palácio das artes

Por Ana Paula Tinoco

A Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte – CineBH – chega a sua 11ª edição, o evento que terá início hoje, 22 de agosto, conta com uma programação diversificada e gratuita. No total serão exibidos 101 filmes, sendo 41 longas, 1 média e 59 curtas-metragens organizados em 60 sessões distribuídas em toda grande BH.

A mostra que irá até o dia 27 de agosto, receberá pré-estreias e retrospectivas vindas de seis estados brasileiros: Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Além, da participação de 16 países: Brasil, França, Reino Unido, Estados Unidos, Portugal, Senegal, Alemanha, Japão, China, Rússia, Áustria, Líbano, Síria, Emirados Árabes, Qatar Tailândia.

Os espaços ocupados serão ao todo dez, são eles: Fundação Clóvis Salgado, Teatro Sesiminas, Sesi Museu de Artes e Ofícios, Sesc Palladium, Cine Theatro Brasil Vallourec, Praça Duque de Caxias – Santa Tereza, MIS Cine Santa Tereza, Cento e quatro Centro Cultural, Serraria Souza Pinto.

A novidade este ano fica por conta da montagem de um cinema na Praça da Estação, ao ar livre. Integrando a programação da Minas Gerais Audiovisual Expo – A MAC – o objetivo desta estreia é abrir e intensificar a interação entre a CineBH, Belo Horizonte e todos os movimentos sociais e culturais vigentes em nossa cidade.

Abaixo link dos lugares em que a 11ª Mostra de Cinema Internacional de Belo Horizonte – CineBH –  ocorrerá:

  • Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes

Avenida Afonso Pena, 1.537 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • CentoeQuatro – Centro Cultural

Praça Ruy Barbosa, 104 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • Teatro Sesiminas

R. Padre Marinho, 60 – Santa Efigênia, Belo Horizonte – MG

  • Sesi Museu de Artes e Ofícios

Praça Rui Barbosa, 600 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • Sesc Palladium (Entrada Principal)

Av. Augusto de Lima, 420 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • Cine Theatro Brasil Vallourec

Av. Amazonas, 315 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • Praça Duque de Caxias

Santa Teresa, Belo Horizonte – MG

  • MIS Cine Santa Tereza

R. Estrela do Sul, 89 – Santa Teresa, Belo Horizonte – MG

  • Serraria Souza Pinto

Av. Assis Chateaubriand, 809 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • Praça da Estação

Av. dos Andradas – Centro, Belo Horizonte – MG

Para informações sobre a programação completa: CineBH

 

 

 

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(Muro em frente à casa do Renato Russo, em Brasília, um dia após show desastroso no Mané Garrincha. Foto: Reprodução internet)

 

O último e histórico show da Legião Urbana em sua cidade natal: 63 presos, 231 feridos e uma onda de ódio à banda.

Mais de 50 mil pessoas foram até o Estádio Mané Garrincha, em Brasília no dia 18/06/1988 para acompanhar o show que marcava a volta da banda Legião Urbana a sua cidade de origem. Toda a cidade se mobilizou para o que seria o maior evento da história de Brasília, mas após sucessão de erros dos organizadores, da banda, Polícia Militar e mau comportamento do público, o show terminou em tragédia com 63 pessoas presas, mais de 230 feridos e uma onda de ódio contra a banda, que nunca mais se apresentou na capital brasileira.

O tumulto começou já na entrada do estádio, a organização do evento não disponibilizou todos os portões do estádio para o acesso do público, o que gerou filas enormes e grande confusão, levando a PM a agir com truculência para conter a agitação. O clima já era tenso no Mané Garrincha quando a Legião Urbana, com mais de uma hora de atraso, deu início ao show, e ainda existiam filas enormes do lado de fora do estádio.

O público parecia contido e o show prosseguia, até que Renato Russo, vocalista da banda fez um discurso de criminalização das drogas. O público não reagiu bem à fala de Renato, o vaiou e começaram a jogar “bombinhas” no palco, mas o ápice da fúria aconteceu assim que o vocalista terminou seu discurso, um homem invadiu o palco e subiu nas costas de Renato Russo, agarrando-o pelo pescoço.

Ouça o discurso de Renato que causou revolta entre os fãs:

Assista ao vídeo do momento em que Renato Russo é atacado:

Imagens: TV Globo

Após esse incidente, o clima que já era de tensão, piorou. O show era paralisado todo o tempo, no gramado e arquibancada do estádio o público entrava em conflito com a PM, enquanto objetos continuavam sendo arremessados no palco. Em 1999 o baterista Marcelo Bonfá e o guitarrista Dado Villa-lobos, em entrevista para a Rádio Cultural/RJ, relataram o que aconteceu no dia, e os prováveis motivos para o fatídico show. Ouça a entrevista, que conta ainda com relato do Renato Russo, dias depois do evento para TV Globo:

Em meio a trocas de acusações a Secretária de Segurança Pública de Brasília abriu um inquérito para investigar as causas e os danos dos incidentes ocorridos durante o evento. Hezir Espindola, representante dos organizadores do show e César Paz representante da Sec. de Segurança Pública, relataram o ocorrido em entrevista para a TV Globo, dias após o show em junho de 1988. Ouça os relatos de Hezir e César, respectivamente:

Com o nível de tensão alto no ambiente, era inevitável que a situação piorasse, aparentemente com a intenção de diminuir os nervos, Renato paralisou uma música e com palavras ásperas encerrou o show, o público revoltou-se novamente e o tumulto piorou, corre-corre, pessoas sendo pisoteadas, a polícia voltou a agir com truculência, as pessoas que foram como fãs da banda, voltaram do estádio com o sentimento de frustração e rancor com a Legião Urbana. Paredes em torno do estádio e próximas a casa da mãe de Renato Russo amanheceram pichadas com palavras de ordem contra a banda. Ouça o momento em que Renato encerra o show:

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(Jornal Correio Brasiliense 20/06/1988)

Carminha Manfredini, mãe de Renato Russo, explicou em entrevista a Rádio Cultural, o quão era importante para seu filho, se apresentar na cidade onde viveu e o tamanho da decepção com o resultado desse dia que entrou negativamente na história de Brasília e a Legião Urbana. Ouça o depoimento de Manfredini:

Assim encerrou-se a história da Legião Urbana com Brasília. Nem só de flores e amor se vive uma paixão.

Matéria produzida pelos alunos do 4º período de jornalismo, João Victor de Castro e Paloma Simões, na disciplina de TIDIR/JOR2B.

 

 

 

 

Foto: Yuran Khan

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Belo Horizonte é uma cidade marcada por pontos turísticos que vão desde as obras arquitetônicas de Oscar Niemeyer até as praças, parques e festivais. O ano de 2014, por exemplo, recebeu mais de 355 mil turistas durante a Copa do Mundo, segundo pesquisa da Secretaria de Estado de Turismo e Esportes, arrecadando de receita direta R$ 451 milhões. Além de grandes eventos, a capital mineira atualmente abriga um dos maiores carnavais de rua do país, reunindo 2 milhões de pessoas segundo a PM em 2016.

A estimativa realizada pela prefeitura de Belo Horizonte aponta que em 2020 a cidade receberá cerca de 5.442.980, 3.185.491 a mais de turistas que no ano de 2010.

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Pontos Turísticos

Muito dos pontos turísticos em Belo Horizonte, atualmente, são identificados com placas dos nomes, engenheiros e ano em que foram construídos, além de uma pequena história. Semáforos também foram alterados com novas máscaras para atrair a curiosidade dos turistas e divulgar museus, igrejas, dentre outros patrimônios. Além das construções históricas, a capital também atrai pessoas devido a sua culinária com circuito de restaurantes e bares.

Veja abaixo uma lista com atrativos turísticos destacados pela PBH como os mais visitados:

Atrativos Culturais

Palácio da Liberdade, Casa do Baile, Igreja São Francisco de Assis, Museu Histórico Abílio Barreto, Museu de História natural e Jardim Botânico, Museu de Arte da Pampulha, Mercado Central, Conservatório Mineiro de Música, Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem, Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Casa Fiat da Cultura, Centro Cultural UFMG, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Fundação Clóvis Salgado, Museu de Ciências Naturais, Museu das Telecomunicações, Museu de Artes e Ofícios, Museu Mineiro e Museu das Minas e dos Metais.

Realizações técnicas

Zoológico, Aquário e Planetário

Atrativos Naturais

Parque Ecológico da Pampulha, Parque Estadual da Baleia, Conjunto Paisagístico da serra do Curral, Parque das Mangabeiras e Parque Municipal Américo Renê Gianetti.

Eventos Permanentes

Expo-Cachaça, Axé Brasil, Casa Cor Minas, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Festival Internacional da Dança (FID), Festival Internacional de Teatro de Bonecos, Festival Internacional de Teatro de Palco e Rua, Festival Internacional de Quadrinhos, Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena, Festival Gastronômico Brasil Sabor e Festival de Arte Negra.

 

 

Texto e fotos por Julia Guimarães

#FDS

SEXTA- FEIRA

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Foto: divulgação

Nos dias 27, 28 e 29 de novembro, o Cine Theatro Brasil recebe o espetáculo “A Tempestade”.

A obra se passa numa ilha remota, onde Próspero, duque de Milão por direito, planeja restaurar sua filha Miranda ao poder, utilizando-se de ilusão e manipulação. Próspero tem a seu serviço Caliban, um escravo em terra, homem adulto e disforme, e Ariel, o espírito servil e assexuado que pode se metamorfosear em ar ou fogo. Os poderes eruditos e mágicos de Próspero e Ariel combinam-se para invocar uma grande tempestade, visando assim atrair seu irmão Antônio, que lhe usurpou a posição de duque, e seu cúmplice, o rei Alonso de Nápoles, para a ilha. Lá, suas maquinações acabam por revelar a natureza vil de Antônio, provocando a redenção do rei, e o casamento de Miranda com o filho de Alonso, Ferdinando.

A Tempestade é uma história de vingança, amor, conspirações oportunistas, e também de reconciliações e perdão. “Temos A Tempestade nas mãos, e isso não é pouco. Trata-se de um dos textos mais importantes de Shakespeare e o que ele tem de mais atual é o fato de tratar do desejo”, comenta Celso Frateschi. “Tenho atração e encantamento por obras que traduzem o universo mítico, onírico e poético, como A Tempestade“, complementa o diretor Gabriel Villela.


Datas:

27/11/2015 – Sex às 21h

28/11/2015 – Sab às 21h

29/11/2015 – Dom às 20h

Local: Cine Theatro Brasil -Rua dos Carijós, 258 – Centro – Telefone:(31) 3201-5211 ou (31) 3243-1964

Valores:

Pateia 1:R$ 60,00 (inteira) | R$ 30,00 (meia)

Plateia 2:R$ 50,00 (inteira) | R$ 25,00 (meia)

Gal Costa

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Foto: divulgação

No dia 27 de novembro o Sesc Palladium recebe a cantora e compositora Gal Costa.

A cantora e compositora reconhecida nacionalmente pela sua voz encantadora apresenta o novo trabalho intitulado “Estratosférica”. Além de canções inéditas o público pode esperar uma retrospectiva dos seus grandes sucessos e releituras.

Show Gal Costa – Estratosférica

Hora: 21h

Local: Sesc Palladium

Ingressos:  Plateia I – R$200 (inteira) e R$100 (meia) / Plateia II – R$160 (inteira) e R$80 (meia) / Plateia III –

R$130(inteira) e R$65 (meia)

Grande Teatro do Sesc Palladium

Classificação: 14 anos

Duração: 90 minutos

  Forfun   

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Foto: divulgação

Belo Horizonte recebe o show de despedida da banda Forfun, dia 27 de novembro no Chevrolet Hall.

Após 14 anos de carreira, o Forfun decidiu encerrar as atividades. pra celebrar essa transição e dar um merecido “até logo” a todo o público, a banda decidiu fazer uma pequena turnê de despedida passando por algumas capitais do Brasil.

 

Local: Chevrolet Hall

Endereço: Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 – Savassi

Abertura da casa: 20:30

Horário do show: 22:00

Classificação: 16 anos (14 e 15 anos permitida a entrada acompanhados de pais ou responsável legal)

Valores:

PISTA LOTE 2: R$50

PISTA LOTE 3: R$60

PISTA LOTE 4: R$70

“Zeitgeist: Arte da Nova Berlim”

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O CCBB BH será tomado pelo underground techno dos clubes de Berlim na madrugada do dia 27 de novembro, com a festa Carlos Capslock que traz performances e projeções. Neste dia a exposição estará aberta até às 2:00, programe sua visita. Uma verdadeira imersão na cultura dos famosos clubes berlinenses.

A exposição “Zeitgeist: Arte da Nova Berlim”, de curadoria de Alfons Hug, apresenta a festa Carlos Capslock, inédita em Belo Horizonte.

Festa: a partir das 23h00 com capacidade máxima é de 300 pessoas.

Local: Centro Cultural Banco do Brasil

Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários Belo Horizonte/MG

A entrada é por ordem de chegada.

Sujeito à lotação do espaço

Entrada permitida para maiores de 18 anos

SÁBADO

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Foto: divulgação

MARCOS & BELUTTI

No dia 28 de novembro o Chevrolet Hall recebe a dupla sertaneja Marcos e Belluti.

Com fãs espalhados por todo o Brasil, os músicos acumulam sucessos como os hits de sucesso “Será Que Vai Rolar”, “Dupla Solidão” e atualmente a música “Aquele 1%”.

Em show mais intimista, eles cantam sucessos como “Domingo de Manhã”, “Então Foge”, “I Love You” e “Irracional”.

Data: Sábado, dia 28 de novembro de 2015.

Horário: 22h.

Local:Chevrolet Hall – Belo Horizonte (MG)- Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 – São Pedro

Ingressos: de R$ 30 a R$ 560.

Classificação etária: 14 e 15 anos: permitida a entrada (acompanhados dos pais ou

responsáveis legais).16 anos em diante: permitida a entrada (desacompanhados).

Abertura da casa: 1h30 antes do espetáculo.

Para mais informações no site Guia BH – https://www.guiabh.com.br/show/marcos-e-bellutti

“Relações Aparentes”

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Foto: divulgação

No dia 28 de novembro, sábado, o Palácio das Artes recebe a comédia “Relações Aparentes”, com Vera Fisher no elenco. A peça, uma das principais comédias de Alan Ayckbourn, marca o retorno de Vera Fisher aos palcos após 9 anos, e conta a história de Greg e Ginny, um casal que vive junto e tem a confiança abalada por uma suspeita de traição.

Uma série de mal-entendidos são usados para ironizar o mundo da alta classe média londrina tratando do rompimento dos cânones familiares com a traição entre casais, jamais se abstém da elegância e da inteligência em seu linguajar literário puro.Com direção de Ary Coslov e Edson Fieschi, o elenco conta ainda com Tato Gabus Mendes, Michel Blois e Anna Sophia Folch. A partir das 21h.

Relações Aparentes

Data: 28/11/2015 – Sáb às 21h

Endereço: Av. Afonso Pena, 1537 – Centro    Telefone: (31) 3236-7400

Ingressos:

Plateia I e II

R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada)

Plateia Superior

R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada)

Classificação etária: menores de 12 anos acompanhados dos pais.

Intervenção de Artes Visuais #sernegroé

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Foto: divulgação

Data: 28/11/2015 de 06h00 às 18h00

A intervenção #sernegroé, do artista plástico Rafael Boneco, propõe a realização de uma instalação interativa na qual um biombo, transformado pelo grafiti, e por tinta de quadro negro, se tornam espaço de escrita para o público negro. Este, provocado pela questão que dá nome à intervenção: ser negro é?, deixa ali seu registro num ato de interação e reflexão sobre uma questão que é tão cara para o orgulho e empoderamento negro.

Local: Parque Municipal – Avenida Afonso Pena, 1377

Espaço de Leitura + Árvore Baobá –  Árvore da Palavra – FANZINHO*

Data: 28/11 de 10h00 às 16h00

Local: Parque Municipal – Avenida Afonso Pena, 1377

Espaço destinado à leitura e interação *voltada para o público infantil.

 

Oficina construção da boneca Abayomi

Data: 28/11 ás 10h

Local: Parque Municipal – Avenida Afonso Pena, 1377

Construção da boneca Abayomi. A palavra abayomi tem origem iorubá, e costuma a ser uma boneca negra, significando aquele que traz, felicidade ou alegria. Bonecas de pano artesanais, muito simples, a partir de sobras de pano reaproveitadas, feitas apenas com nós, sem o uso de cola ou costura e com mínimo uso de ferramentas, de tamanho variando de 2 cm a 1,50 m, sempre negras.

Obs: A oficina não precisa de inscrições prévias.

Projeto: Pauta em Movimento Espetáculo Chica – Cia Étnica

Concepção e direção de Carmen Luz; Cia Étnica de Dança; Teatro Cacilda Becker, RJ; 21 a 31/05/2015

Foto: divulgação

Data: 28/11  as 19h00

Local: SESC – Grande Teatro – Rua Rio de Janeiro, 1046

A Companhia Étnica foi criada na cidade do Rio de Janeiro em 1994 por um desejo de intervenção na cena contemporânea da dança carioca: o de pôr em foco os sujeitos e objetos da diáspora africana. Suas criações traduzem, em forma singular, pesquisas e reflexões sobre a ancestralidade africana no Brasil e o multiculturalismo brasileiro.

A entrada pode ser mediante 1kg de alimento não perecível para o Mesa Brasil Sesc ou R$10. Os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo têm 15% de desconto no valor da inteira. O espaço está sujeito a lotação.

Bazar do Projeto Aluga-se!

COMPRAS, VENDAS e TROCAS + EXPOSIÇÕES e INSTALAÇÕES

Sábado, 28 de novembro de 2015, das 9h às 18h30 e Domingo, 29 de novembro de 2015, das 10h às 14h.

Rua: Batista Figueiredo, 30 – Vila Paris, BH.

Oficinas:

DATA: 28 e 29/11

– 10:30h: Oficina de Caixinha de presentes – Rosângela Míriam

– 14:30h: Design Sistêmico, Empreend. e Coworking – Rosângela Míriam

– 16:00h: GAMES – Oportunidades e Desafios – Umbu Games

DOMINGO, 29/11

– 10:30h: Hortas Urbanas e Plantas Medicinais – Evandro A. Ferreira

– 12:30h: Oficina de Caixinha de presentes – Rosângela Míriam

INSCREVAM-SE em www.sympla.com.br/sagarana43!
DOMINGO

Encontro de Blocos

Encontro dos Blocos Afoxé Banderê, Bloco baianas Ozadas, Bloco Afro Magia negra, Bloco Afro fala Tambor e as Sambadeiras, Bloco Oficina Tambolê e Bloco Afro llê Aiyê

Local: Praça da estação

Horário: 16h00

Warley Henrique – “Pra quem não me conhece”.

Nesta edição do 8º FAN, você vai conferir Warley Henrique com o show “Pra quem não me conhece”. Ele traz experiências inéditas na música instrumental nos mais diversos gêneros. 29/11, às 18h – Teatro Marília.

Local: Av. Alfredo Balena, 586- Santa Efigênia

 

Por Amanda Aparecida

Foto destaque : Gael Benítez

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Dentre os filmes que foram selecionados para a mostra competitiva, o “Morro do Papagaio/na Kombi”, dirigido por Bruno Guedes Versiani se destaca, já que o assunto é atual, verídico e conta a história de moradores que precisaram sair de suas casas no Morro do Papagaio devido à desapropriação organizada pelo Governo.

A ideia para o documentário, que possui cerca de 10 minutos, veio após o diretor participar do trabalho de conclusão de curso de sua namorada e de uma amiga, que estavam realizando um plano de comunicação para o projeto MUQUIFU (Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos). Na época, o projeto Vila Viva, desapropriação feita pelo Governo, estava sendo realizado no Morro do Papagaio. “O documentário partiu da ideia de erguer uma memória que tá ali no Papagaio. Pegar depoimentos de famílias de muitos anos que moram lá e que simplesmente terão suas raízes arrancadas”, conta Guedes.

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Gravado durante dois dias em uma Kombi emprestada, as gravações foram dividas onde no primeiro dia próximo a Kombi ficava estacionada na lagoa e no segundo dentro do Morro do Papagaio. Sem querer influenciar nos depoimentos dos moradores, o diretor Bruno Guedes instalou a câmera dentro do veículo, onde as pessoas se sentavam por alguns minutos e contavam suas experiências vividas no Papagaio. “Nós perguntávamos para as pessoas se elas queriam entrar e dar um depoimento, falar coisas bem abrangentes sobre como era viver no Morro do Papagaio. A partir disso tivemos vários depoimentos, um completamente diferente do outro, pra demonstrar um pouco do leque de experiências, que as vezes a gente que não tem o contato maior, a gente não sabe.”

Morro do Papagaio/na Kombi foi um projeto produzido para ser apresentado na matéria de análise crítica da mídia do curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário UNA, mas que surgiu a oportunidade de inscrever no LUMIAR. “Eu acho o LUMIAR de eximia importância. Quero exibir meus filmes pra ver como que é a presença, o que o espectador vai achar. Até agora não tive nenhuma disponibilidade de exibi-los, o festival está me dando essa oportunidade.”

O documentário Morro do Papagaio/na Kombi será exibido na mostra competitiva que começa às 19 horas. Além dele será exibidos o filme argentino “Un Instant”, o mexicano “P*to” e os brasileiros “Ovoo” e “Nunca fomos embora”.

Texto por Julia Guimarães / Foto por Gabriel Peixoto

O domingo (08), marcou o terceiro dia do LUMIAR no Cine Humberto Mauro no Palácio das Artes. Com a segunda exibição das Sessões de Primeiros filmes e Mostra Competitiva Interamericana, foi possível assistir animações, documentários e ficções vindas do México, Argentina e Brasil às 14 e 18 horas. Entre os 8 filmes exibidos na Mostra Competitiva, um dos destaques foi o filme produzido por Mauricio Ferreira, Miúdo, que aborda músicas de Chico Buarque ao contar a história do casal João Pedro e João Hollanda.
O curta ganhou formato devido a um trabalho de faculdade realizado por Mauricio Ferreira e seu amigo Felipe Lovo. Eles deviam criar um produto audiovisual para ser avaliado no semestre e escolher quais seriam as disciplinas que os avaliariam, e uma dessas escolhas era a edição de som, o ponto principal que deveria ser explorado pelos universitários de Pernambuco. “O tema veio a seguir. O cinema pernambucano tem um tratamento peculiar sobre os corpos masculinos, no qual “quebra” com o clichê da construção enquanto forma dos corpos femininos dentro do cinema clássico, o que não se trata apenas de uma temática homossexual, mas sobretudo ao corpo masculino. Os dois atores, Adolfo Delvalle (paraguaio) e André Macedo (brasileiro) – e que eram casal na vida real quando gravamos o curta – tanto nos inspiraram quanto contribuíram para o desenvolvimento das personagens e do roteiro”, afirma Ferreira.

A escolha quanto as músicas de Chico Buarque, aconteceu porque o diretor é fã do cantor e via como uma oportunidade desconstruir o estigma de que as músicas feitas por Buarque embalassem apenas os relacionamentos heterossexuais. Para Ferreira, a composição de Chico Buarque aproxima a complexidade dos casais, sejam elas as orientações que forem. “Como sou um fã obstinado do músico e compositor, dei-me a liberdade de desconstruir os elementos formais das músicas e associá-las a um casal homossexual. A ideia não era erguer uma bandeira explícita sobre a questão de autoafirmação a orientação sexual, mas sim naturalizar aquela relação entre as personagens João Pedro e João Hollanda. Claro que é necessária essa luta – via audiovisual – pelo direito e liberdade da orientação sexual, porém as vezes entendo que apenas mostrar a luta pela liberdade da orientação sexual de maneira explicita, acaba por deslocar o homossexual ainda como o “outro”, cujo alguém ainda a vier a ser livre.”

As filmagens tiveram duração de cinco dias, mas não consecutivos, já que os equipamentos deveriam ser revezados com outros alunos do mesmo módulo de Ferreira. A edição e o tratamento do som também tiveram um intervalo de cinco a seis dias.
Após a apresentação do projeto em sala de aula, surgiu a necessidade do projeto não somente ser válido como avaliação. “O encontro com o Lumiar se deu dentro dessa busca por festivais universitários complacentes com o contexto de produção universitário. No mais, queríamos que o curta e o tema fosse disseminado festivais afora. Afinal estamos a um ano de completar a faculdade e já é hora de apresentarmos algo fora das paredes da Universidade. O Festival Lumiar, coincidentemente, foi o primeiro festival ao qual o inscrevi e, por sorte, foi o primeiro a seleciona-lo.” Após o LUMIAR, o curta Miúdo produzido por Ferreira, foi selecionado para outros dois festivais. “Sendo o Festival Lumiar o primeiro festival a selecionar o nosso curta, seguramente a relação da equipe com esse festival será carinhosamente mais afetiva do que com os outros festivais. Além disso, o Festival Lumiar tem o diferencial de carregar o subtítulo de Interamericano, ou seja, um reconhecimento importante para nós no que tange o circuito não só do Brasil,” finaliza.
A terça-feira (10) marcará o início da Mostra Panorama Interamericano, tendo em sua primeira exibição os filmes vindos do México e Argentina, além disso terá continuidade da Mostra Competitiva e a Retrospectiva Beto Brant, com o filme Cão sem dono.

Por Julia Guimarães