Obras no Viaduto Santa Tereza impedem a realização do Duelo de MCS

Obras no Viaduto Santa Tereza impedem a realização do Duelo de MCS

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Um dos principais movimentos sociais para os amantes de Hip Hop de Belo Horizonte, o Duelo de MCS, que ocorria todas as sextas-feiras, encontra dificuldades para realizar o evento entre os jovens amantes do estilo musical. Em sua página no Facebook, o Coletivo Família de Rua organizou um evento e anunciou que excepcionalmente hoje, 21, acontecerá o Duelo de MCS na porta da Prefeitura, a partir das 17h, como uma forma de manifestação em relação à postura do órgão.

“A gente só quer promover a cultura, o esporte e a arte no espaço público da cidade de graça pras pessoas. A gente acha um absurdo ser cobrado por isso e a gente ta aqui hoje em frente esse prédio bonito, imponente na cidade pra fazer um Duelo de manifesto mesmo, usando o microfone, a voz que sempre foi a nossa ferramenta de comunicação durante esses ultímos sete anos pra poder tocar nesse assunto e falar sobre isso. A ideia é incomodar mesmo e a gente quer ser ouvido. Queremos caminhar nesse sentido pra poder simplesmente fazer as coisas que a gente sempre tem feito nesses ultimos sete anos.” declara PDR, um dos participantes do coletivo Família de Rua.

Durante sete anos de Coletivo, o Duelo de MCS tinha sede oficial no Viaduto Santa Tereza, mas devido às obras de implantação e recuperação do viaduto, que começaram em fevereiro deste ano – sem a autorização do IEPHA (Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico), órgão responsável pelo tombamento do patrimônio público – os organizadores da manifestação cultural se viram obrigados a procurar outro lugar para realizar os duelos.

 Migração

Organizadores decidiram migrar para a Praça João Pessoa, no bairro Santa Efigênia, mas na hora de obter os alvarás de licença da Prefeitura de Belo Horizonte, não ficou claro se ainda haveria a isenção das taxas, que até então, não eram cobradas. Agora, as taxas cobradas pela PBH são ligadas a taxa de licenciamento, no valor de R$ 144,00, além de R$0,85 por metro quatro utilizado, além da obrigatoriedade de locação de banheiro químico, que custam uma média de R$600,00 por edição.

De acordo com a Procuradoria Geral do Município (PGM), a Lei nº 9.504/97, tratada habitualmente como lei das eleições, permite uma abertura que pode vir a ser uma vantagem para a Família de Rua que tenta a isenção da taxa para produção do evento cultural e sem fins lucrativos.

Por Luna Pontone
Foto: Divulgação Família de Rua

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