#CRÔNICA: Craque e soberano

#CRÔNICA: Craque e soberano

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Foto: Acervo Infraero

Um artista que usava os pés como pincel e com um talento inigualável. Ainda criança, Eduardo Gonçalves de Andrade virou Tostão e encantava quem o acompanhava. Deu os primeiros passos na carreira como profissional no glorioso América, e aos poucos o franzino de 1,72 começou a alçar voos mais altos.

Em épocas de chuteiras pretas, salários nada exorbitantes e puro amor à camisa, Tostão conseguiu se destacar como protagonista, em uma safra onde não tinha espaço para os coadjuvantes. No Cruzeiro foi soberano sendo o maior de todos, encantando até os mais cépticos e distantes do futebol. Já vestindo a amarelinha, conquistou e encantou o mundo ao lado de um verdadeiro esquadrão que contava com Gérson, Rivelino, Jairzinho e o inigualável Édson Arantes do Nascimento, ou simplesmente Pelé para os mais íntimos.

Gênio dentro e fora de campo, recentemente Tostão completou 70 anos. Seja como armador, ponta-de-lança ou centroavante, era um jogador completo na acepção da palavra e mostrava uma elegância inigualável com a bola no pé. Com sua aposentadoria precoce, aos 26 anos, devido a um deslocamento de retina, o futebol brasileiro perdeu um grande craque dentro das quatro linhas, porém ganhou um excelente cronista esportivo. Algo que era natural, devido ao vasto intelecto e conhecimento esportivo adquirido durante uma década de carreira.

Após esse relato, alguns podem me perguntar: você o viu jogar? Realmente não tive essa felicidade, porém o amor pelo futebol e a paixão pela história e pelo talento demonstrado por esse gênio dentro das quatro linhas, me impulsionaram a escrever esse texto. Enfim, feliz de quem o viu.

Por Mateus Liberato

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