Número de agressões contra idosos cresce em Minas Gerais

Número de agressões contra idosos cresce em Minas Gerais

Segundo dados da Secretaria de Defesa Social, no período de janeiro a julho desse ano, foram registrados 2.497 denúncias de violência contra pessoas com 60 anos ou mais em Minas Gerais. No mesmo período do ano passado foram registradas 1.941 mil ocorrências no estado. A maior parte das agressões contra idosos é cometida por familiares, e vão do abuso financeiro, à negligência e aos maus tratos físicos e psicológicos. Em Belo Horizonte, foram registrados, de janeiro a julho, 415 ocorrências, e em 2014, 542 no total.

No Brasil, de acordo com o IBGE, a população idosa está estimada em 26,1 milhões de pessoas, dados de 2014. A projeção é de esse número alcance 58,4 milhões em 2060. No entanto, segundo a especialista independente de Direitos Humanos da ONU, Rosa Kornfeld-Matte, os idosos, cujo o dia nacional é comemorado em XX de setembro, estão sujeitos a diferentes formas de abuso e violência apesar das políticas e programas de promoção da cidadania.

Os maiores problemas que as pessoas idosas enfrentam atualmente é a falta de paciência das pessoas no trânsito, e o desrespeito no trasporte coletivo dentro das cidades, quando pessoas mais jovens ocupam os assentos preferenciais, a falta de acessibilidade, como por exemplo, degraus de ônibus muito altos.

Tendência mundial

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que os sistemas de saúde devem encontrar estratégias eficazes para resolver os problemas enfrentados pela população mundial mais envelhecida, evitando a perda de qualidade de vida. Segundo a OMS, o aumento da longevidade se deve, especialmente, nos países de alta renda ao declínio nas mortes por doenças cardiovasculares – como acidente vascular cerebral e doença cardíaca isquêmica –, passando por intervenções simples e de baixo custo para reduzir o uso do tabaco e a pressão arterial elevada.

Assentos prioritários no transporte público

Assentos prioritários são uma necessidade dentro dos transportes públicos para manter a integridade de deficientes físicos, grávidas, mulheres com criança de colo e principalmente idosos. Segundo nota da BHTrans, o transporte público de Belo Horizonte respeita a Norma Técnica Federal ABNT NBR 14022, terceira edição de 20/02/2009 que começou a ser válida um mês depois, distribuindo cerca de 10% dos bancos de ônibus para assentos prioritários. Sendo que esses bancos são distribuídos à frente da roleta e também na parte de trás do ônibus. Os coletivos que rodam na capital possuem um número total de assentos que variam de 35 a 40 assentos, já que são produzidos por companhias diferentes.

Segundo a aposentada Maria Dolores de 70 anos, ela sempre foi respeitada nas linhas de ônibus que costuma pegar. “Sempre que entro no ônibus e os assentos prioritários estão ocupados, algum jovem levanta e me deixa sentar. Eu também cedo os lugares quando vejo que outra pessoa precisa mais do que eu. Mas aconteceu um caso, onde eu não estava muito bem e uma senhora que aparentava ter mais idade entrou e ninguém se levantou. Pedi para um mocinho bonitinho ceder o local. Ele me olhou feio, mas levantou”, afirma Dolores.

A responsabilidade de pedir licença e acalmar qualquer tipo de falta de educação dentro do transporte público, principalmente, dos ônibus é do motorista e cobrador que devem intervir caso os usuários prioritários sejam desrespeitados. Mas a senhora Maria Dolores conta que mesmo não sofrendo nenhum desrespeito quanto a assentos prioritários, já ocorreu do motorista mal fechar a porta do veículo e dar arrancada com ela ainda em pé. “Eu tive sorte que havia uma pessoa na minha frente e outra atrás, teria caído se não fossem eles. Foi um único caso, eu falei com o motorista depois, pedindo pra ele ter mais cuidado porque poderia ter sido uma mulher grávida ou alguém realmente debilitado. Ele me pediu desculpas.”, conta.

Em nota, a BHTrans afirma que para direcionar a fiscalização, é importante que o usuário, além do número da linha, anote o número do veículo, para que a BHTRANS possa apurar com maior precisão o problema relatado.

Por Raphael Duarte e Julia Guimarães

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