Por Keven Souza

Todo mundo possui aquelas clássicas pastas no Pinterest, abarrotadas de outfits para se inspirar ou dar uma olhada antes do rolê de sábado à noite, não é verdade?

Esse processo de inspiração é incrível — e funciona — numa lógica de conversar com o outro por meio da construção de imagem.

Só que já parou pra pensar que vivemos num mundo cheio de outros, e acabamos nos perdendo nestes muitos outros?

Sim.

Tem tanto outro envolvido, de tantas formas, que não sobra espaço pra ser a gente sem se esbarrar em alguma coisa. É como se você precisasse de um ter um estilo universal ou pegar um aesthetic emprestado, por exemplo.

E não me confunda! Meu questionamento não tem a ver com a rede (Pinterest) em si. Mas com a supervalorização do pertencimento e a confusão identitária atrelada ao que NÃO está salvo nas suas pastas, mas brilha seu olho — aquelas peças que você adora, mas não são boas o suficiente para estar no Pinterest.

Isso porque, no que é salvo na rede vizinha, a gente busca pertencer, expressar, diferenciar e validar tudo isso.

O fato é: por quem você gostaria de ser validado? Qual curtida você tem se importado mais? Ou quais pastas você deveria apagar e quais outras deveria criar mais?

Não há resposta neste texto!

É que na real, não dá pra vestir só pra gente num mundo cheio de outros.

Aliás a vida, de certo modo, tem tantas questões que não se cabe em apenas pastas salvas no Pinterest, não é mesmo?

Mas dá pra construir muita coisa entre a sua inspiração e você… Em outras palavras: bancar o estilo fora do Pinterest.

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