Page 436

Na Rua da Bahia, região centro-sul de Belo Horizonte, o recenseador do IBGE Rafael, 23, percorre os domicílios vestido de colete azul, com crachá, e munido de um computador de mão, equipado com GPS, que criptografa as informações e garante a inviolabilidade. Rafael é estudante de Ciências Aeronáuticas e passou por um treinamento que ele define como “bastante detalhista”. De casa em casa, o recenseador aplica os questionários e explica para a população o que é o Censo 2010.

“O primeiro contato com os moradores tem sido produtivo, porém a falta de campanhas publicitárias, vinculações na TV e tal, complicam o acesso a algumas casas. Muitas famílias não sabem que está acontecendo o Censo e se recusam a responder”, explica o recenseador. “Há pessoas que desconhecem a lei de obrigatoriedade de participação e que quando aplicada (no caso de recusa de participar) a pessoa corre o risco de ser condenada a pagar multa”, completa.

De acordo com Rafael as perguntas que mais encontram resistência por parte da população são sobre a faixa salarial e a distribuição de renda. “Alguns moradores têm receio de responder; os autônomos, por exemplo, tem medo de dizer qual o seu salário por medo do governo ‘tirar algum benefício ‘ sobre a situação, ou aumentar os impostos”, revela.

Em todo o país, o IBGE realiza XII Censo Demográfico cujo objetivo é traçar o perfil da população brasileira. Para isso, o instituto contratou, por meio de processos seletivos, os recenseadores que devem ter 18 anos e ensino fundamental completo. Jovens como Rafael são remunerados por produção, com base no número de domicílios recenseados. De acordo com o Instituto, em média, há 300 domicílios por setor censitário, que podem ser visitados em menos de 30 dias. “Já fiz a rua Goitacazes, passei pela Augusto de Lima e agora estou na Rua da Bahia, depois vou para a rua Espírito Santo”  conta Rafael que está nesse quarteirão desde o dia 01 de Agosto.

Acesse o link e leia sobre lei de obrigatoriedade de participação

dsc_0434
Repórter : Iara Fonseca
Texto: Danielle Pinheiro

Quem passa pela Rua da Bahia, precisa ter cuidado ao atravessar. O motivo, nem é o trânsito ou a falta de sinalização, mas os bueiros destampados, mais uma vez, em vários pontos da rua. No início do ano, a situação era a mesma. (veja matéria Bueiros Destampados na Rua da Bahia).

O motoboy José Araújo dos Santos, 45, passava pelo local e se assustou com o “buraco”. “Se a gente vier de noite, ou se alguém for atravessar e não se preocupar em olhar pro chão, pode acontecer um acidente”, disse.

Em contato com a Prefeitura pelo telefone 156, o atendente informou que o órgão responsável pela manutenção das ruas, a Gerência Regional de Limpeza Urbana, faz a vigilância das ruas periodicamente, “mas às vezes é tanta coisa que não dá para resolver tudo de uma só vez”, e acrescentou que, assim como todos os serviços da prefeitura, é preciso solicitar a vistoria por telefone, para só então, no caso dos bueiros, ter início o processo de reposição ou recolocação das peças, o que pode demorar alguns dias.

dsc_0426

Por Débora Gomes

Baseada no último livro da Bíblia Sagrada, a exposição da artista Lígia Vellasco, inaugurada hoje na Biblioteca Pública Luiz Bessa, mostra a série “Apocalipse”. O livro, escrito por São João Evangelista, a partir de suas visões na ilha de Patmos, oferece uma fonte de inspiração rica, sugestiva e dramática para a artista, que trabalha a dois anos na série.

Lígia explora visualmente algumas das figuras e situações descritas no texto do Apocalipse, por exemplo, os quatro cavaleiros (peste, fome, guerra e morte), a mulher vestida de Sol, o anjo da Morte, o anjo que abre as portas do inferno ou a prostituta da Babilônia que sai do mar montada em um monstro.

As pinturas são livremente inspiradas nas visões, a partir daí, a artista trabalha com liberdade na criação das imagens. Uma das telas que chama atenção é a que retrata um grande desastre ecológico. As pinturas são fortes, sombrias, como o próprio Apocalipse.

A exposição até o dia 06 de setembro e a entrada é franca.

imagem-0011

imagem-007

imagem-010

imagem-012

Por Daniella Lages

A divertidíssima exposição My Paper Sunglasses comprova que os óculos servem não só para nos proteger dos raios ultravioleta. Na mostra, do idealizador e curador Otávio Santiago, os óculos servem também para nos “cegar às avessas”. Eles se tornam um curioso suporte de revelação.

Vários artistas de diversas áreas foram convidados por Santiago a fazer uma intervenção sobre as lentes de papel dos óculos, através das suas próprias criações.

Os óculos aparecem como painéis ou telas, e em cada uma das superfícies, um ponto de vista particular: a imagem de si mesmo que sempre quis ver, ou melhor, exibir.

O público também é convidado a experimentar os óculos, escolher um perfeito e fazer uma foto. Durante as duas primeiras intervenções de convidados, foram feitas várias fotos dos autores das criações e de quem passou para conhecer a exposição.

Um editorial também foi inspirado nas idéias apresentadas em My Paper Sunglasses. A exposição ficará na Mini Galeria, na Avenida Cristóvão Colombo, 550, até o dia 24/08.

Veja mais fotos na nossa galeria.

imagem-0261

imagem-0281

imagem-0341

imagem-040

Por Daniella Lages

Música, maquiagem, luzes e efeitos entram em cena esperando aplausos do grande público. O Centro de Cultura Belo Horizonte recebe a exposição “E as Luzes brilharam outra vez” que reuni fotografias dos espetáculos realizados durante os 12 anos do FIT (Festival internacional de teatro palco e Rua) de Belo Horizonte. Comemora-se neste momento com a exposição que passeia pelo universo teatral no espaço localizado na Rua da Bahia com Augusto de Lima.  O momento é de alegria para mais um ano de sucesso e consolidação e o público pode conferir algumas ocasiões mais que especiais durante toda a trajetória.

Com pequenas tiras de renda amarada ao monóculo e uma linha imaginaria desenhando uma cortina, painel de letras misturando o preto e branco, e uma cortina de veludo vermelha despertam os visitantes para um mundo de encanto.

Na exposição também são exibidos dois filmes curtas-metragem que apresentam as fotos do evento nas imagens em movimento. No inicio da exposição, havia sessões reservadas para apresentação dos filmes, eram exibidos no telão, mas devido à baixa procura da população, eles passaram a ser exibidos em uma TV comum.

Recentemente o Centro Cultural da Rua da Bahia passou por uma extensa reforma, e os recursos do governo para tal chegaram a atingir R$1.800,000, 00 melhorando a qualidade do espaço para que as pessoas possam usufruir dos trabalhos apresentados ali. “A população não procura, não participa, muitas pessoas já me disseram na rua que sentem vergonha de entrar aqui, a maioria (das poucas pessoas que vem) são formadas, povo mesmo não vem” conta Jefferson, estudante e monitor da exposição.

dsc_0271dsc_0268dsc_0276dsc_0283

Por Iara Fonseca e Danielle Pinheiro


0 585

A grande quantidade de carros na região centro sul e a falta de espaços nas ruas para estacionar geram dor de cabeça para motoristas e abre espaço para os estacionamentos.

A variação de preços do plano mensal nos estacionamentos região varia entre R$ 135,00 e R$ 200. O engenheiro Felipe Souza, 51, teme em colocar o seu carro na rua e prefere pagar R$ 200,00 por mês em um estacionamento. “Pago caro, mas posso estacionar o horário que desejar sem risco de ficar na mão”

De acordo com a lavadora de carros, Elaine Sueli,35, o movimento intenso de carros na Rua Bernardo Guimarães começa as 6h e vai até as 20h, “eles vem bem cedo para estacionar, quem não chega cedo perde a vaga”, explica.

Alguns motoristas reclamam sobre a falta de espaço e afirmam que o sistema rotativo não é utilizado, prejudicando quem precisa estacionar, “a dificuldade é grande estou rodando com o carro a mais de 15 minutos a procura de uma vaga e não encontro, estamos em frente ao Detran e ninguém utiliza o rotativo, é uma vergonha!”, afirma o estudante Humberto Braga,22.

entrar-jornal-2

Texto e foto: Henrique Muzzi