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Com cartazes e faixas na mão, aproximadamente 800 pessoas marcharam pelas ruas de Belo Horizonte neste final de semana. Idealizado pela ONG Marcha da Maconha o objetivo da passeata é promover o debate sobre as politicas de drogas do país.

– Esta manifestação mostra a população que quem é usuário não é bandido. Temos aqui estudantes, empresários, e pessoas que nem usa maconha e estão participando com intuito de conscientizar a população de que a maconha não ligada de forma alguma com crimes – informa Paulo Victor Silvestrini, 25, designer gráfico

Marcha da Maconha

O debate sobre as politicas de drogas que começou na internet já chegou aos jornais, revistas, redes de televisão. “A população trata o usuário de maconha como um usuário de drogas químicas. Estes sim sofrem distúrbios nervosos e mentais que realmente prejudicam e colocam em perigo nossa sociedade”, comenta Alexandre Oliveira, 31, técnico em informática.

Percorrendo todo o trajeto acompanhado pela Polícia Militar, a passeata seguiu sem maiores incidentes. Apenas duas pessoas foram presas por usar a droga durante a passeata.

Marcha da Maconha

Por Hebert Zschaber e João Vitor Fernandes

Foto: Hebert Zschaber

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A empresa Gaz Games afirma, através de seu diretor de criação, Ronaldo Gazel que a primeira parte do game da websérie ApocalipZe deve ser lançada dentro de 30 dias. O planejamento da empresa é lançar o game em duas etapas. “A primeira versão em 30 dias, e em mais 40 dias a gente vai lançar o restante do jogo. Esta é uma maneira de viabilizar a produção”, declara Gazel.

Para Ronaldo Gazel produzir o game do ApocalipZe é uma experiência extremamente ousada. “Estamos aprendendo muito, porque a gente está buscando uma qualidade de jogos internacionais”, declara o diretor.

Segundo o diretor de criação, o jogo está repleto de ação e vários inimigos par o jogador enfrentar. “A gente tem que criar a inteligência artificial destes inimigos, cada um tem um tipo de inteligência especial. Mas, além da ação tem, também, a parte que a pessoa tem que usar raciocínio para poder abrir ou fechar determinadas portas, acionar alavancas”, explica. “A gente está nesta fase agora, fechando o tutorial, que é onde o cara [o jogador] pega todas as manhas do jogo”, informa Gazel.

Contato entre o diretor do ApocalipZe e a produção do game

O diretor de criação conta que conheceu o diretor da websérie, Guto Aeraphe, por meio de um amigo em comum e quando recebeu a proposta para produzir o game imediatamente topou. “É aquela questão a minha visão empresarial é um pouco arrojada. Às vezes, eu topo algumas coisas que são meio arriscadas financeiramente, porque na verdade é um projeto que não tem investidores bancando, é uma coisa meio que na cara e na coragem, mas o projeto era tão irresistível”, declara Ronaldo Gazel.

Ainda segundo Gazel, o diretor Guto Aeraphe acompanha semanalmente o desenvolvimento do game, levando até a empresa materiais e dando palpites em relação à modelagem e aos desafios do jogo. “A gente tem um tipo de liberdade muito especial para fazer este jogo e foi muito legal. Por exemplo, pegar um personagem real, que já existia, como o Marcos, o protagonista da websérie e transformá-lo em um personagem real. Então, é muito bom ver a reação das pessoas se vendo virtual”, explica o diretor de criação.

Ronaldo Gazel explica que o jogo vai ter uma mistura de primeira e terceira pessoa. “O jogo não é difícil de controlar. Aparecem os ombros um pouco pra cima, você vê um pouco o jogador se mexer, na hora, por exemplo, que ele vai engatilhar uma arma automaticamente vai mudar para a primeira pessoa. Como se estivesse atirando mesmo na mira”, explica.

Para o diretor o maior desafio do game foi fazer com que ele tenha emoção. “Fazer que ele tenha emoção e desperte vários tipos de sensação e emoções diferentes”, conclui Gazel.

Por: Bárbara de Andrade

Ilustração: Diego Gurgel (4° período – Publicidade e Propaganda)

A Praça da Savassi recebe, neste final de semana, os festejos para reinauguração. Vários palcos foram espalhados pela Savassi para a apresentação de artistas da música mineira se apresentam durante todo o final de semana. Além dos shows estão programados, intervenções circenses e outras atividades culturais.

“Hoje terá duas bandas, uma às 18hs e outra às 20hs, paralelamente,o quarteirão da Pernambuco tem uma feira de flores e uma feira de livros para troca. No quarteirão da Melissa,terá oficina para crianças: oficina de Jardinagem, espaço de leitura, piscina de bolinhas, cama elástica. Hoje e amanhã, as apresentações de circo”, informa uma das produtoras do evento, Barbara Galuco.

Enquanto as bandas passavam o som para os shows, de hoje à noite, os palhaços animavam o público com sua irreverência. “É bem bacana. Uma iniciativa interessante, uma forma de valorizar a região. Nada mais interessante do que devolver a praça para a população com música e arte”, declara Randolpho Land vocalista da banda Ultrasoul que toca no evento.

Banda Ultrasoul

Os shows, que são realizados pela Belotur em parceira com a Nó de Rosa produções, começam nesta sexta feira e a ideia é seguir com o evento até o dia 12 de junho, quando se comemora o dia dos namorados.

Escola de Circo Spasso

Por Raquel Ribas e João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes

Começa hoje a 12º edição festival Conexão Vivo. O evento, que privilegia a música independente de todo o país, traz a Belo Horizonte 51 atrações que irão animar as noites da capital até o dia 27 de maio.

A abertura do evento será no Grande Teatro do Palácio das Artes, com shows de Lise + Barulhista (MG) e Gabi Amarantos (PA), que irá lançar seu primeiro CD intitulado Treme. Outros nomes da música independente como Bnegão e os Seletores de Frequência (RJ), o rapper Crioulo (SP), Thiago Petih (SP) e Tulipa Ruiz (SP) se juntam a nomes já consagrados como Toninho Horta (MG) e Marku Ribas (MG) no line up do evento.

Os shows serão realizados no Palácio das Artes, Parque Municipal (com venda de ingresso) e Praça do Papa. Os organizadores esperam um público de 40.000 pessoas durante os dias de programação.

Programação completa e outras informações: clique aqui.

por João Vitor Fernandes

Foto: Divulgação do Festival

Após uma vida dedicada ao cinema, o cineasta José Américo Ribeiro faleceu em 20 de abril, na sala que levava o nome de seu melhor amigo e também cineasta, José Tavares de Barros.

José Américo é mestre em cinema pela The Ohio State University, doutor em cinema pela Escola de Comunicação e Artes da USP, professor Titular do Departamento de Fotografia, Cinema e Teatro da Escola de Belas-Artes da UFMG. É autor de “O cinema em Belo Horizonte – do cineclubismo à produção cinematográfica na década de 60”, umas das obras mais completas sobre o cinema mineiro, fruto de sua tese de doutorado, que é referência para estudantes e professores até hoje.

Veja no vídeo a homenagem feita por amigos e admiradores do cineasta:

Ficha técnica:

Entrevistas:

Natália Alvarenga
Sávio Leite

Imagens:

Duda Gonzalez
Átila Lemos
Juliana Antunes
Pedro Vasseur

Som:

Emanuel Fernandes

Edição:

Dayanne Naêssa
Duda Gonzalez
Eduardo Teixeira

O psicólogo e escritor, João W. Nery, 62, lançou na Casa UNA de Cultura o livro Viagem solitária, uma autobiografia que narra os preconceitos e problemas enfrentado pelo primeiro transhomem do Brasil. O lançamento reuniu aproximadamente 60 pessoas, na noite de ontem, e foi seguido de um debate, cujo tema foi “Diversidades”. “Meu livro é uma autobiografia, é todo em primeira pessoa. Eu sou considerado o primeiro transhomem. Eu gosto dessa palavra, transhomem”, informa João Nery.

O termo transhomem, quando uma mulher se torna homem, ainda, hoje, é pouco conhecido no país. “Eu sempre me senti um menino”, esclarece o autor que se submeteu ao procedimento cirúrgico em 1977, aos 27 anos, em plena ditadura militar no Brasil. “Eu nasci na década de 50 e não se falava na palavra transexualismo. Ninguém no Brasil sabia o que era isso, só no exterior”, informa.

Bate Papo com João Nery

De acordo com Nery, mestre em psicologia, todo o processo de reconhecimento do sujeito ocorre por meio do reconhecimento do outro. “Eu acredito que a partir dos 3 anos mais ou menos, quando a gente começa a pronunciar o pronome “eu” é que a gente começa a se tornar uma pessoa, a se diferenciar do outro. E a partir do outro que a gente se reconhece. A gente sabe que é moreno porque tem o loiro, a gente sabe que é magro porque tem o gordo”, explica João Nery.

João W. Nery está em Belo Horizonte para divulgar o livro e participar do 7º Encontro de Travestis e Transexuais da Região Sudeste e 1º Encontro Nacional da Rede Trans Educ, na UFMG. Militante da causa LGBT, Nery se diz defensor das minorias. “Eu também sou muito feminista. Eu luto contra qualquer tipo de discriminação. Eu sou pelas minorias”, enfatiza.

Bate papo com João Nery

Confira o video:

Por: Raquel Ribas e João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes