi catalogado. Ao todo, 17 cidades entre Pirapora e Manga participaram do registro, que pode ser visto na mostra “Alameda São Francisco: o rio inunda a cidade” até o dia 31 deste mês, no Circuito Cultural da Praça da Liberdade.

Mostra

Aberta ao público até o sábado (31), a mostra traz para a capital não apenas fotografias e registros, cerca de 40 ribeirinhos dos 17 municípios localizados na parte navegável do rio, na região Norte, na divisa da Bahia, estão na cidade para participar e representar suas tradições, crenças, músicas, culinária e ofícios.

A alameda central da Praça da Liberdade está tomada por um rio de tecidos, com referências aos fazeres da cultura de um dos cursos aquáticos mais famosos do Brasil. Segundo Michelle Alcântara, visitante da exposição, esse evento é de extrema importância, “ela destaca a importância do Rio São Francisco na vida das pessoas e na cultura do nosso país”, relata Alcântara.

Foto: Julia Guimarães / Jornal Contramão
Foto: Julia Guimarães / Jornal Contramão

A exposição tem curadoria de Tereza Bruzzi e Alexandre Rousset, e terá atrações culturais durante toda sua estadia na cidade. Durante este período, o Espaço do Conhecimento UFMG exibirá, na Fachada Digital, uma série de imagens do inventário cultural do São Francisco, sempre das 19h às 23h.

Por Raphael Duarte

Foto: Ana Paula Tinoco

Começou ontem dia 30, o XXV Congresso Mundial UNIAPAC e o 10° Seminário Internacional de Sustentabilidade, realizados pela parceria entre Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e União Internacional de Dirigentes Cristãos de Empresa (UNIAPAC), o evento está sendo sediado no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Este ano a discussão gira em torno do tema “Empresas, Governo e Sociedade Civil trabalhando juntos para o bem comum”.

A programação que continuará até o dia 02 de outubro conta com palestrantes de grande importância no cenário internacional político e econômico, como Christina Carvalho Pinto, presidente e sócia do Grupo Full Jazz de Comunicação, eleita duas vezes a mulher mais influente do Brasil no setor de Marketing e Publicidade, além de ter sido a primeira mulher na América Latina a presidir um grande grupo multinacional, Ricardo Guimarães, fundador da Thymus Branding, o Jornalista e Repórter Caco Barcellos, a ex-candidata à presidência, ex-ministra de Meio Ambiente e professora associada da Fundação Dom Cabral Marina Silva e Yves de Talhouet, representante residente do PNUD no Brasil.

O evento surge como uma oportunidade de discussão, tendo em vista esse novo cenário econômico turbulento e em constante mudança, sobre a importância da inclusão de temas como diversidade, sustentabilidade, inovação e responsabilidades éticas e sociais no meio empresarial, pensando no bem-estar de todos e na necessidade da parceria entre Governos, Empresários e outras organizações civis para uma ação mais relevante, percebendo dentro deste cenário a grande incidência de impactos ambientais e o aumento das desigualdades sociais.

A grande dificuldade é fazer com que essas questões sociais e ambientais evoluam junto a um desenvolvimento econômico de produção em constante ascensão. Como continuar produzindo sem impactar o meio ambiente e sem ferir os direitos humanos, agindo de forma inclusiva e ética. Sobre esse desafio discutido Marina Silva comentou durante sua palestra: “O desafio desse momento é que nós queremos ser socialmente justos, queremos ser economicamente prósperos, queremos ser politicamente democráticos, queremos ser ambientalmente sustentáveis, queremos ser culturalmente diversos, com esse ideais identificatórios nós temos que traduzir nas nossas leis, dentro da cultura e das noções dos produtos materiais da nossa empresa, dentro da remuneração e das licitações que fazemos, aquilo que dá ideia do lucro admirável.  Para Silva, não se pode sacrificar os recursos de milhares de anos produzidos por nós mesmos, nem os recursos produzidos pela natureza em bilhões de anos em função do lucro de apenas algumas décadas. “Não é o dinheiro pelo dinheiro, não é o poder pelo poder, isso tudo são ferramentas, que com certeza precisam ser traduzidas naquilo que é o nosso ideal identificatório, de um mundo que seja solidário, de um mundo que seja justo” ressalta.

Sobre a valorização da diversidade no meio empresarial Linda Murasawa, Superintendente Executiva de Sustentabilidade do Banco Santander destaca que as diferenças são fundamentais. “Precisamos ter diferentes visões, essas diferentes visões vêm de diferentes culturas, diferentes formas de se viver, diferentes religiões e uma série de questões que compõem os seres humanos como um todo, então a diversidade é a maior riqueza que nós temos”.

Para Murasawa, as empresas que valorizam a diversidade, empresas que trazem a diversidade no seu dia-a-dia e na sua estratégia, que trazem uma visão inovadora e uma visão que atende os anseios da sociedade. “Isso com certeza só traz benefício, além de tudo você está trazendo o que é essencial para o ser humano, porque vocês já imaginaram um mundo totalmente igual? Teríamos robôs, não teríamos humanos, e a diferença está aí, nos nossos sentimentos, nos nossos pensamentos que contribuem para cada vez mais, mudarmos e levarmos esse mundo e o empresariado precisa entender e praticar tudo isso no seu dia-a-dia” finaliza.

Texto por Gael Benítez

Período marcado por belas paisagens e com grande diversidade de flores, a estação mais colorida traz cor e muito calor para Belo Horizonte. Além das orquídeas e violetas, a estação começa com altas temperaturas, fazendo com que os moradores da capital saem de suas casas buscando atividades ao ar livre.

As praças e parques pela cidade tem chamado a atenção dos belohorizontinos, pelo clima e pela beleza no início da primavera. O estudante Rafael Fagundes, 21, disse ser complicado ficar em casa no calor. “O ideal seria uma natação, ou outra atividade. A praça é um ambiente mais fresco e por ter árvores traz um pouco de umidade, diferente de outros pontos da cidade. Em meio aos prédios não tem isso”, completou Fagundes.

Jefferson Daniel, estudante, 21, também prefere fazer alguma atividade ao ar livre com o tempo quente. Para ele, com a primavera, a cidade fica mais bonita. “Gosto de admirar as belezas naturais da cidade”, completou Daniel.

Durante a primavera ocorre elevação da temperatura e na umidade do ar. Segundo o INMET, Instituto Nacional de Meteorologia, o período é marcado pelo retorno das chuvas em Minas Gerais. De acordo com o instituto, o tempo será instável no restante da semana, com predomínio de Sol e forte calor. Temperaturas variando entre 19°C e 34°C. A umidade do ar às 15:00h deve ficar na casa dos 20%.

 

Texto e Fotos: Victor Barboza

Belo Horizonte receberá a partir desta quinta-feira, 06, a edição itinerante da Mostra Internacional de Cinema Pelos Animais. Com intuito de conscientizar a população através da sétima arte, curtas, média e longas-metragens que tratam as causas animais serão exibidos nas telas do Cine Centoequatro.

O coordenador Nacional da Mostra, Ricardo Laurino, destaca que o principal objetivo do projeto é promover ao público, o acesso às diversas produções nacionais e internacionais – profissionais e amadoras – que abordam as questões animais de maneira profunda, com ênfase a formação de uma nova visão quanto à relação entre seres humanos e animais.

Para garantia de um melhor aproveitamento, o evento contará também, com um espaço reservado para bate-papo com representantes locais da causa, que, nesta oportunidade, comentarão as questões levantadas pelas obras a fim de destrinchar os inúmeros pontos que cercam este tema. “O bate papo é sempre uma forma de trazermos para perto, pessoas que podem contribuir com o movimento.” pontua Laurino.

De acordo com o coordenador o movimento é composto de todo o tipo de pessoa e ações. “O que realmente precisamos, é deixar que nossa vontade íntima em sermos caridosos e justos com os seres de nosso planeta venha à tona, resistindo às pressões culturais!” acrescenta Laurino.

O projeto teve seu início em Curitiba, onde foi sucesso absoluto em público. Desde então, cidades como Florianópolis, São Paulo, Brasília, Recife, Salvador, Vitória, Jundiaí e São José dos Pinhais já foram agraciadas pelo evento. Esta edição é a primeira em que a capital mineira participa.

Sobre a estreia, Laurino manifesta-se positivo: “As expectativas são as melhores! Por todas as cidades em que passou, a Mostra Animal transformou a visão de centenas de pessoas quanto à necessidade de nos conscientizarmos em relação ao nosso papel dentro do movimento mundial que tem como bandeira, o amplo respeito aos animais. Belo Horizonte é uma das principais capitais do Brasil e deve ser uma das cidades que nos guiará para essa nova visão e postura diante da vida animal em todo o planeta.”

O evento se estenderá até o dia 12 de agosto. Os ingressos poderão ser retirados gratuitamente 30 minutos antes do início da primeira sessão de cada dia, no cine centoequatro.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Para mais informações:

1ª MOSTRA ANIMAL Belo Horizonte – 2015

www.facebook.com/events/466315763527193/

Mostra Animal Brasil

www.mostraanimal.com.br/

www.facebook.com/mostraanimal
Sinopses

www.mostraanimal.com.br/index.php/edicao-2014

Por: Bruna Dias

Foto: Divulgação

Parklet, conhecido como minipraça, é instalado na Rua dos Goitacazes como área de lazer e descanso para pedestres.

Todos os dias, centenas de pessoas passam pela Rua dos Goitacazes, algumas caminhando até suas casas ou trabalhos, enquanto outras aproveitam as lojas para fazer algumas compras. A Goitacazes, diferentemente de várias outras ruas do Centro de Belo Horizonte, não possui um grande fluxo de carros, mesmo com o grande número de estacionamentos.

Pensando nesse fluxo de pedestres e no comércio da Goitacazes e ruas próximas, como a Rio de Janeiro, começou a ser instalado, no dia 21 de maio, o parklet. Mesmo tendo em vista que já existe um implantado na Savassi como experimental, o parklet da Rua dos Goitacazes é o primeiro aprovado pela prefeitura de Belo Horizonte e BHTrans, com 10 m de comprimento e 2,2 m de largura. O projeto possui piso, bancos e postes inspirados em praças das cidades do interior de Minas Gerais.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Fundado e aprovado no ano de 2010, em São Francisco (EUA), os parklets chegaram ao Brasil no ano de 2013 através da ONG Instituto Mobilidade Verde, na capital paulista. Desde então, outros estados o adotaram.

Mas o que são os parklets?

A palavra parklet é derivada de “parking”, que em inglês significa estacionar, mas em vez de ser utilizado por carros como estacionamento, o Parklet (que é uma minipraça com um mobiliário urbano de caráter temporário) serve para que pessoas possam descansar, ler, tomar um café e observar o movimento, por exemplo, e também estacionar suas bicicletas enquanto fazem tudo isso.

Os parklets são instalados em lugares onde exista um bom fluxo de pessoas, com trânsito que chegue a no máximo 40 km/h. Eles ficam em paralelo à pista de rolamento de veículos, expandindo o passeio público e reduzindo o número de vagas para estacionamento. O investimento é feito por bares, restaurantes ou lojas da redondeza, mas ele pode ser utilizado por qualquer pessoa que esteja passando pelo local.

Os parklets da Rua dos Goitacazes e da Avenida Bandeirantes, entre as ruas Ribeiro Junqueira e Júlio Vidal, ficarão instalados durante 2 anos apenas, sendo desmontados após este período.

Foto: Júlia Guimarães

Ecológicos, os parklets de Belo Horizonte serão feitos com materiais reciclados e terão iluminação solar fotovoltaica. A prefeitura recebe vários pedidos para autorizar a implantação da estrutura em outros bairros. Um deles é de comerciantes e produtores culturais do Bairro Floresta, que fizeram um bazar de roupas para arrecadar dinheiro e bancar os custos das varandas.

Matéria por Sthefany Toso e Julia Guimarães