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A nova sala de cinema de Belo Horizonte, já tem nome e endereço. O Cine104 traz de volta à capital a tradição do cinema de rua que estava um pouco esquecido pelo público. “O cinema existe e todos têm o direito de assistir bons filmes, por isso investir em uma sala de rua”, explica a coordenadora do espaço CentoeQuatro, Inês Rabelo.

Inês Rabelo acredita que o cinema de rua sempre esteve vivo. “Podemos dizer que exibir bons filmes nunca saiu ou sairá de moda”, afirma. O local promete dar ao público entretenimento, espaço de convivência, compartilhamento de experiências e oportunidades de reflexão.

O cinema comportará 80 pessoas e funcionará de terça à domingo, com três sessões diárias e ingressos a preço popular. A pré-estreia ocorrerá no dia 05 de outubro, sexta-feira, com exibição do filme A cidade é uma só? com direção de Adirley Queirós.

Espaço CentoeQuatro revive tradição do cinema de rua

História

O espaço CentoeQuatro, antes de usado como área cultural abrigou a primeira loja de Tecidos da capital. A Fábrica de Tecidos da Cia Industrial (Depois Tecido 104) funcionou de 1906 até meados da década de 1980. Nos anos 1990 o conjunto arquitetônico da Praça Ruy Barbosa foi tombado pelo patrimônio histórico do estado.

Por João Vitor Fernandes e Rute de Santa

Foto: João Vitor Fernandes

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Em decorrência da série de acidentes ocorridos na cidade nos últimos dias , a equipe do CONTRAMÃO foi às ruas ouvir e registrar as opiniões da população. No final da tarde de segunda-feira, 24, uma van desceu desgovernada a rua dos Goitacazes  atropelando sete pessoas na esquina com a rua São Paulo, uma pessoa morreu no local, a segunda vítima fatal morreu na manhã de ontem. No acidente outras cinco pessoas ficaram feridas.

Rua Goitacazes com rua São Paulo: acidente deixa 2 mortos e 5 feridos
Caminhão que tombou após ser atingido pela van desgovernada

 

No dia 15, na Av. Nossa Senhora do Carmo quando uma Land Rover, guiada pelo estudante Michael Donizete Lourenço, 22, bateu no Focus dirigido pelo, também estudante Fábio Pimenta Faiha, 20, que morreu no local.

Ouça as entrevistas:

 

 Entrevistas

 

Por: Ana Carolina Nazareno e Hemerson Morais

Foto: Hemerson Morais

A Fundação Clóvis Salgado realiza o Projeto Cineminha que consiste em proporcionar as crianças de escolas públicas, com idades entre 8  e 11 anos, um primeiro contato com o cinema e com outras artes. “O Palácio das Artes é um ambiente cultural. Um momento diferente para essas crianças, que são de baixa renda, e muitas não estão acostumadas a espaços como este”, explica Cristiane Reis, coordenadora de uma das escolas participantes, localizada no bairro Heliópolis, região norte da capital.

Quando as crianças chegam ao jardim interno do Palácio, participam de algumas atividades recreativas antes de seguir para o Cine Humberto Mauro, onde ouvem um pouco da história do cinema. Logo depois, vem o tão esperado momento em que as luzes se apagam e começa a exibição de um longa-metragem infantil.

A coordenadora conta que há tempos leva os alunos de sua escola para o projeto. “Venho trazendo os alunos há mais de quatro anos. É muito importante que eles conheçam a sétima arte. E ainda há a intervenção dessas pessoas aqui do Palácio das Artes, o que agrega bastante no crescimento deles”, comenta Cristiane.

Para participar do projeto, as instituições devem se inscrever através do telefone (31) 3236-7389 e fazer o agendamento. As sessões acontecem às 08:15h e às 14:00h. São disponibilizadas 136 vagas a cada sessão e a entrada é gratuita.

Por Marcelo Fraga

Foto: Marcelo Fraga

A função social dos museus é o tema da 6º Primavera nos Museus, que é promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). O evento, que começou no último domingo, dia 24, conta com a participação de 800 museus de todo o país. “A intenção é mobilizar os museus a desenvolverem programações especiais a respeito de temas específicos para intensificar suas relações com a sociedade” declara a assessora de comunicação do IBRAM, Ivy Costa.

O tema deste evento comemora os 40 anos da Declaração da Mesa Redonda de Santiago do Chile. Foi a partir desta reunião que os museus começaram a ser entendidos como instituições a serviço da sociedade. A coordenadora do setor educativo do Circuito Cultural Praça da Liberdade, Mabel Faleiro, ressalta a importância dos museus na atualidade. “O museu cada vez mais atua como um espaço de aprendizagem, conhecimento e emoção, capaz de transformar o visitante. O que é feito aqui dentro, brota lá fora”, analisa.

Durante a semana, estão sendo preparadas algumas apresentações culturais. O fechamento está programado para o próximo domingo, 30, com uma apresentação de corais nos jardins da praça da liberdade.

Por Paloma Sena e João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes

Um dos pontos mais conhecidos e mais movimentados da capital mineira, a Praça Sete, vem sendo um local bastante utilizado por alguns candidatos para fazer propaganda eleitoral. Cartazes, cavaletes e até uma enorme escultura podem ser vistos por quem passa pelo cruzamento entre as avenidas Afonso Pena e Amazonas.

Os objetos espalhados pela praça são motivo de críticas por parte da população de Belo Horizonte. Para a publicitária Camila Oliveira, “a campanha eleitoral precisa ser feita, mas deve ser expressa de uma maneira mais inteligente”.  Camila vê ainda um aspecto positivo na escultura. “Acho que o objetivo era fazer uma campanha mais limpa, sem os tradicionais cartazes, mas quase ninguém tem tempo para analisar o motivo dessa forma de propaganda”, conclui.

O artigo 37 da Lei nº 9.504/97, diz que a propaganda eleitoral é permitida em locais públicos desde que não seja fixa, e não dificulte o bom andamento do trânsito de pedestres e veículos. Mesmo assim, a estudante de Administração de Empresas, Flávia Costa, acha que há exagero por parte dos candidatos. “É tanta propaganda eleitoral, fotos e números espalhados que a gente até se perde. A praça e o seu principal monumento, o pirulito, passam despercebidos”, afirma.

Protesto na internet

No Facebook há uma campanha chamada Cavalete Parade, onde a ideia principal é incentivar as pessoas a colorir com tinta os cavaletes de propagandas políticas como forma de protesto. A página já possui mais de 16.000 adeptos de diversas cidades do país.

Por Marcelo Fraga

Foto: Marcelo Fraga

Hoje, Paloma Sena e eu, Rute de Santa, estávamos pautadas a entrevistar e registrar impressões dos usuários do ônibus circular que sai da Savassi e vai direto à Cidade Administrativa. Os novos ônibus executivos têm ar condicionado e internet Wi Fi gratuita. Ficamos das 16:00h às 17:00h e os ônibus circulavam sempre vazios.

Quando tínhamos desistido, fomos abordadas por uma equipe de reportagem da Rede Minas que estava, coincidentemente, com a mesma pauta e, também, não concluiu a matéria e achou que seríamos fontes em potencial.

Repórter: Meninas, vocês podem nos ajudar?

Rute: Claro, em quê?

Repórter: A nossa pauta caiu, agora temos que fazer uma sobre o tempo.

Rute: Nós estávamos tentando cumprir uma pauta, mas parece que também caiu.

Demos entrevistas para a equipe de reportagem que se afastou, pensei alto e disse para a Paloma: Vamos roubar?

Vamos – respondeu Paloma já tentando avistar uma fonte em potencial.

Neste instante, uma senhora em frente à loja Itapuã, ouviu a conversa, tratou logo de segurar a bolsa, nos olhou com um ar de autodefesa e andou em direção aos policiais. Nós rimos muito, pois só depois vimos que a senhora havia nos interpretado errado.

Voltamos para a redação e como não tínhamos uma pauta, nosso editor propôs que escrevêssemos o que havia acontecido.

Esperamos que amanhã nosso dia seja diferente.

Por Paloma Sena e Rute de Santa

Foto: Internet