Praça da Assembleia

Durante a assembléia unificada dos servidores públicos com a participação dos professores da rede estadual, os grevistas fecharam parcialmente os dois sentidos da av. Afonso Pena, na região central de Belo Horizonte, na manhã desta quinta. O ato foi em recusa a proposta salarial feita pela prefeitura. Os servidores decidiram por manter a greve que já dura 23 dias.

Os servidores reivindicam o reajuste salarial e pedem o aumento do vale-alimentação de R$ 17 para R$ 28. A proposta apresentada pela PBH foi de 7% de reajuste salarial, a ser pago em duas etapas, nas folhas de julho e em novembro deste ano, com parcelas iguais, além do aumento do salário a proposta prevê o reajuste do vale alimentação de R$ 17,00 para R$ 18,50.

Na quarta, 28, funcionários realizaram uma assembléia em três pontos da capital, Praça da Estação, Praça Afonso Arinos e Praça da Assembleia, ao término os servidores caminharam até a Praça Sete de Setembro, no centro.

Por: Gabriel Amorim
Foto: João Alves

Manifestantes voltaram às ruas em diversos pontos de Belo Horizonte na tarde de hoje, 19. A concentração aconteceu na Praça Sete, mas não havia um destino certo para seguir a partir dali. A presença de grupos distintos, sem liderança definida, dificultou a tomada de decisões. Alguns membros pretendiam seguir para a Praça da Estação, outros queriam se dirigir até a Prefeitura. Uma certa desorganização foi percebida hoje, sem, no entanto, retirar a validade das manifestações.

 Um grande grupo saiu da Praça Sete e seguiu pela avenida Afonso Pena em direção à Praça da Assembléia. Parou em frente à Prefeitura Municipal e se dirigiu à avenida João Pinheiro, sentido Praça da Liberdade. Neste percurso, o grupo se dividiu duas vezes: na primeira,um pequeno aglomerado de manifestantes ficou na frente da Prefeitura, enquanto a massa seguia em direção à Praça da Liberdade. Neste trajeto, voltaram a se dividir em dois blocos quando passaram pelo Detran, se reencontrando na altura da Rua da Bahia com a Gonçalves Dias, por onde seguiram até a praça da Assembléia.

Por várias vezes o grupo se dispersou, não obedecendo a pedidos de outros manifestantes que davam instruções para seguir por outro caminho. As reivindicações eram também diversas. Várias bandeiras distintas foram erguidas: legalização da maconha, maior assistência governamental em saúde e educação, repúdio às despesas ligadas a Copa das Confederações e Copa do Mundo, defesa da população de rua, preço da passagem.

Não havia policiais fardados próximos à praça Sete. Eles se juntaram ao grupo na subida da avenida João Pinheiro, onde viaturas do tático móvel acompanharam a passeata. O ato foi pacífico. No entanto, ocorreram pequenas confusões pontuais, causadas por dissidentes, que eram expulsos pelos próprios manifestantes. Um grupo que soltou bombas foi reprimido e algumas pessoas foram entregues aos policiais militares. A cada ato de violência a massa de presentes bradava palavras de ordem como: “Sem violência”, “Sem vandalismo”, “Não me representa”, “Vacilão”. O grupo também evitou que um indivíduo subisse as paredes da Prefeitura.

A manifestação realizada hoje não foi organizada pela Comitê Popular de Atingidos pela Copa (COPAC). Via-se cartazes assinados pelo Movimento Câmara Transparênte BH e a Polícia Civil também montou uma tenda para apoiar os manifestantes, mas o movimento não tinha à frente nenhuma organização.

O perfil da COPAC será a responsável por criar eventos, conforme decidido na assembléia popular, que contou com a presença de cerca de 500 pessoas no Viaduto Santa Tereza, na terça-feira, 18. O objetivo é que o coletivo seja referência para os convidados. Até agora estão agendados dois atos, um amanhã, às 17 horas, e outro no sábado, às 10 horas. Em ambos a concentração será na Praça Sete. Além destas manifestações, outra assembléia popular foi marcada para domingo, às 15 horas, debaixo do Viaduto Santa Tereza. A COPAC, em seu perfil no Facebook, emitiu nota a respeito das decisões tomadas na assembléia realizada na terça-feira.

Por Alex Bessas e Fernanda Fonseca

Foto por Alex Bessas

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, aproximadamente 30 organizações irão transformar o centro de Belo Horizonte em palco de manifestações  no evento “Mulheres na luta contra a violência”. No dia 8, cinco praças e o viaduto Santa Tereza serão ocupados pelos manifestantes, que depois se reunirão em frente ao Palácio da Justiça.

A partir das 13h, blocos se reunirão nas praças Raul Soares, Afonso Arinos, Rodoviária, Estação, Assembleia e no viaduto Santa Tereza. Os temas de cada praça são respectivamente: mulheres na luta contra a lesbofobia, violência doméstica, mercantilização, violência do estado, violência do campo e o bloco das pretas e nordestinas.

De acordo com uma das organizadoras do evento, Larissa Costa, a ideia das concentrações nas praças é uma estratégia para atrair as mulheres que circulam por ali. “A divisão dos temas nas praças foi para garantir que todos os temas fossem abarcados. Precisamos dizer para a sociedade que a violência não é só física e sexual, mas também moral, psicológica”, argumenta.

Em sua segunda edição, o evento tem a intenção de reunir mulheres de todas as regiões da cidade pela mesma causa. A organizadora destaca a importância dessa união. “O 8 de março para nós mulheres é um dia de luta, um dia que devemos nos organizar e ir pra ruas denunciar o sistema capitalista patriarcal e todas as suas formas de opressão contras as mulheres”, protesta.

Até o fechamento desta edição, não recebemos retorno da Polícia Civil e da Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) sobre o número de ocorrências registradas de violência contra mulher.

Por Ana Carolina Vitorino e Juliana Costa

Imagem: Divulgação do evento

Com a intenção de “fazer a criançada colocar a mão na massa”, e em razão das datas comemorativas que se aproximam com o fim do ano, uma parceria entre a empresa Frau Bondan, especializada em culinária, e o shopping Diamond Mall promoverá oficinas para ensinar crianças a fazer biscoitos de Natal. De acordo com a assessoria de comunicação do shopping “a história dos biscoitos de natal, existe há 10 mil anos, época das receitas medievais europeias”.

Diz a lenda que os biscoitos de gengibre em forma de boneco, chamados Gingerbread Man, foram criados por uma mulher que não tinha filhos e decidiu fazer uma criança de massa e colocou no forno para assar. Quando ela abriu o forno para tirar o biscoito, ele pulou da forma e saiu correndo pela janela aberta da cozinha.

As oficinas gratuitas ocorrem até o dia 16 de dezembro, de 14h às 20h na loja Frau Bondan, piso L1 do Diamond Mall. Para participar, é preciso se inscrever pelo telefone 3330-8633. Podem participar crianças com idades entre 4 e 12 anos.

Por Ana Carolina Nazareno e Marcelo Fraga

Foto: Divulgação / Diamond Mall

No dia 28 de novembro será realizada uma solenidade em função da aprovação da lei nº 3.396/12 de autoria do presidente da Assembléia, o deputado Dinis Pinheiro (PSDB), que institui 18 de novembro como o dia do Barroco Mineiro. A cerimônia marca ainda o início das comemorações do bicentenário da morte de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, maior expoente da arte barroca em Minas.

A data tem importância significativa para a história de Minas Gerais e se faz uma forma de reconhecer o valor das obras do mestre Aleijadinho, já que o cuidado com algumas dessas obras tem deixado um pouco a desejar. “Se fizermos uma pesquisa, veremos o enorme descaso com o nosso patrimônio histórico. Igrejas são facilmente devastadas por incêndios sem que haja qualquer planejamento que impeça tais desastres.”, denuncia o Mestre em Patrimônio Histórico pela Escola de Arquitetura da UFMG, Luiz Alberto Sales Vieira.

De acordo com Vieira, não são somente as igrejas que sofrem com descaso por parte dos órgãos que gerenciam o patrimônio histórico, “Casarões seculares sendo completamente descaracterizados após serem entregues aos cuidados da iniciativa privada.”, declara Alberto que fala também sobre a dificuldade de se conseguir recursos para a manutenção dessas obras, “O próprio IPHAN, recentemente, entrou em choque com o governo federal por não ter recebido recursos do PAC das Cidades Históricas.”, denuncia. “É preciso investir na conscientização da população para que o patrimônio histórico seja conservado, caso contrário leis como essas não servirão de nada”, alerta Vieira.

Por Hemerson Morais e Ana Carolina Vitorino

Foto: Internet

Foram entregues em 440 apartamentos do edifício JK, bloco B, localizado na Praça Raul Soares, panfletos contendo mensagem homofóbica e difamatória contra um morador do conjunto de apartamentos. O morador denuncia que essa situação tem se repetido e está tomando ares de perseguição.

Os panfletos são uma represália ao fato desse morador ter criado no Facebook de nome “Reage JK”, na qual são postadas mensagens contra a atual administração do complexo. Ele cita o nome da atual síndica do bloco no perfil da fanpage e pede mudanças na atual gestão.

Em entrevista a nossa reportagem o advogado Ângelo Diniz Moura disse que estão acontecendo várias violações, “Lá existe violação de democracia, mas acho que a violação mais grave é a violação de direitos humanos.”, comenta o advogado.

Segundo Diniz faz 18 anos que essa situação acontece com outros moradores, “a partir do momento em que eu divulguei o trabalho, uma senhora me procurou para contar sua história, que inclusive eu já conhecia. Ela tem cerca de 67 anos e hoje sofre pelo pânico causado pela atual administração”.

“Acho uma falta de respeito esta veiculação de conteúdo homofóbico no bloco B. Moro no bloco A e tive acesso a este folheto através de um amigo. Com tantos problemas a resolver, com tanta coisa mais útil pra fazer, me indignaria muito saber que este tipo de material partiu da administração. Por que não gastar o dinheiro para concluir as obras, melhorar o prédio, ao invés de gastar com um material tão fútil”, avalia o analista de sistemas, Thiago Antonio.

Nossa reportagem procurou a síndica do bloco B, Maria Lima das Graças, que não se manifestou até o fechamento desta edição.

Por Ana Carolina Vitorino e Hemerson Morais

Foto: Hemerson Morais