#CRÔNICA: Cabuloso

#CRÔNICA: Cabuloso

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Foto João Victor Castro

Por João Victor Castro

Como várias outras palavras da língua portuguesa, Cabuloso pode ter diversas interpretações. Na linguagem coloquial, a expressão cabuloso é remetida aquela pessoa azarada, que traz azar. Com o passar dos tempos, essa expressão foi bastante modificada, por um tempo foi atribuída a pessoas que causassem medo, alguém sempre aborrecido. Mas foi nas últimas décadas que o termo Cabuloso se popularizou, e virou gíria para classificar pessoas diferentes, interessantes, descoladas, por assim dizer.

Mas o que seria e como deve agir um Cabuloso nos dias atuais? Existem múltiplas respostas, mas algumas são inegáveis. As maiores virtudes de um Cabuloso são: Ser diferente e ousado, fazer melhor e dessemelhante do que já foi feito. Ter notas e conhecimentos cabulosos (bem maiores do que os demais julgam como suficientes). É respeitar tudo que o senso comum determina como desconforme, afinal, ser cabuloso é fugir do senso comum.

Há quem diga que os termos “cabuloso” e “vida loka” são sinônimos, e é verdade, ambos sambem que é necessário levantar a cabeça, seja lá onde for, porque até no lixão nasce flor. Cabuloso é ir a uma obra para se fotografar vestido de pedreiro, porque sabemos que não tem nada mais “vida loka” do que ser trabalhador.

Por final, o mais importante: A humildade. Não existe cabuloso com arrogância, sem lealdade. Um bom lugar se constrói com humildade, é bom lembrar, quem nos ensinou isso foi o mano Sabotage. Respeito é para quem tem, já cantavam os primeiros cabulosos de verdade. Cabuloso faz crônica com rima, pode até ser mal feita, mas com a gente tentar, também não tem desfeita.

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