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Apenas nos dois primeiros meses de 2016, o Hospital João XXIII, na região hospitalar, registrou o atendimento de 368 casos vítimas de picadas de escorpião, um recorde segundo eles. Em Minas Gerais, foram registradas 2.543 notificações, segundo dados do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, e foram registradas duas mortes.

Belo Horizonte está em alerta por causa da incidência de escorpiões. Em épocas chuvosas, o aracnídeo costuma deixar as partes subterrâneas das cidades, que ficam úmidas e inundadas, e procura abrigo em áreas urbanas. Em 2015, 443 moradores da capital procuraram o serviço de urgência do Corpo de Bombeiros para receber atendimento após acidentes com o aracnídeo. Segundo estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde, já foram registrados este ano, mais de 2.500 casos no estado de Minas Gerais.

O escorpião é um animal peçonhento e costuma viver em lugares isolados, escuros e úmidos. Surge em períodos de chuva, com o alagamento dos esconderijos que habita. A picada ataca o sistema nervoso e pode causar a morte, dependendo da quantidade de veneno, da profundidade da lesão e da fragilidade do sistema imunológico da pessoa. Crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa são as que correm maior risco.

Para Efigênia da Conceição, de 63 anos, que já foi picada por escorpião três vezes, as medidas tomadas precisam ser rápidas: “O primeiro passo é procurar o serviço de atendimento do hospital mais próximo e se possível levar junto o escorpião para que facilite o atendimento.”, explica. Ela destaca que dependendo do caso a pessoa pode demorar um pouco para ser liberada do hospital, “Quando fui picada tive que ficar em observação durante quase 24 horas, para que os médicos tivessem a certeza que eu realmente estava bem, tomei uma injeção e fiquei no soro aguardando que a medicação fizesse efeito”, complementa Conceição.

O Corpo de Bombeiros recomenda que em casos de picada de animais peçonhentos, primeiro certificar-se de que se trata realmente de um escorpião, identificar o local da picada, lavar o local com água e sabão , acalmar e deitar o paciente e acionar imediatamente o serviço de emergência através do 192, e se a vítima estiver com a respiração ofegante, deixá-la encostada e afrouxar as roupas e adereços como anéis e cintos, até que chegue o socorro.

Para evitar o aparecimento desses animais peçonhentos, a recomendação  evitar o acúmulo de lixo e de entulhos e manter sempre os locais bem limpos. Em residências, eles podem se esconder debaixo de cama e dentro de sapatos. Os escorpiões se alojam em pequenos espaços e quando são acuados podem picar.

Outras recomendações importantes, são, que em hipótese nenhuma deve se fazer torniquete, ou espremer e cortar o local. A recomendação vale para todos os tipos de insetos e répteis. Deve se fazer  uma compressa de água fria, mas, atenção. A compressa não deve ser feita em picadas de cobra.

O mais venenoso

No nosso ecossistema, existem diversas espécies de escorpiões. Entre eles, o que é considerado o mais venenoso é o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), é uma das 140 espécies encontradas no Brasil. Ele é considerado o mais venenoso da América do Sul e o de maior incidência no país. Seu veneno é neurotóxico, ou seja, age no sistema nervoso periférico. Pode ser letal, dependendo da quantidade de veneno injetada e das condições físicas da vítima, principalmente crianças e idosos.

Até o fechamento dessa matéria o Jornal Contramão não obteve o retorno da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, para especificar quais são as regiões da capital são as mais afetadas por escorpiões e outros animais peçonhentos.

Risco em casa

O recolhimento do animal é feito por equipes do Centro de Controle de Zoonoses, responsável também pelo combate aos ratos e ao mosquito Aedes Aegypti, que é o causador de doenças como a Dengue, a Febre Chikungunya, e o Zika Vírus.

Em casos de emergência para picadas de animais peçonhentos, o Corpo de Bombeiros poderá ser acionado através do telefone 192. Já para casos de infestação do animal, deve se comunicar o Centro de Controle de Zoonoses, pelo telefone: (31) 3277-6357.

Por: Raphael Duarte

Foto: Reprodução/Internet

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Com estoque abaixo de 20% Hemominas reforça campanha para doação de sangue

O estoque de sangue do Hemominas encontra-se 20% abaixo do que seria o ideal para atender a toda demanda do Estado e há uma clara necessidade de todos os tipos sanguíneos, mas a maior baixa está entre os fatores negativos sendo o O a maior preocupação entre eles. O sangue O Negativo é essencial no atendimento de vítimas em caso de acidentes quando o tipo sanguíneo é desconhecido e por isso ele exige uma maior demanda. De acordo com a assessoria de imprensa da fundação, o banco encontra-se 44% abaixo do exigido e o fato de ser um tipo raro contribuí para que isso aconteça.

“A maior causa dessa queda é o intervalo entre o período de férias e festividades que afasta dos hemocentros aqueles que colaboram com a causa ou pretendem se engajar”, explica a assessora de imprensa da Fundação Aline Reis. Para reverter esse quadro a fundação oferece um serviço de agendamento que é rápido e simples através do site, o que trás comodidade e facilidade na hora do atendimento.

A Fundação Hemominas tem como estratégia trabalhar com um estoque diário para três dias de atendimento, segundo Reis, para que essa demanda seja alcançada é necessário cerca de cinco mil bolsas, o que equivale a mais ou menos 1.600 bolsas diárias. No momento da doação é retirado 450 ml de sangue o bastante para salvar até quatro vidas.

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Como ser um doador

No caso dos homens o prazo é de 60 dias e pode ser feita até quatro vezes por ano e as mulheres 90 dias e pode ser feita até três vezes por ano. Para maiores de 60 anos o intervalo entre as doações, caso o doador já tenha doado antes de completar 60 anos, é de seis em seis meses. O processo de doação é simples e indolor basta ter entre 16 e 69 anos, estar com peso acima dos 50kg, em boas condições de saúde, não ter ingerido bebida alcoólica e estar alimentado. Mas, caso você já tenha doado é necessário observar a data na qual a última doação foi feita.

Para dúvidas acesse ao site: Fundação Hemominas

Por Ana Paula Tinoco

Belo Horizontinos estão mobilizados juntos com a Prefeitura de Belo Horizonte para agir no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. Estão sendo colocadas em prática, estratégias e ações para que mais pessoas sejam alertadas e conscientizadas do risco e da gravidade representada pelo mosquito.

Segundo a PBH, no início do ano, foram realizados mutirões intersetoriais em bairros e residências, mobilização em centros de grande movimentação de pessoas, distribuição de materiais informativos, palestras em empresas, bloqueio em áreas específicas com aplicação de inseticida com bombas motorizadas com o produto UBV e alertas com carro e som em bairros e faixas onde a infestação de mosquito é maior.

A integração de esforços entre a população e a prefeitura, visa alcançar melhores resultados. De acordo com o órgão, ações estão sendo realizadas desde dezembro de 2015, quando foi declarada situação de emergência no município de Belo Horizonte em razão da infestação do mosquito.

Até o momento, foram realizados mutirões nos bairros: Jardim São José e Padre Maia (Pampulha), Floramar (região Norte) e Lagoa (Venda Nova). Foram visitadas 9,6 mil residências nessas ações.

Para o Secretário Municipal da Saúde, Fabiano Pimenta, é preciso que a população perceba a gravidade da situação. “É muito importante que todos se unam em torno do combate ao mosquito. Com os mutirões estamos combatendo focos do mosquito e também alertando a população. Com cada um fazendo a sua parte vamos conseguir vencer o mosquito” afirmou o secretário.

Centro-sul

Diante da situação de emergência decretada pela PBH, moradores do bairro São Bento, na região Centro-sul, se organizaram para realizar um mutirão de limpeza na vizinhança. A ideia partiu de um grupo de whatsapp de moradores e rapidamente foi abraçada por mais de 80 pessoas. Sob a liderança do morador Paulo Roberto Campos e com colaboração de Christine Ferreti, moradora e gerente de Regulação da Secretaria Municipal da Saúde (SMSA), foi realizada a limpeza de lotes e de toda as vias da região, além de visita a residências vizinhas. Um carreto foi contratado pela população para retirar todo o lixo. Nesta semana, o mesmo será feito em outras ruas da região.

Texto: Victor Barboza

Foto: Divulgação

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Chegado os feriados de final de ano, a preocupação de médicos e responsáveis pelos bancos de sangue no Brasil aumenta com a queda de cerca de 30% a 50% no número de doares regulares, segundo hemocentros. Muitas pessoas viajam e os estoques não são repostos em sua maioria até o carnaval, e devido ao número de acidentes que geralmente ocorrem nessa época, além dos casos comuns dentro dos hospitais que necessitam das transfusões, é necessário que o banco esteja sempre com  estoque estável.

Um estudo realizado pela ONU durante os anos de 2012 e 2013, mostrou o Brasil como maior doador da América Latina, mas deixando a desejar, já que a doação é proporcionalmente menor do que outros países do bloco, como a Argentina e Uruguai. Segundo a ONU, de cada dez doadores, seis são voluntários, e os outros quatro são doadores de reposição (só realizam a doação no caso de familiares e amigos). No ano de 2014, foram coletados cerca de 3,7 milhões de bolsa de sangue, 200 mil a mais que no ano de 2013 de acordo com o Ministério da Saúde. Mesmo com esse número crescente, apenas 1,8% da população brasileira entre 16 e 69 anos doam sangue. A taxa “ideal” da ONU é de 3% a 5%, como no caso do Japão.

Os perfis de doares se mantiveram os mesmos durante os últimos dois anos, 61% homens doadores, e 39% mulheres. A faixa etária a partir 29 anos, corresponde 59% do total, e jovens de 18 a 29 anos correspondem a 41%, segundo o Ministério da Saúde.

Requisitos básicos para doar sangue:

Boas condições de saúde;

Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido realizada até os 60 anos, e para menores de 18 anos com autorização dos responsáveis;

Pesar no mínimo 50kg;

Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;

Estar alimentado e ter evitado comida gordurosa nas últimas 4 horas que antecedem a doação;

Evitar bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;

Riscos de doenças sexualmente transmissíveis devem aguardar até 12 meses para realizar doação;

Impedidos de doação: Ter tido hepatite após os 11 anos de idade; doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue como Hepatites B e C, AIDS e doenças de chagas, uso de drogas ilícitas injetáveis e malária.

Respeite os intervalos:

Homens, máximo de quatro doações em um ano, com intervalos de 60 dias;

Mulheres, máximo de três doações em um ano, com intervalos de 90 dias.

A doação pode ser realizada no HemoMinas Belo Horizonte

End: Alameda Ezequiel Dias, 321 – Bairro: Santa Efigênia – Cep: 30130110

Segunda a sexta-feira: 7h às 18h

Telefone: (31) 3768-4500

Fax: (31) 3226-3002

Por Julia Guimarães

Desde as 10 horas dessa terça-feira (09), cerca de 50 pessoas manifestavam com tambores, pandeiros e faixas com os dizeres: “Não somos lixo humano, queremos uma oportunidade para largar o crack e tratar: Cartão ‘Aliança pela Vida’“. O grupo que se reuniu na Praça da Liberdade, trousse um caixão, para reivindicarem o cancelamento do programa do Estado do Governo de Minas Gerais, Aliança pela Vida.12335986_1688202948098199_954711116_n

Lançado no segundo semestre de 2011, pelo até então governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, o programa disponibilizava auxílio financeiro de até R$45,00 por dia de internação, totalizando R$1.350,00 por mês, para despesas de tratamento de usuários de drogas. O serviço deveria ser aderido pelas prefeituras e credenciamento de comunidades terapêuticas. “O cartão dá uma ajuda de custo para o dependente químico se tratar durante um tempo determinado em uma comunidade terapêutica. E agora, depois que as clinicas aderiu o avanço, o Governo cortou”, lamenta o obreiro Luismar de 45 anos.

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“Estamos aqui desde 10 horas da manhã querendo uma resposta, querendo alguém da secretaria estadual de saúde para vir falar conosco, reunir para que possam reativar o cartão Aliança pela Vida, mas ninguém apareceu ainda”, desabafa Onésimo Domingos, que é pastor de uma comunidade terapêutica. Segundo Domingos, o grupo de manifestantes permanecerá até o final da tarde de terça-feira, e caso não obtenha respostas, retornarão na quarta-feira (10). “Precisamos de uma resposta do Governador, e achamos que ele nem tem conhecimento disso”, finaliza Domingos.

Até o fechamento desta matéria o Ministério da Saúde do Estado de Minas Gerais, não se pronunciou.

Por Julia Guimarães

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O Dia Mundial da Luta contra a AIDS, celebrado neste 1º de Dezembro, traz um alerta: entre os anos de 2005 e 2013 houve um aumento de 11% do número de infecções pelo vírus no Brasil, enquanto no resto do mundo foi registrado uma queda de 35,5%, segundo a Unaids, agência da ONU dedicada à luta contra a AIDS. O número de infectados pelo vírus aumentou em 40% entre os jovens de 15 a 24 anos, desde 2006, segundo o Ministério da Saúde. Em 2014 estimava-se que cerca de 31 mil a 57 mil novos casos surgiriam. Mesmo com o número acima da meta mundial, o Brasil segue com a menor taxa de detecção dos últimos 12 anos de 19,7 casos para cada 100 mil habitantes.

Em 2014, foram contabilizados, ainda, 39.951 casos. O número de mortes caiu 41%, nesses 15 anos. De acordo com uma estimativa do Ministério da Saúde, atualmente, 781 mil pessoas vivem com HIV/AIDS, no Brasil, totalizando 0,4% da população brasileira. Em Minas Gerais existem 71 centros estaduais especializados no tratamento da Aids. As pessoas que tiveram relação sexual sem proteção podem procurar um desses locais para fazer o teste, onde, também, são distribuídos remédios e ajuda de uma equipe multiprofissional. Os endereços estão no site da SES.

Desde 1996, o tratamento contra a Aids é gratuito. Antes, apenas quem desenvolvia a AIDS ou tinha carga viral muito alta recebia a medicação, mas desde 2013 todos os soropositivos tomam o antiretroviral. Até 2030, o governo brasileiro pretende alcançar o que se entende como “três 90%”. O objetivo é ter 90% das pessoas com HIV diagnosticadas no país; deste grupo, 90% seguindo o tratamento chegando a 90% da carga viral indetectável, ou seja, com menor chance de transmissão.

A projeção da OMS é de 500 mil novas infecções ao ano. Em 2002, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) estimou que, em 20 anos, a doença mataria 70 milhões de pessoas, a maior parte na África.

O dia 1º de dezembro foi definido pela Assembleia Mundial de Saúde, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), como o Dia Mundial de Luta contra a Aids, para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão em relação às pessoas infectadas pelo HIV.

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Exposição:

A Galeria de Arte do Sesiminas abriga a exposição fotográfica “Positivo na Lata: Relevando a Vida”. A mostra conta com 30 fotografias clicadas em diferentes espaços de Belo Horizonte pelos jovens que vivem e convivem com HIV/AIDS.

A exposição acontecerá do dia 1º ao dia 6 de dezembro na Galeria de Arte Sesiminas, na rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, das 9h às 18h.

Intensificação do diagnóstico e prevenção nos serviços:

Do dia 1º a 5 de dezembro, nos centros de saúde, URS Centro-Sul, CTA Sagrada Família e CTR Orestes Diniz.

Por Julia Guimarães e Raphael Duarte