Homenagem a Drummond no Museu das Minas e do Metal

Homenagem a Drummond no Museu das Minas e do Metal

O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade é o homenageado da vez no projeto Café com Poesia do Museu das Minas e do Metal. O evento integra as Noites Drummonianas e recebe nesta quinta, 25, o poeta Wilmar Silva e o músico Celso Adolfo. Segundo Silva, o grande diferencial de Drummond é a sua capacidade dele de refletir através da poesia sobre a ‘natureza humana’. “Isso o coloca como um dos maiores poetas de todos os tempos. Não tenho a menor dúvida de que Drummond é um escritor que falou de seu tempo, mas conseguiu transcender o tempo em que ele viveu”, avalia.

O músico Celso Adolfo fará uma apresentação especial com repertório falado e cantado das muitas Minas Gerais. “A interpretação que Drummond foi capaz de fazer da vida e de todos os seus fatos é impressionante, e uma versão muito especial”, relata. Adolfo ressalta que para qualquer pessoa que goste de leitura, sempre é tempo de iniciar-se nessa prazerosa tarefa que é conhecer Carlos Drummond de Andrade. “A homenagem a Drummond já é um atrativo em si mesmo”.

Para Wilmar Silva,Drummond é um artista universal. “Em qualquer lugar do mundo as pessoas se identificam com a poesia dele, porque ele falava do homem, e os conflitos do ser humano são os mesmos, desde a idade da pedra lascada, das cavernas. É claro que passamos por revoluções, mas as questões do ser humano continuam sendo as mesmas, sobre a sua condição no mundo e o desejo de amar e ser amado”.

O poeta acredita, ainda, que os textos de Drummond são atemporais. “A sua linguagem é uma linguagem de fácil acesso e de fácil compreensão para todas as pessoas, independentemente do seu grau de formação. A poesia de Drummond abre uma grande perspectiva para a sensibilidade humana. Eu vejo que pessoas de diferentes idades e de diferentes níveis sociais e culturais compreendem e por isso ela continua atual, continua sendo uma poesia do tempo presente”.

A equipe do CONTRAMÃO foi às ruas homenagear Drummond e registrou, na Praça Liberdade, pessoas declamando o poema “Destruição”. Veja:

Por Ana Carolina Vitorino e Rute de Santa

Fotos: Divulgação do evento

Vídeo: Mariah Soares

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