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Nesta terça-feira, 25, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de BH e Região (STTR-BH) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) realizam uma reunião conciliatória mediada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A reunião teve início às 16h30 e é provável que se estenda até às 21h. Segundo o assessor de imprensa do STTR, Luciano Gonçalves, há expectativa de que o Setra apresente alguma proposta para solucionar os impasses. Se isso acontecer, a categoria irá realizar uma assembléia na quinta-feira, 27, para analisar a proposta. A greve foi anunciada na última quinta-feira, 20, e teve início na segunda-feira, 24.

Uma liminar expedida pela Justiça do Trabalho, em favor do Setra, garante que 70% da frota deve circular nos horários de pico e 50% deve rodar nos períodos de entre-pico, sendo que o não cumprimento da norma acarretaria uma multa no valor de R$ 50 mil por dia. Segundo Gonçalves o STTR não pretende cumprir a liminar, considerando-a inconstitucional. Ele assegura que o objetivo do sindicato é manter apenas 30% da frota ativa, como é exigido na lei das greves.

O número limitado de ônibus circulando na capital e região metropolitana tem gerado transtorno e medo para os usuários do transporte público. Eles temem que a greve provoque o aumento na tarifa do transporte público. Além disso, há o receio de conseguir ônibus de manhã – para ir ao trabalho ou escola – e o mesmo não voltar à tarde ou noite. O temor faz sentido, conforme declara Luciano Gonçalves: “é impossível estabelecer horários fixos, não dá pra dizer com certeza que, se você pegou ônibus às sete da manhã, que ele vai passar às sete da noite. O que vai determinar isso é a adesão dos trabalhadores à greve”.

Entre as reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de 21,5%, redução da jornada de trabalho para seis horas diárias, ticket de alimentação no valor de R$ 15,00, piso salarial 30% maior que o dos motoristas de transporte convencional para condutores do BRT/Move, além de exigir o fim da cobrança de multas administrativas, consideradas desonrosas. “Qualquer erro que o operador cometa é punido com multa. Enquanto outros profissionais recebem advertencias, os operadores do transporte coletivo são multados, alguns chegam a pagar R$ 500,00 em multas administrativas.”, protesta Gonçalves.

Tarifa Zero sinaliza que as tarifas podem ser reduzidas

Hoje, 25, o Tarifa Zero BH publicou uma nota sobre a primeira reunião do Conselho de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte, realizada ontem, 24. A nota reclama a falta de participação popular, o atraso na entrega dos resultados da auditoria e anuncia que as empresas de ônibus não estão no vermelho, lê-se: “As empresas de ônibus não estão no vermelho. Ao contrário do que noticia uma parte da mídia, nada do que foi apresentado pode levar à conclusão de que as empresas estão tendo prejuízo. Se em 2012, houve um prejuízo de 25 milhões, durante o período analisado, de 2008 a 2012, houve um lucro líquido acumulado de cerca de 55 milhões de reais.”.

Na tarde da última quinta-feira, 20, uma manifestação convocada pelo Tarifa Zero voltava a pedir a redução no valor das tarifas do transporte coletivo. Percorrendo um trajeto entre a Praça Sete e o BH Shopping, onde o grupo realizou uma performance pulando uma catraca em chamas. Durante todo o trajeto os manifestantes cantavam marchinhas de carnaval e outros gritos protestando contra o valor da tarifa do transporte público. A estratégia conquistava os passantes, que, por vezes, entravam no ritmo e arriscavam alguns passos. Em um panfleto, distribuído entre os presentes, o Tarifa Zero BH explica a razão do protesto, sinalizando que o valor da tarifa pode ser reduzido em R$ 0,05, já que as empresas de ônibus estão dispensadas do pagamento do Custo de Gerenciamento Operacional (CGO), conforme decreto do prefeito Márcio Lacerda de 23 de janeiro. Isentas desta taxa, as empresas devem economizar até R$ 22 milhões, para o Tarifa Zero BH este montante poderia ser convertido no desconto no valor da tarifa.

Texto por Alex Bessas

Foto por João Alves

Vídeo por Heberth Zschaber

O “deitado eternamente em berço esplêndido” da capital mineira e do país acordou. Na tarde para noite de ontem, 17,  uma multidão considerável foi novamente para a Praça Sete e fechou o cruzamento mais importante do centro de Belo Horizonte. A maioria era de jovens com máscaras, cartazes nas mãos e muita raça e vontade de mudança. Mais cedo, a partir das 13h,  já havia ocorrido o primeiro protesto da capital com mais de 20 mil pessoas. Não satisfeitos, os manifestantes voltaram ao ponto principal e reavivaram a voz do movimento.

Por volta das 19 horas o protesto retomou voz e vez, quando os participantes gritaram frases de protestos, mostrando descontentamento com o atual cenário político e econômico do país. A Polícia Militar que havia rechaçado os manifestantes mais cedo, agora  acompanhava todo o movimento a mais ou menos 100 metros de distancia. O quarteirão das avenidas Afonso Pena e Amazonas foi cercado e fechado pela cavalaria e pela frota de carros da PMMG. O protesto se manteve pacífico em todo o trajeto.

Uma peculiaridade marcante estava no fato de que varias faixas etárias faziam parte da passeata. Um cordão humano foi feito por alguns estudantes na Avenida Afonso Pena. Logo depois, eles sentaram-se ao redor do Pirulito na Praça Sete, como forma de mostrar que não tinham a intenção de sair do local. O último protesto da noite terminou  por volta de 23:00, na porta da prefeitura, com uma certa exaltação dos ânimos, porém, logo em seguida, os manifestantes retornaram ao ponto inicial, retomando os gritos de guerra.

Por: Aline Viana

Fotos: Aline Viana

Vídeo: Ana Paula Gonzaga

A Avenida Antônio Carlos se tornou praça de guerra na tarde da última segunda feira, 17, quando houve um confronto entre a Polícia Militar e os manifestantes. Os confrontos foram em um local delimitado como limite amarelo para o Mineirão durante a Copa das Confederações. Qualquer pessoa sem ingresso, de acordo com as normas e perímetro de segurança da FIFA, não poderia avançar além daquele lugar. Em caso de ser morador da região, a pessoa deve apresentar comprovante de residência para poder passar.

Pouco antes, mais ou menos a dois quilômetros do local do conflito, já havia acontecido uma primeira ameaça de atrito, quando a polícia fez um cordão de isolamento impedindo que as pessoas prosseguissem na caminhada que até o momento era pacífica. Após a negociação entre policia e manifestantes, foi permitida a retomada da marcha que seguia em direção ao Mineirão, chegando quase às portas da UFMG, onde os manifestantes foram impedidos. Foi a partir daí que as cenas de guerra começaram.

Correria, desespero e pânico tomaram conta de grande parte dos que estavam ali. Quando a primeira bomba gás foi lançada, muita gente buscou fugir dos efeitos dessa arma de efeito moral.  À medida que uma bomba nova era lançada, mais assustados os manifestantes ficavam, se afastando cada vez mais do conflito.

Porém, alguns resolveram enfrentar a ação repressiva da polícia. Enquanto os policiais lançavam bombas de gás lacrimogêneo e atiravam com armas de bala de borracha, os manifestantes colocaram fogo em alguns materiais para evitar o avanço da policia. Nas redes sociais, nesse momento, era apontada a orientação do comando da corporação para que fosse evitado o uso desse armamento durante a manifestação. A policia, informou em nota, que eles apenas reagiram aos manifestantes e que os vídeos da ação estão sendo analisados para ver se houve algum excesso por parte dos policiais envolvidos.

Confira os vídeos produzidos por um dos correspondentes no local, Hemerson Morais:

Vídeo Confronto 17-06

Confronto2

Por Hemerson Morais

Foto: Pedro Luiz

Vídeos: Hemerson Morais

Fernando Gabeira, jornalista e ex-deputado federal pelo Partido Verde do Rio de Janeiro (PV-RJ), esteve em Belo Horizonte para o lançamento de seu livro Onde está tudo aquilo agora?,  que aborda os 50 anos de sua  trajetória na política brasileira.

O jornalista mineiro começou sua carreira jornalística ainda em Juiz de Fora, sua cidade natal, na filial do jornal Binômio de Belo Horizonte. Militante político, participou efetivamente da luta armada contra a ditadura instaurada no Brasil em 1964. Após ser acusado de participar do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick em 1969, foi preso e exilado pelo governo militar.

Na volta ao Brasil, candidatou-se ao governo do Rio de Janeiro e em 1989 à presidência da república. Seu primeiro cargo público veio apenas em 1994 quando se elegeu deputado federal, cargo que ocupou até 2008.

Durante o lançamento do Livro em Belo Horizonte, a equipe do CONTRAMÃO, bateu um papo com o escritor que contou um pouco desta trajetória.

Por João Vitor Fernandes

Foto: Willian Gomes

Os bailes e gritos de Carnaval já estão por toda cidade, mas os principais eventos deste feriado ocorrem a partir de sexta-feira, 08. O destaque do carnaval na capital são os blocos de rua, que são prováveis destinos para a população que não irá viajar. O site de Belo Horizonte disponibiliza a lista completa dos eventos e suas principais informações para os foliões escolherem o bloco de sua preferência.

Apesar dos atrativos blocos de rua da Capital, alguns ainda preferem as cidades do interior, que nesta época do ano recebem turistas do mundo inteiro. Além dos tradicionais desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo, outra cidade atrativa para o carnaval é a cidade de Salvador, que este ano conta com a presença do cantor sul-coreano PSY, hit da internet, em uma participação no trio elétrico da cantora Cláudia Leitte.

Com a semana da folia se aproximando, a equipe do Jornal Contramão foi às ruas para saber como os belo-horizontinos vão pular o carnaval. Confira o vídeo:


Por Ana Carolina Vitorino, Juliana Costa e Rute de Santa

Vídeo: Mariah Soares

Foto: Hemerson Morais