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Foto: Divulgação

Parklet, conhecido como minipraça, é instalado na Rua dos Goitacazes como área de lazer e descanso para pedestres.

Todos os dias, centenas de pessoas passam pela Rua dos Goitacazes, algumas caminhando até suas casas ou trabalhos, enquanto outras aproveitam as lojas para fazer algumas compras. A Goitacazes, diferentemente de várias outras ruas do Centro de Belo Horizonte, não possui um grande fluxo de carros, mesmo com o grande número de estacionamentos.

Pensando nesse fluxo de pedestres e no comércio da Goitacazes e ruas próximas, como a Rio de Janeiro, começou a ser instalado, no dia 21 de maio, o parklet. Mesmo tendo em vista que já existe um implantado na Savassi como experimental, o parklet da Rua dos Goitacazes é o primeiro aprovado pela prefeitura de Belo Horizonte e BHTrans, com 10 m de comprimento e 2,2 m de largura. O projeto possui piso, bancos e postes inspirados em praças das cidades do interior de Minas Gerais.

Foto: Divulgação
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Fundado e aprovado no ano de 2010, em São Francisco (EUA), os parklets chegaram ao Brasil no ano de 2013 através da ONG Instituto Mobilidade Verde, na capital paulista. Desde então, outros estados o adotaram.

Mas o que são os parklets?

A palavra parklet é derivada de “parking”, que em inglês significa estacionar, mas em vez de ser utilizado por carros como estacionamento, o Parklet (que é uma minipraça com um mobiliário urbano de caráter temporário) serve para que pessoas possam descansar, ler, tomar um café e observar o movimento, por exemplo, e também estacionar suas bicicletas enquanto fazem tudo isso.

Os parklets são instalados em lugares onde exista um bom fluxo de pessoas, com trânsito que chegue a no máximo 40 km/h. Eles ficam em paralelo à pista de rolamento de veículos, expandindo o passeio público e reduzindo o número de vagas para estacionamento. O investimento é feito por bares, restaurantes ou lojas da redondeza, mas ele pode ser utilizado por qualquer pessoa que esteja passando pelo local.

Os parklets da Rua dos Goitacazes e da Avenida Bandeirantes, entre as ruas Ribeiro Junqueira e Júlio Vidal, ficarão instalados durante 2 anos apenas, sendo desmontados após este período.

Foto: Júlia Guimarães

Ecológicos, os parklets de Belo Horizonte serão feitos com materiais reciclados e terão iluminação solar fotovoltaica. A prefeitura recebe vários pedidos para autorizar a implantação da estrutura em outros bairros. Um deles é de comerciantes e produtores culturais do Bairro Floresta, que fizeram um bazar de roupas para arrecadar dinheiro e bancar os custos das varandas.

Matéria por Sthefany Toso e Julia Guimarães

Aconteceu ontem, dia 3, o 1º Encontro Solidário dos Grupos de Pedais Noturnos Urbanos de BH. A ideia do evento é unir solidariedade, promovendo arrecadação de donativos para instituições de caridade, e reunir os grupos noturnos de pedalada que acontecem pela cidade. O evento visa, também, conscientizar as pessoas sobre a importância da bicicleta não só para quem pedala, mas para a vida urbana como um todo.

Com o apoio da polícia militar, da BHTrans, de monitores voluntários e de carros de apoio, a pedalada de 11 quilômetros foi um sucesso: sem acidentes e com muitos sorrisos.

O trajeto:

rota

Da Praça da Liberdade, descemos pela Av. Brasil até a R. Álvares Maciel. Viramos à direita na Av. do Contorno e subimos até a Av. Getúlio Vargas. Pedalando pela avenida, que tem uma vida boêmia agitada, passamos em frente a vários bares e fomos aplaudidos pelos fregueses sentados em suas mesas. Pegamos a Av. do Contorno novamente até a Av. Augusto de Lima, no Barro Preto. Chegamos à Praça Raul Soares e subimos a Av. Bias Fortes até alcançar a Praça da Liberdade novamente.

Entrevista com Thiago Tinganá, um dos organizadores do evento:

Por que vocês decidiram fazer esse encontro?

São duas ideias. A primeira é fazer um pedal solidário para poder arrecadar donativos, agasalho, alimento não perecível e leite. E o pessoal do Anjos do Asfalto está vendendo a camisa deles para ajudar na manutenção do auxílio que eles prestam na BR-381. E junto com isso, reunir todos os grupos de pedal urbano noturno de Belo Horizonte. Então organizamos o evento numa região bem central, no meio da semana, numa véspera de feriado, para ninguém ter desculpa de amanhã ter que trabalhar. Mas a ideia é unir solidariedade com integração dos grupos e pedalar pela cidade.

Quantas pessoas o evento está esperando?

A gente estava com medo, porque no evento do Facebook havia confirmadas mais de mil pessoas, então, em conversa com a polícia Militar, que está nos apoiando, decidimos encurtar o trajeto, que antes era de 34 km para 12 km, pela região central. Mas até agora estão presentes pouco mais de 350 pessoas, não deve ir muito além disso.

Thiago, você usa a bicicleta para lazer ou também como meio de transporte?

Também como meio de transporte. Eu tenho uma bicicleta dobrável e eu vou pro serviço com ela, entro em banco, mercado central, shoppings.

Há quanto tempo você usa a bicicleta com frequência?

Com maior frequência tem de 3 a 4 anos. Mas pedalando com o pessoal à noite já tem 10, 11 anos.

Você viu diferença em Belo Horizonte para quem pedala?

Sim.  Nota-se um número crescente de gente de bicicleta na rua. A gente está vendo um respeito muito grande tanto por parte de motociclista, motorista de carro e ônibus. Mas infelizmente a gente vê que alguns ainda não têm essa consciência e não veem que tem um ser humano ali em cima da bicicleta. E têm sido implantadas as ciclovias, as ciclofaixas, que é um início. Tem que começar de algum lugar, mas o pessoal está tendo maior consciência no trânsito.

Nesta sexta-feira, 5, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. Para celebrar a data, que tal adotar uma espaço ambiental, como o coreto do Parque Municipal de Belo Horizonte? O feito será possível graças à campanha “Adote o Verde”, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que tem como objetivo a revitalização e manutenção de áreas verdes públicas da cidade.

A iniciativa, que foi divulgada nesta terça no “Diário Oficial do Município”, possui 43 áreas de parques acessíveis para adoção e funciona por meio de convênios, que basicamente delimitam as responsabilidades do adotante e da Prefeitura: ao adotante cabe manter as áreas verdes bem limpas e cuidadas e à Prefeitura cabe o desenvolvimento do projeto de implantação ou reforma, o pagamento de contas de água e luz, apoio técnico e permissão para colocação de placa no local adotado.

O Jornal Contramão foi às ruas para saber a opinião dos belo-horizontinos a respeito da iniciativa. O estudante Luiz Guilherme, 19, disse que não adotaria um espaço em área verde. “Acho o projeto uma boa, mas no momento não assumiria a responsabilidade”, relatou Luiz. Já Eduardo Amaral, 19, faturista, participaria da ação. “A iniciativa é bacana, eu adotaria uma árvore. Se as pessoas se interessassem, ajudaria muito na manutenção das áreas verdes”, afirmou o entrevistado.

Para participar:

Basta procurar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (3277-5032), a Administração Regional à qual pertence a área pretendida (Praça ou Canteiro Central) e a Fundação de Parques Municipais (FPM) para adoção de Parques, ou pelo e-mail: adoteoverde@pbh.gov.br.

Acesse a lista completa dos parques que podem ser adotados neste link.

Texto e Foto: Victor Barboza

A revolução no enfrentamento da Hepatite C está vencendo grandes obstáculos para garantir a eficiência do tratamento. Hoje, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro do medicamento Sofosbuvir, indicado para tratar o vírus da Hepatite C.

Este é o terceiro medicamento aprovado pela Anvisa em 2015 – em janeiro aprovaram o Daclatasvir e em março o Simeprevir. Juntos, esses remédios compõem um novo tratamento que é mais eficiente – dura 3 meses e tem um percentual de cura maior, de cerca de 90%. A expectativa é que os medicamentos sejam disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) até o final deste ano.

Na Atualização Global no Setor de Saúde feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2014, foi estimado que das 2 milhões de pessoas infectadas pelo HCV (vírus da hepatite C), 80% não têm conhecimento do seu estado serológico. Em nota divulgada pelo Portal da Saúde no dia 23 de outubro de 2014, 15,8 mil pessoas estão em tratamento contra a hepatite C no SUS. Isso significa que, dos MILHÕES de prováveis infectados pelo vírus, somente 15,8 MIL pessoas estão em tratamento.

Tratamento

O tratamento que vem sendo utilizado até o momento é um coquetel que leva Interferon Peguilado injetável, combinado com Ribavirina e em alguns casos vai um inibidor de proteases (Boceprevir ou Telaprevir). É longo, 48 semanas e é custoso, 30 mil dólares – aproximadamente 75 mil reais por pessoa, além de ser penoso – provoca muitos efeitos colaterais adversos.

“Um coquetel tão complicado, sensível e caro é receitado somente por médicos especializados em hepatite C.” explicou Carlos Varaldo, fundador da ONG Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite C. A situação muda com a chegada dos novos remédios aprovados pela Anvisa. “Uma grande vantagem da adoção do novo medicamento é ele ser menos agressivo, mais simples, e é de via oral – o que significa que mais médicos, não só os especializados, poderão tratar dos infectados.” concluiu Varaldo.

E com um bônus: os novos tratamentos são mais baratos que os usados hoje, então à substituição do atual pelos recém-aprovados permitem duplicar o número de tratamentos com o mesmo orçamento.

 

Camila Lopes Cordeiro

As bicicletas estão conquistando as ruas de Belo Horizonte. Apesar da pouca infra estrutura para garantir a segurança das pessoas que optam por pedalar, a bicicleta tem sido a alternativa escolhida por uma quantidade cada vez maior de belohorizontinos ao congestionamento das vias por automóveis.

Indícios desse sucesso são projetos de bicicletas compartilháveis como o Bike BH. Depois de apenas 6 meses de funcionamento, o sistema comemora com a criação de mais 10 estações na região central. Implantado e operado pela empresa Serttel, com apoio do Banco Itaú e da Prefeitura Municipal, o Bike BH vai inaugurar estações em frente à Praça da Savassi, do Fórum, Praça da Assembleia, Rua Marília de Dirceu, Rua Tomáz Gonzaga, Av. Francisco Sales, Praça Floriano Peixoto, Praça Boa Viagem, Conexão Aeroporto e Rua Bárbara Heliodora.

Pedro Henrique Rodrigues, estudante de 21 anos, mora em Contagem e trabalha na Savassi. Ele conta como a bicicleta mudou sua rotina: “faz um mês que eu me registrei para usar as bicicletas compartilhadas. Eu chego de metrô na Praça da Estação, pego uma bicicleta e subo pedalando. Deixo ela na estação que fica na frente do meu serviço. Eu gasto 13 minutos e não tem trânsito e é mais barato que ônibus!”

Mesmo com a implantação do MOVE, investimentos em transporte público ainda não supre a demanda da cidade. E apesar do número de carros zero vendidos ter diminuído desde 2013, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, ANFAVEA, as vias continuam entupidas pois não suportam o fluxo de veículos.

Engarrafamentos quilométricos e transporte público ineficiente são fatores que contribuem para o fortalecimento das bicicletas como opção de mobilidade na cidade – apesar do pouco investimento por parte do município em infra estrutura e segurança para os ciclistas.

Texto e Foto por Camila Lopes Cordeiro

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O Jornal fecha hoje o especial sobre a falta de água em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Nas matérias fizemos um resumo geral da situação, mostramos quais os pontos mais afetados e finalizamos com a entrevista de um especialista no assunto, Ryan Hreljac, que levou água para mais de 800 mil pessoas na África. Foi feita também cobertura da Exposição realizada pelo XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas. Hoje, como encerramento, postamos o infográfico para mostrar os dados e a situação real da região metropolitana de BH e do Estado.

Infografico Agua