O escritor Celton divulga seu trabalho de uma forma diferente

O escritor Celton divulga seu trabalho de uma forma diferente

Lacarmélio Alfeo de Araújo, 52, escritor, desenhista, vendedor, é um quadrinista de rua, da capital, também conhecido pelo nome do seu personagem mais famoso, Celton.

Visto frequentemente pelos sinais de trânsito da cidade, com sua moto e sua grande placa amarela com os dizeres: “Leia Celton.”

Lacarmélio afirma: “a ideia de mexer com quadrinhos surgiu quando eu tinha 6 anos de idade, mas eu publico as revistas desde 1981. A recepção do público é ótima, hoje em dia é melhor do que eu esperava. É uma conquista que a gente vai conseguindo através dos anos”. Lacarmélio é um personagem hoje em Belo Horizonte. Já expôs seu trabalho na primeira edição da Mostra Mineira de Zines em 2005.

Sua principal obra é a revista Celton, com personagem principal de mesmo nome, produzida desde 1998. As histórias da revista se passam em Belo Horizonte ou região metropolitana, com riqueza de detalhes e ênfase característica típica da região.

Lendas regionais, como a Loira do Bonfim ou o Capeta do Vilarinho compõem, junto com temas atuais, os roteiros de Celton.

Desde 1998, o autor, que já foi assunto do Globo Repórter, já lançou 15 edições, que totalizam cerca mais de um milhão exemplares vendidos.

A revista foi criada, desenhada e produzida por Lacarmélio. O próprio Lacarmélio é às vezes chamado de Celton pelos passantes e leitores, que confundem o autor, a revista e o personagem.

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Celton, no trânsito vendendo suas revistas

Figurando histórias, paisagens e lendas típicas de Belo Horizonte, Celton é hoje uma das mais conhecidas revistas em quadrinhos da capital mineira. A produção caseira é feita inteiramente pelo próprio Lacarmélio, o que torna o trabalho ainda mais interessante e pitoresco. Tanto a revista quanto o autor já são parte do folclore de Belo Horizonte.

Lacarmélio diz que lida com as revistas através da lógica e que tem os mesmos anseios de um profissional, seja qual for a área. Busca um crescimento à medida que as oportunidades vão surgindo, ocupando os espaços conquistados e partindo para outras oportunidades.

“Eu vendo revista no trânsito, porque é lá que eu vi possibilidades de venda. Já experimentei várias formas diferentes de vendas e a que deu mais certo foi a no trânsito. Todos os caminhos em que eu vi oportunidade eu experimentei”, conclui Lacarmélio.

Por Anelisa Ribeiro

Foto Duda Gonzalez

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