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A comemoração do Dia de Reis, conhecida também como Folia de Reis, de origem portuguesa, chegou ao Brasil durante a criação do processo cultural do país e hoje faz parte da tradição folclórica brasileira, presente em vários estados do país, principalmente em Minas Gerais. Constitui a resistência dos povos em defesa de sua cultura e de seus costumes. Alusiva à festa de reis, foi montada a exposição de fotos, na qual são retratadas diversas festas em Belo Horizonte e na região metropolitana.. O endereço da exposição é na rua Claudio Manuel, 339, bairro Funcionários.

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O jornalista Élcio Paraíso, 35, é o autor das fotos que estão expostas. Ele conta que “já fiz outra mostra, outro trabalho relacionado a carro, mas nessa exposição, fiz questão de abordar a Folia de Reis, por ser uma data festiva, quando exposição começou em 6 de Janeiro.”

“Folia de Reis” teria chegado ao Brasil pelos portugueses no período da colonização, uma vez que essa manifestação cultural era realizada com a doação e recebimento de presentes com cantos e danças nas residências. A Folia de Reis surgiu no Brasil no século XVI, por volta de 1534, através dos Jesuítas, como crença divina para catequizar os índios e, posteriormente, os negros escravos.

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A Folia de Reis passou a ser apresentada como manifestação cultural de diversas etnias e povos, com variação regional, seja quanto ao estilo, ao ritmo e ao som, entretanto, mantendo a mesma crença e devoção ao Menino Jesus, a São José, à Virgem Maria e aos Reis Magos.

A exposição irá até o mês de abril. A entrada é franca.

Por Anelisa Ribeiro
Fotos Anelisa Ribeiro e Bárbara de Andrade

Neste domingo de carnaval, o rei do romantismo, Wando, que morreu no dia 8 de fevereiro, será lembrado no melhor estilo “dor de cotovelo”. A homenagem dita o tom da festa “Eu não presto, mas eu te amo”, na A  Obra Bar dançante.

Os DJs confirmados têm codinomes condizentes ao evento: Capitão Ingrato, Hambúrguer Leviano, Pistoleiro do Amor e o Lobo Solitário irão embalar o público com sucessos de Wando e outras pérolas da música romântica e da música brega. “Resolvemos homenagear o cantor, pois ele faz muito sucesso é o mais pedido na festa”, justifica Ivan Bregalda, diretor geral d’A Obra Bar Dançante. A festa reserva, ainda, uma surpresa para as mulheres que toparem homenagear o cantor. “Acho que dá pra saber o que é”, diz Ivan Bregalda, fazendo mistério.

A festa

“Eu não presto, mas eu te amo” é uma festa tradicional criada por Pedro Ribeiro, dj residente dA Obra. E acontece uma vez ao mês, aos domingos ou vésperas de feriados para relembrar os clássicos nacionais e internacionais do brega.

E para entrar no clima da festa, reveja o vídeo “Povo-canta Wando” na Praça Sete, feito pela equipe do Contramão:

Texto: Natália Alvarenga

Foto: Divulgação

De maneira interativa que aproxima as obras dos visitantes, a exposição sobre a cientista Marie Curie está em cartaz no Espaço TIM UFMG do Conhecimento. A exposição tem como foco a passagem da cientista por Minas Gerais, que durou do dia 16 a 18 de agosto de 1926, mas, também, conta a história e a vida de Curie.

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Visitantes interagem com o conhecimento.

Agraciada com o Prêmio Nobel por duas vezes, por seus estudos no campo da física, Marie Curie foi pioneira em diversos sentidos. Em um momento em que, a sociedade, ainda, vivia, majoritariamente, de acordo com arquétipos determinados culturalmente e, marcados historicamente, a cientista ingressou na Universidade Sorbonne e produziu diversos estudos sobre a radioatividade.

Durante sua estadia em Minas Gerais, Marie Curie chegou à estação central (vinda do Rio de Janeiro), passou pelo Instituto de Radium (atualmente, “Instituto Borges da Costa”), pela câmara de deputados, em seguida pela secretária de Estado de Minas Gerais, por Nova Lima, Lagoa Santa, pelo Instituto Ezequiel Dias, automóvel clube, conservatório, Palácio da Liberdade, Correios, Instituto de Radium (Faculdade de medicina), grande hotel (Edifício Maleta) e por fim estação Central (indo para o Rio de Janeiro).

Segundo a professora Universitária da UFMG e diretora de Divulgação Científica UFMG, Silvania Sousa do Nascimento, uma equipe da Diretoria de divulgação Cientifica trabalhou cerca de seis meses na pesquisa histórica e, posteriormente, mais sete para a seleção e produção das unidades temáticas da exposição, sob sua direção. “A curadoria final foi realizada por mim e pela professora Claudia França”, conta. “Tendo os eixos históricos definidos e a pesquisa iconográfica pronta planejamos a unidades pensando em mostrar o contexto urbano de Belo Horizonte na época da visita e construir módulos interativos buscando soluções interativas e não mediadas por tecnologias digitais para entrar no contexto da época”, explica a professora.

Ainda segundo Nascimento, há muitas controvérsias sobre a vida acadêmica e pessoal do casal Curie e seus filhos. “Foi muito interessante pesquisar as diferentes fontes documentais e fílmicas da época e as novas leituras da posição da mulher nas ciências. Nossa exposição buscou trazer o cotidiano do trabalho cientifico de inovação, que ela realizou e seu lado de mulher migrante dedicada à família”, esclarece.

A exposição

“A construção dos cenários com suas roupas e alguns objetos buscou oportunizar o visitante a compreender um pouco este contexto. Os módulos são acompanhados por legendas em Braille e pensamos em integrar aos monitores portadores de necessidades especiais que podem também vivenciar o universo de Marie Curie”, explica Silvania Sousa.

A professora afirma ainda ter pouco material iconográfico que documenta a passagem de Marie Curie por Minas Gerais. “Por isso trabalhamos, principalmente, com fontes textuais do Arquivo Público de Minas Gerais (SEC-MG) e do Centro de Memória da Medicina da UFMG. A seleção visou trazer para o visitante uma face ainda não explorada assim mostrar um ângulo diferente da pesquisadora”, destaca. “A exposição agora deve circular por Minas Gerais”, informa.

Visitantes

O marceneiro Daniel Felipe Resende afirma que não conhecia Marie Curie, mas que gostou da sua história e da exposição. “Gostei da exposição por ser interativa, é bem mais atraente do que ficar só vendo e lendo. É muito melhor essa forma de você poder ter contato”, destaca.

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Daniel Resende se encanta com a montagem da exposição.

A estudante Lorena Stefane também não conhecia. “Estou gostando bastante da exposição, parece que é bem interessante a vida dela, lutou bastante pra conseguir o que queria e por isso acabou se destacando na sociedade”, comenta a estudante.

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Lorena Stefane conhece a história de Marie Curie e tem na cientista um exemplo de mulher.

“Vejo a Marie Curie como um exemplo de lutadora, eu a vejo como as mulheres daquela época deveriam ser, lutar mais pelos seus direitos. Graças a ela e a outras mulheres, que nós mulheres conseguimos os direitos que temos, a liberdade que temos”, finaliza Lorena.

Minientrevista com o artista

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O figurino inspirado em Marie Curie foi criado pelo estilista Hudson Freitas.

O figurino que compõe a exposição é obra do estilista Hudson Freitas. A convite da Diretoria de Divulgação Cientifica (DDC) que, se deu através da pesquisadora Cláudia França, o estilista teve um  espaço dedicado à roupa usada pela cientista Marie Curie. “Ela (Cláudia França) me disse que estava criando uma exposição inspirada na viagem de Madame Curie a Minas Gerais. Pediu-me que fizesse dois vestidos de época sintetizando toda a vida e obra da pesquisadora”, revela Hudson Freitas. Confira a mini entrevista com o figurinista Hudson Freitas:

Jornal Contramão: Como é feita a construção de um figurino?

Hudson Freitas: Ler o roteiro da peça para se inteirar da história é o começo de tudo. Depois, fazer uma analise bem apurada dos personagens, identificando quem é quem. Após estas informações, passo para a pesquisa de construção das roupas. Se é uma produção de época, eu leio muito a respeito da década na qual se passa a peça.

Jornal Contramão: Como foi o processo de construção do figurino da exposição da Marie Curie?

Passei dois dias trancados lendo a respeito da vida e da obra da pesquisadora, li a respeito da sociedade, da época e as condições que levaram Madame Curie a França. A pesquisa foi me conduzindo, gentilmente, a um ponto central, duas cores: preto e branco.

Jornal Contramão: Como você vê a personalidade Marie Curie?

Hudson Freitas: Sempre admirei Marie Curie, pelo seu esforço e sua coragem extrema. A primeira mulher a lecionar dentro de uma universidade. O convite para integrar a equipe de pesquisa me favoreceu a descobrir mais a respeito dessa notável pesquisadora, e do seu legado deixado para toda humanidade.

A exposição sobre a Marie Curie pode ser conferida até o dia 26 de fevereiro no Espaço TIM UFMG do Conhecimento.

Endereço: Praça da Liberdade s/n, Belo Horizonte.

Entrada franca

Por: Bárbara de Andrade e Felipe Bueno

Fotos: Felipe Bueno

A exposição “Jardim Negro” exibe xilogravuras e imagens das obras do artista Maurício Humberto, 48, na Galeria de Arte do BDMG Cultural. O artista plástico recolhe madeiras descartadas e as utiliza para compor suas obras com a ajuda do tempo. Ao todo, 20 peças estão expostas na galeria. “Eu procuro uma madeira que seja detalhada, deixo ao relento, o tempo que interfere nas figuras, apenas dou alguns toques para definir mais as imagens”, explica.


Algumas das obras foram produzidas, exclusivamente, para a esta exposição como parte do Programa Mostras BDMG, realizado em 2010. Outras obras do artista podem ser vistas no livro “Inflamável”, que retratam imagens em xilogravura, lançado em 2010, pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Imagens dessas obras editado no livro podem ser vistas na galeria.

A exposição pode ser vista até o dia 29 de fevereiro, de 10h às 18h, na Galeria de Arte do BDMG Cultural, Rua Bernardo Guimarães, 1.600, Bairro de Lourdes.

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Por Anelisa Ribeiro

Fotos Anelisa Ribeiro e Bárbara de Andrade

A concentração de foliões para o Carnaval de Belo Horizonte começou, às 18h, quarta-feira, 15, na Praça da Liberdade. A folia realizada por um grupo de amigos e encabeçada pela organizadora Nara Torres e o bloco Chama o Síndico começa na Praça e segue com cortejo até o viaduto Santa Tereza. “Esse é o primeiro ano que a gente sai com o bloco. Esperamos que possamos continuar com a festa nos próximos anos”, declara Nara Torres.

Bloco Chama o Síndico se prepara para sair as ruas
Bloco Chama o Síndico se prepara para sair as ruas

De acordo com organizadora para a realização do evento de hoje, foi preciso seguir os tramites burocráticos legais. O nome do bloco faz referência a um dos homenageados, o cantor Tim Maia, que, também, irá resgatar as músicas de Jorge Ben Jor.

Depredação

O pré-carnaval promovido no domingo, 12, instaurou uma polêmica depois das notícias sobre depredação dos jardins e do patrimônio da Praça da Liberdade. O Iepha ainda não repassou o laudo de danos causados após o evento de domingo, promovido pela SleepWalkers, que trouxe o show do grupo carioca Monobloco.

Por Felipe Bueno.

Fotos: Felipe Bueno.