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Por Daniela Reis

No dia 10 de fevereiro de 2014 os médicos declararam a morte cerebral do cinegrafista da emissora Band Rio, Santiago Andrade. Ele faleceu há exatos quatro dias depois de ser atingido na cabeça por um rojão em uma manifestação na capital carioca. 

O protesto aconteceu em decorrência aos altos preços das passagens de ônibus da cidade. Santiago foi a primeira vítima do ataque de um manifestante desde a onda de protestos pelo país, em junho do ano anterior.

O jornalista fez trabalhos de grande relevância ao longo de sua carreira. Alguns exemplos são sua cobertura dos Jogos Pan-americanos de 2007, o massacre de Realengo em 2011 e o Rio+20 (uma conferência da ONU que discutiu sustentabilidade) em 2013. 

Também ganhou dois prêmios jornalísticos por uma reportagem tratando dos problemas de mobilidade urbana enfrentados pelos usuários de transporte público do Rio de Janeiro. 

O fato 

Duas horas depois de sair da redação da Band Rio, em 6 de fevereiro de 2014, para cobrir um protesto contra a alta da tarifa de ônibus, Santiago foi atingido na cabeça por um rojão jogado por um manifestante.

Foi socorrido por dois colegas jornalistas e por membros da Cruz Vermelha, sendo então levado para o hospital mais próximo em uma viatura do Batalhão de Choque. De acordo com relatos do socorrista, Marcos Cordeiro, a situação de Santiago era gravíssima e ele pode constatar, de imediato, a perda da orelha direita da vítima. 

Fotos e gravações de jornais e de TVs ou agências de notícias registraram a tragédia, o que provocou forte repercussão, despertou a reação de autoridades e ajudou a polícia a identificar os suspeitos.

Durante quatro horas, médicos tentaram estancar a hemorragia e reduzir a pressão intracraniana, causadas pelo impacto do rojão. No restante dos três dias em que Santiago esteve internado no CTI do Hospital Municipal Souza Aguiar, seu estado de saúde manteve-se grave. Ele sofreu afundamento do crânio e perdeu parte da orelha esquerda. Em 10 de fevereiro, pouco depois das 12h, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou a morte cerebral de Santiago. Ele foi cremado no dia 13 de fevereiro, após a família autorizar a doação de seus órgãos.

Repercussão

A mídia de todo o país reagiu em solidariedade à morte do profissional, o que fez com que o caso ganhasse grande cobertura.  O Jornal Nacional, por exemplo, da emissora Globo, homenageou o cinegrafista no fim de uma de suas edições.  

“Não é só a imprensa que está de luto com a morte do nosso colega da TV Bandeirantes Santiago Andrade. É a sociedade. A Rede Globo se solidariza com a família de Santiago, lamenta a sua morte, e se junta a todos que exigem que os culpados sejam identificados, exemplarmente punidos. E que a polícia investigue se, por trás da violência, existe algo mais do que a pura irracionalidade”, leu William Bonner. 

Em seguida, o telão do jornal mostrou a foto de Santiago, sob o som dos aplausos da redação.  

Na época, também ocorreram protestos de jornalistas, exigindo, por exemplo, mais segurança para cinegrafistas que precisassem sair às ruas durante as manifestações. Isso porque se Santiago contasse com equipamentos de proteção adequados, como por exemplo um capacete, o rojão provavelmente não seria fatal. 

A própria Dilma Roussef, na época presidente do Brasil, manifestou-se a respeito da trágica morte, dizendo que: “Não é admissível que os protestos democráticos sejam desvirtuados por quem não tem respeito por vidas humanas. A liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem depredar patrimônio público ou privado”. 

Os réus

As imagens da manifestação gravadas pelo próprio jornalista e outros colegas ajudaram a encontrar os possíveis culpados pelo lançamento do rojão. Fábio Raposo e Caio Silva de Souza foram acusados por homicídio doloso (em que não há intenção de matar), sendo que o primeiro foi responsável por levar o rojão, e o segundo por acendê-lo.

Até hoje, embora já tenham completado oito anos do crime, o julgamento dos dois ainda não ocorreu. 

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Por Daniela Reis 

O TBT de hoje relembra acidente aéreo ocorrido nos Estados Unidos, no dia 3 de fevereiro de 1959, que resultou na morte dos músicos Buddy Holly, Ritchie Valens e The Big Bopper, além do piloto Roger Peterson. Este dia seria definido posteriormente por Don McLean, em sua canção American Pie, como “o dia em que a música morreu”.

Buddy Holly, Ritchie Valens e J. P. “The Big Bopper” Richardson, considerados grandes nomes  do rock and roll global na época, faleceram e deixaram uma legião de fãs.

O Acidente

No dia 3 de fevereiro de 1959, estavam no avião monomotor, modelo Beechcraft Bonanza B35: Buddy Holly, Ritchie Valens, Big Bopper e o piloto Roger Peterson. Os músicos estavam na turnê The Winter Dance Party, voltada apenas para o centro-oeste dos Estados Unidos, e iria cobrir 24 cidades dessa região durante três semanas. Após uma série de divergências entre os organizadores, o trio deixou de seguir o trajeto de ônibus e passou a considerar um avião para transporte, já que o inverno estava rigoroso e os musicistas estavam em condições precárias, por conta da estrutura feita para seguir por terra não estar preparada para o frio. Holly e mais dois outros companheiros de banda iriam viajar inicialmente na aeronave, mas ambos cederam os lugares para Bopper e Valens, com destino para Fargo, na Dakota do Norte. Infelizmente, por falha humana e os obstáculos do clima, Peterson estava sem visão e pensou que estava com o veículo nas alturas, enquanto, na verdade, estava caindo.

Tempos de luto para o Rock 

A notícia da tragédia caiu como uma bomba, especialmente porque o rock já estava sofrendo perdas: em 1957 Little Richard abandonou a carreira musical e virou pastor. No ano seguinte, Jerry Lee Lewis se envolveu em um escândalo ao casar com sua prima de 13 anos e Elvis Presley foi convocado pelo serviço militar.

Quando o acidente tirou a vida de Buddy Holly, Ritchie Valens e The Big Bopper, foi como se o rock tivesse morrido também.

A história do acidente aéreo é retratada no filme “La Bamba” (1987), e também lembrada na canção “American Pie” (1971), de Don McLean, que “batizou” esse dia como “O Dia em Que a Música Morreu”.

Os artistas

Buddy Holly (Charles Hardin Holley)

Nasceu no dia 7 de setembro de 1936, em Lubbock, Texas. O artista é conhecido por ser um dos pais do rock and holl, não só por ter extremo talento para inovar o gênero musical, mas também pela influência que exercia aos futuros aspirantes ao estilo na época. Em uma das apresentações do músico pela Inglaterra, os jovens Paul McCartney (Beatles) e Mick Jagger (The Rolling Stones) assistiram a genialidade de Holly, e em futuras entrevistas ambos afirmaram que o guitarrista era uma de suas maiores referências.

The Big Bopper (Jiles Perry Richardson Jr)

Nasceu no dia 24 de outubro de 1936, em Sabine Pass, Texas. Bopper não só era um grande cantor, mas também um fantástico compositor. Dentre os grandes feitos na carreira de Richardson, estão as composições “White Lightning” e “Chantilly Lace”. A primeira, inclusive, foi a primeira canção que forneceu o primeiro lugar em rankings internacionais do cantor George Jones – este que Big Bopper foi um grande colaborador.

Ritchie Valens (Richard Steven Valenzuela)

Nasceu no dia 13 de maio de 1941, em Palcoma, Califórnia. O mais novo do trio, Ritchie, com apenas 16 anos, compôs a icônica versão da canção “La Bamba”, que mesclava pop e rock em uma produção autêntica e atemporal. Valens é considerado um dos pioneiros dos subgêneros rock latino e chicano, além de ter influenciado grandes artistas no futuro, como Ramones, Los Lobos e Carlos Santana.

 

 

 

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Por Daniela Reis 

O dia 27 de janeiro de 2013 deixou o Brasil em luto. O incêndio dentro de uma casa noturna, a Boate Kiss, em Santa Maria (RS), provocou 242 mortes e mais de 600 feridos. O acidente aconteceu durante uma festa universitária onde a banda Gurizada Fandangueira usou artefatos pirotécnicos durante sua apresentação. 

O estabelecimento estava lotado e não possuía ventilação, saídas de emergência ou brigada de incêndio, o que dificultou a evacuação do local e o resgate das vítimas. Durante a tragédia, os próprios sobreviventes ajudaram a socorrer os feridos ao quebrar a fachada da boate. A maioria das pessoas afetadas inalaram grande quantidade de fumaça e tiveram que ser hospitalizadas. 

Sobreviventes e bombeiros quebram paredes para socorrer as vítimas

O julgamento 

Só após nove anos da tragédia que aconteceu o julgamento dos réus. O Foro Central de Porto Alegre condenou, no dia 10 de dezembro de 2021, pela morte de 242 pessoas os quatro réus acusados do incêndio da boate Kiss: sócios da casa noturna, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann; do músico Marcelo de Jesus dos Santos e do produtor cultural Luciano Bonilha Leão, ambos integrantes da banda Gurizada Fandangueira.

A soma das penas dos condenados resulta em 78 anos, sendo a mais alta – 22 anos –  do sócio administrador da casa, Elissando Callegaro Spohr. Já os outros condenados, Mauro Hoffmann, sócio financeiro, pegou  19 anos e meio; Marcelo de Jesus dos Santos, cantor da banda Gurizada Fandangueira, e Luciano Bonilha Leão, produtor de palco do grupo, foram condenados a 18 anos. 

Após a sentença, os familiares se reuniram em círculo, de mãos dadas numa ampla sala do tribunal. Flávio da Silva, um dos líderes da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, fez um breve pronunciamento. “Não temos motivo algum para comemorar, exceto pela aplicação da Justiça”, disse. 

“Esta vitória não é nossa, é da população. Que sirva de lição a alguns empresários, para que tomem tento e saibam que, se falharem, poderão ser punidos. Que sirva de exemplo para que esta tragédia da Kiss nunca mais se repita”. Ao romper o círculo, os pais receberam com abraços e aplausos os promotores que cuidaram da acusação. Enquanto os aplaudiam, diziam em voz alta o nome dos filhos, sobrinhos e irmãos que perderam na tragédia.

Familiares no julgamento dos réus

O que mudou em Santa Maria

As principais mudanças no município que foi palco do grande incêndio da Boate Kiss se dá no setor de entretenimento, lazer e turismo. Pelo menos seis boates e casas de música importantes foram fechadas após a tragédia – e nessa conta não estão incluídos alguns bares tradicionais. Entre elas, um dos espaços preferidos dos universitários da cidade, mantido historicamente pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), retirado de cena por condições precárias de segurança.

Os locais não resistiram a duas situações geradas pelo incêndio: a diminuição do público, assustado sobretudo nos primeiros anos, e o maior rigor da prefeitura, da fiscalização, do Corpo de Bombeiros e de outros setores do poder público na exigência de melhorias para liberar alvarás de funcionamento. Em muitos casos, os custos das reformas inviabilizaram a continuidade dos negócios.

Outro ponto logo percebido é a quantidade de bares, restaurantes e locais de prestação de serviço ao público cuja entrada agora dispõe de placa que indica a lotação máxima do espaço. Em proporção à população, Santa Maria hoje deve ser a cidade com a maior oferta nesse sentido. 

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Vacinação contra a gripe Influenza em postos de Drive-Thru, no Lago Norte . Sérgio Lima/Poder360 24.02.2020

Por Daniela Reis 

E depois de tantas incertezas e discussão política, o Brasil completa um ano de vacinação contra a Covid-19 com quase 70% da população já imunizada com a segunda dose ou dose única. Enquanto no auge da pandemia o país registrava mais de duas mil mortes por dia, atualmente a média próxima é 130. 

O Brasil viveu momentos de muitos atritos, tanto que a imunização iniciou-se com atraso comparada a países como Argentina, Chile e México. Porém evoluiu de maneira surpreendente, uma vez que a população aderiu a campanha e encheu os postos de vacinação em todos os estados. 

Mesmo superando outras potências em porcentagem de imunizados e com a incrível queda de mortes e casos graves provocados pelo coronavírus, o país ainda enfrenta desafios importantes de combate à pandemia que é o surgimento da Ômicron, uma cepa fez a média móvel de casos no Brasil subir mais de 600%. 

A Ômicron

O primeiro caso confirmado dessa cepa no Brasil, aconteceu no final de novembro de 2021. Naquele momento não se podia prever a rapidez com que o vírus se proliferaria e causaria tantos novos casos. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a dizer  que a nova cepa “não é variante de desespero” e que o Brasil estaria preparado para uma nova onda de casos do novo coronavírus.

Porém, quase dois meses depois, o tsunami de infecções provocado pela nova variante registra, dia após dia, recorde no número de casos: no mundo, foram mais de 3,2 milhões em 24 horas; no Brasil, a média móvel subiu mais de 600%. 

Ao contrário do que previa o ministro, o país não conseguiu acompanhar a evolução da situação pandêmica. Com a explosão de casos do novo coronavírus, algumas capitais brasileiras já estão sofrendo com grandes filas e lotação de pacientes.

O avanço da variante está provocando falta de profissionais de saúde na linha de frente do combate aos efeitos da doença, devido aos afastamentos de profissionais. Além disso, prefeituras e secretarias de saúde lutam contra a falta de estoque de testes para a detecção dos vírus das duas doenças.

Um estudo feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS), em parceria com os laboratórios Dasa e DB Molecular, constatou que a cepa prevaleceu em 98,7% das amostras analisadas no Brasil. Os pesquisadores analisaram 8.121 amostras coletadas entre 2 e 8 de janeiro de 2022.

Desde o dia 1º de dezembro de 2021, os pesquisadores testaram um total de 58.304 amostras em 478 municípios de 24 estados e do Distrito Federal. A Ômicron foi identificada em 191 municípios de 17 estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e também no Distrito Federal.

A análise demonstrou também, um aumento nos testes positivos para COVID-19. Entre a última semana de 2021 e a primeira de 2022, a positividade nos testes saltou de 13,7% para 39,5%.

Vacinação nas crianças 

Mais um avanço para conter a pandemia aconteceu no dia 05 de janeiro, quando o Ministério da Saúde incluiu as crianças de 05 a 11 anos no plano de vacinação contra a covid-19. 

Segundo a nota técnica divulgada pelo governo, a ordem de prioridade na imunização será a seguinte:

  1. crianças de 5 a 11 anos com deficiência permanente ou com comorbidades
  2. crianças indígenas e quilombolas
  3. crianças que vivem em lar com pessoas com alto risco para evolução grave de Covid-19
  4. crianças sem comorbidades, em ordem decrescente de idade: primeiro, as de 10 e 11 anos; depois, as de 8 e 9 anos; em seguida, as de 6 e 7 anos; e, por último, as crianças de 5 anos.

No entanto, estados e municípios podem decidir sobre a vacinação.

Após tantas discussões, o Ministério da Saúde orienta que os pais “procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização” – mas não exigirá receita médica para aplicar a vacina.

A autorização por escrito só será necessária se não houver pai, mãe ou responsável presente no momento em que a criança for vacinada.

A vacina será dada em duas doses e com 21 dias de intervalo,  assim como nos adultos, mas a dosagem, a composição e a concentração da vacina pediátrica são diferentes da dos adultos.

O frasco da vacina para crianças também terá uma cor diferente daquela aplicada em adultos, para ajudar os profissionais de saúde na hora de aplicar a vacina.

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Por Daniela Reis 

A Black Friday é um evento promocional do comércio varejista. A ação que tem como objetivo incentivar as vendas no final do ano surgiu nos Estados Unidos e acontece sempre na sexta-feira após o feriado de ação de graças nos Estados Unidos. Esse ano será no dia 29 de novembro. 

Como surgiu? 

O termo “black friday” é bastante popular e é de conhecimento de muitos que ele se refere ao dia de liquidações de lojistas. No entanto, ninguém sabe ao certo como e porque esse nome foi atribuído ao dia de liquidações após o Dia de Ação de Graças.

Acredita-se que o termo foi usado pela primeira vez no século XIX e teve relação com um esquema criado por dois investidores para enriquecer. Jay Gould e Jim Fisk elaboraram um esquema para que eles controlassem o mercado de ações do ouro nos Estados Unidos. A ação era ilegal e contou até com suborno de um parente do presidente Ulysses S. Grant.

Os dois investidores conseguiram fazer o preço das ações do ouro disparar e enriqueceram, mas o governo interveio na situação e começou a vender o estoque de ouro que tinha guardado. Isso fez com que o preço das ações do ouro despencassem e muitos que tinham comprado para aproveitar a alta perderam muito dinheiro da queda dos preços. Eles nunca foram investigados pelo esquema e saíram ilesos de suas ações. O episódio aconteceu em 24 de setembro de 1869 e ficou conhecido como “black friday”, que significa, em uma tradução livre, “sexta-feira negra”.

Outra hipótese é de que uma revista da década de 1950 que chamou a sexta-feira após o Dia de Ação de Graças de black friday. A justificativa para o termo era que, de acordo com a revista, muitos trabalhadores agiam na sexta após o feriado como se fossem vítimas da black death, a peste negra em inglês, fazendo com que o dia fosse uma black friday.

Já a última teoria sugere que o termo black friday se popularizou na Filadélfia, cidade em que os policiais começaram a usar o termo para se referir à sexta após o feriado, porque era um dia que havia muita gente na rua e que o trânsito ficava sobrecarregado.

Black Friday assinou o passaporte

Por muito tempo, os lojistas canadenses morriam de inveja de seus colegas americanos, especialmente quando seus clientes fiéis colocavam o pé na estrada rumo ao sul em busca de boas compras. Por esse motivo passaram a oferecer as suas próprias liquidações – apesar de o Dia de Ação de Graças no Canadá acontecer um mês antes.

No México, a Black Friday ganhou novo nome – ‘El Buen Fin’, ou “Bom fim de semana”. A comemoração é associada ao aniversário da revolução de 1910 no país, que às vezes cai na mesma data que o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos.Como o próprio nome sugere, o evento dura o fim de semana inteiro.

No Brasil, onde o feriado de Ação de Graças não existe, a data passou a ser incluída no calendário comercial do país quando os lojistas perceberam o potencial de vendas do dia, estima-se que o movimento começou por aqui em 2010. Desde 2010 para cá, as regiões brasileiras que mais compram na Black Friday são: Sudeste (71,5%), Sul (36%), Nordeste (9,9%), Centro-Oeste (5,2%) e Norte (2,1%).

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Por Daniela Reis

Para os amantes da animação e do Walt Disney, 18 de novembro é uma data especial. Foi nesse dia, no ano de 1928, que o famoso personagem Mickey Mouse apareceu pela primeira vez em um desenho animado. O simpático ratinho e a sua namorada Minnie foram os protagonistas de “Steamboat Willie”, a primeira animação com música e som da história. Esse pequeno filme ficou marcado pela apresentação do personagem ao mundo, datando assim, o seu aniversário.

Dirigido por Walt Disney e Ub Iwerks, produzido pelos Estúdios Walt Disney e distribuído pelo Celebrity Studios, “Steamboat Willie” foi exibido no Universal’s Colony Theater (hoje The Broadway Theatre), em Nova York.

A história de pouco mais de 7 minutos traz Mickey dentro de um barco a vapor em um rio. O ratinho aparece como capitão do barco, mas logo é “deposto” pelo verdadeiro comandante, o carrancudo gato Pete. Em certo momento, a embarcação para e surge Minnie, que se junta ao namorado. O desenho segue com o casal se divertindo fazendo música com o som dos bichos do barco!

Uma curiosidade interessante sobre a produção é que o próprio Walt Disney fez todas as vozes da animação, incluindo as de Mickey e Minnie – na verdade, são mais sons do que propriamente vozes. A trilha sonora teve arranjos de Wilfred Jackson e Bert Lewis, além das músicas “Steamboat Bill”, composição de Arthur Collins de 1911 e “Turkey in the Straw”. O nome da animação é uma paródia do filme de Buster Keaton, “Steamboat Bill Jr.”, que, por sua vez, é uma referência à música de Collins.

Mickey Mouse reapareceria pela segunda vez em um desenho em dezembro de 1928, em “The Gallopin’ Gaucho”.

Curiosidades do rato de suspensório

 – No início, o personagem principal de Walt Disney não era Mickey e sim Oswald, o coelho sortudo. Walt Disney acreditava que o personagem seria um sucesso, mas em uma viagem para tentar conseguir dinheiro para a produção, os investidores deram uma resposta negativa e, como os direitos autorais do personagem pertenciam a eles, assumiram o controle do personagem.

– O primeiro nome de Mickey Mouse, na verdade era…Mortimer!

– O nome “Mickey” foi sugerido por Lillian, esposa de Walt, que achou o nome Mortimer muito pretensioso e sugeriu Mickey. A partir daí, nascia um astro!

– As primeiras palavras de Mickey foram: “Hot Dog! Hot Dog!”, a fala faz parte do curta-metragem The Karnival Kid (1929). Daquele momento em diante, na maioria dos curtas de Mickey durante a Segunda Guerra Mundial foi o próprio Walt Disney que deu voz a Mickey.

– Apesar do nome Mickey Mouse ser conhecido no mundo todo, em italiano, é chamado de Topolino; em alemão, é o Micky Maus; em espanhol, Raton Mickey; em sueco, Musse Pigg; e em mandarim, Mi Lao Shu.

– Mickey participou da cerimônia do Oscar duas vezes. Em 1998, o personagem subiu ao palco para entregar um envelope ao ator Tom Selleck. Já em 2003, Mickey voltou a aparecer na cerimônia como animação ao lado da atriz Jennifer Garner.

– Mickey Mouse chegou à televisão em 1950. Nesta década, Walt produziu um especial de Natal para televisão chamado “One Hour in Wonderland“. O desenho clássico Relojoeiros das Alturas (1937) também foi apresentado como parte das comemorações de fim de ano.