#CRITICA – ROGUE ONE: UMA HISTÓRIA SURPREENDENTE

#CRITICA – ROGUE ONE: UMA HISTÓRIA SURPREENDENTE

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NOTA:

O mais novo filme do universo Star Wars acaba de chegar aos cinemas dando início à série de spin-offs que serão realizados ao longo dos anos. Este filme conta sobre a construção da maior máquina mortífera da galáxia, a Estrela da Morte, se passando cronologicamente pouco antes do episódio IV, o primeiro filme do fenômeno. O longa trás Jyn Erso (Felicity Jones) como a protagonista, que foi afastada de seu pai, Galen Erso, (Mads Mikkelsen) devido a ordens imperiais para que o mesmo pudesse trabalhar na construção da Estrela da Morte. Jyn passa a ser criada por Saw Guerrera (Forest Whitaker), um rebelde extremista; entretanto, aos 16 anos Saw deixa a garota por conta própria, o que a leva a ser resgatada já na idade adulta pela Aliança Rebelde que deseja ter acesso a uma mensagem enviada a Saw por Galen através de um piloto imperial que se revolta contra os ditadores.

Rogue One consegue ser considerado o melhor filme de todos os já realizados pela Lucas Film, mas não se tratando de seu enredo e sim da forma como todos os pontos foram construídos e alinhados ao longo da trama. A continuidade dos fatos tendo como base o estudo do “Uma Nova Esperança” é de “tirar o chapéu”, todos os fatores são combinados e fieis, a única coisa que atrapalha a sensação cronológica é logicamente a tecnologia totalmente diferente abordada nos dois, uma vez que em 1977 não havia nem 50% dos recursos que se possui em 2016.

Os responsáveis pela técnica e pelos efeitos especiais tentaram realizar uma proximidade com o abordado na época, tal fator é visto nitidamente em cenas onde a galáxia é mostrada e em cenas onde temos os pilotos tanto da Aliança quanto do Império nas clássicas cenas de ataque aéreo. Tais takes foram nitidamente gravados de uma forma bastante semelhante ao filme de 77 (se não da mesma). Gareth Edwards conseguiu uma proximidade e semelhança tão forte e uma sensação de filme novo, ambiente novo, logística nova de modo tão surpreendente que até mesmo o diretor J.J. Abrams (Star Wars Ep. VII – O Despertar da Força) ficaria com inveja, uma vez que o mesmo foi criticado por não trazer nenhuma novidade ao universo de George Lucas.

Até os poucos elementos que conseguimos perceber se tratar de CG não consegue intimidar ou incomodar a quem assiste, uma vez que são totalmente semelhantes e voltados à técnica abordada anteriormente, entretanto, tais mudanças são tratadas de formas bastante bruscas e nos faz perder um pouco o foco de qual universo estamos adentrando naquele determinado momento. Rogue One é surpreendente do início ao fim e consegue nos embalar em emoção, nos fazendo torcer, vibrar e sofrer exatamente como acontecia nos 3 primeiros filmes.

O filme tem como ponto alto as poucas aparições do icônico Darth Vader, que toma totalmente o longa para si mesmo tendo pouquíssimo tempo de tela. Tal fato é outro que nos faz querer destacar a direção de Edwards uma vez que após o episódio VI nenhum outro filme de Star Wars conseguiu trazer este elemento de forma tão forte, os vilões começaram a ser desinteressantes, fracos e com motivações muito insustentáveis. Até mesmo os filmes solo do vilão mais amado do mundo não conseguiram aderir essa força, acredita-se que os fãs já não esperavam mais uma superação ou igualdade do vilão da década de 90, entretanto, Rogue One nos mostrou que Vader realmente não é igualado ou superado, porém, consegue arrancar muitas vibrações assim que aparece na tela com sua armadura. Edwards conseguiu exercer muito bem seu papel ao aborda-lo, com certeza todos estavam morrendo de saudades para vê-lo de forma tão digna nas telonas ou pela primeira vez, ou novamente.

Além dos fatores já abordados o filme continuou sendo uma caixinha de surpresas a todo momento, principalmente ao mostrar que a destruição da Estrela da Morte ocorrida no primeiro filme não foi tão fácil ou certeira à Aliança como pareceu ser. Milhares de soldados, pilotos e guerreiros tiveram que dar sua vida pelo bem maior, por não aguentarem mais viver em um ambiente de pura pressão e agressividade. Muitas vidas tiveram de ser finalizadas e enfim os fãs podem sofrer as perdas daqueles que necessitaram de apenas um filme para conseguirem ser amados de forma plena, assim como os apaixonados pela série amam cada um de seus personagens.

O filme é maravilhoso, com toda certeza deixou orgulho por aí a todos os envolvidos e a todos os apaixonados. Felicity Jones conseguiu encarnar Jyn de uma forma ímpar, separarando todos seus personagens já feitos anteriormente e criando uma nova pessoa, como se jamais tivesse sido vista em qualquer outro papel. Mas, não foi apenas Jones ou o elenco inteiro, a direção, a equipe dos efeitos especiais, o roteiro, a produção, Darth Vader ou qualquer outro fator que fez o filme se tornar único, digno de aplausos e emocionante, tal fato se deu pela cena que ocorre no finalzinho do filme, com toda certeza foi a melhor cena de toda as duas horas e meia e sem sombra de dúvidas a mais surpreendente. Rogue One merece ser visto com toda classe e atenção possível, com toda certeza se trata do melhor filme lançado ao longo de todo 2016.

 

Por: Isadora Morandi

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