Utilidade Pública

Centenas de funcionários da Copasa fizeram uma manifestação, de três horas, na tarde de terça-feira, 12, como parte das ações relativas à greve de advertência da categoria. Na pauta de reivindicações estão melhoria salarial e investimentos para os serviços de tratamento de água e de esgoto. Munidos apitos e faixas, os funcionários entoavam canções de protestos e se concentraram na porta do Ministério Público do Trabalho, na Rua Bernardo Guimarães, entre as ruas da Bahia e Espírito Santo. “Nós trabalhadores da Copasa exigimos maior respeito”, declara o presidente do Sindágua, Alexander Silva Carmo, funcionário da Copasa há 20 anos. Ouça as reivindicações:

A Copasa, hoje, é considerada uma das empresas pública mais estruturada do país. No entanto, os empregados alegam que os seus funcionários são desvalorizados e denunciam que a empresa apenas visa beneficiar os acionistas. Em meio à paralisação os funcionários gritam: “Eu sou de luta, com muito orgulho, com muito amor”. O presidente do Sindicato diz, ainda, que há uma ameaça de que o tratamento de água do sistema Rio Manso seja terceirizado o que evidencia a desvalorização dos funcionários segundo ele. Ouça:

Alexander Carmo explica, também, a escolha do local da manifestação. “Estamos fazendo esta manifestação aqui diante do Ministério Público do Trabalho porque, hoje, neste exato momento, está havendo uma reunião entre representantes da Copasa e dos Sindicatos, o Sindágua, o sindicato dos Engenheiros e o Sindicato dos Administradores do Estado de Minas Gerais”. De acordo com o fiscal de obras e projetos, Paulo Souza a greve é a única forma de luta do trabalhador que o patrão reconhece. Ouça o áudio:

Manifestantes pediam a valorização do trabalho
Manifestantes pediam a valorização do trabalho

O Sindágua garante que os serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto não serão interrompidos com a greve.

Nossa equipe entrou em contato com a Copasa e a Assessoria de Imprensa encaminhou à redação do Contramão uma nota em que garante que a companhia “mantém o diálogo com os representantes dos Sindicatos”. Leia a nota.

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Por: Bárbara de Andrade

Fotos: Felipe Bueno

Polaroid.O nome já figura em destaque no mundo da fotografia. As fotos instantâneas figuram como peças pop no imaginário popular de diversas gerações. Imagine então o impacto se essas fotos polaróides fossem gigantes?

A Embaixada da Espanha no Brasil, o Instituto Cervantes em Belo Horizonte e a
Fundação Clóvis Salgado, juntos trazem, pela primeira vez na capital, a exposição de fotografias “50×60 Polaroid Gigante”. As obras são de dez fotógrafos espanhóis entre 1992 a 1994, foram obtidas, a partir de uma das cinco câmeras Polaroid Gigante existentes no mundo. As fotografias têm estilos bem distintos e deixa por conta do visitante a interpretação.

O público visitante orgulha a Fundação Clóvis Salgado, a gerente de Artes Visuais Fabíola Moulin, afirma. “Todos os dias tem um grande número de visitação de escolas e existe, também, um grande número de público espontâneo, dia de semana o número aproximado é de 100 pessoas por dia e, nos finais de semana, chegam até a 300. Observamos e talvez seja uma exposição record.”

A Polaroid Gigante apresenta obras inéditas no país. “gosto de destacar a importância da circulação de acervo. Também as discussões da fotografia contemporânea. É ainda a oportunidade de ver fotografias que apresentam um modo diferente, pouco usual em outras exposições”, explica Fabíola Moulin.

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A estudante Gabriela Abrantes esteve na exposição e contou suas impressões: “achei instigante. Tentei entender o significado de todas as fotografias, e acredito que cada visitante interpreta de uma forma, justamente por não estar descrito o
que significa cada uma. As fotos são bonitas e diferentes”. “Estou tentando criar o hábito de ir exposições, porque acho importante”, revela a estudante.

Para os interessados em visitar “50×60 Polaroid Gigante”, a exposição permanece até o dia 12 de junho no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, na Avenida Afonso Pena, 737, Centro. Horários de terça a sábado das 9h30 às 21h; domingo das 16h às 21h. A entrada é franca.

Veja o nosso vídeo sobre a exposição:


A exposição faz parte de um calendário de eventos culturais que serão promovidos pelo Instituto Cervantes, FMC/PBH, FCS e Usiminas Belas Artes ao longo do ano. A próxima exposição será “1911-2011 Arte Brasileira”, uma comemoração dos cem anos da arte brasileira. Acontecerá a partir do dia 4 de julho e reunirá escultura, pinturas e fotografias, entre outras obras. Fique ligado na programação pelo site da Fundação Clóvis Salgado.

Por: Andressa Silva/ Marcos Oliveira
Vídeo: Edição e imagens: Vanessa C.O.g
Produção: Andressa Silva

A partir das 10h de amanhã, 31 de maio, o trânsito na Savassi será alterado devido às obras de revitalização da Praça Diogo Vasconcelos. A Avenida Getúlio Vargas será fechada para o trânsito de veículos entre as ruas Fernandes Tourinho e Paraíba, sentido Afonso Pena e a Rua Paraíba passará a ter mão única até à Getúlio Vargas.

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Durante o dia de hoje, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) distribuiu panfletos com informações e orientações à população sobre as mudanças. Mesmo assim alguns lojistas da região reclamam que não foram avisados com antecedência da realização das obras e dos desvios no trânsito local.

A sócia-proprietária de uma loja de artigos populares a R$ 1,99, Renata Oliveira Cardoso reclama que os lojistas não tiveram a oportunidade opinar sobre as obras e a forma como seriam feitas e que a PBH não avisou com antecedência das alterações que afetariam a região. “A revitalização da Praça está diminuindo as vendas da loja em 40%”, estima, “as vendas estão caindo e o aluguel é o mesmo”, compara. “A reforma faz muito barulho e poeira, perco até alguns produtos”, reclama Renata Cardoso.

A proprietária de uma cafeteria da região, Ana Luiza Small, endossa a opinião da lojista com relação aos transtornos provocados pelas obras e queda das vendas. “Uma solução possível seria diminuir o aluguel [dos estabelecimentos], já que as vendas estão caindo”, sugere. De acordo com Ana Small as obras de revitalização da Praça de pouco serão úteis para o comércio diurno que, hoje, sofre com as obras.

A comerciante Renata Oliveira levanta outro aspecto associado às obras, a sinalização para proteção de pedestres. “Abriram um buraco na porta da minha loja, sem avisar, e o espaço para as pessoas passarem ficou muito pequeno é perigoso principalmente para os idosos. Reclamei, mas não solucionaram o problema. Cheguei a pensar em abrir outra porta”. Ela ainda se diz insegura em relação ao tempo de duração da obra. Ouça trechos da entrevista com Renata Oliveira.

O comerciante Michel Magno também acredita que, no momento, as obras e o desvio do trânsito serão prejudiciais para o seu negócio. “As obras provocam atrasos no trânsito e com menos espaço teremos menos vagas para estacionamento”, afirma, “com o desvio, vai aumentar o número de linhas de ônibus que passam na região o que será bom para alguns e ruim para outros”, pondera.

Próximo a Praça em obras, o cozinheiro Miguel Felipe Lopes afirma que as obras e o desvio não atrapalha seu cotidiano. “A obra é boa, pois está melhorando, por enquanto não me afeta”, avalia.

A Regional Centro-Sul foi procurada para se pronunciar a respeito das reclamações dos comerciantes locais, mas até o fechamento da matéria ninguém foi encontrado pela reportagem. Na BHTrans, a informação repassada é a de que o órgão apenas intervém no gerenciamento de trânsito.

Informações sobre as obras e o desvio acesse: www.bhtrans.pbh.gov.br

Texto: Bárbara de Andrade

Foto: Felipe Bueno

Aúdio edição: Andressa Silva


De acordo com a pesquisa de preços de estacionamentos, elaborada pela vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), os estabelecimentos em Belo Horizonte, cobram o preço de uma hora pela permanência de 15 minutos. Segundo a vereadora, essa cobrança fere os direitos dos cidadãos. “O código de postura de Belo horizonte, indica que todos os prestadores de serviço que cobram horas corridas devem respeitar a fração de 15 minutos e, a partir daí, cobrar proporcionalmente, mas não é assim que acontece”, denuncia a vereadora.

Recentemente, a vereadora apresentou na Câmara, o Projeto de Lei 1611/2011 que pretende regulamentar a cobrança nos estacionamentos. Em entrevista ao Contramão a vereadora explicou a proposta do projeto de lei e sua importância para a população.


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A reportagem do Contramão percorreu cinco estacionamentos de região da Rua da Bahia e constatou a diferença entre as cobranças de permanecia. Os estacionamentos mais bem equipados e com maior infraestrutura cobram preços diferenciados dos demais. A atendente Tâmara Jussara, confirma que a cobrança é a mesma nas redes do estacionamento em que trabalha. “Aqui ninguém costuma reclamar dos preços, pois a qualidade de serviço também é boa”, afirma.

No estacionamento que a atendente trabalha, a cada 30 minutos (tempo mínimo de permanência) corresponde a cobrança de R$ 3,50 e uma hora corresponde a R$ 7,00. Se o consumidor estacionar seu carro durante 31 minutos paga pelo mesmo preço de uma hora. O gerente do estacionamento, Wellington Jorge, garante que seus clientes já estão acostumados com sua tabela de cobrança. “A maioria fica uma hora, por causa do preço que é realmente alto, mas são coisas de mercado”, enfatiza.

Já o gerente de outro estacionamento, Vanderson Luciano, explica que essa cobrança indevida não acontece em seu estabelecimento. “Aqui cobramos R$ 1,75 por 15 minutos e, assim, gradativamente, a hora é R$ 7,00”, informa.

Os usuários que saem no prejuízo, com essas cobranças indevidas. O motorista Weberson Souza, reclama “não deveria ser assim ás vezes por questão de um minuto, você ter que pagar uma hora não é certo. Deveria ser calculado sobre fração.” Outro motorista Orlando Mafara, que também utiliza com freqüência estacionamentos desabafa “ é um absurdo, acho que tinha que se cobrar de 15 em 15 minutos.”

Enquanto o Projeto de Lei 1611/2011 não é efetivado , os estacionamentos não mudam a postura, e os usuários que necessitam do uso desse serviço, continuam sendo prejudicados no bolso.

Por: Andressa Silva e Marcos de Oliveira


A Prefeitura de Belo Horizonte e o Movimento Respeito por BH promoveu nesta sexta-feira, 20, a abertura da exposição fotográfica “Cidadão – cuidando do que é de todos”. A abertura aconteceu às 15h, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, anexo Professor Francisco Iglesias, na Praça da Liberdade, que teve a presença de alunos de escolas públicas, professores, representantes do Governo e Prefeitura, além de apresentações infantis e da banda da Guarda Municipal.

Apresentação Infantil

O projeto tem o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, Ministério Público Estadual, Polícia Militar, Polícia Civil, OAB e setores da sociedade civil. A exposição sugere 122 registros das ações de despiches (limpeza de pichações) e a mobilização popular e dos órgãos públicos resgatando o espaço urbano, reconstituindo e cuidando do patrimônio da capital.

Um dos saldos positivos nesta campanha de combate ao vandalismo foi o esforço da população contra a pichação. Moradores, pais, alunos, professores, comerciantes, instituições e demais participantes reuniram esforços, para limpar os muros castigados pelo vandalismo.

Solange Soares que passava pelo local e que trabalha como Serviços Gerais no Memorial Minas gerais – Vale, disse que a ideia do movimento é ótima. “Eu acho uma boa iniciativa, isso poderia acontecer mais vezes em belo Horizonte”, afirma.

O Movimento Respeito BH salienta o ordenamento e a correta utilização do espaço urbano. A exposição é o registro da mobilização popular e o apoio dos órgãos públicos a estas iniciativas que resgatam o espaço urbano, reparam e protegem o patrimônio da cidade de Belo Horizonte.

A Diretora da Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Thais Queiroz Brescia defende que a preservação é muito importante para a cultura e que é nosso dever manter a cidade limpa. “É direito de todo cidadão viver em lugar limpo e preservado”, completa.



Explica ainda sobre a importância das escolas terem acesso a este tipo de informação.



Demonstração de limpeza

Representantes da empresa Sauber Jet estiveram no local para uma demonstração de limpeza de uma parede pichada. Roberto Medeiros que é um dos parceiros da empresa, disse que movimentos como este é muito importante para a conscientização das crianças. “Este tipo de educação tem que começar na infância e isso é fundamental”, recomenda.

A remoção da pichação dura de 10 a 15 minutos, usando um sistema que não utiliza produtos químicos ou água, realizando a seco e sem geração de resíduos.

Despiche

Texto por Anelisa Ribeiro e Raphael Jota

Foto por Thaline Rachel

Audio por Raphael Jota