Movimento Tarifa Zero realiza segundo ato contra o aumento tarifário

Movimento Tarifa Zero realiza segundo ato contra o aumento tarifário

Enquanto o 1° Ato: se a tarifa aumentar a cidade vai parar coincidiu com o anuncio do aumento no valor das passagens, o 2° Ato: se a tarifa não baixar a cidade vai parar foi realizado depois que as empresas de transporte coletivo recuaram e mantiveram o valor da tarifa conforme estabelecido pela liminar do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O segundo protesto convocado pelo Movimento Tarifa Zero (TZ) reuniu cerca de 400 pessoas nesta segunda-feira, 7, segundo estimativa feita pela própria organização. Nele os manifestantes marcharam até pontos estratégicos da cidade, como a Prefeitura de BH (PBH), a sede do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de BH (Setra-BH) e o BRT Move, onde aconteceram as tradicionais performances que marcam os atos do TZ.

Por volta das 17h manifestantes já se reuniam na praça Sete, local marcado para a concentração. Eram cerca de 18h30 quando o grupo chegou à porta da PBH, na avenida Afonso Pena, bloqueando os dois lados da via. Lá houve a primeira intervenção, com colagem de adesivos na faixada do prédio e a sequência de pulos sobre a catraca incendiada. Seguindo pela avenida Afonso Pena e passando pelo Viaduto Santa Tereza, a segunda performance aconteceu em frente à sede do Setra-BH, na rua Aquiles Lobos, onde começaram a se aglomerar por volta das 19h40. Neste ponto, os manifestantes discursaram usando a técnica de microfone humano. A próxima parada se deu em frente à estação do BRT Move (sistema de trânsito rápido de ônibus), na avenida Santos Dumont, por volta das 20h50, local em que a performance foi repetida. A música foi um elemento que acompanhou todo ato, com o rufar dos tambores dividindo espaço com as palavras de ordem, quase sempre cadenciadas. Durante todo o trajeto faixas eram erguidas, conduzindo os manifestantes.

A jovem manifestante e estudante de moda, Janaína Barboza, que acompanhou o protesto desde o início, acredita que a vontade do Setra-BH, apoiado pela BHTrans, de aumentar o valor da tarifa vem em má hora, visto que passaram poucos meses desde as manifestações que agitaram o país no ano passado. A opinião é compartilhada com a jornalista e membro do TZ, Juliana Galvão, que acredita que tal reajuste viria em um momento político delicado, que deve se agravar com a proximidade da Copa do Mundo.

O TZ e o Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana da Assembléia Popular Horizontal de Belo Horizonte realizarão uma reunião hoje, terça-feira, no Programa Polos de Cidadania, com sede na Faculdade de Direito da UFMG, no 6º andar do edifício da Pós-Graduação, para discutir os próximos passos do movimento e avaliar os dois primeiros atos. Em paralelo, o MPMG, através de sua página no Facebook, lançou um canal para que a população possa contribuir com os trabalhos de perícia enviando sugestões e análises para o email [email protected].

Texto por Alex Bessas

Foto por Sarah Abreu

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