Page 365

O curso de Jornalismo do Centro Universitário UNA realiza hoje o debate com os candidatos a prefeitura de Belo Horizonte. O evento, que é uma iniciativa do Núcleo de Convergência de Mídias (NUC) em parceria com a Agência Luna, UNA TV e o DCE UNA, recebe os candidatos Márcio Lacerda (PSB), Maria da Consolação (PSOL), Patrus Ananias (PT), Pedro Paulo (PCO), Tadeu Martins (PPL) e Vanessa Portugal (PSTU) no Auditório E do campus Aimorés.

Além de fazerem perguntas entre si, os candidatos vão responder questionamentos feitos pela organização do debate. O tema abordado é Mobilidade Urbana e Transporte Público. “Escolhemos este tema, porque é um assunto que está em voga em todas as campanhas dos candidatos”, informa o coordenador do Núcleo de Convergência de Mídias, Reinaldo Maximiano.

O Debate UNA terá início as 20:00hs e será transmitido pela Band News FM, além da cobertura multimídia pelo Facebook e Twitter do Jornal Contramão. A entrada é gratuita e a entrada será feita por ordem de chegada.

Por: João Vitor Fernandes

Foto: Agência Luna

Quando o assunto é mobilidade urbana e melhorias no trânsito da capital, são vários os problemas que transformam o transporte e a circulação de pessoas  em Belo Horizonte em um verdadeiro desafio de gestão para os candidatos á prefeitura.

Dentre as propostas apresentadas pelos candidatos está a continuação das obras e investimentos na implantação do Transporte rápido por ônibus (BRT),  melhorias e ampliação na linha do metrô, e há até mesmo que aposte na criação de um sistema de trens intermunicipais ligando todas as regiões metropolitanas.

O comerciante Neronilson virgilino, 35, aposta na melhoria e ampliação da linha do metro. “A ampliação ligando Sabará, Pampulha, Savassi, Buritis, com certeza já aliviaria muito o transito”, constata. Neronilsom também acredita na ampliação do Anel Rodoviário e na substituição de radares por quebra molas. “Colocar sempre ruas alternativas próximas aos principais corredores, como Pedro Segundo e Padre Eustáquio.” Completa.

Algumas pessoas não aprovam a medidas elaboradas pelos candidatos e pensam em novos projetos, como é ocaso do bombeiro militar, Miguel Lucas que dá como sugestão a implantação de um metro de subsolo. “Vai desafogar o transito, pode-se fazer interligando os municípios na chegada de Belo Horizonte. Proponho a construção de mais três rodoviárias, uma em Contagem e outra, próximo ao BH Shopping e interligar todas as rodoviárias com metro subterrâneo.”

– Hoje em dia as pessoas pensam mais em tempo e não tanto em conforto. O que a população quer é chegar mais rápido no serviço e em casa- conclui Miguel Lucas.

Por Perla Gomes

Foto: Hemerson Luiz

Você sabe o que é voto branco ou nulo? Qual a diferença entre os dois? Se a maioria da população votar nulo, a eleição será mesmo anulada? A Equipe do CONTRAMÃO entrevistou o assessor de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Rogério Tavares, para esclarecer estas dúvidas.  Segundo Tavares são considerados votos válidos, todo voto que é dado para um candidato ou legenda devidamente registrado perante a Justiça Eleitoral. “O voto em branco e o voto nulo não são, portanto, votos válidos”.

É considerado voto branco quando o eleitor renuncia ao direito de escolha de um candidato ou legenda. “É manifestação apolítica do eleitor. O voto branco é registrado apenas para fins estatísticos e não é computado como voto válido, ou seja, não é contado para nenhum candidato”, explica Rogério Tavares.

O voto nulo é o que causa mais dúvidas ao eleitor. Tavares nos esclarece que o voto nulo “É aquele dado a candidatos inelegíveis ou inexistentes. É manifestação apolítica do eleitor.  O eleitor digita na urna um número que não corresponde a nenhum candidato ou partido político oficialmente registrado”, relata.

O Assessor do TRE acrescenta que “Na hipótese de a maioria dos eleitores de um município optar pelo voto nulo, não ocorrerá a nulidade das eleições, pois a decisão de anular o próprio voto constitui apenas uma manifestação apolítica e legítima do eleitor”, conclui.

Por Ana Carolina Nazareno e João Vitor Fernandes

Foto: Imangens Google

Quando se pensa em um grande centro, uma das políticas mais abordadas é a mobilidade urbana. Uma boa política de mobilidade tem resultados muito positivos sobre a vida do cidadão e sobre a rotina da cidade. Mas e você, sabe o que é Mobilidade Urbana?

Será realizado no dia, 03 de Setembro, um debate com os candidatos a prefeitura de Belo Horizonte, organizado pelo Curso de Jornalismo Multimídia da UNA. O tema será Mobilidade Urbana, cada candidato terá a oportunidade de apresentar a sua proposta a mobilidade urbana na capital.

Por: Hemerson Morais

Vídeo: João Vítor Fernandes

O assunto mobilidade urbana tem aparecido constantemente nas campanhas políticas atuais. Um dos motivos de tanta atenção é a realização da Copa em 2014 no Brasil. Os investimentos nesta área visam melhorias nos sistemas de transporte público, bem como implantação e integração de novas modalidades de transporte, buscando melhorar o trânsito das grandes capitais e garantir acessibilidade à população.

Em Belo Horizonte, os candidatos à Prefeitura também aderiram o tema em seus planos de governo. O atual prefeito, e candidato a reeleição, Márcio Lacerda (PSB) garante em seus projetos a conclusão de todas as obras que estão em andamento, e pretende também, caso reeleito, dar continuidade às obras de melhoria e expansão do metrô, cujos recursos já estão garantidos pelo Governo Federal.

Já o candidato Tadeu Martins (PPL) pretende, em seus projetos, dar continuidade às obras do BRT e aumentar a frota de ônibus. A ampliação do metrô e a implantação do sistema de monotrilho na Via Expressa, e nas avenidas dos Andradas e Catalão, também fazem parte de suas propostas.

A criação de um sistema de trens intermunicipais ligando todas as regiões metropolitanas de Belo Horizonte de forma rápida, segura, barata e não poluente, é a aposta da candidata Vanessa Portugal (PSTU). “Os trens devem ser integrados ao metrô e ao sistema viário, através de terminais próximos das cidades”.

O candidato Patrus Ananias (PT) também pretende investir no metrô priorizando a linha Barreiro até os hospitais e criando uma Secretaria Extraordinária do metrô. Além de viabilizar a divisão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), criando uma empresa Federal com sede em Belo Horizonte para operar e construir metrô.

Até o fechamento desta edição os demais candidatos não apresentaram seus planos de governo.

Por Perla Gomes e Rute de Santa

Fotos: Internet

Quais são os principais problemas de mobilidade em Belo Horizonte? Quais os desafios que o prefeito eleito vai encontrar no que diz respeito ao trânsito da capital? A equipe do contramão entrevistou o sociólogo Carlos Magalhães; o presidente da Associação dos Condutores Auxiliares de Taxi (ACAT) José Estevão; e o Ex-presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) João Luiz da Silva Dias que fizeram uma análise sobre o assunto.

Jornal Contramão: Algumas regiões são alimentadas pelas estações BHBUS que tem integração como o Metrô. Como você vê a estrutura do transporte público de Belo Horizonte?

Carlos Magalhães: Penso que a população não tem sido atendida pelo transporte público. Seria interessante adotar medidas que aumentassem as alternativas de deslocamento, com tipos de ônibus diferentes dependendo do percurso, por exemplo. Talvez transformar a atual rodoviária em uma estação de transporte urbano seja uma opção.

José Estevão: Temos alguns projetos em andamento, O BRT é um exemplo que com certeza vai melhorar muito. Tem o projeto do metrô que pode ajudar também. Nós temos um problema muito sério aqui em Belo Horizonte com relação ao transporte de taxi. Aquilo que no popular se chama “placa de taxi”, na verdade, é uma permissão pública de taxi. E essa permissão que teria que ser um direito de todos os profissionais, é liberado apenas para alguns, os outros tem que pagar aluguel para trabalhar. Isso faz com que alguns profissionais tenham que trabalhar em média 18 horas para ter um retorno financeiro justo.

João Luiz: Não tem como se fazer um transporte público de qualidade, em Belo Horizonte, que não seja o metrô. Estou falando de capacidade de transporte, não tem BRT ou sistema de Ônibus que possa transportar 3,5 milhões de pessoas e 7 milhões contando a região metropolitana. Um conurbado deste porte tem que ter um sistema de metro da ordem de pelo menos 150km. Nós temos 28km e que ainda está com problemas de operação.

Trânsito na Rua da Bahia

JC: A extensão do metro é mesmo a melhor solução?

CM: Sem levar em consideração o custo e as questões técnicas envolvidas, acredito que o metrô subterrâneo seria a melhor solução.

JE: Talvez o metro não resolva tudo, mas com certeza vai melhorar muito. Outra coisa que ajudaria seria a situação do estacionamento faixa azul. Este tipo de estacionamento acaba diminuindo a pista de rolamento. Acredito que deveria tirar estes estacionamentos e colocar em locais fechados.

JL: O projeto inicial criado quanto eu estava na presidência da CBTU era criar a linha 2 do barreiro até Santa Tereza. Ou seja, a linha 2 passaria a ser o trecho Barreiro até a Vilarinho e a linha atual operaria até a estação Santa Tereza, liberando para que ela cresça ate Betim. Além de criar também a linha 3 três  que ligaria a Pampulha até a Savassi. O projeto que está previsto agora é a criação da linha Barreiro até o Calafate e alinha Lagoinha até a Savassi com projeção de transportar 900 mil pessoas. Mas temos que ressaltar que 900 mil passageiros era a projeção em 1980 quando foi criado o projeto das três linhas do metrô, então é difícil acreditar que de para transportar este tanto de gente com apenas parte do projeto.

JC: Quanto à Mobilidade Urbana, qual será o maior desafio do próximo prefeito?

CM: Repensar a cidade após a realização de inúmeras obras que já surgem ultrapassadas e que não trarão benefícios à mobilidade urbana.

JE: O grande desafio para nós seria regularizar o transporte de taxi na cidade, o direito de trabalhar tem que ser para todos. Esperamos que o novo prefeito faça valer o que está na constituição e que cumpra as demandas do Ministério Público.

JL: De imediato, clarear o projeto do BRT. O sistema não é solução para resolver o problema do trânsito em Belo Horizonte. Este sistema não tem capacidade para o número muito elevado de passageiros. Porém curto prazo pode até funcionar, desde que fique mais estruturado e se comunique com os outros mecanismos de transporte.

Por João Vitor Fernandes

Foto: Hemerson de Morais e Heberth Zschaber