Moda

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Por Keven Souza e Michele Assis

Na manhã desta última quarta-feira (13), o curso de Moda da Cidade Universitária Una (CDU) efetuou a entrega de mais de 70 agasalhos para a comunidade da Vila Acaba Mundo, em Belo Horizonte. As peças doadas foram confeccionadas na oficina de costura ‘Agasalhe com Amor’, realizada nos dias 22 e 29 de junho. 

A equipe da Una iniciou o trabalho na Associação Beneficente Bem-me-Quer, indo de encontro às casas dos moradores do bairro posteriormente. Receberam os agasalhos, idosos, adolescentes, famílias e crianças de 3 a 13 anos de idade. Também estiveram presentes estudantes do curso de Moda, Jornalismo, Cinema e Audiovisual da Una, bem como a coordenadora do Núcleo de Moda (NUMO) da CDU, Letícia Dias. 

O olhar de atenção e o sorriso no rosto estava estampado em cada pessoa que recebia o agasalho durante a visita. É o que explica Laysa de Oliveira Andrade Leite, aluna do sexto período de Moda. “Fomos muito bem recebidos, logo no início conhecemos as meninas da associação Bem-me-Quer e enquanto falávamos sobre o projeto víamos os olhinhos brilhando. Quando entregamos os agasalhos ganhamos uma apresentação de dança e muitos abraços e agradecimentos. Em seguida continuamos subindo a vila, havia idosos acamados e muitas famílias, todos estavam muito felizes com a iniciativa, empolgados com a nossa presença ali. Foi um dia emocionante!”, diz. 

Equipe Una entregando os agasalhos na Associação Bem-me-Quer. Foto: Malu Saraiva/Una

A estudante foi a idealizadora de todo o projeto junto de seu pai, Francisco Andrade. Segundo ela, o viés social e o ensino teórico-prático foram os principais pontos para criar a oficina. “Sempre tivemos vontade de desenvolver algo que pudesse ajudar quem precisa através da moda. Com a chegada do frio isso se tornou ainda mais urgente, daí veio a ideia de fazer as oficinas de costura com a confecção de agasalhos para doar”, afirma Laysa. 

O Agasalhe com Amor além de ter sido um eminente projeto, resultou na entrega de inúmeras peças de inverno para a população. Para Dionísio, 72, morador da Vila Acaba Mundo, as doações foram essenciais para a comunidade. “É muito importante, porque apesar de o agasalho que ganhei não servir para mim serve para quem é meu. Se ganhei também posso doar e se não serve em mim serve para outro, porque tem muita gente precisando. O que muita gente está passando aí, não tá mole não. Eu acho bom vocês fazerem isso!”, declara. 

Já o presidente da Associação de Moradores da Vila Acaba Mundo, Laerte Gonçalves Pereira, afirma que o bairro estar em parceria com a universidade é o ensejo da comunidade ter novas oportunidades e outras perspectivas de futuro. “O trabalho dos estudantes aqui é ótimo, porque traz expectativa e conhecimento diferente do que se tem aqui dentro. Nós não sabemos de todas as profissões, de tudo que vem acontecendo nas faculdades, então quando se há uma iniciativa como esta e a comunidade participa disso, é bom, porque traz a inclusão, as crianças começam a ver outros caminhos que elas possam tomar”, comenta.  

Moradores recebendo as peças de inverno. Foto: Malu Saraiva/Una

Acesse o link do drive que contém fotos completas da entrega dos agasalhos.

O que foi o Agasalhe com Amor

A oficina foi um projeto social produzido através de workshop de costura e modelagem básica, realizado em dois dias no mês de junho pelo próprio curso de Moda da Una, através do Núcleo de Moda (NUMO). Teve como objetivo ajudar pessoas carentes que necessitam de assistência social desencadeada pelo frio intenso, através da confecção de agasalhos feitos por alunos da instituição e da comunidade local. 

A ação reuniu cerca de 40 pessoas que costuraram, recortaram e aprenderam técnicas em volta do moletom, jaqueta jeans e poncho, estilo de agasalho fácil de se fazer. Isso foi potencializado por intermédio da doação de 60 metros de tecidos da loja Top Têxtil, localizada no Barro Preto, em BH. 

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Por Keven Souza

Ela está de volta! A famigerada saia jeans longa é a mais nova, nem tanto assim, polêmica fashion que está dividindo opiniões na moda de rua (street style). A peça foi um sucesso no passado e retorna no guarda-roupa de muitas pessoas neste ano. 

Criada na década de 70, as saias vieram como uma forma de adaptar as calças jeans. Ao longo do tempo, a peça foi ganhando seu espaço, novas versões e se tornando cada vez mais longas. Em 1995, ganhou tamanha notoriedade que entrou para a alta moda, aparecendo no desfile da Chanel. 

Desfile Primavera 1995 Chanel. Fonte: Vogue EUA.

Já na virada do século, nos anos 2000, a saia jeans longa virou peça-chave de quem buscava personalidade e sofisticação. Saiu, ainda, da moda de rua (street style) e apareceu em diferentes red carpets. E hoje, é a queridinha da cultura jovem.

Bella Hadid, que é a rainha da moda vintage e conhecida por popularizar peças ‘diferentonas’, apareceu com a saia jeans longa em um look despojado. Ela apostou em um modelo midi com detalhes charmosos de patchwork. Para combinar, usou uma blusa de alcinha e bota preta de cano alto. 

NEW YORK, Look Bella Hadid saia jeans. Foto: Gotham/Getty Images

Além da super modelo, a digital influencer Sofia Coelho é outra fashionista que escolheu a saia jeans longa na cor branca para um passeio diurno.

Look Sofia Coelho saia longa. Foto: Instagram/Internet

Tem gente que torce o nariz para a saia jeans longa, é verdade. Mas quem curte produzir looks com a peça, costuma optar por produções básicas e estilosas para ficar confortável. Dá para apostar em um visual mais despojado ou talvez mais social. E a versão com fenda é a mais presente no dia a dia.

Look Amaka Hameli saia longa. Foto: Instagram/Internet

Por que a volta da peça?

Com tanto burburinho e evolução, a volta de uma das peças mais versáteis do mundo da moda é compreensível e, certamente, esperada. Isso porque, as pessoas estão vivendo um momento de inquietude e nostalgia fashion. 

A autenticidade e exclusividade que giram em torno de uma peça vintage faz com que a comecem a sair do universo underground dos brechós e cheguem até as lojas mais caras, como a própria Farfetch. 

O que explica a volta do estilo vintage e da saia jeans longa que após 20 anos do seu hit, ressurge intensamente no guarda-roupa das pessoas, lado a lado das tendências atuais, como a dopamine dressing, por exemplo.

Por Keven Souza e Júlia Thais 

A moda é um documento que acompanha e registra a trajetória de um povo. Desempenha papéis importantes na sociedade. É por meio das indumentárias que realçamos significados que dizem quem somos e de onde viemos, sendo importante, ainda, expressarmos mediante ao que usamos. E na periferia essa premissa não é diferente! 

É por meio de origem, trajetória e estilo de vida que se evidencia a moda presente nas favelas da sociedade brasileira. O estilo periférico, como se nomeia as roupas vestidas por quem mora em uma área à margem da cidade, tipifica a vestimenta de quem vive ali e parte de um lugar singular e perene, da arte.

Esse estilo de roupa tende a valorizar narrativas e anseios de quem o veste, e, acima de tudo, dá palco para diversidade, acessibilidade e tamanha personalidade. O que o difere da alta moda e do universo fashion luxuoso. “O que é muito comum nas regiões periféricas é possuir algumas características que nos trazem a proximidade com o grupo ao qual estamos inseridos. O mais presente nas pessoas dessa região demográfica é o sentimento de pertencimento. Então, quando analisamos superficialmente, acreditamos que todas se vestem igual, mas na verdade elas criam suas próprias narrativas das suas vivências individuais e em grupos”, explica o stylist e fashion designer, Pedro Birra. 

Retrata, ainda, costumes e comportamentos de minorias e preenche, ao longo do tempo, lugar imprescindível na vida das pessoas do gueto. E é com esses pontos que o estilo está, também, presente no lugar mais alto da favela: na laje! 

A laje é símbolo que muito diz da força, dos laços e dos saberes dos moradores da favela. É um espaço onde se pode construir e reverberar costumes sociais, culturais e considerar ações pontuais no tempo ocioso.  E a partir daí surge o churrasco na laje. 

O churrasco na laje é uma forte tradição que se estabeleceu em todo o Brasil, especialmente em camadas mais pobres da sociedade, que caracteriza ideais e costumes dos moradores. Um evento que traz peças e estilos de roupas plurais que remetem a descontração, a alegria e o calor nesse momento de lazer. É o que afirma Pedro. “O churrasco na laje, assim como outros eventos presentes neste determinado grupo (moradores da periferia), é uma forma de diversão e para esse tipo de encontro a produção passa primeiro pelo conforto, então shorts, chinelos, são muito bem vindos”, diz. 

Pessoas no churrasco na laje. Foto: Jessi Goes.

Dito isso, listamos algumas peças comuns vistas no churrasco na laje. A primeira delas é a camisa de time de futebol. A periferia tende a valorizar a figura da celebridade do futebol, enxergando nesses indivíduos uma representatividade da comunidade, pelo simples fato do jogador de futebol ter nascido lá. 

Outra peça carimbada do estilo da periferia e no churrasco na laje é o short jeans. Não há uma peça que esteja mais presente na vida do brasileiro, do que os shorts jeans. Usado desde ocasiões mais informais, até em lugares que pedem algo mais elaborado.

Lado a lado ao short jeans, o chinelo Havaianas (que nem sempre é da Havaianas), possui sua relevância no momento de lazer. O calçado sintetiza a simplicidade, uma atitude de relaxamento, de verão, de praia, um estado de espírito do Brasil. Por isso, tem sempre alguém usando-o como parte de um look ousado no churrasco na laje. 

Falando de ousadia, o biquíni de fita já é, quase, a irmã do shorts jeans, devido sua grande participação nos churrascos da periferia! Coloridos ou não, tradicionais ou ‘diferentões’, a técnica de pregar fitas nas partes íntimas em forma de biquíni ou sunga já é uma trend nas lajes. E com a indústria musical, popularizado para além da favela por Anitta no clipe de ‘Vai, malandra’, tal técnica já é marca registrada na moda da favela. 

A cantora está entre os artistas brasileiros que saíram da periferia e continua mostrando com clareza, roupas e práticas que são comuns nas comunidades. Em Vai Malandra, clipe gravado em 2017 no Morro do Vidigal, podemos encontrar o famoso bronze na laje, que faz parte da rotina de muitos moradores da periferia. 

Ludmilla, Anitta e Mc Cabelinho. Arte: Jessi Goes.

Com referência e muita representatividade, Ludmilla é outra artista que aposta em looks baseados na moda periférica. Nascida e criada em Duque de Caxias, a cantora e suas bailarinas no clipe Rainha da Favela, gravado em 2020 na Rocinha, Rio de Janeiro, trouxeram peças de roupas bastante comuns em churrascos na laje. E já o cantor e ator, Mc Cabelinho em seu videoclipe da música Little Hair, gravado no Morro da Caixa d’Água, com Felp 22 e Xamã, faz uma releitura do churrasco na laje, além do estilo visto no gueto. 

O fato é que o estilo periférico conquistou o seu lugar tanto no universo da moda quanto no meio artístico, e, desde então, possui interferência na indústria musical graças às suas características. Da mesma maneira que a indústria possui lugar referencial para quem sempre teve tão pouco acesso. E é neste movimento de conversão de influências que se completa um processo cultural, rico e cíclico, que se sobressai e se pode ver perfeitamente no churrasco na laje.

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Peça tem dado o que falar nas redes sociais e promete aparecer ainda mais em seu feed

Por Keven Souza

Entra ano e sai ano, e o que não muda em toda virada são as expectativas para os próximos festivais que estão por vir. Seja Rock in Rio, Planeta Brasil ou Coachella, todos fazem parte da lista dos mais aguardados pelos amantes da música. E junto à espera há sempre uma preocupação eminente: o que vestir? 

Esse questionamento ligado ao visual é comum e normal, afinal estamos na era digital e mais do que nunca as pessoas têm prezado pela aparência, mas hoje, visto a chuva de tendências que surgem dia após dia no mundo fashion, não é muito difícil produzir um look digno de ‘biscoito’ no Instagram. 

Quem acompanhou no mês de março a nona edição do Lollapalooza Brasil, por exemplo, se deparou com uma trend que caiu no gosto popular e se tornou um novo surto fashion: o corset de tênis (ou cropped de tênis). 

Sabe aquele calçado que está esquecido há tempos na prateleira? Pois é, ele é a matéria-prima dessa tendência. Em um processo altamente divertido e econômico, a ideia é transformar diversos pares de modelos de tênis em corsets estilosos, dando uma nova vida aos calçados por meio da moda sustentável. 

O conceito foi visto, pela primeira vez, na Semana de Moda de Nova York, quando a designer de moda e fundadora da ‘Frisk Me Good’, Cierra Boyd, exibiu algumas de suas criações durante o evento. Sua marca é bastante conhecida no mercado internacional. Personalidades como a cantora Cardi B, a influenciadora Lívia Nunes e o apresentador RuPaul, são alguns dos famosos que usam ou fizeram o uso dos corsets criado por Cierra. 

Influenciadora Livia Nunes na FWP | Fonte: Instagram

A marca também trabalha outras peças além do cropped. É possível encontrar na loja virtual conjuntos de calças ou shorts, jaquetas coloridas e estampadas, bolsas, biquínis, macacões e vestidos, que vão do sexy ao despojado. 

 

No Brasil, não demorou muito até a novidade aparecer nas redes sociais e ganhar as primeiras adeptas. O corset de tênis chegou tomando espaço no guarda-roupa e no coração das celebridades, que apostaram em calçados reciclados de grandes marcas, como Adidas, Nike e Converse. 

Febre entre famosas

Ousado e divertido, o modelo usado pela influenciadora Jade Picon no Lollapalooza Brasil, gerou burburinhos nas redes sociais. A começar por ela, a ex-bbb esteve no Autódromo de Interlagos (SP) com um corset de chuteiras da marca Adidas na cor coral neon. 

Fonte: Internet/Instagram

A peça foi produzida por Raquel Viana, designer que se popularizou por produzir esse tipo de vestuário, com a sua empresa Rachel’s. 

Pocah foi outra que escolheu a trend para causar no Lollapalooza. Ela optou por um par de All Star clássico, na cor preta, reciclado da marca Converse. Um pretinho básico é tudo, não é mesmo?

Fonte: Internet| Instagram

O look foi feito por Carola, personal designer e fundadora da marca Ana.Ca ‘s Styling, que já vestiu Valesca Popozuda, Mc Dennis, entre outros. 

Outra que usou o corset foi Luisa Sonza. A cantora do hit “Braba”, apostou na peça inusitada feita com chuteiras da marca Nike, em seu último clipe, “Sentadona”, e em shows e vídeos de coreografia postados em seu Instagram.

Luisa nos bastidores de seu clipe “Sentadona” | Fonte: Instagram

Nessa produção, a ideia criativa ficou por conta da mineira e designer de moda, Ana Laura. A jovem, de 23 anos, é auditada no estilo e preza pela técnica do upcycling, em sua marca ULLT“, desde a estreia em 2019. 

 

Embora levantem opiniões diferentes na internet, a trend do corset de tênis está dando visibilidade ao movimento upcycling, que é o ato de, utilizando a criatividade, dar um novo e melhor propósito para um material que seria descartado. Além de abrir um espaço para dialogar sobre questões ambientais. Legal, né?

Agora, como fazer o corset?

Se você sabe um pouco de corte e costura, pode fazer a sua versão em casa.  Nem sempre a primeira peça sairá impecável, mas a proposta é essa, utilizar daquilo que você não usa mais, como o seu calçado velho, e criar algo novo, interessante. 

Na internet já é fácil encontrar tutoriais de DIY, que é o challenge do “faça você mesmo”, ensinando maneiras de como fazer o seu corset de tênis. 

A dica do Contramao é explorar a criatividade e abusar das sobreposições, combinando com peças esportivas como shorts ou leggings ou com peças de jeans e corte mais streetwear. 

Veja uma inspiração inicial: 

Corset da ULLT | Fonte: Instagram

No mais, o interessante dessa trend é que ela já nasce de uma ideia sustentável e traz novas maneiras de brincar com a moda, por isso não há regras, o importante é se jogar. Do it without fear! 

 

 

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Por Keven Souza 

Hoje, se fala muito de conhecer o efeito das cores na pele humana para identificar quais são mais harmônicas ao nosso tom no uso de roupas, acessórios, cor de cabelo e maquiagem. Esse processo, chamado de coloração pessoal, embora seja um assunto recorrente nas redes sociais e nos espaços de beleza, desperta ainda muitas dúvidas nas pessoas. 

Isso acontece, porque requer um conhecimento teórico e prático bastante apurado sobre a análise, que, ao ser bem realizada, tem a proposta de realçar o visual, a beleza e a autoestima. E foi pensando nisso que trouxemos a consultora de cores e analista de coloração pessoal, Jainara Alves, para esclarecer de uma vez por todas dúvidas sobre o tema. Confira a entrevista!

Jainara, o que seria coloração pessoal? 

Coloração pessoal diz respeito à cor do cabelo, olhos, sobrancelhas, dentes, contraste, veias e toda a tonalidade de pele que uma pessoa possui. Coloração pessoal também é harmonia. É a busca de harmonia entre as nossas cores naturais e as cores que nós adotamos em nossas roupas, maquiagens e acessórios.

Qualquer pessoa pode e deveria fazer sua análise para saber quais cores lhe favorecem e quais cores não. Faço apenas uma observação quanto à idade: o indicado é que o teste de cores seja feito em pessoas a partir dos 10 anos, porque até essa idade nossa coloração pessoal ainda está se formando e depois dos 10 anos a coloração pode mudar. Assim, se o teste for realizado antes desse período, será necessário um novo teste depois.

Como funciona a análise? É possível fazê-la online?

O recomendável é que a análise seja realizada sempre presencialmente. As telas do celular e do computador possuem configurações diferentes e podem alterar as cores, e esse é o principal motivo pelo qual o teste on-line não é recomendado. A cor que vejo no meu computador pode ser muito diferente da que você está vendo no seu aparelho digital. Assim, não há como ter certeza de que as cores que você está vendo num teste on-line são as reais da pessoa que está sendo analisada.

Durante o teste de cores, vários aspectos são analisados. O primeiro e o mais importante é o subtom de pele para identificar a temperatura (se a pele é quente ou fria), depois o contraste (para descobrir o tipo de estampa que mais combina), a intensidade da pele (se é opaca ou brilhante) e a profundidade da pele (se é clara ou escura). Analisando esses aspectos, descobrimos a melhor cartela de cores para cada pessoa.

Falando de cartela de cores, nos explique o que é e como funciona?  

A cartela de cores é uma espécie de guia, ela contém informações que nortearão as escolhas de uma pessoa. Indicam as melhores cores na hora de fazer compras de roupas, acessórios, maquiagens, tinturas de cabelo, etc. 

As cores certas iluminam, suavizam manchas e linhas de expressão, deixando a pele com aspecto saudável, além de rejuvenescer em até 10 anos. Isso, claro, implementando todas as orientações da consultoria de uma só vez e quando a pessoa entende sua coloração natural, ela vai assimilando naturalmente as cores que mais lhe valorizam. Existem mais de 1 milhão de cores e a cartela servirá como referência, de modo assertivo na hora de montar um visual.  

Entre as principais cartelas usadas atualmente, todas elas partem das paletas de cores que são definidas em quatro estações e em doze diferentes classificações, são elas: 

– Primavera Clara 

– Primavera Quente

– Primavera Intensa

– Verão Suave

– Verão Claro

– Verão Puro

– Outono Quente

– Outono Intenso

– Outono Profundo

– Inverno Suave

– Inverno Puro

– Inverno Profundo

A cartela possui validade? 

A cartela de cores pode, sim, ser alterada com o tempo. Mas não é uma alteração tão grande. O que acontece é que quando envelhecemos perdemos um pouco do viço da juventude e isso ocasiona uma mudança no contraste do nosso rosto. Se uma pessoa, por exemplo, é uma paleta de cor outono escuro quando jovem, pode ser que quando idosa fique melhor com as cores do outono suave. 

O subtom de pele não muda, mas pode haver uma adequação na cartela para harmonizar com a diferença da coloração (contraste) adquirida com o passar dos anos. 

Existe um porquê de fazer o teste na altura do pescoço? 

O teste de cores com tecidos precisa ser realizado próximo ao rosto, porque o que importa para a coloração é o rosto. Tudo o que está próximo a região impacta diretamente nela e nós buscamos harmonia especificamente para esta parte do corpo. 

Quais são os tipos de cores de pele que existem? Uma pessoa pode fazer a análise de cor estando bronzeada? 

Existem diversas tonalidades de pele… O bronzeamento artificial altera significativamente o resultado do teste de cores. Se for permanente, não levamos mais em consideração a coloração que a pessoa tinha antes do procedimento e sim a coloração artificial que ela possui no momento, entregando a cartela de cores que mais harmonize com a coloração atual dela. 

Quais dicas você daria na hora de usar cores que não fazem parte da sua cartela de cores?  

Cores que não estão na sua cartela podem ser usadas na parte de baixo do seu look como calça, saia, short e outros, bem distante do seu rosto e assim não haverá interferências na sua imagem. 

Sabe-se que as cores são mecanismos que podem ajudar na melhora do humor ou até mesmo nos hábitos cotidianos. Ao escolher esses tons certos, você acredita que as cores influenciam na personalidade das pessoas?

Quem melhor poderia responder essa pergunta é o psicólogo, pois é o profissional que lida com emoções e personalidades. Como consultora, eu avalio de uma perspectiva mais da estética e posso dizer que, quem deseja melhorar sua aparência precisa saber quais são suas melhores cores para usar isso a seu favor, pois a utilização das cores certas seja em roupas, maquiagens e acessórios traz diversos benefícios, como a compreensão da própria coloração natural, que a faz ir às compras com mais assertividade. Sem contar que quando usamos as cores corretas, a aparência fica muito mais bonita.

Em média, quanto custa uma consultoria de imagem?

A consultoria de cores/análise de coloração pessoal custa em média R$300. Se a analista tiver outros serviços para oferecer, como por exemplo, uma consultoria de imagem e estilo ou personal shopper, ela pode aumentar esse valor. Ou seja, depende do que você busca e do que a profissional tem a oferecer. 

As pessoas que quiserem fazer essa análise, como entrar em contato com você?

Quem desejar realizar uma consultoria comigo, pode entrar em contato através do meu Instagram (@coloracaopessoalslz). Estou sempre ativa por lá! Lembrando que realizo somente atendimentos presenciais e se você for de outra cidade, aconselho a  procurar uma consultora na sua região. 

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Por Keven Souza

A busca por vestimentas e acessórios que melhoram o humor tem sido cada vez mais alta hoje em dia. Com as novas perspectivas da pandemia, a overdose de cores vibrantes e intensas têm chegado fortemente neste ano para traçar dias melhores e mais leves, indo na contramão de tempos sombrios. 

Seja nas roupas, nas makes, nos sapatos e também nos móveis domésticos, a atmosfera colorida é real e se faz presente como nunca se viu antes. Já parou para refletir o que sentimos ao ver algo colorido? Se não, repare! A sensação é comum e possui nome e sobrenome: moda dopamina (dopamine dressing). 

E caso você não conheça a trend, o Contramão traz hoje detalhes desse estilo que é divertido, conquistou o coração das fashionistas e já é mais do que um sucesso entre a geração Z. 

Afinal, o que é moda dopamina? 

Para começar, é preciso se desprender do universo fashion e ir até o campo da Ciência.  Isso porque, a trend está envolvida com a psicologia das cores em uma análise que, apesar de não ser atual, fica evidente neste momento com o tensionamento das pessoas a usarem fortes tons. 

O estudo revela como o cérebro humano identifica e entende as cores, bem como reage por meio delas, às emoções, sentimentos e desejos. Agora, partindo para a Neurociência, o nome ‘Moda Dopamina’ já sugere tudo. É designado do neurotransmissor essencial responsável pelo prazer: a dopamina, processo orgânico do corpo que libera a sensação de bem-estar e motivação. 

Ao entender isso fica mais claro compreender o poder dessa tendência, já que as vestimentas resultam consideravelmente em todo o nosso humor e possuem o efeito de influenciar sensações positivas ou negativas a partir do que usamos. E com esse pressuposto, a moda dopamina entende! Os looks nesse estilo são pensados para liberar altas quantidades de hormônios do prazer em nosso corpo. 

Sabe aquele sapato de cor verde neon que é quase impossível de não se olhar? Ou aquela bolsa de cor de rosa muito chamativa? Pois então, essas peças são feitas para produzir a sensação de euforia aos nossos olhos. Uma vontade única de querer ter aquele objeto simplesmente pela cor ou estilo. 

Fonte: Pinterest

Colorindo o mundo afora

E não é preciso ser designer de moda ou um expert no universo fashion para notar um aumento na usabilidade de cores fortes na vida das pessoas e no mundo afora. Basta estar atento e de olho nas ruas, nas redes sociais e nos desfiles de passarela, para observar esse comportamento frenético. 

Nos EUA, por exemplo, a indústria musical tem se embebedado da MD (moda dopamina) e popularizado o estilo. Cantoras como Rhianna, Ariana Grande e Beyoncé, são artistas que mais aderem a trend. Já na Europa Ociedental, a super modelo e cantora, Dua Lipa, pode ser considerada “cara e crachá” do movimento. 

Isso porque, a britânica de 26 anos tem adotado a atmosfera colorida no seu dia a dia em suas roupas, acessórios e até mesmo nos videoclipes. Em janeiro de 2020, sua produção nomeada de ‘Physical’ deu um show de tendências após a cantora usar looks monocromáticos nas cores Verde Bottega, rosa pink, amarelo canário, azul elétrico, entre outras. 

Na época, a moda dopamina já existia, mas pouco se falava sobre. O que fez com que o estilo usado por Dua lipa despertasse grande interesse popular e fizesse daquela música mais um hit viral, somando mais 355 milhões de visualizações e 3 milhões de curtidas na plataforma do Youtube. Um verdadeiro sucesso a partir de um mar de cores, não é mesmo? 

Fonte: Youtube/internet
Fonte: Youtube/internet

Como investir na trend

Agora que sabe de onde surgiu o conceito da moda dopamina e que ela é queridinha mundial, é hora de aprender a usá-la!  

Como dissemos, a moda dopamina chegou para dar um up no guarda-roupa das pessoas. Mas como se vestir de acordo com o estilo? Bom, o que mostra o relatório de 2022 do Pinterest, para o que deve bombar neste ano no mundo fashion, teremos pessoas usando estampas, brilhos, texturas e muitas cores. 

Então pegue essas dicas e, caso queira, comece por aí. Porque, em via de regra não existe uma lógica a se seguir. O ideal seria apostar em uma cor forte e criar um look totalmente monocromático, construir também combinações de tons análogos ou adicionar acessórios diferentões. 

Sabe aquele colar colorido que sua tia lhe deu no natal? Aquele par de brincos na cor laranja que comprou na feira de domingo? Ou aquela bolsa que não usa faz um tempo por achar ela extravagante demais? Chegou a hora de usá-los e se desprender do padrão! 

É com essa pegada que você fará parte da MD. E se quer dicas básicas para um bom começo, anote aí! 

– Tente combinar cores análogas. 

Fonte: Instagram

– Aposte nos looks monocromáticos.

fonte: Internet/Glanzfashion

– Abuse de acessórios.

Fonte: Pinterest

Vista-se da cor do ano

Entre todas as cores vibrantes que existem, uma vai se destacar neste 2022. É o que acredita a empresa americana, Pantone, com a cor ‘Very Peri’. A organização, conhecida por seus sistemas de cores, elege a cada fim de ano tons que podem ser hit em certas temporadas.  

E neste ano, se buscamos alegria e criatividade por meio da trend MD, o tom é perfeito! Reflete uma transformação intensa que passamos durante o período de isolamento, a liberdade de explorar sua personalidade e a praticidade que o espaço digital oferece, pensando na convergência digital que se faz presente dia após dia. 

O fato é que as pessoas querem melhorar o humor por meio dos looks, mas fazer aquela produção incrível com base na cor do ano – segundo a Pantone – seria o cenário perfeito para arrasar de modo ímpar neste 2022. Por isso, tente colocar a Very Peri na sua paleta de cores, porque ela irá dar uma guinada no seu astral e estilo. 

É a hora de seguir sua intuição e montar um visual que te deixe feliz. Crie, use e divirta-se!