Por Gustavo Meira

Com seus corredores movimentados, tijolos vazados, e cerveja artesanal, assim é o
Mercado Novo, um verdadeiro ponto de referência para os moradores da capital mineira.
Sessenta anos se passaram, assim como o Mercado, o seu público passou por uma
transformação ao longo do tempo.

No passado, o Mercado Novo foi idealizado para ser um dos mais modernos mercados da
América Latina, sendo um complemento do Mercado Central. Durante esse período o
espaço foi tomado por gráficas (até hoje tem), sebos, chaveiros, e bancas de hortifruti e
cereais. O público que frequentava o grande ‘caixote’ belo-horizontino naquela época,
eram pessoas que precisavam dos serviços que eram oferecidos naquele lugar.

Hoje, ao adentrar no Mercado Novo, é nítido as mudanças. O público é diverso, com uma
mistura de jovens alternativos, pessoas mais velhas também, e turistas, já que atualmente
ele é um ponto turístico da capital. O mercado se revitalizou e reabriu suas portas para
novas influências, se adaptando aos tempos atuais. É comum encontrar grupos de amigos
tomando xeque-mate, famoso drink criado no Mercado, registrando os momentos em
fotos, além de comer as especiarias mineiras.

Todos os projetos instalados ali passam por uma curadoria e precisam respeitar a
identidade, instalações e intervenções no prédio. Embora as mudanças tenham trazido um
novo vigor ao mercado, é inevitável não ter um sentimento nostálgico para as pessoas
mais velhas ao revisitar esse espaço. O Mercado Novo de hoje é um reflexo da sociedade
em constante evolução, onde as tradições se fundem com as novas tendências, criando
uma atmosfera contagiante.

O público de 15 mil pessoas por semana do Velho Mercado Novo de Belo Horizonte
mudou ao longo dos anos, mas a magia e o encanto do lugar permanecem, isso é fato. É
um local onde as gerações se encontram, trocam experiências e celebram a diversidade.
O Mercado continua sendo um ponto de encontro que une pessoas de diferentes origens e
estilos de vida, onde histórias antigas se misturam com novas.

 

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