Por Davi Gomes

O grande prêmio da Hungria deste ano trouxe novamente aos fãs da categoria bons momentos, que mostram que não é apenas a disputa pelo título que levará o entretenimento ao público. Além das disputas na pista, a movimentação nos bastidores agitou o final de semana da Fórmula 1, já que o piloto australiano Daniel Riccardo voltou às corridas no lugar de Nyck de Vries. A troca de pilotos da Alpha Tauri é uma tentativa da equipe de melhorar o seu desempenho já que ocupa a última colocação no campeonato de construtores com apenas 2 pontos conquistados ao longo do ano.

Daniel Riccardo. Foto: Instagram.
Surpresas

Uma mudança na sessão classificatória para o grid de largada trouxe surpresas, já que os organizadores da competição mudaram as regras e os pilotos foram obrigados a usar os três compostos disponíveis em cada sessão. Assim, no Q1 todos usaram o pneu duros, no Q2 o médio e por fim o macio no Q3. 

A primeira surpresa foi George Russel da Mercedes, classificando apenas em décimo oitavo, e precisando fazer uma corrida de recuperação. Já na segunda sessão quem ficou para trás foi Carlos Sainz da Ferrari que foi outro a fazer um tempo ruim e que precisaria de uma boa corrida para terminar nas primeiras posições. Quando os pilotos foram para suas voltas finais em busca da melhor posição, todos já imaginavam que o atual campeão da Red Bull fosse cravar o melhor tempo, mas para a surpresa da grande maioria, o heptacampeão da Mercedes Lewis Hamilton fez uma volta perfeita e superou o adversário para garantir a pole position, acabando com uma marca negativa: o inglês não largava em primeira desde a prova de Jeddah, penúltima corrida de 2021 e tirando Max de uma sequência de cinco corrida seguidas largando a frente de todos.

Foto: reprodução.

Se a sessão classificatória foi boa para o inglês da Mercedes, o início da corrida foi um momento para esquecer. Assim que as luzes se apagaram, britânico foi facilmente superado por quem vinha atrás e viu Verstappen pular para a ponta e Oscar Piastri da McLaren sair de quarto direto para segundo. Com o início ruim, Hamilton caiu para a quarta posição atrás do outro piloto da McLaren, Lando Norris. Quem não teve um bom começo foi Guanyu Zhou da Alfa Romeu, já que havia largado em quinto, mas teve problemas na largada e caiu para décimo sexto, e ainda na primeira curva foi responsável por uma batida que tirou da corrida os dois pilotos da Alpine, os franceses Pierre Gasly e Esteban Ocon. 

Sem sustos

Apesar desses acontecimentos terem dado uma boa expectativa para o restante da corrida, o que o público viu foi mais uma corrida dominada por quem estava na frente e não levava grandes sustos e poucas ultrapassagens no restante do grid. Sérgio Perez, mexicano da Red Bull, que largou em nono, foi um dos que aproveitaram a superioridade do seu carro para ganhar as disputas e aproveitou para subir para a terceira posição. Russell conseguiu uma boa estratégia para pular de décimo oitavo para sétimo e garantir mais alguns pontos no campeonato. Mesmo sendo da mesma equipe, Norris e Piastri optaram por estratégias diferentes, o que ocasionou na ultrapassagem de Lando enquanto seu companheiro fazia sua parada nos boxes e assumiu a segundo posição para não largar mais, e Piastri que não conseguiu manter o ritmo e acabou perdendo posições caindo para quinto, abaixo de Lewis Hamilton que poderia brigar pelo pódio caso a corrida tivesse mais algumas voltas.

Foto: reprodução.
O resultado

A vitória, além de ter sido a sétima consecutiva de Max Verstappen, foi a décima segunda da Red Bull, que agora detém o recorde da equipe com mais vitórias consecutivas na história, ultrapassando a McLaren de 1988, dos lendários Ayrton Senna e Alain Prost, que venceu onze corridas naquele ano.

A Fórmula 1 volta já no próximo final de semana, entre os dias 28 e 30 de julho, para a disputa do GP da Bélgica, em Spa-Francochamps, última corrida antes da parada que acontece todos os anos no meio da temporada.

Foto: Fórmula One Management.

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