Por Lucas Matheus

O grande vencedor da noite é Tudo em todo lugar ao mesmo tempo, filme do estúdio A24 que, além do grande vencedor, conseguiu ganhar na categoria de melhor ator e maquiagem, ambas com A baleia. Banshees de Inisherin e Elvis saem como os grandes azarados da noite, mesmo após campanha gigantesca da Warner para Elvis, no caso.

A HISTÓRIA FOI FEITA

Conforme foi dito anteriormente, as sete estatuetas conquistadas por “TTLMT” foram a de melhor montagem, melhor roteiro original, atriz coadjuvante, ator coadjuvante, atriz principal, direção e melhor filme. As premiações fizeram jus a grande inovação, ao ritmo contagiante e tudo isso, com um orçamento baixíssimo.

Os dois Daniel’s ganharam com muito mérito o prêmio de direção. O baixo orçamento foi superado pela criatividade e por um elenco incrível, que já havia ganhado o prêmio de elenco pelo SAG, sindicato dos atores. Yeoh é perfeita e é a condutora da história e quem entra na trama soma e atua brilhantemente bem. Os prêmios foram muito merecidos.

Elenco principal de “TTLMT” recebendo o principal prêmio da noite, o melhor filme do ano (Patrick T. Fallon/AFP)
Elenco principal de “TTLMT” recebendo o principal prêmio da noite, o melhor filme do ano (Patrick T. Fallon/AFP)

OS ESNOBADOS

Os Banshees de Inisherin, do ótimo Martin McDonagh, saiu de mão abanando em 2023. O filme foi indicado em 9 categorias diferentes e perdeu em todas. As derrotas mais sentidas são a de roteiro original, atriz coadjuvante, ator coadjuvante. Kerry Condon, Brendan Gleeson e Barry Keoghan foram geniais, mas não foi suficiente para academia, embora o filme tenha ido super bem no BAFTA, a academia britânica de cinema.

Os Banshees de Inisherin conta a história de dois amigos de longa data que entra em crise após Colm (Brendan Gleeson) decidir acabar a amizade com Pádraic (Colin Farrell) (FOTO: Searchlight Pictures)
Os Banshees de Inisherin conta a história de dois amigos de longa data que entra em crise após Colm (Brendan Gleeson) decidir acabar a amizade com Pádraic (Colin Farrell) (FOTO: Searchlight Pictures)

Elvis também foi esnobado. A Warner fez uma baita campanha, investiu bastante em várias salas e até onde tinha favoritismo, o grupo estadunidense perdeu. Perdeu em maquiagem para “A Baleia”, algo impensável semana passada, mas sem dúvida nenhuma, a mais sentida foi a derrota de Austin Butler para Brendan Fraser, irei falar em seguida sobre.

O GRANDE DERROTADO

Sem dúvidas, Austin Butler é o grande derrotado da noite. Não me leve a mal, o problema não é com Brendan Fraser, ele foi brilhante no papel. Austin apenas deu azar, competiu no ano errado, contra um papel brilhante de Fraser e que também tinha toda uma narrativa por trás e nem com forte campanha da Warner, Butler conseguiu ganhar.

Foram três anos se preparando, muita preparação e não foi suficiente para a academia. Austin Butler elevou o nível e fez muito melhor que Rami Malek quando ganhou a categoria de melhor ator por Bohemian Rhapsody.

Austin Butler no tapete vermelho do Oscar 95 (LEXIE MORELAND/BILLBOARD)
Austin Butler no tapete vermelho do Oscar 95 (LEXIE MORELAND/BILLBOARD)

OUTROS GANHADORES DA NOITE

Nada de novo no Front ganhou melhor filme internacional, fotografia, trilha sonora e design de produção. Quem ganha muito com isso é a Netflix, que teve seu nome exaltado no palco da premiação e muita busca em seu catálogo pelo filme. Jamie Lee Curtis até que enfim ganhou uma indicação ao Oscar e, de primeira, conseguiu sua estatueta, algo muito vibrado pela plateia presente.

Edward Berger, diretor do filme Nada de novo no Front, teve seu microfone cortado após 40 segundos de discurso (REUTERS/CARLOS BARRIA)
Edward Berger, diretor do filme Nada de novo no Front, teve seu microfone cortado após 40 segundos de discurso (REUTERS/CARLOS BARRIA)

NO COMMENTS

Leave a Reply