Marcha da Maconha: A luta pela legalização

Marcha da Maconha: A luta pela legalização

Marcha da Maconha: A luta pela legalização

A Marcha da Maconha ocorreu dia 30 de maio, e a administração do evento estima que cerca de 7.000 pessoas estiveram presentes. O objetivo dessa manifestação, que ocorre na capital mineira desde 2007, é a legalização da maconha em âmbito nacional.

Na tarde de domingo, diversas pessoas se reuniram na concentração que aconteceu na Praça da Estação, no centro de Belo Horizonte. Segundo um dos organizadores do evento, Guilherme Fernandes, 25, a legalização da maconha seria um avanço para o Brasil, pois atualmente as autoridades não estão sabendo distinguir uma pessoa que é usuária da droga de uma pessoa que a trafica. “As drogas sendo legalizadas e passando a ser controladas pelo estado evitaria muitos problemas, e talvez as pessoas usassem com moderação”, analisa Guilherme.

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Cigarro gigante, que ao final da Marcha da Maconha, na Praça da liberdade, foi incendiado.

 

Durante o evento, encontramos membros da Associação Brasileira Pacientes de Cannabis Medicinal. Segundo Juliana Paulinelli, a maconha tem função medicinal, mas poder usá-la como medicamento é extremamente difícil devido às burocracias existentes. “Já ganhei uma liminar na justiça para poder realizar a importação do produto, mas é tudo muito caro e não consigo arcar com isso. Já tentei todos os tipos de medicação possíveis, inclusive morfina, que usei durante muito tempo”, complementa Juliana.

Uma das atrações do evento foi o FulMove, um ônibus gigante que tinha como objetivo fazer uma crítica ao uso da substância nas estações do Move. Durante o percurso, os participantes da Marcha da Maconha pararam na porta da prefeitura e gritaram palavras de ordem, como “Libertem nossos presos” e “Pelo fim da guerra aos pobres”.

O tema tem sido bastante discutido no Brasil nos últimos anos, e sobre ele foi realizado um documentário com o nome “Ilegal”, produzido ano passado pela produtora independente 3FilmGroup para mostrar que a maconha contém propriedades medicinais que não são encontradas em nenhuma outra planta. Esse documentário mostra a luta de uma mãe para poder fazer com que sua filha possa usar o canabidiol, substância encontrada na maconha e atualmente proibida por ser considerada crime no Brasil.

Por: Raphael Duarte

 

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  1. Opa, dois palitos: a marcha acontece em Belo Horizonte desde 2009. A primeira, em 2008, foi proibida pela justiça e a concentração não saiu da praça — o julgamento da ADPF 187 no STF (que por fim autorizou a marcha da maconha) aconteceu em 2011. Em 2007 ainda não havia um coletivo formado em Belo Horizonte. O nome do carro alegórico que acompanhou o Baseadão em 2015 era FuMOVE.

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